domingo, 22 de setembro de 2013

História...

Tempo histórico
Assim como podemos contar o tempo através do tempo cronológico, usando relógios ou calendários, temos ainda outros tipos de tempo: o tempo geológico, que se refere às mudanças ocorridas na crosta terrestre, e o tempo histórico que está relacionado às mudanças nas sociedades humanas.
  

O tempo histórico tem como agentes os grupos humanos, os quais provocam as mudanças sociais, ao mesmo tempo em que são modificados por elas.

O tempo histórico revela e esclarece o processo pelo qual passou ou passa a realidade em estudo. Nos anos 60, por exemplo, em quase todo o Ocidente, a juventude viveu um período agitado, com mudanças, movimentos políticos e contestação aos governos. O rock, os hippies, os jovens revolucionários e , no Brasil, o Tropicalismo (Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, entre outros) e a Jovem Guarda (Roberto Carlos, Erasmo Carlos, entre tantos outros), foram experiências sociais e musicais que deram à década de 60 uma história peculiar e diferente dos anos 50 e dos anos 70.


Isto é o tempo histórico: traçamos um limite de tempo para estudar os seus acontecimentos característicos, levando em conta que, naquele momento escolhido, muitos seres humanos viveram, sonharam, trabalharam e agiram sobre a natureza e sobre as outras pessoas, de um jeito específico.

A história não é prisioneira do tempo cronológico. Às vezes, o historiador é obrigado a ir e voltar no tempo. Ele volta para compreender as origens de uma determinada situação estudada e segue adiante ao explicar os seus resultados.

A contagem do tempo histórico

O modo de medir e dividir o tempo varia de acordo com a crença, a cultura e os costumes de cada povo. Os cristãos, por exemplo,  datam a história da humanidade a partir do nascimento de Jesus Cristo. Esse tipo de calendário é utilizado por quase todos os povos do mundo, incluindo o Brasil.

 

O ponto de partida de cada povo ao escrever ou contar a sua história é o acontecimento que é considerado o mais importante.

O ano de 2008, em nosso calendário, por exemplo, representa a soma dos anos que se passaram desde o nascimento de Jesus e não todo o tempo que transcorreu desde que o ser humano apareceu na Terra, há cerca de quatro milhões de anos.

Como podemos perceber, o nascimento de Jesus Cristo é o principal marco em nossa forma de registrar o tempo. Todos os anos e séculos antes do nascimento de Jesus são escritos com as letras a.C. e, dessa maneira, então 127 a.C., por exemplo, é igual a 127 anos antes do nascimento de Cristo.

Os anos e séculos que vieram após o nascimento de Jesus Cristo não são escritos com as letras d.C., bastando apenas escrever, por exemplo, no ano 127.
           
O uso do calendário facilita a vida das pessoas. Muitas vezes, contar um determinado acontecimento exige o uso de medidas de tempo tais como século, ano, mês, dia e até mesmo a hora em que o fato ocorreu. Algumas medidas de tempo muito utilizadas são:

milênio: período de 1.000 anos;
século: período de 100 anos;
década: período de 10 anos;
quinquênio: período de 5 anos;´
triênio: período de 3 anos;
biênio: período de 2 anos (por isso, falamos em bienal).

Entendendo as convenções para contagem de tempo

Para identificar um século a partir de uma data qualquer, podemos utilizar operações matemáticas simples. Observe.

Se o ano terminar em dois zeros, o século corresponderá ao (s) primeiro (s)algarismo (s) à esquerda desses zeros. Veja os exemplos:
  
                                   ano 800: século VIII
                                   ano 1700: século XVII
                                   ano 2000: século XX

Se o ano não terminar em dois zeros, desconsidere a unidade e a dezena, se houver, e adicione 1 ao restante do número, Veja:
  
                        ano 5:               0+1= 1                       século I
                                   ano 80:             0+1= 1                       século I
                                   ano 324           3+1=4                         século IV
                                   ano 1830         18+1=19                     século XIX
                                   ano 1998         19+1=20                     século XX
                                   ano 2001         20+1=21                     século XXI

Viva a sabedoria...

