“Quem a si próprio
elogia, não merece crédito.” (Provérbio Chinês)
http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/6/sábado, 14 de setembro de 2013
Língua afiada...
PEGADINHA GRAMATICAL
Sentido literal e Sentido figurado
Sentido literal é
aquele que pode ser tomado como o sentido “básico, usual” da palavra ou
expressão, esse pode ser compreendido sem ajuda do contexto.
Quando uma palavra ou
enunciado se apresenta em seu sentido usual, adquire valor denotativo.
Sentido figurado é o
que as palavras ou expressões adquirem em situações particulares de uso. A
palavra tem valor conotativo quando seu significado é ampliado ou alterado no
contexto em que é empregada, sugerindo ideias que vão além de seu sentido mais
usual.
História...
Origens da humanidade
Você já deve ter tido a
curiosidade de saber como surgiu a espécie humana no planeta em que vivemos,
não é mesmo? Essa curiosidade não é só sua. Muitos pesquisadores e cientistas
têm estudado para descobrir como se deu a origem do ser humano na Terra.
Quanto mais a ciência
se desenvolve, mais avançados são os recursos científicos que esses
pesquisadores podem utilizar. Eles são capazes de encontrar novas
possibilidades para explicar a origem humana. Assim, como um quebra-cabeça,
cada nova descoberta vai completando o nosso conhecimento sobre o tema.
Entre as diversas
explicações para o aparecimento do ser humano na Terra, duas se destacam pelo
amplo debate que provocaram: o criacionismo, defendido por judeus e cristãos, e
a teoria da evolução.
A criação
Durante muito tempo, os
sábios idealistas sustentaram a teoria do limite intransponível entre o homem e
os animais. Essa concepção se baseava no mito bíblico da criação do homem por
Deus, que o teria feito "à sua imagem e semelhança".
A questão sobre as
origens do homem remete um amplo debate, no qual filosofia, religião e ciência
entram em cena para construir diferentes concepções sobre a existência da vida
humana e, implicitamente, por que somos o único espécime dotado de características
que nos diferenciam do restante dos animais.
Desde as primeiras
manifestações mítico-religiosas, o homem busca resposta para essa questão.
Neste âmbito, a teoria criacionista é a que tem maior aceitação. Ao mesmo
tempo, ao contrário do que muitos pensam, as diferentes religiões do mundo
elaboraram uma versão própria da teoria criacionista.
A mitologia grega
atribui a origem do homem ao feito dos titãs Epimeteu e Prometeu. Epimeteu
teria criado os homens sem vida, imperfeitos e feitos a partir de um molde de
barro. Por compaixão, seu irmão Prometeu resolveu roubar o fogo do deus Vulcano
para dar vida à raça humana. Já a mitologia chinesa, atribui a criação da raça
humana à solidão da deusa Nu Wa, que ao perceber sua sombra sob as ondas de um
rio, resolveu criar seres à sua semelhança.
O cristianismo adota a
Bíblia como fonte explicativa sobre a criação do homem. Segundo a narrativa
bíblica, o homem foi concebido depois que Deus criou céus e terra. Também feito
a partir do barro, o homem teria ganhado vida quando Deus assoprou o fôlego da
vida em suas narinas. Outras religiões contemporâneas e antigas formulam outras
explicações, sendo que algumas chegam a ter pontos de explicação bastante
semelhantes.
Pintura feita por
Michelangelo no teto da Capela Sistina, no Palácio do Vaticano, em 1510, que
representa a criação do homem por Deus, à sua imagem e semelhança.
Viva a sabedoria...
Ilíada de Homero e sua problemática teórica
A Ilíada, obra
atribuída a Homero, conta a história da Guerra de Troia, que teve como figuras
importantes os apaixonados Páris e Helena e o guerreiro Aquiles.
Com uma flecha no
calcanhar direito, Aquiles cumpriu o destino que os deuses lhe reservaram.
A Ilíada é o texto da
literatura universal que narra a famosíssima “Guerra de Troia” (Ílion = Troia).
Embora bastante conhecido, muitas questões existem em torno da composição,
historicidade e até mesmo da relação de tal texto com Homero. Há quem diga que o
autor nem existiu, mas que, após séculos de narrativas isoladas, os cantos que
compõem o texto tenham sido reunidos sob o nome de Homero, apenas para conferir
uma identidade ou autenticidade que privilegia o princípio de autoridade. Ainda
se duvida que a guerra tenha acontecido, mas a narrativa tem um fundo
histórico, já que é possível a reconstrução de disputas territoriais que
visavam à expansão dos gregos para áreas que possuíam jazidas de estanho.
