domingo, 6 de outubro de 2013
Refletir...
"Se não tem remédio - por que te queixas?
Se tem remédio - por que te queixas?"
(Provérbio Chinês)
Língua afiada...
Adjetivo: qualificar ou dar qualidade?
Análises mais apuradas nos permitem concluir que a função do adjetivo é
qualificar, e não “dar qualidade”.
A função do adjetivo é de qualificar, não de dar qualidade.
Muito já se sabe acerca do predicado
nominal, consequentemente do predicativo do sujeito, estando eles uma vez
relacionados a uma importante classe gramatical... A do adjetivo, por
excelência.
Pois bem, direcionamos um
questionamento a você, caro (a) usuário (a): ele, o adjetivo, qualifica ou dá
qualidade? Não se assuste com a pergunta, pois desde os mais tenros
aprendizados, estabelecemos familiaridade com esse nobre e importante elemento
linguístico. Dada essa razão é que vamos desvendar acerca de alguns conceitos
até então cristalizados tempo afora. Mas para isso, analisemos os enunciados
que seguem:
Garoto infeliz.
Roupas desgastadas.
Dia monótono.
Resultados negativos...
Todos esses substantivos... Será que
eles receberam qualidade ou foram qualificados?
Bom, entendendo que qualidade se revela
como algo positivo, todas as adjetivações acima firmadas parecem não denotar
tal aspecto, concorda?
Assim, prefira sempre atribuir ao
adjetivo a função que lhe é cabida, ou seja, a de qualificar, haja vista que
qualificar, tanto pode ser vista como uma ação realizada no bom sentido, quanto
naquele assim... Nem tão positivo,
compreende?
História...
Egito
Os registros iniciais da civilização que se formou às margens do Rio Nilo datam de aproximadamente 6 mil anos. O que conhecemos sobre aquela civilização nos indica que atingiu um padrão complexo na arte, na ciência, no comércio e na religião. Essa cultura elaborada acentuava a diferença entre os que tinham e os que não tinham posses.
O Egito está localizado em região desértica, às margens do Rio Nilo, na porção nordeste do continente africano, é banhado tanto pelo Mar Mediterrâneo quanto pelo Mar Vermelho e limita-se com o Sudão e com o Deserto da Líbia. Apesar de situado numa região desértica, com poucas chuvas, ele é cortado por um vale muito fértil percorrido pelo Rio Nilo, rio que teve um papel decisivo na vida e, principalmente na economia do Antigo Egito.
Podemos observar, no mapa abaixo, a região do Egito denominada Crescente Fértil.
O nome Crescente Fértil deriva do fato de que, se traçarmos uma faixa de união entre o Rio Tigre, o Rio Eufrates, o Rio Nilo e o Rio Jordão, obteremos a forma de uma meia-lua (lua crescente) e também por ter o seu solo muito fértil em um local onde a maior parte das terras era muito árida para qualquer cultivo.
Esse solo fértil deve-se graças ao regime de enchentes anuais no Rio Nilo que, durante os meses de junho a setembro, o rio transbordava, inundando suas margens; quando voltava a seu leito normal, deixava o vale fertilizado pelo húmus (fertilizante orgânico) e pronto para o plantio.
PERÍODOS DA HISTÓRIA EGÍPCIA
A história do Egito divide-se em três fases: o Antigo Império; Médio Império e o Novo Império. Ao longo desses três períodos, o Egito atingiu o apogeu. Porém, a partir do século VII a.C. o Egito foi invadido por vários povos e perdeu o seu antigo esplendor. A seguir, uma rápida explanação sobre cada período.
ANTIGO IMPÉRIO (3200 a.C. – 2100 a. C.)
Durante o Antigo Império foram construídas obras de drenagem e irrigação, que permitiram a expansão da agricultura; são desse período ainda as grandes pirâmides dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos, construídas nas proximidades de Mênfis, a capital do Egito na época.
As pirâmides eram túmulos dos faraós. Para o seu interior era levada grande quantidade de objetos que pertenciam ao soberano, como móveis, jóias e outros objetos preciosos.
Durante o Antigo Império, o faraó conquistou amplos poderes. Isso acabou gerando alguns conflitos: os grandes proprietários de terra e os chefes dos diversos nomos não aceitaram a situação e procuraram diminuir o poder do faraó. Essas disputas acabaram por enfraquecer o poder político do Estado.
