sábado, 23 de novembro de 2013

Aquecimento genital...


Viagra feminino? Gel pode aumentar desejo sexual nas mulheres
Com resultados a partir de duas semanas, o produto pode ser aplicado na parte interna das coxas ou na parte superior dos braços.

Já não tem mais o desejo sexual de antes? E se a solução estivesse em aplicar um gel nas coxas ou braços, que aumenta o nível do hormônio testosterona ligado à libido? Segundo a ginecologista britânica Jeffrey Braithwaite, consultada pelo jornal Daily Mail, o produto funciona, mas apenas em casos de queda do hormônio, normalmente relacionado à menopausa.

“É razoável que as mulheres sejam verificadas até certificar-se de que o desejo baixo é um problema no nível de testosterona em vez de algo que precise de tratamento. Também é essencial verificar se não existem outras condições ou contraindicações que podem tornar o uso do gel perigoso. Mas o gel pode ser extremamente eficaz se os níveis de testosterona são baixos”, disse a ginecologista Jeffrey.

Adesivos de testosterona, que basicamente fazem o mesmo trabalho do gel, não são muito populares porque escorregam após o banho. No caso do gel, basta espalhá-lo na parte interna da coxa ou na parte superior dos braços, esperar cinco minutos para absorção e os resultados podem aparecer entre duas semanas e um mês. Algumas mulheres também podem precisar de um suplemento de estrogênio para que os dois hormônios trabalhem juntos na busca pela libido.

Deve-se perguntar ao médico sobre o uso do produto e a quantidade deve ser ajustada para evitar efeitos colaterais, como irritabilidade. “Notei que me sentia no limite e competitiva quando comecei a usá-lo. Mas acertei a dose e a irritabilidade desapareceu”, disse uma mulher que usa o gel há anos. 
http://mulher.terra.com.br/vida-a-dois/viagra-feminino-gel-pode-aumentar-desejo-sexual-nas-mulheres,58218386e9a72410VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html

O que se tem...

A candidata em busca da credibilidade perdida

O alarme tocou e a presidente Dilma Rousseff entrou em campanha para elevar sua credibilidade, encenando mais uma vez o compromisso, jamais cumprido, de boa administração das contas públicas. Não se trata, agora, de persuadir um eleitorado mais ou menos cativo e mais ou menos propenso a engolir as patranhas de uma governante populista. 

O objetivo, bem menos simples, é reduzir a desconfiança de um público mais informado, menos vulnerável a truques contábeis e muito menos impressionável com jogadas de controle de preços. Não se trata só de economistas independentes e do pessoal do mercado financeiro, mas também - e neste momento principalmente - dos analistas com poder para baixar a nota de crédito do País. 

O risco de rebaixamento ficou mais evidente nas últimas semanas, foi citado pelo ministro da Fazenda em reunião com líderes aliados e é compatível com as preocupações indicadas por entidades multilaterais, como a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Em seu novo relatório sobre perspectivas globais, economistas da OCDE sugerem, entre outras medidas para tornar mais claras as contas públicas, maior atenção à regra de superávit primário e limitação das operações "quase fiscais". Este é um nome delicado para a relação promíscua entre o Tesouro e os bancos federais. Tais medidas, acrescentam os autores do texto, "consolidariam a reputação duramente adquirida pelo Brasil de boa gestão fiscal".

A referência a essa reputação como ainda existente deve ser mais uma gentileza diplomática. Igualmente gentil é a referência à reputação da política de controle da inflação baseada no regime de metas. "Será importante continuar mostrando determinação diante da emergência de pressões inflacionárias", sustentam os economistas. Em outra passagem, o texto menciona diretamente a necessidade de mais aperto monetário para conduzir a inflação à meta de 4,5%.

Bem antes da presidente da República os dirigentes do Banco Central (BC) decidiram cuidar da própria credibilidade. Ao elevar em abril o juro básico da economia, a taxa Selic, tomaram a primeira medida séria, em 20 meses, para enfrentar a disparada dos preços. Foi também o primeiro lance para restabelecer a imagem de autonomia operacional da instituição.

Já esfrangalhada, essa imagem foi quase destruída quando a presidente Dilma Rousseff, na África do Sul, em março, fez um desastroso pronunciamento sobre como deveria ser o combate à inflação no Brasil. O presidente do BC, Alexandre Tombini, teve de se manifestar, pouco depois, para "esclarecer" as palavras de sua chefe e tentar conter os estragos. 

No mês seguinte começou a nova série de aumentos da taxa Selic. Analistas do mercado financeiro e consultores privados dão como certa mais uma elevação ainda este ano e um retorno do juro básico dos atuais 9,5% aos dois dígitos. A decisão deverá ser conhecida na próxima quarta-feira, quando terminará a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) prevista para 2013.