Kant e o Idealismo Transcendental
Kant - Realizou aquilo que chamou de revolução Copernicana em filosofia
Conforme Kant, nosso ânimo ou aparelho representacional é constituído por três faculdades ou capacidades distintas:

- A faculdade de conhecer (ciência), que é objetiva e universal;

- A faculdade de apetecer (ética), também objetiva e universal e;

- A faculdade de julgar (estética), essa subjetiva e universal.

Na primeira faculdade, a Razão é limitada pela representação. Na segunda, a Razão determina os parâmetros da ação, já que é incondicionada, isto é, não depende da experiência. E na última, nossa subjetividade percebe (e daí vincula as outras duas e as une) a beleza na obra humana. É sentimento (de prazer e desprazer) que exprime juízos de gostos e a reflexão que exprime juízos estéticos. Vamos detalhar cada uma destas faculdades, na ordem mesma que fez Kant. Começaremos, pois, pela faculdade de conhecer.

Em sua obra “Crítica da Razão Pura”, Kant tenta resolver os problemas colocados pelas duas posturas estudadas acima, tentando compreender o papel da razão, seus usos e limites, fazendo um rastreamento desta. Para isto, ele realizou aquilo que chamou de Revolução Copernicana em filosofia. Sabemos que a revolução copernicana foi realizada na área da astronomia, alterando o sistema geocêntrico pelo heliocêntrico. Em filosofia, ela significa a mudança de enfoque no objeto, de modo que antes a mente deveria se adaptar a ele e agora, o objeto deve se adaptar à mente. Voltamos ao cartesianismo? Não. E eis a razão.

Kant faz a distinção entre noúmeno (coisa em si) e fenômeno (aparição). Esta distinção evidencia que ao homem só é possível conhecer as coisas como aparecem à mente, jamais em si mesmas (seja pelas ideias inatas cartesianas, seja pela ideia como cópia exata da sensação). O fenômeno é uma representação que o sujeito sofre quando algo o modifica. Não conheço o que me afeta, apenas sei que sou afetado por algo do qual posso criar uma imagem. Esta implica vários desdobramentos.

Em primeiro lugar, o ânimo percebe algo das sensações porque temos formas próprias para isso. A nossa intuição, como Kant chama a sensação, é determinada a priori pelas formas da sensibilidade que são o espaço e o tempo. Observem: espaço e tempo não são mais qualidades inerentes aos objetos e sim condições anteriores à experiência que possibilitam que estas ocorram. A mente não é uma cera passiva, como queria Locke, ela organiza o material que recebe da sensação segundo as formas do espaço e do tempo. Mediante a intuição, os objetos nos são dados e a doutrina que estuda os dados da sensibilidade é a Estética Transcendental.

Em segundo lugar, o ânimo ordena e classifica coisas segundo uma série de categorias que não são intuídas, mas deduzidas do intelecto. A ciência do intelecto em geral é a lógica. A Lógica Transcendental é a doutrina que estuda a origem dos conceitos e se ocupa especificamente dos conceitos a priori que se referem aos objetos que, nesse caso, não são mais meramente dados e sim pensados. Apenas a sensibilidade é intuitiva. O intelecto é discursivo e por isso seus conceitos são funções que unificam, ordenam, sintetizam o múltiplo dado em uma intuição, em uma representação comum: isso significa propriamente pensar, e pensar é julgar, sendo, pois, o intelecto, a faculdade de julgar (e não a razão).

Ora, o êxito da Revolução Copernicana operada por Kant é que o fundamento do objeto está no sujeito, isto é, a unidade do objeto na experiência é constituído, na realidade, na unidade sintética do sujeito pensante, denominada de Apercepção Transcendental. O Eu penso é a unidade originária e suprema da autoconsciência comandada pelas 12 categorias, portanto, princípio de todo conhecimento humano. Além do mais, intuição e conceito são heterogêneos entre si (um dado, o outro pensado) exigindo um terceiro termo que seja homogêneo entre estes para possibilitar o conhecimento. Juízos feitos somente por intuição (sem conceito) são juízos cegos, vagos. Juízos feitos somente com conceito (portanto, sem intuição) levam-nos aos erros da imaginação (paralogismo). Logo, o juízo que pode ser feito para que conheçamos algo tem de aliar intuição em conceito, necessariamente. O fenômeno dado na intuição, aliado às categorias do intelecto, torna a coisa objeto para mim. Kant chama esse procedimento de Esquema Transcendental, produzido pela Imaginação Transcendental.