MÉDIO IMPÉRIO (2100 a.C. – 1580 a.C.)
Durante o Médio Império, os faraós reconquistaram o poder político no Egito. A capital passou a ser Tebas.
Nesse período, conquistas territoriais trouxeram prosperidade econômica. Mas algumas agitações internas voltariam a enfraquecer o império, o que possibilitou, por volta de 1750 a.C., a invasão dos hicsos, povo nômade de origem asiática. Os hicsos permaneceram no Egito cerca de 170 anos.
NOVO IMPÉRIO (1580 a.C. – 715 a.C.)
O período iniciou-se com a expulsão dos hicsos e foi marcado por numerosas conquistas territoriais. Em seu final ocorreram agitações internas e outra onda de invasões. Devido ao enfraquecimento do Estado, o Egito foi conquistado sucessivamente pelos assírios (670 a.C.), persas (525 a.C.), gregos (332 a.C.) e romanos (30 a.C.)
POLÍTICA E SOCIEDADE DO EGITO ANTIGO
Inicialmente, os egípcios se organizaram por meio de um conjunto de comunidades patriarcais chamadas denomos. Os nomos eram controlados por um chefe chamado nomarca. Os nomos se agrupavam em duas regiões distintas, que formavam dois reinos rivais: o reino do Alto Egito e o reino do Baixo Egito.
Por volta de 3.200 a.C. o reino do Norte dominou o reino do Sul, unificando assim, o Egito. O responsável por essa união foi Menés, que passou, então, a ser chamado de faraó, cujo significado é “casa grande”, “rei das duas terras”. O poder dos reis passava de pai para filho, isto é, era hereditário. Como os egípcios acreditavam que os faraós eram deuses ou, pelo menos, representantes diretos dos deuses na Terra, a forma de governo que se instalou foi chamada de monarquia teocrática.
A ilustração abaixo representa como era dividida a sociedade no Antigo Egito:
A ilustração abaixo representa como era dividida a sociedade no Antigo Egito:
Como podemos perceber, a sociedade egípcia era organizada em torno do faraó, senhor de todas as terras e de todas as pessoas. Ele era responsável pela justiça, pelas funções religiosas, pela fiscalização das obras públicas e pelo comando do exército. O faraó era considerado um deus vivo, filho de deuses e intermediário entre eles e a população. Em sua honra, realizavam-se inúmeros cultos.
Abaixo do faraó, e em ordem de importância, estavam o Vizir do Alto Egito, o do Baixo Egito e o Sumo-Sacerdote de Amon-Rá, um dos principais deuses do Egito Antigo. Os vizires contavam com a ajuda dos supervisores e dos nomarcas, isto é, os governadores dos nomos, os distritos do Egito. Os nomarcas por sua vez, eram auxiliados pelos funcionários do governo, os escribas, que sabiam ler e escrever.
A centralização política do Egito não foi de fato uma constante em sua história. Vários episódios de dissolução do Estado podem ser observados durante sua trajetória. Por volta de 2.300 a.C., uma série de contendas internas e invasões deram fim à supremacia do faraó. Nos três séculos subsequentes os nomos voltaram a ser a principal unidade de organização sócio-política. Esse primeiro período que vai da unificação ao restabelecimento dos nomos corresponde ao Antigo Império.
Ao fim do século XXI a.C., o Estado centralizado foi restabelecido graças aos esforços do faraó Mentuhotep II. A servidão coletiva foi mais uma vez adotada, permitindo a construção de vários canais de irrigação e a transferência da capital para a cidade de Tebas. Mesmo sendo um período de diversas conquistas e desenvolvimento da cultura egípcia, o Médio Império chegou ao seu fim em 1580, com a dominação exercida pelos hicsos.
A presença estrangeira serviu para que os egípcios se unissem contra a presença dos hicsos. Com a expulsão definitiva dos invasores, temos o início do Novo Império.
Nessa época, presenciamos a dominação egípcia sob outros povos. Entre as civilizações dominadas pelos egípcios, destacamos os hebreus, fenícios e assírios. Tal expansão das fronteiras possibilitou a ampliação das atividades comercias durante o Novo Império.
