terça-feira, 27 de agosto de 2013

Entendendo...

Os sistemas produtivos: formas de atender às necessidades da vida material

Os sistemas produtivos dizem respeito à forma como as sociedades se organizam para produzir os recursos necessários à sua sobrevivência.


Como se sabe, as sociedades possuem estruturas, as quais são responsáveis pela maneira como as relações sociais são organizadas, norteadas, conduzidas, permitindo que os indivíduos possam assumir posições e papéis sociais. Tais estruturas estão extremamente interconectadas aos sistemas produtivos que vigoram nestas sociedades, os quais dizem respeito à forma como as sociedades se organizam para produzir os recursos necessários à sua sobrevivência, isto é, diz respeito à maneira como os grupos sociais atendem às necessidades materiais de suas vidas. As necessidades materiais devem ser entendidas como alimentos, vestimentas, utensílios, ferramentas, construções, remédios, enfim, uma gama de elementos necessários e que são produzidos ou alcançados pelo trabalho do homem através de sua interação com o meio e com outros homens em sociedade.

A transformação do sistema produtivo é um aspecto fundamental para se pensar nas mudanças das estruturas sociais que garantiriam o surgimento de uma sociedade industrial e o abandono dos padrões anteriores. Como se sabe, uma maior divisão do trabalho ocasionou o surgimento de uma estratificação em classes sociais como podemos compreender da leitura da obra de Karl Marx. Aliás, este mesmo pensador nos mostra em sua análise a importância do chamado materialismo histórico, um método pelo qual podemos tentar compreender a vida econômica, social, política e intelectual, isto é, a história da humanidade e suas formas de organização, percebendo de que forma os sistemas produtivos de cada período possuem uma relação intrínseca com a estrutura social.

Na sociedade feudal existente na Idade Média, por exemplo, para uma sociedade estamental (sem condições de mobilidade social) prevalecia um sistema produtivo de autossustento, predominantemente agrícola, familiar. Mesmo com o desenvolvimento incipiente de um comércio nos povoados que se formavam pela Europa, permanecia um tipo de sistema produtivo familiar. Surgiram neste contexto (de um incipiente povoamento) as chamadas corporações de ofício, formadas por mestres artesãos e seus ajudantes, os quais iniciavam uma produção pequena para um mercado local. Mas o crescimento das cidades e a expansão do comércio faria com que o sistema de produção doméstico entrasse em vigor, o qual significaria a perda da independência dos artesãos na produção de seu trabalho. Se outrora eles tinham além da posse de seu trabalho também a matéria prima e suas ferramentas, no sistema doméstico passam a depender, às vezes, de intermediários, os quais auxiliariam tanto com matéria-prima como nas vendas. Obviamente, vale dizer que ao longo da história estes sistemas em algum momento vigoraram juntos, uma vez que os processos históricos são dinâmicos e que o início de um “novo” sistema ou configuração não se dá somente após o término definitivo do anterior.

Em meados do século XVIII, já num período em que se iniciara a revolução científico-tecnológica, surgiu o sistema fabril, o qual se desenvolvera ao longo do século XIX até os nossos dias. Em comparação aos sistemas anteriores, como apontam Lakatos e Marconi (1999), tratava-se agora de uma “produção realizada fora do lar, em estabelecimentos pertencentes ao empregador, sob rigorosa supervisão, para mercado cada vez mais amplo e oscilante. O trabalhador perde totalmente sua independência: não possui mais matéria-prima nem é dono dos instrumentos de trabalho. A habilidade do trabalhador, até certo ponto, perde importância devido ao uso da máquina, mas o capital torna-se cada vez mais importante” (ibidem, p. 207).

Assim, a mudança dos sistemas produtivos é acompanhada pela reorganização da estrutura da sociedade. A Europa dos campos e das plantações (além é claro do comércio ainda modesto) deu lugar para outra urbanizada e industrial, consequência direta das transformações e dos sistemas produtivos, isto é, da maneira do homem produzir sua vida material.

Curioso...

