quinta-feira, 25 de julho de 2013

Dinheiro fácil... Só para otários...

Justiça do MT obriga Telexfree a devolver R$ 101,5 mil a consumidor
O advogado Samir Badra Dib, de Rondonópolis (MT), a 219 quilômetros de Cuiabá, conseguiu na Justiça o direito de receber de volta mais de R$ 100 mil que havia investido para se tornar divulgador da Telexfree (Ympactus Comercial Ltda.). A empresa foi proibida de operar desde o fim de junho, pela Justiça do Acre, por acusação de praticar pirâmide financeira.
A decisão favorável a Dib é de 19 de julho, e foi assinada pela juíza Milena Aparecida Pereira Beltramini, da Terceira Vara Cível de Rondonópolis (MT). A empresa ainda pode recorrer, e a Justiça do Acre também precisa aprovar essa nova decisão.

Esse é o primeiro caso de um participante do negócio que conseguiu recuperar o investimento após o bloqueio de bens da TelexFree pela Justiça.

Dib aderiu à empresa na manhã de 19 de junho, com aporte de R$ 101.574. "Achei um bom investimento, acabei entrando como divulgador também", conta. Naquele mesmo dia, à tarde, a Justiça do Acre suspendeu as operações da empresa e bloqueou novas adesões, alegando haver indícios de pirâmide.

De acordo com o contrato, Dib teria sete dias para se arrepender do negócio e solicitar reembolso do valor investido. Porém, com o bloqueio das operações da Telexfree, ele afirma que não conseguiu mais contato com a empresa.

'É um descaso com o divulgador da Telexfree'.

Ao perceber que havia perdido o dinheiro e não tinha a quem recorrer, Dib decidiu entrar com uma ação na Justiça para exigir seu dinheiro de volta. "Vi que não havia interesse da empresa em saldar seu compromisso com os seus divulgadores. É um descaso com o divulgador da Telexfree", diz. "Decidi entrar com ação na Justiça. O Direito não socorre quem dorme."

De acordo com a última decisão, a TelexFree tem dez dias para devolver a quantia investida, a partir do dia da decisão judicial. Em caso de atraso, há multa diária de R$ 1.000. O dinheiro deverá ser transferido para uma conta da Justiça de Mato Grosso, onde vai ficar até o processo terminar.

Procurado por telefone pelo UOL, o advogado da Telexfree informou que ainda não foi notificado oficialmente e, portanto, não tem como se pronunciar sobre o caso.

Pirâmide financeira é investigada por força-tarefa
A ação contra a Telexfree faz parte de uma força-tarefa conduzida pelos Ministérios Públicos federal e estaduais e que investiga indícios de pirâmides financeiras pelo país.

Cerca de 150 manifestantes fecharam todas as vias de acesso ao aeroporto de Brasília. Eles protestam contra o bloqueio das atividades da empresa Telexfree, acusada de praticar crime de pirâmide financeira. 
A prática de pirâmide financeira é proibida no Brasil e configura crime contra a economia popular (Lei 1.521/51), pois só é vantajosa enquanto atrai novos investidores. Assim que os aplicadores param de entrar, o esquema não tem como cobrir os retornos prometidos e entra em colapso. Nesse tipo de golpe, são comuns as promessas de retorno expressivo em pouco tempo.

Atuando no Brasil desde março de 2012, a Telexfree vende planos de minutos de telefonia de voz sobre protocolo de internet (VoIP na sigla em inglês). Porém, segundo a acusação, isso seria apenas uma fachada.

A movimentação de dinheiro da empresa está proibida pela Justiça desde o final de junho. A Telexfree também continua impossibilitada de realizar novos cadastros de divulgadores, sob pena de multa diária de R$ 500 mil. A empresa possui mais de 1 milhão de associados em todo o país.

Empresa nega irregularidades em sua operação
Em nota divulgada anteriormente sobre a acusação de formação de pirâmide, a empresa nega qualquer irregularidade em suas operações.

"De forma violenta, e sem ter tido a oportunidade de se defender previamente, a empresa líder em marketing multinível se viu judicialmente impedida não só de efetuar os pagamentos de comissões para seus divulgadores, bem como de continuar operando", diz a nota.

Segundo a Telexfree, um laudo comprova a sua capacidade financeira: "A empresa é economicamente viável, tendo juntado em sua defesa um parecer de viabilidade econômica firmado por três renomados especialistas, mestres, doutores e professores de uma das mais prestigiadas faculdades de economia do país".

A empresa também critica na nota a telefonia brasileira: "O sólido modelo de negócios da Telexfree tem um brilhante futuro econômico, considerando as péssimas condições da telefonia e os extorsivos preços dos serviços de telecomunicações no Brasil".
http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2013/07/25/justica-do-mt-obriga-telexfree-a-devolver-r-1015-mil-a-consumidor.htm

Injustificável...