Afora esses dados, a
Ilíada tem uma intenção clara e definida: espelhar o modelo de homem a ser
imitado pelo povo grego, além de fundar a coesão desse mesmo povo. O ideal de
Belo e Bom guerreiro, encarnado no personagem Aquiles, evidencia a necessidade
de infundir na mentalidade coletiva dos Aqueus (um dos povos que formam a
cultura grega) um comportamento a ser imitado, um modelo de homem a ser
seguido. Também a intenção desse artigo é tratar a obra sob o aspecto
mitológico e não histórico. Vejamos como se desenvolve a fábula e o seu
significado.
A guerra teve como
motivo o rapto de Helena, esposa de Menelau, rei de Esparta, por Páris
Alexandre, príncipe de Troia. Esse rapto foi causado na verdade por influência
da deusa Afrodite. Em uma disputa entre as deusas Hera, Atenas e Afrodite, para
saber qual era a mais bela, Páris foi o juiz e escolheu Afrodite. Por ser a
deusa do amor, ela ofereceu como retribuição o amor da mulher mais bela da
Grécia: Helena. Em visita aos chefes espartanos, os troianos foram recebidos
com muita hospitalidade. Mas a paixão fulminante que afetou Páris e Helena fez
com que fugissem para Troia onde poderiam viver esse amor.
No entanto, essa ação
traria desgraça e a queda de Troia, como já previa Cassandra, irmã de Páris e
Heitor, todos filhos do grande rei troiano Príamo. Já no nascimento de Páris,
uma previsão de que ele traria o fim de Troia fez com que seu pai o mandasse
matar, mas, por uma série de desventuras, ele sobreviveu e voltou ao palácio
real. Entretanto, o rapto de Helena fez com que o rei Menelau reclamasse sua
esposa aos troianos, o que não ocorreu. Com a ofensa, Esparta buscou o apoio do
restante da confederação de cidades-Estados gregas, lideradas pelo rei de
Micenas, Agamemnon, que tinha ambições em relação ao território troiano.
Aliando seus interesses, reuniram uma marinha incrivelmente numerosa para a
guerra. Mas o grande diferencial era a participação do herói Aquiles.
Aquiles era filho de
uma deusa, Tétis, com um mortal. Ao nascer, sua mãe, prevendo o futuro do
filho, lançou-o às águas do mar Estige, que o tornaria imortal, segurando-o
apenas pelo calcanhar, onde, veremos, ficou vulnerável. Já adulto, foi-lhe
revelado que deveria escolher participar da guerra e morrer ou não ir à Troia e
ter uma vida tranquila e longa. Sua aspiração era a de que seu nome como guerreiro
ecoasse pela eternidade, mesmo que sua vida, dessa forma, fosse curta.
Aquiles também reunia
em si as características do herói, como força, habilidade, velocidade. Em
batalha era imbatível. Representava para os argivos (os soldados Aqueus) uma
inspiração no campo de batalha.
Decidido a ir para a
batalha, Aquiles juntou-se ao cerco de Troia. Ele tinha como discípulo o
guerreiro Pátroclo, que combateu ao seu lado na guerra. No pano de fundo da
guerra, os deuses favoreciam ora os gregos, ora os troianos. Vários nomes são
destaque na batalha: Nestor, Odisseu, Ajax, Heitor.
O comandante Agamemnon
capturou a bela Criseida, filha de Crisis e Pitonisa, do templo de Apolo.
Aquiles se rebelou com essa prisão, pois estava encantado pela virgem. Com
isso, decidiu se afastar da guerra, gerando milhares de baixas aos Aqueus.
Afastado, ele permitiu que Pátroclo usasse sua armadura. No campo de batalha, o
grande Heitor, príncipe de Troia, enfrentou-o e matou-o, acreditando se tratar
de Aquiles. Sabendo disso, Aquiles procurou Heitor para um duelo no qual
derrota a grande esperança dos troianos. O sábio rei Príamo lhe reclamou o
corpo para os funerais num gesto bastante corajoso. Mas, ainda desmotivado pelo
episódio de Criseida, Aquiles não voltou à batalha. Assim, os gregos sofreram
revezes, já que não conseguiam penetrar na fortaleza de Troia em razão dos seus
altos muros.
A batalha já durava 10
anos e, querendo voltar para casa, os soldados, já desanimados, sentiam o
estigma da derrota. Até que o astuto Odisseu teve uma brilhante ideia: além de
persuadir Aquiles a voltar para a batalha, ele propôs usar a madeira das naus
para construir um cavalo gigantesco que seria oferecido aos troianos como
presente dos deuses após a guerra. O Cavalo de Troia, que os troianos levaram
para dentro de sua cidade, guardava no seu interior um batalhão de argivos que
invadiram a cidade e abriram os portões para que a tropa grega pudesse adentrar
e, com isso, derrotar os inimigos.
