segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Entendendo...

Pena de Morte
A adoção da pena de morte toca em bases fundamentais de uma sociedade.

Vez ou outra, a pena de morte ganha espaço de discussão toda vez que algum crime hediondo estampa a primeira página dos noticiários. O calor do momento e o próprio sentimento de revolta se transformam em grandes combustíveis de pessoas que vociferam contra os responsáveis por atos de extrema violência. Reconhecendo a figura de um criminoso incorrigível, acreditam que a extinção da vida se torna a melhor escolha para esse tipo de situação.

De fato, alguns campos do conhecimento como a psicologia e a neurologia apontam a presença de pessoas que se portam de forma alheia às regras sociais. Matam, roubam, estupram, enganam e destroem sem que necessariamente demonstrem algum arrependimento pelos seus atos. Para alguns desses estudiosos, alterações de dimensão física e biológica explicam a existência de alguns criminosos capazes dos mais inomináveis atos de crueldade.

Contudo, devemos ver que boa parte dos criminosos não se enquadra nesse tipo de perfil, onde a pessoa se comporta assim em razão de uma limitação física. É sabido por todos que a maioria esmagadora dos criminosos é gerada em nichos em que a miséria, a violência e outros vários tipos de adversidade contribuem para que o contraventor venha a existir. Sob tal aspecto, vemos que a criminalidade está relacionada diretamente com a própria desigualdade fomentada por nossas instituições e governantes.

Sendo assim, como poderíamos determinar a coerência existente na pena de morte aplicada contra aqueles que são, antes de qualquer coisa, vítimas do próprio sistema em que vivem? Ao executar um criminoso, por mais brando e indolor que o método utilizado possa parecer, a sociedade e o governo que a representa se abstém da responsabilidade de proteger, formar e, nesses casos, recuperar os cidadãos vitimados pela chaga da marginalização.

Paralelamente, devemos observar que a pena de morte é um tipo de punição que coloca em questão a própria noção de justiça de um povo. Em muitas culturas, é comum ouvir que a família vítima de um homicida, por exemplo, espere que ele “apodreça na cadeia”. De tal forma, vemos que a crença na reabilitação do sujeito é completamente desacreditada e substituída por um senso de justiça calcado na vingança contra o mal cometido por alguém.

Os defensores da pena de morte alegam que a utilização desse tipo de punição deve se restringir a casos muito específicos em que a recuperação se mostra completamente ineficaz. Nesse sentido, reincidentes, psicopatas e genocidas seriam os alvos principais para esse tipo de penalidade. Já outros defensores, alegam que a simples existência da pena de morte é suficientemente capaz de inibir um grande número de pessoas a cometerem um amplo universo de crimes graves.

Fora da preocupação de defender ou repudiar a pena de morte, devemos pensar todo um aspecto de questões que são ativadas através da mesma. Os preceitos morais, a configuração das leis, o funcionamento do sistema penitenciário são apenas alguns dos pontos atingidos por esse debate. Vale, assim, ressaltar que não existe um modelo de justiça imune às falhas. Mas devemos frisar o quão importante é a justiça responder, da melhor forma possível, a sociedade que representa.
http://www.brasilescola.com/sociologia/pena-morte.htm

Curioso...

O poder da mente na cura de doenças
Pílulas falsas constatam o efeito Placebo
Ao comprar um remédio você pode pensar que pagou pela cura, mas estudos mostram que a ação de um medicamento vai muito além de sua fórmula: o poder da mente é um auxiliar na cura de doenças.

O poder da mente.
Não é difícil deparar com histórias de pacientes que apresentam uma melhora acima da esperada, o fato de acreditar na cura é que explica tal situação, é o que os cientistas denominam de “efeito Placebo”.

Os testes clínicos de novas drogas utilizam os placebos a um nível de comparação. São dois grupos: um utiliza as pílulas com o novo medicamento e o outro as pílulas de farinha. Por incrível que pareça, 30 % dos participantes que ingerem os placebos (pílulas falsas) apresentam melhoria, esse fenômeno não pode ser explicado na teoria e a explicação na prática você confere agora:

Este efeito ganhou atenção científica no início deste século, pesquisas comprovaram que é realmente efetivo. Tudo porque o paciente, ao botar fé que o tratamento vai funcionar, favorece uma série de reações em seu corpo capazes de minimizar dores e melhorar a resposta do sistema imunológico. Mas que reações são essas que provocam tantos benefícios?