Em greve, médico libera gestante de hospital em Leme e ela perde o bebê
Família registrou boletim de ocorrência contra os plantonistas da Santa Casa.
Autônomo também teve atendimento negado após sofrer grave acidente.
Uma gestante perdeu o bebê depois de passar por atendimento na Santa Casa de Leme (SP) e ser liberada, mesmo com dores e contrações, com a alegação de que os médicos estão em greve. A família acusa o hospital de negligência. O caso aconteceu no sábado (20), mas o boletim de ocorrência só foi registrado na quarta-feira (24) porque todos ainda estavam abalados. A Santa Casa informou que só vai se pronunciar durante a tarde.
Funcionários em greve protestaram em frente à Santa Casa de Leme nesta quarta-feira. 
Funcionários em greve em frente à Santa Casa de  Leme. 
“Ele perguntou para minha filha se ela não tinha visto a faixa dizendo que eles estão em greve e disse que não podia fazer nada. Ele deu um remédio para dor e já deu alta", contou indignada a mãe da vítima, Adaildes Cunha Henklein, de 61 anos.
Os funcionários paralisaram as atividades na última quinta-feira (18) por reajuste salarial e outros benefícios. Os trabalhadores pedem 20% de aumento, mas a provedoria do hospital ofereceu 6,97%, o que não foi aceito. O Sindicato da Saúde (Sinsaúde) realizou uma manifestação nas ruas da região central da cidade na manhã de quarta-feira (24).
Na noite de sábado, a gestante de 36 anos, que estava de oito meses, procurou o hospital com contrações e o médico reclamou de ter que atendê-la. "Ele justificou que trabalha em más condições e que não tem estrutura, por isso estavam paralisados. Aí só deu um remédio para ela e nada mais. Ele tinha que ter internado ela ou até feito o parto", falou a mãe.
Na manhã de domingo (21) a família fez uma nova tentativa. "Nós ligamos para a doutora que acompanhou a gravidez da minha filha e dissemos que pagaríamos tudo para ela nos atender. Mesmo assim, ela disse que não poderia atender porque estava sem banho e sem comer e mandou que a gente procurasse a Santa Casa", relatou Adaildes.
Ainda com dor, a gestante voltou ao hospital na segunda-feira (22) e foi atendida por outro médico que fez o diagnóstico de que o bebê tinha morrido. A família disse que procurou a delegacia três dias depois e foi orientada a prestar queixa. "Nós ainda estamos muito chocados. Tenho certeza que isso ocorreu por causa da greve, foi muita negligência", desabafou Adaildes.
O boletim de ocorrência foi registrado como homicídio culposo. A Polícia Civil vai abrir inquérito para investigar o caso e o delegado vai ouvir os envolvidos, entre eles, o médico, a mãe e o pai do bebê.
Outro caso
Na quarta-feira (24), um autônomo de 19 anos teve o atendimento negado na Santa Casa também por causa da greve, após sofrer um acidente de trânsito na Rodovia Anhanguera (SP-330).
Segundo a Polícia Rodoviária, o jovem seguia sentido capital, quando um pneu dianteiro do carro estourou, ele perdeu o controle da direção e capotou várias vezes. Ao capotar, o veículo ainda atingiu um ônibus com 35 passageiros, mas nenhum deles ficou ferido.
O motorista do carro foi socorrido pelo resgate da Intervias com uma lesão grave na coluna. Ao chegar à Santa Casa, teve o atendimento negado por causa da greve e teve que ser transferido para o hospital da Unimed, em Araras. A suspeita é que o jovem tenha quebrado uma vértebra, mas seu estado de saúde não foi informado.
http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2013/07/medicos-em-greve-negam-socorro-na-santa-casa-e-gestante-perde-o-bebe-leme.html

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Só rindo...




Refletir...

"Caia a faca no melão ou o melão na faca, o melão sofre". (Provérbio Chinês)

http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/5/

Língua afiada...

PEGADINHA GRAMATICAL
Ortoépia e Prosódia
A ortoépia trata da pronúncia correta das palavras. Quando as palavras são pronunciadas incorretamente, comete-se cacoépia.
É comum encontrarmos erros de ortoépia na linguagem popular, mais descuidada e com tendência natural para a simplificação.

Podemos citar como exemplos de cacoépia:

- “guspe” em vez de cuspe.
- “adevogado” em vez de advogado.
- “estrupo” em vez de estupro.
- “cardeneta” em vez de caderneta.
- “peneu” em vez de pneu.
- “abóbra” em vez de abóbora.
- “prostar” em vez de prostrar.