O Caminho de Santiago

Da mesma forma que os muçulmanos têm sua peregrinação à Meca, os cristãos também têm sua peregrinação à Santiago. Eles seguem uma rota para chegar à sepultura do apóstolo São Tiago Maior, em Santiago de Compostela, na Espanha.

Depois de ter sido degolado, os restos mortais do apóstolo foram milagrosamente encontrados e levados a Compostela, onde uma catedral foi construída em sua homenagem.

Em seu roteiro mais tradicional, o Caminho de Santiago começa no sudoeste da França, nas proximidades da fronteira com a Espanha, numa pequena cidade denominada Saint Jean-Pied-de-Port, e acaba na Galícia, no noroeste da Espanha, onde se encontra a Catedral de Santiago.

É considerada como a terceira maior rota de peregrinação cristã do mundo, o caminho de Santiago deixa marcas intensas em quem o completa. Um dos motivos é a distância percorrida, são 600 km de caminhada, apresentando trechos muito isolados.

Piada...

O rapaz passava a primeira noite com sua noiva. Após várias sessões de amor, adormeceram. De madrugada, ele começou a gritar. Ela o acordou e ele, com voz trêmula, explicou que tinha tido um pesadelo. Sonhou que estava dependurado à beira de um precipício, e que só não caiu porque se agarrou desesperadamente a um arbusto. - Agora já passou - disse ela, confortando-o. - Fique tranquilo e volte a dormir. - Já estou mais calmo. Durma também, querida. - Tá, meu amor. Só estou esperando você tirar a mão do arbusto.

Devanear...

Soneto de devoção

“Essa mulher que se arremessa, fria
E lúbrica aos meus braços, e nos seios
Me arrebata e me beija e balbucia
Versos, votos de amor e nomes feios.

“Essa mulher, flor de melancolia
Que se ri dos meus pálidos receios
A única entre todas a quem dei
Os carinhos que nunca a outra daria.

“Essa mulher que a cada amor proclama
A miséria e a grandeza de quem ama
E guarda a marca dos meus dentes nela.

“Essa mulher é um mundo! – uma cadela
Talvez… – mas na moldura de uma cama
Nunca mulher nenhuma foi tão bela!” – Vinícius de Moraes
http://classicosuniversais.com/category/literatura/poesia/

Guloseimas em excesso...

Mais da metade dos brasileiros está acima do peso, diz pesquisa
O Ministério da Saúde ouviu 45 mil pessoas acima de 18 anos, em todas as capitais do país e no DF

REDAÇÃO ÉPOCA, COM AGÊNCIA BRASIL E ESTADÃO CONTEÚDO
Obesidade causa problemas de saúde como hipertensão e diabetes (Foto: Wilson Dias/Abr)


Mais da metade dos brasileiros está acima do peso, revela pesquisa do Ministério da Saúde. O trabalho, feito em todas as capitais do país e no Distrito Federal, mostra que 51% da população acima de 18 anos tem sobrepeso. Em 2006, quando o levantamento começou a ser feito, eram 43%. A obesidade também aumentou no período de 11% para 17%. Ao anunciar os números, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a adoção de hábitos mais saudáveis é tarefa de todos. "A hora é agora. Caso algo não seja feito, em dez anos podemos ter números semelhantes aos dos Estados Unidos."

Os dados mostram que, além dos fatores genéticos, o excesso de peso está ligado a escolaridade. É entre as pessoas com menos anos de estudo que está a maior parcela dos que tem excesso de peso. Um total de 57,3% dos que tem até oito anos de estudo está com excesso de peso. Entre os que tem entre nove e 11 anos de estudo, o percentual é 46,7% e entre aqueles com 12 ou mais anos de estudo é 48,4%. “Essa é uma tendência mundial e que tem sido alvo de preocupação”, disse o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.

Batizada de Vigitel, a pesquisa é feita por meio de entrevistas telefônicas. Foram ouvidas 45 mil pessoas. A capital com maior percentual de adultos com excesso de peso é Campo Grande (56%), seguida de Porto Alegre e Rio Branco com 54%, Recife e Fortaleza com 53%. 