Estudos realizados em diversas áreas sugerem uma explicação: a expectativa de se sentir melhor aumenta no cérebro a liberação de dopamina, neurotransmissor associado ao prazer e bem-estar. Alguns estudos apontam para a redução do hormônio cortisol como explicação: este hormônio é liberado em situação de estresse e inibe o funcionamento das defesas do organismo.

Em geral, a mente auxilia na cura das doenças ligadas a distúrbios psicológicos (depressões leves), estresse, asma e impotência.

Piada...

Mamãe, mamãe... me leva no circo? Não, filho... Se querem te ver, que venham aqui em casa...
http://www.piadasnet.com/piada1934curtas.htm

Devanear...


O Pequeno Príncipe (Le Petit Prince), de Antoine de Saint-Exupéry
por Christian von Koenig em 28/06/2013
Le Petit Prince
Nenhum livro infantil jamais fez tanto sucesso quanto O Pequeno Príncipe (The Little Prince / Le Petit Prince, 1943), de Antoine de Saint-Exupéry (1900–1944). E raros livros ganharam tanta repercussão, tanto entre as crianças quanto entre adultos, com mais de 143.000.000 de cópias vendidas desde seu lançamento e traduções para idiomas que sequer sabíamos existir.

A história, ilustrada por aquarelas de autoria do próprio Exupéry, é narrada por uma figura masculina que bem poderia ser o escritor. Afinal, o narrador é um piloto de aviões que desabou sobre o deserto do Saara, o mesmo que acontecera ao autor, também aviador, outrora forçado a pousar sobre esse deserto. Esse pano de fundo faz da obra um dos casos mais interessantes de entrelaçamento literário entre criador e criação.

Se o narrador é esse piloto, o protagonista é, como o título já diz, o Pequeno Príncipe. De príncipe ele nada tem, exceto a casaca que o cobre, ligeiramente aristocrática. O passado do Pequeno Príncipe é revelado através de conversas entre ele e o aviador, mas se organizarmos os acontecimentos por ordem de ação a narrativa ficaria como segue.


O Pequeno Príncipe vive num país pequeno igual a ele. Um dia nasceu uma rosa, toda prosa para ele. Só que o Pequeno Príncipe, não acostumado a companhia, não conseguiu entender-se com ela. Segundo suas palavras: “Eu era jovem demais para saber amar”*.

Então ele foge de seu planeta e em seu rumo incerto passa por outros corpos celestes, cada um habitado por figuras as quais considera difíceis de entender. Enfim chega à terra, conhece algumas figuras até chegar ao encontro com o aviador no deserto.

A obra pode ser considerada uma fábula, pois ao longo dela são apresentadas várias mensagens de cunho moral. O que começa como um comentário à falta de imaginação dos adultos, imaginação esta que o livro procurará resgatar, a partir do relato do protagonista vê-se críticas à soberba, à ganância, à vaidade e a outros aspectos típicos da vida adulta.

Essa passagem pelos pequenos planetas e os encontros que o Príncipe tem na Terra é a parte mais marcante da novela. Aí ocorrem as falas mais lembradas, como “o essencial é invisível aos olhos” e “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. E assim o principezinho aprende o que é amar.

No entanto, é interessante notar que da mesma forma que os habitantes dos pequenos planetas viviam sozinhos com suas ocupações, também o Pequeno Príncipe vivia. O mesmo sentido de isolamento aplica-se a ele.

O que pensaria um viajante que pousasse ali no asteroide B 612? O que diria do pequeno que ali vivia? Ora, foi justamente isso que aconteceu quando apareceu naquele solo uma rosa vinda de muito longe. Então, o que ele fez? Fugiu-lhe.

Embora sejamos dados a admirar a inocência do protagonista, percebe-se que também tem muito a aprender, especialmente sobre aceitação. E se considerarmos o surgimento da obra em meio à Segunda Guerra Mundial, essa mensagem ganha ainda mais importância.

Pensemos que não basta ao princepezinho remover os danosos baobás, é-lhe preciso também suportar a rosa e seus espinhos. Não fosse a raposa a mostrar-lhe que há significado por trás de uma união, talvez ele continuasse a vagar cada vez mais longe.

É aí que O Pequeno Príncipe trabalha o seu melhor, em torno da criação de sentidos, de vínculos baseados além de circunstâncias palpáveis. Se diz que o essencial é invisível aos olhos, não é porque devamos ignorar o mundo real, visível, mas porque devemos olhar além disso.