O Novo Império, considerado o mais estável período da civilização egípcia, teve seu fim com a deflagração de uma série de invasões. Os assírios, persas, macedônios e romanos invadiram e controlaram o Egito ao longo da Antiguidade. Ao longo de mais de 2500 anos, os egípcios ainda foram alvo do controle árabe, turco e britânico.
ECONOMIA
A agricultura era a atividade econômica principal dos egípcios. Inicialmente, para melhor aproveitar as águas do rio Nilo, os camponeses uniam-se, empenhando-se na construção de diques e no armazenamento de cereais para a época de escassez.
Com o tempo, a produção agrícola tornou-se variada, sendo cultivados algodão, linho (utilizados na fabricação de roupas), trigo, cevada, gergelim, legumes, frutas e, principalmente, oliveiras.
Às margens do rio os camponeses faziam pomares e hortas, produzindo favas, lentilhas, grão–de–bico e pepinos. Cultivavam ainda uva, utilizada na fabricação do vinho.
Perto de suas casas, eles criavam porcos e carneiros. O trabalho no campo era realizado com o auxílio de um arado de madeira puxado por bois.
Os camponeses que moravam nos pântanos e nos lagos costeiros, organizados em equipes, criavam em tanques numerosas variedades de peixes. O peixe, seco e conservado, era consumido muitas vezes com pão e cerveja, e constituía parte importante da alimentação dos egípcios.
Contando com um intenso artesanato, o comércio também foi outra importante atividade econômica no Egito Antigo.
RELIGIÃO
A religião desempenhava papel importante na sociedade egípcia: todos os aspectos da vida de um egípcio eram regulados por normas religiosas.
Havia cerimônias religiosas para os acontecimentos individuais: nascimento, casamento, morte, etc., e também para os acontecimentos que envolviam toda a sociedade, como as festas na época da colheita.
Abertura da Boca: um dos rituais funerários do Antigo Egito
As crenças egípcias giravam em torno da adoração de vários deuses, o politeísmo, e a crença em deuses com forma humana e animal, o antropozoomorfismo. Muitos deles eram associados a determinadas forças da natureza. O politeísmo egípcio era acompanhado pela forte crença em uma vida após a morte. É a partir desse princípio religioso que podemos compreender a complexidade dos rituais funerários e a preparação dos cadáveres através do processo de mumificação.
Os antigos egípcios acreditavam numa vida após a morte e no retorno do espírito ao corpo. Muito do que conhecemos hoje sobre os costumes e o modo de vida do Egito Antigo está associado a essa crença. A maior parte do nosso conhecimento vem da análise das pinturas e dos objetos deixados pelos egípcios nos túmulos.
RITUAIS DE VIDA E MORTE
Os egípcios acreditavam na vida após a morte, mas se quisessem gozar o outro mundo, seus corpos teriam de sobreviver. Por essa razão, mumificavam seus mortos. A técnica de preservar corpos é chamada de embalsamamento e os egípcios foram verdadeiros mestres nessa atividade.
Deus Anúbis realizando uma mumificação
Após a morte, o corpo era esvaziado e desidratado com a ajuda de um sal especial. Em seguida, embalsamado e envolvido com faixas de tecido de linho. As vísceras do morto eram colocadas separadamente em quatro recipientes.
Somente o coração era substituído por algum objeto. Por ser impossível conservá-lo, uma peça em forma de escaravelho (inseto de quatro asas, também chamado de bicho-bolo) era colocada em seu lugar. Em geral, um texto sagrado envolvia o novo "coração". Assim, o anterior era substituído simbolicamente.
Enquanto os embalsamadores se ocupavam da proteção do corpo, uma sepultura era preparada e decorada.
Capela funerária de Tutmés III
Nem todos os egípcios eram enterrados em pirâmides, como acontecia com os faraós. O sepultamento variava conforme a posição social do indivíduo e sua riqueza. Havia outros tipos de túmulos: os hipogeus e as mastabas.
Os hipogeus eram túmulos subterrâneos cavados nas rochas, principalmente nos barrancos de rios ou nas encostas de montanhas. Podiam possuir vários compartimentos e ser ricamente decorados. As mastabas eram tumbas, de base retangular, que tinham no interior uma sala para oferendas, uma capela e uma câmara mortuária subterrânea, onde ficavam os mortos. As pessoas mais humildes eram enterradas em covas simples no meio do deserto.