Nesse episódio final,
os aqueus massacraram os troianos, incendiando a cidade, enquanto Menelau
procurava incansavelmente por Helena, que fugira. Páris foi ferido e morto.
Aquiles foi atingido no calcanhar direito (o vulnerável calcanhar de Aquiles)
por uma flecha desferida por Filolectes e, assim, cumpriu o destino que os
deuses lhe reservaram. Troia foi destruída, Agamemnon apossou-se da terra e,
depois de muito tempo de procura, Menelau encontrou Helena, que, já tendo se
casado uma outra vez, voltou para Esparta. Assim, os soldados puderam, depois
da pilhagem, voltar a seus reinos.
É assim que entendemos
a moral do mito: Helena (do grego ELLAS = Grécia) parece justamente contar a
história do surgimento e da formação do povo grego. E a imagem que se quer
transmitir é a do belo e do bom guerreiro, tal como Aquiles, que preferiu
morrer e ser lembrado para sempre por causa de seus feitos, a viver uma vida
longa e medíocre na paz dos campos de pastoreio.
Arte...
Pablo Picasso
Pablo Picasso
(1881-1973) nasceu em Málaga, na Espanha, e tornou-se um dos mais importantes
pintores do século XX. Teve contato com diferentes tendências da pintura
moderna, mas destacou-se principalmente como um dos fundadores do Cubismo,
corrente artística que, opondo-se à linearidade da pintura renascentista,
propunha decompor os objetos em diferentes planos geométricos.
A obra de arte para os
árcades
Um dos princípios
fundamentais da arte greco-romana é a verossimilhança. Aristóteles dizia que a
função do artista não é retratar o que acontece, mas o que poderia ter
acontecido. Em outras palavras, a obra de arte não precisa ser o retrato fiel
da realidade, mas precisa ter uma coerência interna que a faça assemelhar-se à
verdade.
Esse princípio criado
pelos gregos foi seguido pelos artistas latinos, que, por sua vez, foram
imitados pelos artistas do Renascimento. No Arcadismo, esse princípio se
mantém, mas, para os árcades, o que de fato assegura a qualidade da obra de
arte é sua semelhança com as obras do Renascimento, que tomam por modelo.
Entendendo...
Perestroika e Glasnost: as reformas da URSS que iniciaram
uma nova ordem mundial
Perestroika significa
reconstrução e consistia na tentativa de recuperação soviética; enquanto que
Glasnost significa transparência e visava à liberdade de expressão da sociedade.
Mikhail Gorbachev:
responsável pela implantação da Perestroika e da Glasnost na URSS.
Se hoje percebemos a
globalização pelo papel assumido pela internet, pela complexão e
ampliação das transações comerciais e financeiras ou pela velocidade com que as
informações chegam até nós, é importante ressaltar que isso tudo é, de certo
modo, consequência de vários fatores históricos – dentre eles, o fim da Guerra
Fria. Sendo assim, compreender minimamente as mudanças ocorridas na URSS ao
final dos anos 1980, com o advento da Perestroika e da Glasnost, é fundamental
não apenas para a compreensão do que desencadeou o fim do bloco socialista, mas
também para o entendimento de como se daria mais tarde a configuração de uma
nova ordem mundial.
Em 1989 chegava ao fim a chamada Guerra Fria,
período no qual o mundo esteve dividido em dois blocos: de um lado, o bloco
capitalista representado pelos EUA; e, do outro, o bloco socialista
representado pela URSS, liderado pela Rússia. Terminada a Segunda Guerra
Mundial (1939-1945), em 1946 começaria um período marcado por uma forte disputa
pelo domínio ideológico entre tais blocos, bem como pela chamada corrida
espacial e tecnológica. O final dessa história já se sabe, pois o modelo
capitalista saiu vitorioso após as reformas econômicas e políticas promovidas
pela União Soviética quando esta já agonizava, sem condições de manter o
projeto socialista e o seu modelo de Estado de bem-estar social. Mas o começo
do fim estaria no processo de mudanças internas na URSS, que começou na metade
da década de 1980, com Mikhail Gorbachev enquanto secretário-geral do Comitê
Central do Partido Comunista da União Soviética, que mais tarde promoveria a
implantação da Perestroika e da Glasnost.
Conforme aponta Octavio
Ianni em seu livro A Sociedade Global (1995), a Perestroika, palavra que pode
ser traduzida por reconstrução, “pôs em prática mudanças profundas na estrutura
do sistema econômico soviético, com a substituição dos mecanismos de economia
centralmente planificada pelos mecanismos de economia de mercado”. (IANNI, p.
12). Tratou-se de uma reestruturação econômica e reorientação dos gastos
públicos, diminuindo-se, por exemplo, os investimentos na área da defesa.