E o livro pode ser visto igualmente como um exemplo de fase de transição por seu caráter instrutivo. Perde-se o corpo da criança durante o amadurecimento para que surja em seu lugar um adulto, porém a essência não precisa ser alterada. O adulto pode – e deve, como defende a obra – carregar a criança interior.

Fábula, crítica a uma sociedade em guerra, exaltação à imaginação e às virtudes da infância… O Pequeno Príncipe é um pequeno livro fantástico que instiga o pensamento e ainda comove muitos leitores ao redor do mundo.

Não sou muito chegado às conclusões que algumas pessoas têm ao ler o livro e à frase “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, pois ao mesmo tempo que a raposa explica “cativar “ como “criar laços”, ou seja, precisa-se de duas partes para isso”, ela força a posição da segunda parte. Seu processo de significação depende da resposta do outro, não do outro por ele mesmo. E o termo “responsável” tem seu sentido discutível, pois não é aquela responsabilidade presente, atuante a que estamos acostumados. Por exemplo, o Príncipe jamais voltará a ver a raposa nem poderá ajudá-la caso os caçadores a persigam. Essa responsabilidade é mais uma memória honrosa, uma significação de algo além da vista e, aí sim, a criatura por ela mesma.

Ainda assim guardo grande carinho por esse livro, o primeiro que li por vontade própria, lá na infância. Agora, alguns comentários adicionais…

Em 2013 o livro completa 70 anos de sua publicação e em 2015 a obra entra em domínio público, com a exceção dos Estados Unidos e da França. Portanto, pode-se esperar por essa época uma enxurrada de produtos relacionados.

E é curioso falar de Saint-Exupéry na Grande Florianópolis, porque por aqui o escritor é uma espécie de lenda. É certo que a região do Campeche, onde há inclusive uma avenida chamada Pequeno Príncipe, servia de pouso momentâneo aos aviadores encarregados dos serviços postais entre a Argentina e o mundo, caso de Exupéry. Há um bocado de causos a envolverem os locais e o famoso escritor, infelizmente pouco documentados.

*O Pequeno Príncipe (Le Petit Prince), de Antoine de Saint-Exupéry, traduzido por Dom Marcos Barbosa para a Editora Agir.
http://classicosuniversais.com/2013/06/28/o-pequeno-principe/#more-1514

Interesses cruzados...