Dessa forma, verifica-se a possibilidade da ciência como juízos universais e necessários realizados pelos esquemas a priori da razão humana. Porém, o conhecimento limita-se ao fenomênico, evidenciando que não podemos estender nossos juízos às coisas como são em si mesmas, mas somente ao modo como elas aparecem para nós. A coisa em si (noúmenon) nos escapa, não pode ser conhecida, somente pensada. Trata-se apenas da primeira divisão da Lógica Transcendental, chamada de Analítica Transcendental. Cumpre agora passar à segunda parte.

Esta segunda divisão, chamada de Dialética Transcendental, constitui uma crítica ao uso hiperfísico do intelecto, tendo como finalidade desvelar as aparências, ilusões e enganos provocados pela pretensão de ir além dos fenômenos. A razão é o intelecto quando este se lança para além do físico, do condicionado, buscando o incondicionado, fugindo do horizonte da experiência. A Razão é a faculdade do incondicionado, isto é, é metafísica e é destinada a permanecer como pura exigência do absoluto e incapaz de atingi-lo pelo conhecimento. A Razão não conhece objetos.

Portanto, o intelecto é a faculdade de julgar, a Razão é a faculdade de silogizar, isto é, de pensar em conceitos e juízos puros, deduzindo mediatamente conclusões particulares a partir de princípios supremos e não condicionados.

Arte...

 
Teatro

A origem do teatro refere-se às primeiras sociedades primitivas que acreditavam nas danças imitativas como favoráveis aos poderes sobrenaturais para o controle dos fatos indispensáveis para a sobrevivência.

Em seu desenvolvimento, o teatro passa a representar lendas referentes aos deuses e heróis.

O teatro apareceu na Grécia Antiga, no séc. IV a.C., em decorrência dos festivais anuais em consagração a Dionísio, o deus do vinho e da alegria.

A palavra teatro significa uma determinada arte, bem como o local físico em que tal arte se apresenta.

A implantação do teatro no Brasil ocorreu em razão do empenho dos jesuítas em catequizar os índios.

Entendendo...

Preconceito de classe social
O preconceito de classe social está relacionado ao poder aquisitivo, ao acesso à renda, à posição social, ao nível de escolaridade, ao padrão de vida, entre outros.
O preconceito de classe é apenas mais um dos diversos preconceitos existentes
Em sua obra intitulada O Povo Brasileiro, o antropólogo Darcy Ribeiro afirma que “apesar da associação da pobreza com a negritude, as diferenças profundas que separam e opõem os brasileiros em extratos flagrantemente contrastantes são de natureza social”. (RIBEIRO, 2006, p. 215). Isso sugere que, para além do preconceito racial tão discutido no Brasil, há outro que está pautado na posição social dos indivíduos, conforme seu acesso à renda, poder aquisitivo, padrão de vida e nível de escolaridade. Em outras palavras, no Brasil também existe o chamado preconceito de classe social.

Ao falarmos em classe social na sociologia, automaticamente somos impelidos a pensar na obra de Karl Marx, o qual, ao fazer uma crítica ao capitalismo, afirma que a sociedade capitalista seria divida em classes sociais, uma proletária e outra burguesa. Em linhas gerais, a primeira seria responsável pela força de trabalho enquanto a segunda seria dona dos meios de produção. Isso seria característico da sociedade capitalista, sendo um fator determinante da diferença social, principalmente no que tange à possibilidade do acesso aos resultados da produção capitalista (os bens de maneira geral), fato que contribuiria para aumentar a desigualdade social.