A política de juros em vigor a partir de abril deve produzir resultados sensíveis, ou mais sensíveis, nos próximos meses. É cedo para dizer se haverá novos aumentos em 2014, embora o mercado financeiro projete uma Selic de 10% para dezembro de 2013 e uma taxa de 10,25% para o fim do próximo ano. 

Por enquanto, a inflação continua vigorosa. O IPCA-15, prévia do índice oficial do mês, subiu 0,57% em novembro, 5,06% no ano e 5,78% em doze meses. Em outubro a variação havia chegado a 0,48%. A reaceleração iniciada em agosto continua e, se fosse necessária mais uma prova do desastre, bastaria examinar a contaminação dos preços - 70,7% itens com aumentos.

Se a tendência se mantiver, como tudo parece indicar, as escolhas do Copom serão muito restritas, até porque o governo se mostra disposto a continuar estimulando o consumo e a manter frouxas as suas contas. Com isto se volta ao problema da política fiscal e ao esforço da presidente Dilma Rousseff de encenar de novo um compromisso de seriedade. O espetáculo incluiu na semana a reunião com políticos aliados para convencê-los a abandonar projetos com elevados custos fiscais - uns R$ 60 bilhões por ano, se forem todos aprovados.

Líderes da base assinaram um documento de apoio ao imaginário Pacto de Responsabilidade Fiscal inventado, há alguns meses, como resposta às manifestações de junho. Um dia depois o Congresso aprovou, no entanto, uma lei para desobrigar o governo central de compensar as deficiências de Estados e municípios na produção do superávit primário. 

Em seguida, a presidente pediu aos auxiliares a fixação de metas fiscais mais fáceis para o próximo ano. A quem ela espera convencer de sua conversão à austeridade? Além do mais, em 2014 eleições dominarão a política. A campanha da reeleição começou há muito tempo, como sabe qualquer pessoa razoavelmente informada.

A presidente festejará o ano-novo num país com inflação elevada e finanças públicas em mau estado, pressionada para manter estímulos setoriais ao consumo e com as contas externas em visível deterioração. O déficit em conta corrente acumulado nos 12 meses até outubro chegou a US$ 82,21 bilhões, 3,67% do PIB estimado.

A balança comercial, foco dos principais problemas do balanço de pagamentos, pode melhorar neste bimestre. Mas as perspectivas ainda serão ruins, porque a indústria continua com baixo poder de competição. A política do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atendeu nos últimos anos a prioridades erradas e foi insuficiente para promover a elevação do investimento privado.

Quanto ao investimento público, permaneceu emperrado por incompetência gerencial. Se o BC continuar sozinho no combate à inflação, a presidente ainda estará arriscada a enfrentar novas e inoportunas altas de juros. A batalha da credibilidade poderá ser muito complicada.
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-candidata-em-busca--da-credibilidade-perdida-,1099693,0.htm

Cada povo tem o governo que a maioria escolheu...

A hegemonia imperfeita
O PT está há 11 anos no governo federal, é o principal e mais bem organizado partido do País, mas não fixou uma orientação de sentido que agregue os brasileiros, ou a maioria deles. Tem votos, mas não consensos. Sensibilizou a opinião pública para o tema da desigualdade social, mas fez isso por meio do assistencialismo, e não de uma imagem de vida coletiva.

Passou-se o mesmo nos oito anos de FHC. Sua política de combate à inflação trouxe a cultura da responsabilidade fiscal para a gestão pública, mas não uma ideia de sociedade. Introduziu a linguagem da reforma do Estado e com ela pautou os governos que lhe sucederam, mas não conseguiu valorizar o Estado perante os cidadãos. E o que dizer das décadas seguidas de PSDB em São Paulo? Vitórias eleitorais sucessivas conseguiram atiçar algum sentimento antipetista, mas não anunciaram uma comunidade política. O legado tucano resume-se a obras e providências administrativas, como, aliás, ocorre em todos os lugares. Não contempla valores.

Há o "poder da mídia". Estrutura-se em imagens, informações, narrativas. A ilusão de que faz o que quer com a cabeça das pessoas tem levado a que se fale em "mídia golpista", expressão tão provocativa quanto equivocada num contexto em que os grandes órgãos de comunicação têm suas "orientações" desmentidas no instante mesmo em que são emitidas. As redes sociais comprometem sua eficácia. Mas tais mídias alternativas são o espaço de todos e de ninguém. Não podem ser articuladas por uma ordem de comando ou por um sujeito unificador revestido de poder de agenda e capacidade de direção intelectual e moral.