Dirceu agiu em favor de empresas na Casa Civil
Quando ministro, ele encaminhou à Fazenda pleitos de empresas privadas
José Dirceu enviou a Antônio Palocci, então ministro da Fazenda, durante intervalo da reunião ministerial na granja do torto.
José Dirceu enviou a Antônio Palocci, então ministro da Fazenda, durante intervalo da reunião ministerial na granja do torto.
BRASÍLIA E SÃO PAULO — A Casa Civil da Presidência da República foi usada pelo então ministro José Dirceu para agir a favor de interesses de empresas, segundo documentos inéditos obtidos pelo GLOBO. Em 2004, quando a compra das mineradoras Socoimex, Samitri, Ferteco e Caemi pela Vale era objeto de pauta na Secretaria de Acompanhamento Econômico e no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Dirceu encaminhou ao então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, ofício com considerações do consultor-geral da Vale, que expressava a expectativa da empresa de que a “operação fosse aprovada sem restrições”.
A compra das empresas pela mineradora foi um negócio de R$ 2,2 bilhões, consumado em 2000 e 2001. As aquisições tornaram a Vale controladora de todo o mercado doméstico de pelotas no Sudeste. A empresa aumentou de 49% para 94% o controle da venda de minério de ferro granulado no país, e de 75% para 92% a venda do minério sinter feed (partículas finas), de acordo com relatório do órgão de defesa da livre concorrência.
Em abril de 2005, a Procuradoria do Cade emitiu parecer contrário à concentração no setor, recomendando a venda de seis unidades de mineração das empresas compradas, além da dispensa, por parte da Vale, da preferência para compra do excesso de minério de ferro da mina Casa de Pedra, da CSN. Quatro meses depois, as operações de compra foram aprovadas pelo plenário do Cade, e a única restrição mantida foi a dispensa da preferência na Casa de Pedra. Ainda assim, a Vale brigou na Justiça contra a restrição, e só a cumpriu em 2009.
O GLOBO perguntou à Vale por que ela levou seu posicionamento a José Dirceu, e não apenas ao órgão responsável pela análise do caso. Perguntou também se a empresa acionou o ministro em outras ocasiões durante sua passagem pela Casa Civil.
A mineradora disse considerar que “o pleito apresentado na carta foi recusado pelo governo”, em função da restrição mantida pelos conselheiros em decisão de plenária. E informou que não comentaria as demais questões, “uma vez que os gestores que tomaram as decisões não trabalham mais na empresa”.
Críticas ao aumento do preço do aço
As relações mais próximas entre a Vale e Dirceu ocorreram no período em que Roger Agnelli estava na presidência da mineradora. Ele deixou a empresa em 2011, em meio a forte pressão do governo federal, que desejava que a Vale investisse mais em siderúrgicas em vez de apenas extrair e exportar minério de ferro.
Depois deste período, Agnelli manteve boa relação com Dirceu, inclusive visitando-o algumas vezes em sua casa em Vinhedo, no interior de São Paulo, em meio ao julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em outro ofício encaminhado à Fazenda obtido pelo GLOBO, o ex-ministro intercedeu em nome da subsidiária brasileira da alemã Prensas Schuler, instalada em Diadema (SP), que tentava obter na Receita Federal liquidação de ressarcimento de IPI-exportação. No pedido, Dirceu citou os números de três processos administrativos que tramitavam no âmbito do Ministério da Fazenda, pedindo a Palocci que estudasse a “possibilidade de atender o pedido de liquidação” e nos “termos da legislação em vigor”. A empresa é líder do mercado nacional de prensas de grande porte.
Atual diretor-presidente da Prensas Schuler no Brasil e diretor na época do pedido, Paulo Tonicelli disse não conhecer Dirceu pessoalmente nem saber dizer como o pedido foi parar na mesa do ministro.
— Não tenho como dizer que não o conheço porque ele está nas páginas dos jornais todos os dias. Mas não temos qualquer contato com ele. Não tenho ideia de quem teve essa iniciativa de pedir uma intervenção — disse Tonicelli, segundo o qual o sistema de compliance (controle ético ou conformidade com as leis) da empresa não permite doações eleitorais para qualquer partido político.
Parcela significativa do faturamento da Prensas Schuler no Brasil é destinado à exportação, que se acumula em crédito tributário, o que obriga a empresa a lidar com problemas de liquidez. Tonicelli disse que o ressarcimento pelos valores devidos à empresa em função da isenção de IPI não foi creditado, como esperado, e teria sido pago, nos anos seguintes, como compensações para impostos equivalentes. Os processos não estão disponíveis para consulta na Receita Federal, em função do sigilo fiscal.
Os documentos de Dirceu na Casa Civil foram obtidos pelo GLOBO junto à Casa Civil, com base na Lei de Acesso à Informação (LAI). No entanto, apesar de a solicitação incluir ofícios do ex-ministro assinados entre 2003 e 2005, a Casa Civil disponibilizou apenas parte dos “avisos” — documento com tramitação interna dentro do governo — assinados por Dirceu em 2004.
Ainda assim, dos 1.586 avisos numerados em 2004, 22 não foram apresentados. Perguntada sobre o motivo da omissão de documentos e se recebeu alguma classificação restritiva, a Casa Civil não respondeu. A ouvidoria-geral da Controladoria-Geral da União (CGU) informou que apura responsabilidades pela omissão dos documentos solicitados.
Os documentos disponibilizados pela Casa Civil mostram os bastidores da atuação do ministro e de um dos primeiros anos do governo Lula. Registram o atendimento a pleitos de governadores, o encaminhamento de projetos de lei e medidas provisórias do então presidente.
Se por um lado Dirceu encaminhou expectativa da Vale de conseguir aprovar a compra de quatro concorrentes, aumentando o poder de fogo da empresa, por outro reclamou de um possível aumento do preço do aço em ofício ao então ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan.
“Esta pasta não acredita que seria bom para a saúde da economia nacional novos aumentos do preço do aço, bem como o de veículos, nos próximos meses”, escreveu Dirceu ao colega, ao ser provocado em carta da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Dirceu nega interferência
Em nota enviada ao GLOBO, José Dirceu negou ter atuado na defesa de interesses privados, dizendo ter agido “dentro das atribuições legais que tinha quando chefiava a Casa Civil, sem interferir no andamento das demandas apresentadas ao governo”.
“A única atitude que tomou foi a de encaminhar os pedidos para as áreas mais competentes para avaliá-los, sem recomendar sua aprovação ou desaprovação”, escreveu a assessoria do ex-ministro, afirmando que durante o período em que esteve no órgão ele teria recebido outros pedidos semelhantes e considerava que repassá-los era uma “obrigação funcional”.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/dirceu-agiu-em-favor-de-empresas-na-casa-civil-9873457#ixzz2eK2hq7dK

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Somente marolinhas...