Contudo, quando falamos em classe social para pensarmos esse determinado tipo de preconceito, não devemos considerar apenas esse sentido visto em Marx, o qual pressupõe a existência de uma constante luta de classes com interesses antagônicos na sociedade capitalista (o que não deixa de ser importante). Deve-se falar em classe social em sentido mais amplo, considerando os diversos grupos sociais numa classificação socioeconômica, sua posição ou status na estrutura social, fato que sugere a existência não apenas de duas classes, mas de tantas outras a depender de aspectos como níveis de renda, de escolaridade, de acesso à assistência médica, entre outros fatores.

Em outras palavras, devemos pensar a ideia de preconceito de classe social para além da chave burguês/proletário, considerando a existência de classes mais abastadas economicamente (milionários, ricos, classe média alta) e outras com menos recursos (classe média, média baixa, pobres, miseráveis), sendo a renda o fator determinante de sua posição social e, dessa forma, do preconceito de classe.

Essa breve observação é importante uma vez que podemos encontrar trabalhadores urbanos que, embora sejam todos proletários, por possuírem faixas de renda diferentes, podem manifestar preconceito de classe em relação aos que possuem um status inferior em relação ao poder aquisitivo, seja por ocuparem funções inferiores, seja por terem menor grau de instrução. Naturalmente, a possibilidade do preconceito dos mais ricos (donos de meios de produção, empresários, banqueiros) em relação aos mais pobres estaria mais próxima desse antagonismo de classes tão discutido por Marx.

Para se ter uma ideia, em 2011, na cidade de São Paulo, houve uma polêmica quanto à construção de uma estação de metrô em uma região nobre, mais precisamente no bairro de Higienópolis. Moradores dessa localidade manifestaram-se contra as obras pelo simples fato de temerem a presença de pessoas “estranhas” pelas redondezas, alegando que a estação de metrô colocaria em risco a segurança e a tranquilidade locais. A polêmica gerada ganhou o noticiário, pois, apesar da coerência do argumento em relação aos possíveis reflexos na região como o aumento do número de transeuntes, tratava-se de um ponto de vista preconceituoso em relação à grande massa trabalhadora usuária desse tipo de transporte público. Mais do que isso, esse discurso (talvez não de uma maioria, mas de um grupo de moradores) deixaria implícita a tentativa de uma “demarcação territorial” por uma determinada classe desejosa em se manter isolada, longe do que lhe parece inferior.

Como qualquer outro tipo de preconceito, este, motivado pela situação econômica, também se manifesta como um tipo de violência, da mesma forma que aquele dado pela cor da pele, tão comum à sociedade brasileira. Aliás, para Darcy Ribeiro, “não é como negros que eles operam no quadro social, mas como integrantes das camadas pobres, mobilizáveis todas por iguais aspirações de progresso econômico e social [...]. Acresce, ainda, que [...] mais do que preconceitos de raça ou de cor, têm os brasileiros arraigado preconceito de classe”. (ibidem, p. 216).

Dessa forma, o que se pode compreender é que para além dos problemas sociais e econômicos dados pela desigualdade social gerada pela divisão do trabalho na sociedade capitalista, a discriminação social vem ampliar as dificuldades encontradas pelos mais pobres.

Curiosidade...

O Rato é a Cobaia preferida nos laboratórios

O uso de animais como cobaias é antigo, vem desde o século XIX, quando os cientistas da época buscavam solucionar os problemas de saúde do homem.

O primeiro experimento com animais foi feito em 1982 quando o DNA de um rato foi introduzido em um camundongo.

Você já pensou porque os ratos são as cobaias preferidas e as mais usadas em laboratórios?

O rato é escolhido para as diversas experiências por vários fatores, uma delas é pela sua fisiologia que é bem semelhante à fisiologia dos humanos.
Além disso, o período de gestação dos ratos é de apenas 21 dias, muito curto, o que faz com que os resultados das experiências possam ser checados rapidamente.

As fêmeas dão de três a seis ninhadas por ano, isso os torna extremamente vantajosos quando o desejo do cientista é testar o efeito dos medicamentos sobre os descendentes de quem irá consumi-los.