Apesar do crescimento registrado da obesidade, Padilha afirmou não haver intenção do governo de mudar a estratégia para prevenção e combate ao excesso de peso da população, um problema que está relacionado ao aparecimento de doenças como diabetes, hipertensão e câncer. A ideia, completou, é reforçar as medidas que já vêm sendo adotadas: a construção de unidades do Academia de Saúde, centros com infraestrutura e profissionais para orientar a população a práticas de atividade física, e o Saúde na Escola, com informações sobre obesidade para estudantes.


O trabalho mostra outro dado preocupante: o alto porcentual de pessoas que consomem em excesso bebida alcoólica. O abuso é maior entre as pessoas com maior escolaridade: 22% dos que têm mais de 12 anos de estudo disseram ter consumido de forma excessiva bebidas no mês anterior à entrevista. Entre aqueles com 9 a 11 anos, a média foi de 19,4% e entre os com menos de oito anos, 15%. "A população mais vulnerável é a masculina: da parcela com maior escolaridade, 31,9% disseram beber de forma excessiva", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde.

Um dia, quem sabe, talvez...

Promotor nega sete pedidos de união homoafetiva em três meses em Santa Catarina
O promotor Henrique Limongi, do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), assumiu a postura de não permitir casamentos gays em Florianópolis, nos casos em que atua. O MP precisa dar parecer nos pedidos de união homoafetiva.

Nos últimos três meses, Limongi já negou sete pedidos de casamento, obrigando os casais gays a recorrerem à Justiça (o reconhecimento da união gay  foi dado pelo Supremo Tribunal Federal em 2011).

Na mais recente decisão, Limongi impediu o casamento de Carmen Melo, 30 anos, e Priscila Zanuzzo, 29 anos. Elas tiveram que adiar a festa que já estava programada para acontecer no último dia 23.

A posição de Limongi é bem conhecida em Florianópolis. Em geral, o parecer dele é ignorado pelos juízes - mas a simples negativa obriga a que os noivos recorram, o que atrasa tudo. Carmen disse que não queria "ser refém da decisão desse homem" e recorreu à Justiça para obter o registro de casamento com Priscila.

 "Parâmetros de normalidade"

Em abril passado, a Corregedoria do MPSC instruiu seus promotores a não dificultarem as uniões homoafetivas. Por isso, a posição de Limongi é considerada pessoal. Ele sustenta que o relacionamento gay está "fora dos parâmetros de normalidade".

A união civil entre homossexuais e o registro dela nos cartórios de Santa Catarina está amparada também em decisão de abril do Tribunal de Justiça (TJSC). A secção local da OAB pediu ao MPSC que investigue as negativas de Limongi. O Conselho Nacional do MP abriu uma investigação disciplinar sobre os casos em que ele atua.

O promotor Limongi disse que sua posição não é por homofobia nem preconceito, mas por interpretação ao pé da letra do artigo 226 da Constituição, em que consta que a união estável se dá entre homem e mulher.

Quanta idiotice...

Sugiro um programa: o “Menos Políticos”
Os médicos cubanos não sairão em passeata porque, no país deles, isso dá cadeia

RUTH DE AQUINO
  
Como o governo Dilma anunciou estrepitosamente os programas Mais Médicos e Mais Professores para resolver nossas sérias deficiências na Saúde e na Educação, deixo aqui minha contribuição para o PT ganhar votos nas eleições: um programa ambicioso, apoiado em quatro vertentes – Menos Ministros, Menos Senadores, Menos Deputados, Menos Vereadores. Todos agrupados sob uma mesma sigla: MP, de Menos Políticos.
Com esse corte nos supérfluos (os políticos), o Brasil economizaria grana para comprar gaze, maca, termômetro... e também carteiras escolares, quadro-negro, giz... essas coisas sofisticadas que só faltam no Quinto Mundo – no interior e na periferia do Brasil. Também daria para pagar melhor os médicos e os professores, que ganham bem menos que o garçom do Senado.
>> Conheça o novo Blog da Ruth de opinião, política, sociedade e comportamento

Se fôssemos além e acabássemos com a roubalheira e as mordomias vitalícias dos políticos (e seus parentes), a verba seria tão volumosa que conseguiríamos salvar milhares de pacientes que morrem nas filas. Fila de leito de UTI, fila de remédio, fila de hospital, fila de transferência, fila de ambulância. Acabaríamos com as filas obscenas de pessoas à beira da morte. Não seria uma excelente medida eleitoreira, para figurar na propaganda político-partidária na televisão?