Para o interior do túmulo, os egípcios levavam objetos de uso diário e as riquezas que possuíam e pintavam cenas cotidianas. Acreditavam que, agindo assim, garantiriam o conforto na vida após a morte.
Um ponto curioso nos rituais do Egito era a zoolatria, ou seja, a adoração de animais. Os animais tidos como sagrados eram também cuidadosamente mumificados, após a morte, e depositados em cemitérios especiais.
Um ponto curioso nos rituais do Egito era a zoolatria, ou seja, a adoração de animais. Os animais tidos como sagrados eram também cuidadosamente mumificados, após a morte, e depositados em cemitérios especiais.
OS DEUSES
Os egípcios cultuavam inúmeros deuses, com funções e aspectos variados. Existiam deuses cultuados em todo Egito e outros adorados apenas em determinados lugares. Entre os primeiros estavam os deuses ligados à morte e ao enterro, como Osíris.
O culto ao Isis e Osíris era o mais popular no Egito Antigo. Acreditava-se que Osíris e sua irmã-esposa, Isis, tinham povoado o Egito e ensinado aos camponeses as técnicas da agricultura. Conta a lenda que o deus Set apaixonou-se por Isis e por isso assassinou Osíris. Esse ressuscitou e dirigiu-se para o Além, tornando-se o deus dos mortos.
Os antigos egípcios acreditavam que as lágrimas de Isis, que chorava a morte do esposo, eram responsáveis pelas cheias periódicas do Nilo. Também era adorado o deus Hórus, filho de Isis e Osíris.
O CONHECIMENTO E AS ARTES
O CONHECIMENTO E AS ARTES
Os egípcios desenvolveram importantes conhecimentos em diversas áreas: na aritmética, na astronomia, ma química e na área da saúde.
A medicina egípcia apresentava grandes avanços, como a criação de tratamentos médicos, delicadas intervenções cirúrgicas e tratamento de doenças, destaca-se ainda, a mumificação de cadáveres.
A fim de resolver problemas práticos desenvolveram técnicas como o controle das inundações, a construção de sistemas hidráulicos, a preparação da terra para a semeadura de acordo com o ciclo das estações.
As manifestações artísticas tinham evidente conotação religiosa sempre voltadas para a glorificação dos deuses e a vida de alguns faraós. Na arquitetura e na engenharia a construção de pirâmides e templos representaram um grande avanço em tais áreas.
A ESCRITA EGIPCIA
A escrita egípcia era feita com sinais ou caracteres pictóricos que representavam imagens de pássaros, insetos, objetos, etc., conhecidos como hieróglifos.
Segundo a maioria dos historiadores, os egípcios começaram a utilizar os hieróglifos por volta de 3200 a.C. Essa, com certeza é uma das escritas mais antigas do mundo.
Nesta escrita, cada sinal representava um objeto: havia partes do corpo humano, plantas, animais, edifícios, barcos, utensílios de trabalho, profissões, armas. Com o tempo, esses desenhos foram substituídos por figuras mais simplificadas ou por símbolos gráficos.
Para representar sentimentos, como ódio ou amor, ou ações como amar e sofrer, os egípcios desenhavam objetos cujas palavras que os designavam tinham sons semelhantes aos das palavras que os hieróglifos se referiam a algo concreto, havia um sinal vertical ao lado de cada figura. Se fossem referentes a algo abstrato, havia o desenho de um rolo de papiro. Se correspondesse à determinada pessoa, os hieróglifos traziam sempre a imagem de uma figura feminina ou masculina, mostravam um pequeno sol. Para completar, os hieróglifos podiam ser escritos da direita para a esquerda ou vice-versa a ordem certa, em cada caso, dependia da direção dos olhos das figuras humanas ou dos pássaros representados.
A partir dos hieróglifos, os egípcios desenvolveram outros sistemas. Veremos agora, em síntese, como eram empregados esses sistemas:
- Hieroglífico: considerado sagrado, era utilizado pelos sacerdotes;
- Hierático: era mais simples, utilizado pelos escribas nos papiros;
- Demótico: o mais simplificado era de uso popular.