Hoje, os avanços da genética e biologia molecular, permitem que os pesquisadores fabriquem suas cobaias de acordo com suas necessidades de estudo.

Piada...

Um oficial iraquiano chama os oito sósias do Saddam e diz: Tenho boas e más notícias. A boa notícia é que Saddam está vivo. Todos os sósias comemoram. A má notícia é que ele perdeu um braço.

Devanear...
















Leia um trecho de Cretino Irresistível, sucesso da literatura erótica

NOVA divulga com exclusividade um trecho do novo romance que já é hit entre os livros sensuais.

Quando me aproximei da sala de conferências, tentei acalmar minha respiração e diminuí o passo até voltar a andar. Um rastro de luz brilhava debaixo da porta. Ele definitivamente estava lá, esperando. Com cuidado, tentei arrumar o cabelo e as roupas enquanto alinhava o maço de documentos nos meus braços. Respirando fundo, bati na porta.

- Entre.

Entrei no espaço bem iluminado. A sala de conferência era enorme. Ficava no 18o andar e uma das paredes era coberta por janelas que iam do chão ao teto, oferecendo uma visão espetacular de Chicago. O anoitecer escurecia o céu lá fora, e arranha-céus pontuavam o horizonte com suas janelas iluminadas. No centro da sala ficava uma grande e pesada mesa de madeira e, na ponta mais distante, encarando na minha direção, estava o sr. Ryan.

Estava sentado lá, com o casaco do terno pendurado no encosto da cadeira, a gravata solta, as mangas branquíssimas da camisa enroladas até o cotovelo, o queixo apoiado nas pontas dos dedos. Seus olhos pareciam penetrar os meus, mas ele permaneceu calado.

- Eu peço desculpas, sr. Ryan - eu disse, minha voz ainda ondulando por causa da respiração entrecortada. - A impressão levou... - parei. Desculpas não iriam ajudar nessa situação. Além disso, eu não deixaria ele me culpar por algo que estava fora do meu controle. Ele podia ir para o inferno. Com minha coragem recém-descoberta, ergui o queixo e caminhei até onde ele estava.

Sem olhar em seus olhos, eu arrumei meus papéis e coloquei uma cópia da apresentação diante dele na mesa.

- Posso começar?

Ele não respondeu, apenas ficou encarando minha postura, que tentava mostrar coragem. O que seria bem mais fácil se ele não fosse tão lindo. Em vez de dizer alguma coisa, ele fez um gesto em direção aos papéis, pedindo que eu continuasse.

Limpei a garganta e comecei a apresentação. Enquanto eu passava pelos diferentes aspectos da proposta, ele se manteve em silêncio, olhando fixamente para sua cópia do texto. Por que estava tão calmo? Eu sabia lidar com seu mau humor, mas aquele silêncio ensurdecedor? Aquilo estava me deixando nervosa.

Eu estava inclinada sobre a mesa, explicando um grupo de gráficos, quando aconteceu.

- O cronograma deles para o primeiro resultado é um pouco ambici...- parei no meio da frase, com meu ar preso na garganta. A mão dele pressionou gentilmente a parte de baixo das minhas costas e então começou a descer até parar na curva da minha bunda. Nos nove meses em que trabalhamos juntos, ele nunca havia me tocado intencionalmente.

E naquele momento fora definitivamente intencional.

O calor de sua mão queimou através da minha saia e chegou até a pele. Cada músculo do meu corpo ficou tenso, e senti como se minhas entranhas estivessem virando água. Que diabos ele estava fazendo? Meu cérebro gritou para eu tirar aquela mão dali e dizer para ele nunca mais me tocar de novo. Mas meu corpo tinha outras ideias. Meus mamilos endureceram, e apertei o queixo em resposta. Mamilos traidores.

Enquanto meu coração batia forte no peito, pelo menos meio minuto se passou, e nenhum de nós disse nada quando a mão dele se moveu para minha coxa e começou a acariciar. Nossas respirações e o barulho abafado da cidade lá embaixo eram os únicos sons que pairavam no ar da sala de conferência.