Com o programa Menos Políticos – já que o país funciona muito bem nas férias e nos recessos do Congresso –, nem precisaríamos fazer a maldade de retirar de nossos hermanos 4 mil médicos. Será que não farão falta na ilha? Os médicos importados pelo Brasil são todos ligados ao governo eterno dos irmãos Castro. Somente os socialistas empedernidos têm autorização para vir trabalhar no Brasil. Caso contrário, esse programa poderia se revelar um fiasco.

No ano passado, Cuba registrou o maior êxodo de cidadãos desde 1994: quase 47 mil cubanos deixaram a ilha em 2012. Imagine se alguns desses médicos importados agora resolvem pedir asilo ao governo Dilma. Terão a mesma sorte dos dois jovens boxeadores cubanos nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007. Não queriam voltar para Cuba, foram acusados por Fidel de “traição à pátria”, e Lula se livrou deles rapidinho. Deram o azar de não ser italianos. O Brasil abre portas e fundos a refugiados africanos que aproveitaram a Jornada Mundial da Juventude para aqui ficar. Mas os cubanos serão sempre mandados de volta.

Os 4 mil médicos cubanos que devem chegar ao Brasil até o fim do ano atenderão pacientes em lugares chinfrins, sem mojito e sem qualquer infraestrutura, rejeitados por médicos brasileiros. A iniciativa em si é louvável: colocar médicos para atender populações totalmente desassistidas em 701 cidades do Norte e Nordeste brasileiros.

Não gosto da histeria que produz argumentos burros e demolidos facilmente. Alguns argumentos derivam do corporativismo: “Não queremos médicos estrangeiros”. Não dá, não é? Outra alegação ridícula: “Ah, eles não falam português”. Como se médicos não pudessem atender pacientes a não ser que falassem o mesmo idioma. Ainda mais se tratando de espanhol. Eles não são russos nem chineses, são cubanos. Revalidar o diploma é importante, embora a gente saiba que há muito médico brasileiro com diploma e sem competência para exercer a profissão.

Os problemas reais são outros. O principal é que, por melhores e mais profissionais que sejam esses médicos cubanos, a presença deles não muda em nada nosso caos cotidiano na Saúde. Sem os apetrechos básicos, sem ambulâncias, sem leitos, sem remédios e sem condições de realizar exames ou de transferir doentes, o médico de Fidel se perguntará em que roubada os dois governos o meteram. E nada acontecerá, porque ele aprendeu a ser bem-comportado. Não denunciará o governo Dilma nem sairá em passeata, porque no país dele isso dá cadeia.

O outro problema entra nos campos trabalhista e moral. O Ministério Público já começou a investigar essa transação esquisita de profissionais da Saúde. Ouvimos que Cuba exporta médicos para dezenas de países e que se trata de um sistema corriqueiro, oficial e nada clandestino. Ok. Mas a transação é esquisita, porque os médicos cubanos ganharão no fim das contas uma merreca.

A coisa funciona assim: os salários deles saem do nosso bolso em forma de impostos, passam pelo Palácio do Planalto em Brasília e acabam no Palácio da Revolução em Havana. O Brasil pagará por médico “uma bolsa mensal de R$ 10 mil”. O grosso será embolsado pela ditadura morena cubana. Os médicos enviados à Venezuela no mesmo esquema recebem cerca de R$ 550. Em Cuba, um médico ganha entre R$ 60 e R$ 100 por mês. Quanto ganhará no Brasil? Se essa exploração não é ilegal pelos padrões de Dilma e dos irmãos Castro, deveria ser imoral. O que é isso, companheiros?

Mais uma etapa superada...