Para escrever era utilizado o papiro, espécie de papel fabricado com o talo de uma planta de mesmo nome, acompanhado de pincéis, paletas, tinteiros e um pilão. Quando eles iam escrever esmagavam os pigmentos no pilão e depois transferiam a tinta para o tinteiro, que tinha duas cavidades: Uma para tinta vermelha e outra para a tinta preta. Os pincéis eram umedecidos com água que ficava numa bolsa de couro. Algumas paletas tinham caráter espiritual para os escribas, sendo guardadas em seus túmulos.
A escrita hieroglífica foi decifrada pelo francês Jean-François Champollion, que, após anos de estudo, concluiu seu trabalho em 1822, decifrando a Pedra de Roseta, um pedaço de basalto negro onde estava gravado um texto em grego, hieróglifos e demótico.
Quem realizava este trabalho de registro eram os escribas. Os escribas eram altos funcionários a serviço do faraó. Tinham como dever, anotar o que acontecia nos campos, contar os grãos, registrar as cheias do Nilo, calcular os impostos que os camponeses deveriam pagar, escrever contratos, atas judiciais, cartas, além de registrar os outros produtos que entravam no armazém.
Além da escrita, os escribas tinham que conhecer as leis, saber calcular impostos e ter noções de aritmética. Os escribas possuíam um pictograma próprio, representado pela paleta. Lê-se sech (escrever), e faz parte das palavras relacionadas com arquivos, impostos e tributos.
A VIDA COTIDIANA DOS EGÍPCIOS
A maior parte da população egípcia morava em pequenas cabanas feitas de junco, madeira e barro. As casas eram construídas nos locais mais elevados, para não serem atingidas pelas inundações. Essas casas, além de fornecer abrigo nas noites frias, protegiam das tempestades de areia. Nas épocas de muito calor, as famílias procuravam locais mais elevados para tomar ar fresco e fugir do mormaço do interior das casas.
A casa dos camponeses era simples, geralmente com uma única divisão e quase sem móveis. Os camponeses possuíam apenas algumas esteiras, alguns utensílios de cozinha e alguns vasos. Como não havia talhares, as pessoas comiam com as mãos.
As casas dos egípcios mais ricos eram confortáveis. Feitas com tijolos de barro secos ao sol, elas eram bem decoradas e mobiliadas. Possuíam camas, mesas, cadeiras, e os bancos tinham assentos de couro ou de palha. Mesmo as casas de alguns artesãos, que não eram ricos, eram bem melhores que as casas dos camponeses.
A alimentação dos egípcios consistia de pão, cebola, alho, favas, lentilhas, rabanetes, pepinos e, às vezes, peixe. Essa alimentação era regada por cerveja não fermentada. Os pobres só comiam carne e frutas nos dias de festas. O vinho só aparecia na mesa dos ricos, que, além dos alimentos citados, consumiam frutas, queijos e carnes de animais domésticos e selvagens.
Em suas atividades de caça e pesca no Nilo, os egípcios navegavam em pequenas e frágeis embarcações feitas de feixes de papiro atados. Os pescadores trabalhavam em grupos e utilizavam enormes redes. Os nobres, porém, pescavam só por diversão, com auxílio de lanças.
Os camponeses e artesãos vestiam-se apenas com um pedaço de tecido, colocado em forma de tanga em volta da cintura. As mulheres usavam uma longa túnica e os meninos geralmente andavam nus. Os ricos usavam trajes mais requintados. Os nobres, por exemplo, usavam um saiote pregueado e suas mulheres, vestidos bordados com contas.
Nas cerimônias, tanto os homens como as mulheres usavam pesadas perucas. Além disso, independentemente de idade ou sexo, os egípcios gostavam de usar imensas jóias – tiaras, brincos, colares, anéis, braceletes e pulseiras. Essas jóias podiam ser de ouro, prata, pedras semipreciosas, contas de vidro, conchas ou pequenas pedras polidas de cores bonitas.
Os egípcios tinham ainda seus jogos e divertimentos. Os jovens nobres, por exemplo, costumavam sair em carros puxados por cavalos para ir ao rio pescar, apanhar aves ou caçar hipopótamos e crocodilos.