- Vire-se, srta. Mills - sua voz calma quebrou o silêncio e eu ajeitei minhas costas, com os olhos grudados à frente. Vagarosamente, eu me virei, enquanto ele passava a mão pelo meu corpo. Eu podia sentir a maneira como ele esticou a mão, tocando com a ponta dos dedos toda a extensão das minhas costas até pressionar seu polegar contra a pele macia dos meus quadris. Abaixei a cabeça para encontrar seus olhos, que me observavam de volta atentamente.

Podia ver seu peito subindo e descendo, cada respiração mais profunda do que a última. Um músculo tremeu em seu queixo quadrado quando seu polegar começou a se mover, acariciando lentamente de um lado para outro, os olhos ainda grudados nos meus. Ele estava esperando que eu o interrompesse. Tive muito tempo para afastá-lo ou simplesmente para me virar e ir embora. Mas havia muitas sensações dentro de mim que eu precisava digerir antes de poder reagir. Nunca tinha me sentido assim, e nunca imaginara que um dia me sentiria dessa maneira em relação a ele. Eu queria dar um tapa no rosto dele, e depois puxá-lo pela gola da camisa e lamber seu pescoço.

- No que está pensando? - ele sussurrou, com os olhos ao mesmo tempo zombando e mostrando ansiedade.

- Ainda estou tentando descobrir.

Com aqueles olhos ainda presos aos meus, ele começou a deslizar a mão mais para baixo. Seus dedos percorreram minha coxa até a barra da saia. Então começou a subir a ponta do dedo, tracejando a alça da minha cinta-liga, esbarrando na renda que sustentava a meia. Um longo dedo deslizou por baixo do tecido fino e o puxou levemente para baixo. Eu soltei um suspiro entrecortado, de repente me sentindo como se estivesse derretendo por dentro.

Como eu poderia deixar meu corpo reagir daquela maneira? Ainda queria lhe dar um tapa, mas agora, mais do que isso, eu queria que ele continuasse. Um desejo angustiado estava se concentrando entre as minhas pernas. Ele alcançou o topo da minha calcinha e deslizou os dedos debaixo do tecido. Senti sua carícia contra minha pele e o resvalar em meu clitóris antes de ele enfiar o dedo lá dentro, e então mordi os lábios, tentando, sem sucesso, abafar meu gemido. Quando olhei para baixo, gotas de suor estavam se formando em suas sobrancelhas.

- Merda - ele grunhiu silenciosamente. - Você está molhada - seus olhos se fecharam e ele parecia lutar a mesma batalha interna eu enfrentava. Olhei para seu colo e pude ver o quanto ele pressionava contra o tecido macio da calça. Sem abrir os olhos, ele tirou o dedo e agarrou a renda fina da minha calcinha. Ele estava tremendo quando olhou para mim com uma expressão furiosa. Com um movimento rápido, rasgou a calcinha, e o som do tecido sendo partido ecoou pelo silêncio da sala vazia.

Ele puxou minhas coxas com força, colocando meu corpo em cima da mesa fria e abrindo minhas pernas na sua frente. Soltei um gemido involuntário quando os dedos dele voltaram, escorregando por entre minhas pernas e me penetrando novamente. Eu desprezava aquele homem com todas as minhas forças, mas meu corpo me traía - eu desejava que ele continuasse. Eu odiava admitir, mas ele era muito bom naquilo. Seu toque não era aquela coisa gentil e amorosa a que eu estava acostumada. Ali estava um homem habituado a conseguir o que queria, e acontece que, naquele momento, o que ele queria era eu. Minha cabeça pendeu para o lado quando me apoiei nos cotovelos, sentindo um orgasmo iminente se aproximando a todo vapor.

Para meu completo horror, soltei um sussurro implorando:

- Oh, por favor.

Ele parou de mexer, puxou os dedos de volta e manteve o punho fechado na frente do rosto. Eu me sentei, agarrando sua gravata de seda e puxando sua boca com força contra a minha. Seus lábios eram tão perfeitos quanto pareciam, firmes e suaves. Eu nunca tinha sido beijada por alguém que claramente conhecia cada ângulo e movimento provocante capaz de me deixar quase completamente louca.