Considerando-se o estabelecimento de uma “corrida espacial” entre EUA e URSS
materializada na disputa pelo domínio das tecnologias de defesa (produção de
bombas nucleares) e para exploração do espaço (a exemplo da criação de
satélites e foguetes), a URSS, encabeçada pela Rússia, comprometia sua economia
interna e, dessa forma, o funcionamento de seu modelo de Estado de bem-estar
social. Mikhail Gorbachev, sendo citado por Octavio Ianni, afirmaria que: “A
perestroika é uma necessidade urgente que surgiu da profundidade dos processos
de desenvolvimento em nossa sociedade socialista. Esta encontra-se pronta para
ser mudada e há muito tempo que anseia por mudanças. Qualquer demora para
implantar a perestroika poderia levar, num futuro próximo, a uma situação
interna exacerbada que, em termos claros, constituiria um terreno fértil para
uma grave crise social, econômica e política [...]”. (ibidem, p. 12).
Obviamente, é preciso ressaltar que a Perestroika enquanto reforma não
objetivava, necessariamente, a rendição ao bloco capitalista, mas sim a
tentativa de recuperação soviética.
Mas as reformas, como
se sabe, não se pautaram apenas do ponto de vista econômico, mas também
político, promovendo-se (também no bojo dessas mudanças) a chamada Glasnost,
palavra que em russo está ligada à ideia de transparência. A alusão à ideia de
transparência estaria no sentido do abrandamento do poder e da presença de um
estado forte, cerceador de liberdades. Logo, paralelamente às mudanças
promovidas pela Perestroika, estaria a tentativa de uma maior abertura para uma
liberdade de expressão da sociedade (que até então não poderia reclamar quanto
ao governo), ao mesmo tempo em que surgia um esforço para uma maior
transparência das ações do governo, o que refletiria na política positivamente.
Assim, como aponta Ianni (1995), a Glasnost teria inaugurado a democratização,
e dessa forma a quebra do monopólio da vida política nacional pelo Partido
Comunista e o abandono do esquema Estado-partido-sindicato, promovendo uma
maior transparência nas relações políticas. Dessa forma, desarticulavam-se as
bases da União Soviética e, ao final dos anos 80, assistia-se a queda do muro
de Berlim, símbolo da divisão do mundo, o que significaria a vitória da
ideologia capitalista. Tem-se, desde então, a configuração de uma nova ordem
mundial, iniciada pela reorganização das relações internacionais.
Assim, tais reformas
promovidas pelo governo soviético representaram o desmonte do chamado
socialismo real, caracterizado em linhas gerais por um sistema de partido
único, com um governo centralizador com forte controle não apenas na política,
mas na economia e na cultura. Atualmente, a China seria um país com um modelo
político-administrativo muito próximo daquilo que foi a URSS, mas
diferencia-se, fundamentalmente, pela forma como aderiu ao capitalismo enquanto
modo de produção da vida, tornando-se uma das sociedades mais complexas aos
olhos de analistas de todo o mundo.
Curioso...
O que é Habeas Corpus?
Um termo muito
utilizado na esfera criminal do direito é o habeas
corpus, expressão latina que significa “Que tenhas o corpo”. Na verdade, o
habeas corpus completamente se chama habeas corpus ad subjiciendun, pois era
assim que começavam os escritos pedindo a liberação de um presidiário na Idade
Média.
O termo foi
oficializado em 1215, quando foi imposto ao rei João Sem Terra, a Magna Carta
Libertatum, limitando os poderes reais e iniciando o processo de origem das
Constituições ao longo da história.
O habeas corpus é uma
garantia constitucional outorgada. Segundo a Constituição, a garantia
“beneficia quem sofre ou se acha ameaçado de sofrer violência ou coação em sua
liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder". No Brasil, o
primeiro código que passou a reconhecer esse instrumento legal de proteção
individual foi a Constituição Brasileira de 1891.
Esse instrumento pode
ser requerido por qualquer pessoa que ache que o seu direito à liberdade está
sendo violado. Para se redigir um habeas corpus, não é necessário a presença de
advogado. Esse mecanismo é de caráter informal, visto que não é necessário
nenhum tipo de documento para requerê-lo, ainda mais que o habeas corpus pode
ser impetrado em qualquer simples folha de papel.
A pessoa que está
sofrendo a ameaça aos seus direitos de liberdade não pode requerer diretamente
seu habeas corpus, porém a garantia pode ser feita por qualquer terceiro, até
mesmo sem nenhuma autorização do acusado. Normalmente, sempre que é apresentado
o habeas corpus a um juiz, é emitida uma liminar devolvendo o preso às ruas,
para que ele assim, responda o processo em liberdade.
http://www.brasilescola.com/curiosidades/o-que-habeas-corpus.htm
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