Tempo histórico
Assim como podemos
contar o tempo através do tempo cronológico, usando relógios ou calendários,
temos ainda outros tipos de tempo: o tempo geológico, que se refere às mudanças
ocorridas na crosta terrestre, e o tempo histórico que está relacionado às
mudanças nas sociedades humanas.
O tempo histórico tem
como agentes os grupos humanos, os quais provocam as mudanças sociais, ao mesmo
tempo em que são modificados por elas.
O tempo histórico
revela e esclarece o processo pelo qual passou ou passa a realidade em estudo.
Nos anos 60, por exemplo, em quase todo o Ocidente, a juventude viveu um
período agitado, com mudanças, movimentos políticos e contestação aos governos.
O rock, os hippies, os jovens revolucionários e , no Brasil, o Tropicalismo
(Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, entre outros) e a Jovem Guarda
(Roberto Carlos, Erasmo Carlos, entre tantos outros), foram experiências
sociais e musicais que deram à década de 60 uma história peculiar e diferente
dos anos 50 e dos anos 70.
Isto é o tempo
histórico: traçamos um limite de tempo para estudar os seus acontecimentos
característicos, levando em conta que, naquele momento escolhido, muitos seres
humanos viveram, sonharam, trabalharam e agiram sobre a natureza e sobre as
outras pessoas, de um jeito específico.
A história não é
prisioneira do tempo cronológico. Às vezes, o historiador é obrigado a ir e
voltar no tempo. Ele volta para compreender as origens de uma determinada
situação estudada e segue adiante ao explicar os seus resultados.
A contagem do tempo
histórico
O modo de medir e
dividir o tempo varia de acordo com a crença, a cultura e os costumes de cada
povo. Os cristãos, por exemplo, datam a
história da humanidade a partir do nascimento de Jesus Cristo. Esse tipo de
calendário é utilizado por quase todos os povos do mundo, incluindo o Brasil.
O ponto de partida de
cada povo ao escrever ou contar a sua história é o acontecimento que é
considerado o mais importante.
O ano de 2008, em nosso calendário, por exemplo,
representa a soma dos anos que se passaram desde o nascimento de Jesus e não
todo o tempo que transcorreu desde que o ser humano apareceu na Terra, há cerca
de quatro milhões de anos.
Como podemos perceber,
o nascimento de Jesus Cristo é o principal marco em nossa forma de registrar o
tempo. Todos os anos e séculos antes do nascimento de Jesus são escritos com as
letras a.C. e, dessa maneira, então 127 a.C., por exemplo, é igual a 127 anos
antes do nascimento de Cristo.
Os anos e séculos que
vieram após o nascimento de Jesus Cristo não são escritos com as letras d.C.,
bastando apenas escrever, por exemplo, no ano 127.
O uso do calendário
facilita a vida das pessoas. Muitas vezes, contar um determinado acontecimento
exige o uso de medidas de tempo tais como século, ano, mês, dia e até mesmo a hora
em que o fato ocorreu. Algumas medidas de tempo muito utilizadas são:
milênio: período de
1.000 anos;
século: período de 100
anos;
década: período de 10
anos;
quinquênio: período de
5 anos;´
triênio: período de 3
anos;
biênio: período de 2
anos (por isso, falamos em bienal).
Entendendo as
convenções para contagem de tempo
Para identificar um
século a partir de uma data qualquer, podemos utilizar operações matemáticas
simples. Observe.
Se o ano terminar em
dois zeros, o século corresponderá ao (s) primeiro (s)algarismo (s) à esquerda
desses zeros. Veja os exemplos:
ano 800:
século VIII
ano 1700:
século XVII
ano 2000:
século XX
Se o ano não terminar
em dois zeros, desconsidere a unidade e a dezena, se houver, e adicione 1 ao
restante do número, Veja:
ano 5: 0+1= 1 século I
ano 80: 0+1= 1 século I
ano 324 3+1=4 século IV
ano
1830 18+1=19 século XIX
ano
1998 19+1=20 século XX
ano
2001 20+1=21 século XXI
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