A luta e a natação eram os esportes mais populares. Os barqueiros costumavam formar equipes e fazer competições no rio. Nessas ocasiões iam armados com paus a fim de derrubar seus adversários na água.
Os egípcios apreciavam muito os jogos de tabuleiro. Esses jogos assemelhavam-se aos jogos de xadrez e de damas que conhecemos hoje.
Os egípcios apreciavam muito os jogos de tabuleiro. Esses jogos assemelhavam-se aos jogos de xadrez e de damas que conhecemos hoje.
As crianças egípcias também tinham seus jogos e brinquedos. Gostavam muito de dançar, disputar jogos de equipe, e brincar com bonecas e bolas.
AS MULHERES NA SOCIEDADE EGÍPCIA
Os relevos e pinturas dos túmulos fornecem imenso e importante material para se estudar a vida cotidiana dos amigos egípcios. Apesar de os grandes túmulos terem pertencido apenas aos membros dos grupos sociais mais ricos, algumas cenas de seu interior permitem-nos lançar um olhar sobre o cotidiano de grande parte da população.
As informações transmitidas por estas cenas podem ser complementadas por objetos de uso diário, que eram muitas vezes sepultados com seus proprietários. Os textos literários e administrativos são também importantes.
Assim, é possível conhecer um pouco o papel das mulheres no Egito Antigo analisando a decoração dos túmulos. Nessas cenas, a esposa ou a mãe do proprietário do túmulo têm maior destaque. Em geral, as duas aparecem vestidas de forma simples, mas elegante, sentadas comodamente com o homem à mesa de oferendas. Por vezes, elas acompanham o homem quando ele observa cenas de trabalho.
No outro extremo, encontramos as mulheres ocupadas em trabalhos servis, fazendo pão e cerveja, fiando ou tecendo. São atividades feitas, provavelmente, em aposentos domésticos de uma casa mais rica.
A cor amarelada da pele das mulheres indica, entre outras coisas, uma menor exposição ao sol do que a dos homens, representados com aparência mais avermelhada. Isso sugere uma reclusão maior da mulher.
É possível que não fosse seguro para elas se aventurarem pelos espaços externos. Um texto de Ramsés III afirma: "Tornei possível à mulher egípcia seguir seu caminho, podendo as suas viagens prolongar-se até onde ela quiser, sem que qualquer outra pessoa a assalte na estrada", o que implica não ter sido sempre este o caso.
Nos túmulos mais antigos as mulheres estão ausentes dos trabalhos de maior destaque e das diversões mais agradáveis. Para além das cenas de tocadoras de instrumentos e de dançarinas acrobáticas, o papel das mulheres neste período parece ter sido muito restrito.
As mulheres não tinham quaisquer títulos importantes e, à exceção de alguns membros da família real e das rainhas, dispunham de pouco poder político.
O titulo que detinham em geral era o de senhora da casa. Quase todas eram analfabetas.
Viva a sabedoria...
Mito da alma gêmea
Será que todo mundo tem uma alma gêmea?
Quem nunca ouviu dizer: encontrei minha
alma gêmea! O que significa isso? De onde saiu que nós, humanos, individuais,
temos ou compartilhamos nossa alma com outro ser? Alma gêmea quer dizer que
nasceram juntas?
Na verdade, o mito da alma gêmea foi
criado por Platão que em seu livro O Banquete tenta definir o que é o amor. E
nessa busca, muitos convidados de uma festa, cada um por vez, faz um elogio ao
deus Eros (deus do amor).
No entanto, um dos momentos mais
fascinantes do texto é quando toma a palavra o comediógrafo Aristófanes. Ele
faz um discurso belo e que se imortalizou como a teoria da alma gêmea.
Aristófanes começa dizendo que no
início dos tempos os homens eram seres completos, de duas cabeças, quatro
pernas, quatro braços, o que permitia a eles um movimento circular muito rápido
para se deslocarem. Porém, considerando-se seres tão bem desenvolvidos, os
homens resolveram subir aos céus e lutar contra os deuses, destronando-os e
ocupando seus lugares. Todavia, os deuses venceram a batalha e Zeus resolveu
castigar os homens por sua rebeldia. Tomou na mão uma espada e cindiu todos os
homens, dividindo-os ao meio. Zeus ainda pediu ao deus Apolo que cicatrizasse o
ferimento (o umbigo) e virasse a face dos homens para o lado da fenda para que
observassem o poder de Zeus.