A prosódia trata da correta acentuação tônica das palavras. Cometer erro de prosódia é transformar uma palavra paroxítona em oxítona, ou uma proparoxítona em paroxítona etc.

- “rúbrica” em vez de rubrica.
- “sútil” em vez de sutil.
- “côndor” em vez de condor.

História...

República Velha: o período da República da Espada
República Velha: o período da República da Espada Deodoro da Fonseca: o primeiro presidente da República da Espada.
No ano de 1889, o Brasil deixou de ser um império para se transformar em um governo republicano. Na prática, isso significa dizer que o país deixou de ser controlado pelo imperador e que a maior autoridade política do país passou a ser o presidente, que deveria ser escolhido através do voto da população.

Por ser um tipo de governo que dava maior poder à população, chegamos a imaginar que a criação da República teria sido criada no Brasil através da participação de vários grupos da sociedade brasileira. Mas não foi assim que aconteceu.

Nessa época, a maioria da população não tinha acesso a um tipo de educação que a levasse a participar das questões políticas do país e os ex-escravos, libertos no ano de 1888, ainda lidavam com o desafio de sobreviverem com a venda de sua mão de obra. Dessa forma, fica a questão: quem são os grandes responsáveis pela criação da República no nosso país?

Para responder a essa pergunta, devemos notar a ação de um pequeno grupo de políticos que defendiam a república no Brasil e dos militares, que se mostravam insatisfeitos com o governo de Dom Pedro II. Ao longo das décadas de 1870 e 1880, a relação entre o imperador e os militares não foi muito harmônica. Os militares exigiam melhores salários e maior participação política nos destinos da nação.

O imperador, por sua vez, acreditava que essas exigências afrontavam a sua autoridade e acabaram não sendo atendidas. Por volta de 1888, cresciam os boatos que o rei iria fazer uma grande reforma no Exército e que os militares que o criticavam seriam retirados de seus cargos. Foi então que, reunidos no Rio de Janeiro, então capital do país, um grupo de militares organizou um golpe que tirou Dom Pedro II do poder.

Foi então que, em 1889, começava a República da Espada. O primeiro presidente desse período foi Deodoro da Fonseca, que fora líder do golpe que tirou Dom Pedro II do poder. Entre 1889 e 1890, promoveu a criação de novos símbolos, brasões e hinos que representavam a criação de uma nova nação. Vale lembrar que foi nessa época em que nossa atual bandeira foi elaborada.

Além disso, Deodoro promoveu eleições para que uma nova constituição, a lei maior que controlava o país, fosse aprovada. O Brasil sofreu várias mudanças: foi criado o casamento civil, as antigas “províncias” passaram a ser chamadas de “estados”; o Estado passou a ser independente da Igreja; e os homens, maiores de 21 anos e alfabetizados, poderiam votar.

Sendo até então mantido como presidente provisório, Deodoro foi eleito pelos deputados que elaboraram a primeira constituição. Assumindo o novo mandato, decidiu modernizar a economia facilitando o acesso ao crédito para que novas indústrias fossem criadas. Tal medida acabou não sendo muito eficiente, pois muitos empréstimos foram feitos e nem sempre foram usados para a criação de novas indústrias.

Isso acabou gerando uma grave inflação que fez com que nossos deputados quisessem limitar os poderes do presidente. Insatisfeito, Deodoro da Fonseca ameaçou fechar o Congresso Nacional. Isso acabou fortalecendo as críticas contra seu governo, o que fez com que ele mesmo deixasse o cargo de presidente.

Em seu lugar assumiu o vice-presidente, Floriano Peixoto, que assumiu o governo com o desafio de conter a inflação e enfrentar os que queriam acabar com seu governo. Nessa época, teve então que enfrentar duas grandes revoltas: a Revolta da Armada, no Rio de Janeiro e a Revolução Federalista, acontecida no Rio Grande do Sul.

Para não ter sua autoridade ameaçada, Floriano utilizou de um grande aparato militar que acabou fazendo com que esses conflitos fossem muito violentos. Na intenção de acabar com a inflação, o presidente decidiu tabelar o preço dos alimentos e dos aluguéis. Ao mesmo tempo, ele teve a preocupação de incentivar a exportação do café.

Foi assim então que se desenvolveu a República da Espada no Brasil, que ficou conhecida assim pelo fato de os nossos dois primeiros presidentes terem sido militares. Entre revoltas e graves problemas, esse período da história política do Brasil acabou com a eleição de Prudente de Morais, primeiro presidente civil da nossa história republicana.
http://www.escolakids.com/republica-velha-o-periodo-da-republica-da-espada.htm

Viva a sabedoria...