Mordi seu lábio inferior enquanto minhas mãos rapidamente baixavam até o cós de sua calça, onde abri a fivela e tirei o cinto por inteiro.

- É melhor você estar pronto para terminar o que começou.

Ele soltou um grunhido raivoso do fundo da garganta e tomou minha blusa com as mãos, rasgando-a até abrir, fazendo os botões prateados se esparramarem pela mesa.

Então, deslizou as mãos pelas minhas costelas e sobre meus seios, apertando com os polegares em meus mamilos endurecidos, com seu olhar sombrio fixado na minha expressão durante todo o tempo. Suas mãos eram grandes e tão ásperas que quase me machucavam, mas, em vez de reclamar ou me afastar, eu pressionei o corpo contra suas palmas, querendo ainda mais, e mais forte.

Ele rosnou e apertou ainda mais com os dedos. Passou pela minha mente que eu poderia ficar toda machucada e, por um instante de insensatez, eu desejei que ficasse. Eu queria uma lembrança dessa sensação, de estar completamente certa do que meu corpo queria, inteiramente liberada.

Ele se inclinou o bastante para morder meu ombro e então sussurrou:

- Você é uma putinha que gosta de provocar, não é?

Sem conseguir me aproximar mais, eu me apressei com seu zíper, tirando e jogando suas calças e cueca no chão. Então apertei forte seu pau, sentindo-o pulsar em minha mão.

A maneira como ele sussurrou meu sobrenome naquele momento - Mills- deveria enviar uma onda de fúria para dentro de mim, mas eu sentia apenas uma coisa: uma pura e embriagante luxúria. Ele forçou minha saia acima das coxas e me empurrou para trás sobre a mesa de conferência. Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ele segurou meus calcanhares, agarrou seu pau e deu um passo para frente, penetrando fundo dentro de mim.

Eu nem pude ficar horrorizada pelo gemido alto que soltei - aquilo era melhor do que qualquer coisa. - O que foi? - ele sussurrou entre os dentes cerrados enquanto seus quadris batiam contra minhas coxas, colocando-o fundo e mais fundo. - Nunca foi fodida dessa maneira antes, não é? Você não ficaria provocando tanto se estivesse sendo fodida direito.

Quem ele pensava que era? E por que diabos o fato de ele estar certo me excitava tanto? Eu nunca tinha transado em nenhum outro lugar além da cama, e nunca tinha me sentido daquela maneira.

- Já tive melhores - provoquei.

Ele riu, uma risada quieta e debochada.

- Olhe para mim.

- Não.

Ele tirou bem quando eu estava prestes a gozar. Por um instante, achei que iria me deixar ali daquele jeito, mas então ele agarrou meus braços e me puxou para fora da mesa, pressionando lábios e língua contra minha boca.

- Olhe para mim - repetiu. E, finalmente, como ele já não estava mais dentro de mim, eu consegui olhar. O sr. Ryan piscou uma vez, vagarosamente, com os longos e escuros cílios fechando e abrindo, e então disse: - Peça para eu te fazer gozar.

Seu tom de voz não parecia certo. Parecia quase uma pergunta. Mas suas palavras eram iguais a ele: todas distorcidas. Eu queria sim que ele me fizesse gozar. Mais do que qualquer coisa. Mas ele estava sonhando se achava que eu lhe pediria.

Baixei a voz e olhei em seus olhos.

- Você é um filho da puta, sr. Ryan.

O sorriso dele mostrou que, seja lá o que ele queria de mim, conseguiu. Eu quis dar uma joelhada no meio das suas pernas, mas, se fizesse isso, não teria mais daquilo que eu realmente desejava.

- Peça por favor, srta. Mills.

- Por favor, vá se foder.

A próxima coisa que senti foi o frio da janela contra meu peito, e gemi por causa do contraste de temperatura entre o vidro e a pele. Eu estava ardendo, cada parte de mim queria sentir o toque rude dele.