Dessa forma, os homens caíram na terra
novamente e, desesperados, cada um saiu à procura da sua outra metade, sem a
qual não viveriam. Tendo assumido a forma que nós temos hoje, os homens
procuram sua outra metade, pois a saudade nada mais é do que o sentimento de
que algo nos falta, algo que era nosso antes. Por isso, os homens vivem em
sociedade, pois desenvolvem o trabalho para buscar, nessa relação amorosa,
manter a sua sobrevivência. Dessa forma, o ser que antes era completo
homem-homem gerou o casal homossexual masculino; o ser mulher-mulher, o casal
homossexual feminino. E o andrógino (parte homem, parte mulher) gerou o casal
heterossexual. E a força que une a todos é o que nos protege, já que Zeus
prometeu cindir novamente os homens (ficaríamos com uma perna e um braço só!)
se não cumpríssemos o que foi designado pela divindade.
Vale notar que Platão vai utilizar uma
linguagem poética-imagética para poder refutar essa teoria, mas no fundo, a
plasticidade do texto é que ficou na tradição como a obra mais bela que explica
sobre o amor. Isso inspirou os movimentos românticos em todas as suas fases na
modernidade.
Arte...
Funk
O funk é um estilo musical que surgiu
através da música negra norte-americana no final da década de 1960. Na verdade,
o funk se originou a partir da soul music, tendo uma batida mais pronunciada e
algumas influências do R&B, rock e da música psicodélica. De fato, as
características desse estilo musical são: ritmo sincopado, a densa linha de
baixo, uma seção de metais forte e rítmica, além de uma percussão (batida)
marcante e dançante.
Década de 60: O Funk Indecente
O funk surgiu como uma “mescla” entre os
estilos R&B, jazz e soul. No início, o estilo era considerado indecente,
pois a palavra “funk” tinha conotações sexuais na língua inglesa. O funk acabou
incorporando a característica, tem uma música com um ritmo mais lento e
dançante, sexy, solto, com frases repetidas.
Década de 70: O P-Funk
A alteração mais característica do
funk, na década de 70, foi feita por George Clinton, com suas bandas
Parliament, e, posteriormente, Funkadelic. Tratava-se de um funk mais pesado,
influenciado pela psicodelia, dando origem ao subgênero chamado P-Funk. Nesse
período surgiram renomadas bandas como B.T. Express, Commodores, Earth Wind
& Fire, War, Lakeside, Brass Construction, Kool & The Gang, etc.
Década de 80 e Contexto Atual: As
Fusões Comerciais
A década de 80 serviu para “quebrar” o
funk tradicional e transformá-lo em vários outros subgêneros, de acordo com o
gosto do ouvinte, já que a música nesse período era extremamente comercial.
Seus derivados rap, hip-hop e break ganhavam uma força gigantesca nos EUA através
de bandas como Sugarhill Gang e Soulsonic Force.
No final dos anos 80, surgiu a house
music. Derivado do funk, esse estilo tinha como característica a mistura do
funk tradicional com samplers e efeitos sonoros eletrônicos.
A house music foi um novo fenômeno nas
pistas de dança do mundo inteiro. Um pouco mais recente, o funk sofreu
alterações para o lado do metal, com a fusão de guitarras distorcidas de
heavy-metal com batida do funk através de bandas atuais como Red Hot Chili
Peppers e Faith No More.
O derivado do funk mais presente no
Brasil é o funk carioca. Na verdade, essa alteração surgiu nos anos 80 e foi
influenciada por um novo ritmo originário da Flórida, o Miami Bass, que
dispunha de músicas erotizadas e batidas mais rápidas. Depois de 1989, os
bailes funk começaram a atrair muitas pessoas.
Inicialmente as letras falavam
sobre drogas, armas e a vida nas favelas, posteriormente a temática principal
do funk veio a ser a erótica, com letras de conotação sexual e de duplo
sentido. O funk carioca é bastante popular em várias partes do Brasil e
inclusive no exterior, chegou a ser uma das grandes sensações do verão europeu
em 2005.
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