Dialética
Dialética é a união entre forma e conteúdo para a compreensão da realidade, evidenciando uma lógica unida a uma ontologia. Zenão: o Inventor da dialética.

Conta-nos a história que o inventor da dialética foi Zenão de Eleia, que produzia argumentos com base na oposição das teses levantadas por seus adversários com o intuito de refutar a noção de movimento, mostrando, assim, que seu mestre (Parmênides) estava certo ao dizer que o Ser é e o não Ser não é. Mas podemos recuar um pouco mais no tempo, na época de Heráclito, pai do mobilismo, a fim de compreender as origens da dialética.

Segundo o modo de pensar o mundo que concebe que tudo está em transformação, a linguagem (lógos) refere-se à própria phýsis, isto é, o que se diz se diz da natureza. No entanto, o pensamento capta que todos os objetos estão em eterna transformação, o que impede uma identidade conceitual possível de ser absolutamente conhecida. Assim, tudo o que temos são opiniões sobre o mundo e, para não corrermos o risco de errar constantemente, devemos observar cuidadosamente esse processo de devir ou de transformação que pode ser chamado, nesse momento, de a dialética das coisas.

Ora, é justamente aqui que entra, muito tempo depois, o pensamento de Zenão, para quem o movimento é ilusão. Ele sistematiza o que chamamos de dialética justamente para evidenciar a lógica de Parmênides, que privilegia a unicidade e a univocidade do Ser. Toda espécie de juízo, que não o tautológico (A é A), introduz o movimento no pensamento e, portanto, erra-se.

Tempos depois, para solucionar isso, Platão promoveu uma síntese entre os autores do mobilismo e do imobilismo, entendendo que há duas realidades distintas, mas complementares: o mundo sensível e o mundo inteligível. No sensível, por causa de sua variedade e multiplicidade, percebe-se o movimento, que por si só impediria toda predicação. 

No inteligível, há o problema da comunicação entre as ideias, o que permitiria, como entendia Parmênides, que só juízos tautológicos pudessem ser feitos. Então, para salvaguardar a unidade da inteligência nos discursos que são sensíveis, Platão desenvolveu uma nova forma de dialética, que partia do diálogo entre interlocutores que saem do plano meramente sensível em busca das ideias. Isso significa que o mundo inteligível, como fator extralinguístico, promove o conhecimento dos entes sensíveis, determinando suas formas de existência. O conhecimento puro é ideal, mas ainda que não possamos alcançá-lo absolutamente, não devemos desistir, porque é o ideal que regula o lógos (linguagem).

Aristóteles, discípulo de Platão e inventor do que chamamos de lógica, entende a dialética como um debate de opiniões que ainda são infundadas formalmente, mas que podem ou não resultar em ciência. Ele desenvolveu um instrumento formal capaz de dar conta das relações de mediação entre o que foi dito, para se extrair conclusões adequadas ao conhecimento de objetos. Esse instrumento é o silogismo.

Por muito tempo a dialética foi relegada a um segundo plano, sendo substituída na lógica pela matemática. No entanto, no século XIX, um pensador alemão, Hegel, retomando o pensamento de Heráclito e Platão, conferiu uma nova compreensão sobre dialética. Segundo ele, a dialética ocupa-se da síntese entre situações históricas concretas que visam à superação das oposições estabelecidas por cada povo, em cada época. Assim, um regime político, uma religião, ou qualquer ato humano (cultura em geral) é um distanciamento da natureza, mas que busca sair de si e retornar a si enquanto espírito. Natureza e espírito são a mesma coisa e se desdobram no que chamamos de história da razão. Há um interesse da razão no desenvolvimento de si mesma para concretizar no mundo o seu ideal. O real é racional e o racional é real, diria Hegel, ao estabelecer as noções de tese, antítese e síntese como o próprio movimento do pensamento humano.

Porém, importante mesmo foi a consequência desse pensamento para um outro filósofo alemão: Karl Marx. Conforme esse autor, as contradições nas coisas não dependem de uma razão que transcende nossa realidade, mas são frutos do modo como organizamos nossa produção, isto é, das nossas condições materiais de existência. Significa dizer com Marx que podemos superar as contradições tomando consciência de nossa situação histórica, ou seja, consciência de classe. No ápice de sua síntese, não estaria o Estado teleológico como queria Hegel, Estado esse que interessa à Razão, mas um modo de vida comum que evitaria que contradições surgissem de modo a diferenciar as pessoas segundo classes econômicas.

Dessa forma, o que há de comum entre esses autores é que concebem a dialética como a união entre forma e conteúdo para a compreensão da realidade, evidenciando uma lógica unida a uma ontologia.
http://www.brasilescola.com/filosofia/dialetica.htm

Mais uma etapa superada...