Brasil já gastou R$ 830 bilhões para reduzir impactos da crise
Para conter efeitos da crise nos últimos 5 anos, gastos do governo brasileiro com bancos públicos para turbinar o crédito, corte de juros e redução de impostos já somam 16,5% do PIB

BRASÍLIA— O custo do arsenal de medidas que o governo brasileiro teve de usar para combater os efeitos da crise global iniciada em 2008 chega a, pelo menos, R$ 832 bilhões, ou 16,5% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) em cinco anos. Este montante inclui as principais ações adotadas desde a fase mais aguda da crise até agora. Em 2009, no auge da turbulência global, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a chamar a turbulência de “marolinha”, subestimando seus efeitos sobre a economia brasileira. Recentemente, ao comentar a volatilidade no câmbio, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o país atravessa uma “minicrise”. O GLOBO inicia hoje uma série de reportagens sobre os cinco anos que sacudiram o mundo após a quebra do banco de investimentos Lehman Brothers, em 15 de setembro de 2008, marco da maior crise econômica desde a Grande Depressão, que eclodiu em 1929.
Nos últimos cinco anos, a equipe econômica brasileira usou os bancos públicos para garantir a oferta de crédito, reduziu juros e abriu mão de quase R$ 188 bilhões em tributos para estimular a economia. Mas assim como ocorreu no resto do planeta, o PIB brasileiro foi bastante afetado. Após crescer 5,2% em 2008, o país teve retração de 0,3% em 2009. Em 2010, a atividade respondeu aos estímulos e acelerou fortemente, fechando o ano com crescimento de 7,5%.
Preocupado com os efeitos deste crescimento na inflação, o governo pisou no freio em 2011 e promoveu um forte ajuste fiscal, que fez a economia desacelerar, e o PIB cresceu apenas 2,7% naquele ano. A atividade acabou pagando o preço alto do ajuste também em 2012, quando o Produto cresceu apenas 0,9%. Para este ano, a taxa está estimada em 2,5%.
Oportunidade para reformas desperdiçada
O ex-presidente do Banco Central Carlos Langoni avalia que o Brasil se saiu bem no auge da crise. Segundo ele, ao assegurar a oferta de crédito liberando compulsórios e usando até mesmo as reservas internacionais para ajudar as empresas que estavam endividadas, o governo conseguiu proteger o mercado interno das turbulências externas. No entanto, na visão do economista, a estratégia utilizada nos anos seguintes não foi a melhor. Langoni considera que o governo perdeu a chance de realizar reformas importantes, como a tributária, e demorou a fazer um programa de concessões para garantir investimentos que o país necessita na área de infraestrutura.
Segundo o economista, a maior parte das desonerações feitas ao longo dos últimos anos foi errática e pontual. Tanto que benefícios como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros, móveis e artigos da linha branca foram prorrogados diversas vezes. A desoneração mais estrutural, que é a redução dos encargos sobre a folha de pagamento das empresas, demorou a sair do papel e ainda não teve impactos significativos no mercado.
— Depois da fase aguda da crise, perdemos uma grande oportunidade. O governo optou por medidas pontuais. Medidas pontuais e transitórias não mexem com expectativas — disse o ex-presidente do BC.
Ele também acredita que o governo subestimou os impactos que a desaceleração das economias mundiais teriam sobre o Brasil no longo prazo. Um reflexo dela foi justamente a guerra cambial, que enfraqueceu o real e prejudicou a indústria nacional, que já tinha problemas de competitividade não resolvidos.
Para o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, o Brasil se saiu bem. Mesmo com a adversidade internacional, em ambiente de uma crise mundial severa e prolongada, o país manteve sua economia doméstica dinâmica e com perspectivas de produção, emprego e investimentos.
— Muitos setores ampliaram seus investimentos no país. Estamos entre as três economias que mais recebem investimentos estrangeiros. Ou seja, o Brasil vem se saindo muito bem, sob estas circunstâncias internacionais — enfatizou Márcio Holland, respondendo a pergunta enviada por e-mail.
No estouro da crise, disse o secretário de Política Econômica, o governo brasileiro adotou uma série de “medidas macroprudenciais e microeconômicas” que estão dando resultados positivos. Ele citou como exemplo o uso do IPI para evitar que eventuais acúmulos excessivos de estoques e baixos níveis de utilização de capacidade instalada persistissem e comprometessem o investimento e o emprego.
— Evitamos alavancagens excessivas em moedas estrangeiras em ambientes de juros internacionais próximos de zero, ao lançar uso do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para administrar fluxos de capitais e, quando necessário, removemos tal prática. Mantivemos a inflação e as despesas de governo sempre sob controle. Ao mesmo tempo, ampliamos a agenda de investimentos, para além de mais investimentos no PAC e no Minha Casa Minha Vida, entre outros — afirmou.
governo reconhece que há desafios à frente
Na visão de Holland, o Brasil tem tido um crescimento econômico sustentável. Ele disse que a inflação saiu das metas anunciadas só por alguns meses, devido ao choque de oferta. Mas reconheceu que há desafios duros a ser enfrentados. Na área econômica, afirmou, o maior deles consiste na reforma tributária mais ampla e no encaminhamento de simplificação dos tributos, sem perder de vista o equilíbrio fiscal.
— A reforma do ICMS é o maior de todos os desafios nesta direção —observou.
Indagado sobre as lições que a crise de 2008 deixaram para o Brasil, ele respondeu:
— Mesmo sendo a crise de 2008 uma das maiores do capitalismo moderno, o Brasil apresentou resultados econômicos e sociais muito bons. Isso é produto de boas políticas econômicas e sociais postas em prática nesta última década. Assim, a principal lição desta crise é mantermos as mesmas boas políticas econômicas e sociais para estarmos preparados em caso de eventuais futuras turbulências internacionais.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/brasil-ja-gastou-830-bilhoes-para-reduzir-impactos-da-crise-9873617#ixzz2eJxfu8LY
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Excesso de guloseimas...