- Pelo menos você é consistente - ele disse em meu ouvido antes de morder meu ombro. Então, chutou meus pés. - Abra as pernas.

Separei as pernas e, sem hesitação, ele puxou meus quadris para trás e se aproximou mais, antes de enfiar tudo dentro de mim novamente.

- Você gosta do frio?

- Sim.

- Sua garota safada. Você gosta de se exibir, não é? - ele murmurou, tomando minha orelha com os dentes - Você adora saber que toda Chicago pode olhar para cima e assistir você sendo fodida, e você está adorando cada minuto disso com seus peitinhos pressionados contra o vidro.

- Pare de falar, você está estragando o clima - eu respondi, embora ele não estivesse. Nem um pouco. Sua voz grave estava me levando à loucura. Ele apenas riu no meu ouvido, provavelmente percebendo como eu me arrepiava com suas palavras.

- Você quer que eles assistam você gozar?

Eu gemi em resposta, incapaz de formar palavras com cada estocada me pressionando cada vez mais contra a janela.

- Diga. Você quer gozar, srta. Mills? Responda ou vou parar e fazer você me chupar - ele disse, penetrando ainda mais fundo com cada estocada.

A parte de mim que o odiava estava se dissolvendo como açúcar na língua, e a parte que o desejava estava crescendo, fogosa e exigente. - Apenas diga - ele se inclinou para frente, chupou minha orelha e depois mordeu com força. - E eu prometo que vou fazer você gozar.

- Por favor- eu disse, fechando os olhos para apagar todo o resto e apenas senti-lo. - Por favor. Sim, eu quero.

Ele esticou o braço e moveu as pontas dos dedos por cima do meu clitóris, exercendo a pressão perfeita, no ritmo perfeito. Eu podia sentir seu sorriso pressionado contra minha nuca e, quando ele abriu a boca e mordeu minha pele, eu gozei. Um calor se espalhou por minhas costas, ao redor dos quadris e entre as pernas, me jogando de volta contra ele. Minhas mãos bateram no vidro e meu corpo inteiro tremeu com o orgasmo que se espalhou em mim, me deixando sem ar. Quando finalmente acabou, ele saiu de dentro e me virou, mergulhando a cabeça para chupar meu pescoço, meu queixo, meus lábios.

- Diga obrigado - ele sussurrou.

Afundei minhas mãos em seu cabelo e puxei com força, esperando tirar alguma reação dele, querendo saber se ainda estava consciente ou se tinha perdido a cabeça. O que é que nós estamos fazendo? Ele grunhiu, inclinando-se em minhas mãos e beijando meu pescoço de cima a baixo enquanto pressionava a ereção em minha barriga.

- Agora é a sua vez de me fazer sentir bem.

Soltei uma mão, alcancei seu pau e comecei a mexer. Ele era pesado e longo, e perfeito em minha mão. Eu queria dizer isso, mas nem em mil anos eu o deixaria saber o quão incrível ele era. Em vez disso, eu me afastei de seus lábios e lancei-lhe um olhar provocante.

- Vou fazer você gozar tão forte que vai até se esquecer que é o maior filho da puta do planeta - grunhi, abaixando pelo vidro. Lentamente, coloquei seu pau inteiro na minha boca até encostar na garganta. Ele apertou os músculos e soltou um gemido profundo. Olhei para cima: ele estava com a testa e as palmas pressionadas contra o vidro, os olhos fechados com força. Ele parecia vulnerável, e ficou lindo naquele abandono.

Mas não estava vulnerável. Ele era o maior cretino do planeta e eu estava de joelhos na frente dele. Isso não poderia ficar assim.

Então, em vez de dar o que ele queria, eu me levantei, puxei minha saia de volta no lugar e o encarei. Foi mais fácil dessa vez, sem as mãos dele me tocando e me fazendo sentir coisas que não eram assunto dele. Os segundos passaram sem que nenhum dos dois desviasse o olhar.

- Que merda você acha que está fazendo? - ele disse.- Ajoelhe-se e abra a boca.

- Sem chance.

Mais uma etapa superada...