Bumbum de acrílico: falsa médica debocha e culpa vítima: "ela comeu 1 kg de chocolate"
Suspeita é indiciada por lesão corporal grave e exercício ilegal da medicina.
Vânia ficou com o bumbum deformado após as aplicações.
A suspeita de ter aplicado acrílico no glúteo da advogada Vânia Prisco, 29 anos, prestou depoimento sobre o caso na Delegacia de Ricardo de Albuquerque, zona norte do Rio, na noite de quinta-feira (5). Cecília Tavares é investigada por se passar por médica e de ser responsável por aplicar meta crill em mulheres em uma clínica estética em Anchieta. De acordo com Jorge Zahra, delegado titular da 31ª DP, ela foi indiciada por lesão corporal grave e exercício ilegal da medicina. A polícia descartou o pedido de prisão preventiva.

Em depoimento, a suspeita assumiu ter feito os procedimentos em cinco mulheres, apesar de ter sido denunciada por seis. Ela negou ainda a versão de que se apresentava como médica ou como major do Exército e disse que contava ser técnica de enfermagem.

Ao depor, a suspeita disse que o procedimento feito em Vânia deu errado pela falta de cuidado por parte da vítima, que não teria seguido as recomendações e nem a dieta. Segundo Cecília, a aplicação na advogada teria inflamado após Vânia ter comido 1 kg de chocolate às vésperas da prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Como ela quer que fique bom se ela não seguiu a dieta recomendada? Logo após o procedimento, ela viajou ao Peru e comeu comidas condimentadas. A Vânia me disse que ela teria comido um quilo de chocolates na véspera da prova da OAB.

Vânia rebateu Cecília e afirma que a falsa médica não passou dieta. A advogada também disse que não comeu chocolate durante o tempo de recuperação e que já viajou para o Peru apresentando os sintomas de que havia algo errado na aplicação de acrílico no bumbum. A vítima informou que, mesmo com a evolução negativa do quadro, Cecília disse que o problema iria passar e que não era necessário a ida de Vânia a algum médico.

De acordo com as investigações, Cecília seria autora de vários procedimentos com acrílico mesmo não tendo o registro médico. Ela foi denunciada pela primeira vez por uma paciente em 2011, após uma aplicação malsucedida do material.

O delegado do caso, Jorge Zahra disse que a falsa médica, acompanhada de três advogados, depôs de forma espontânea e que estava arrependida dos procedimentos, apesar de ser irônica em alguns momentos do depoimento.
http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/bumbum-de-acrilico-falsa-medica-debocha-e-culpa-vitima-ela-comeu-1-kg-de-chocolate-06092013

Mais uma etapa superada...