Há muito poder econômico no mundo. A concentração de riqueza é assustadora. O capital não cabe em si e regurgita com frequência. A crise global é, na verdade, uma situação de conflitos incessantes que não conseguem ser coordenados e superados. É uma crise de direção política no sistema e no interior de cada Estado. A hegemonia do capital financeiro é real, mas não traz consigo uma fantasia organizada: é uma supremacia que não seduz nem convence, em que pese o investimento pesado em propaganda. A própria hegemonia dos EUA se faz hoje com muitos vácuos e oscilações.

O quadro é de crise de hegemonia. Não há mais, a rigor, uma "hegemonia neoliberal". Nem nenhuma outra. Cada sujeito, cada polo ou bloco tem limites (econômicos, corporativos, ideológicos) que o impedem de se tornar hegemônico, quer dizer, de dirigir em nome de um "projeto existencial".

No Brasil, as oposições não avançam porque não têm empatia ou discurso que as qualifiquem como artífices de mudanças. A presidente Dilma, por sua vez, é beneficiada pela posse dos instrumentos de governo e mantém posições mesmo sem dispor de propostas que empolguem.

Falar em hegemonia é falar em poder das ideias, componente decisivo de qualquer operação que tencione magnetizar pessoas ou mudar o mundo. Pode-se governar com recursos político-administrativos e com dinheiro, mas não se muda a disposição cívica nem se deslocam estruturas sem ideias articuladas. A luta ideológica é mais decisiva que a eleitoral.

Fala-se de "hegemonia" sem muito rigor. Há os que a confundem com supremacia política. E há os que dizem que ela é a porta de entrada de uma visão totalitária do mundo. Não se valoriza o fundamental: hegemônico não é quem manda ou ganha eleições, mas quem consegue apresentar uma proposição crítico-racional para a sociedade. A busca de hegemonia é um exercício cultural interativo e dialógico. Não se resolve de uma vez por todas, com uma camisa de força, mas mediante discussão permanente. É uma construção sem prazo para terminar.

Privilegiada pelo marxista italiano Antonio Gramsci, a hegemonia é o dado que falta nos dias correntes. Há poder e poderes, mas não direção intelectual e moral, ou melhor, há muitas direções e nenhuma delas consegue prevalecer incontrastável. Há domínio e coerção, mas poucos consensos. O desentendimento dificulta a modelagem coletiva da experiência social.

Hegemonias existem, mas são imperfeitas. Carecem de base material e condições para que se unifique a vida social em torno de projetos coletivos.

Gramsci queria, com o conceito, mostrar que não era preciso chegar ao poder político para ter influência no Estado e na sociedade. Que os subalternos e seus representantes políticos poderiam disputar posições importantes e fixar seus valores no arcabouço cultural das sociedades. Em suma, que dava para dirigir sem dominar, ocupar espaços a partir dos quais direcionar a ação dos poderes estatais.

Não há como dizer que esse projeto não deu certo. As classes subalternas, ao longo do século 20, conquistaram muita coisa e imprimiram a marca de seus interesses, valores e projetos na comunidade política moderna. Mas essa hegemonia não foi suficiente para mudar com radicalidade a estrutura do poder. Houve maior compartilhamento de posições, mas o poder permaneceu concentrado e voltado para defender os interesses economicamente dominantes.

Quando Gramsci idealizou seu conceito, a hegemonia nascia da fábrica e podia ser pensada como estando enraizada no universo da produção. Hoje esse universo não referencia a sociedade. A fábrica está-se robotizando, alterou suas plantas, espalha suas unidades longe do controle dos Estados. A classe operária perdeu densidade e não pode mais ser vista como o sujeito político por excelência, levando consigo os partidos de massa e as utopias que desenhavam o futuro.

Vivemos cercados de poderes, mas eles coordenam pouco a vida social. Nem sequer regulam pressões e interesses. Fazem-nos mal, mas não são donos de nossa mente nem de nossos movimentos. São negativos mais pelo que deixam de fazer do que pelo que fazem. São pouco amados e muito difamados, agredidos e contestados, mas não conseguem ser responsabilizados. Desabam sobre as pessoas mas não as orientam.

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-hegemonia--imperfeita-,1099698,0.htm

Extermínio racial e social...

Taxa de homicídio de negros é o dobro do resto da população

Segundo estudo do Ipea sobre o racismo no Brasil, a cada assassinato de um não negro, 2,4 negros são mortos no país

Homens negros são os que apresentam a maior perda de expectativa de vida: são 3,5 anos de vida contra 2,57 anos dos outros homens

São Paulo - A cada homicídio de um não negro (brancos, indígenas e indivíduos de cor/raça amarela, de acordo com a classificação do IBGE), 2,4 negros são assassinados no Brasil. 

Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e fazem parte de um estudo, publicado este mês, sobre os efeitos do racismo no país. 

De acordo com informações do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/MS) e do IBGE, apresentadas pelo Ipea, enquanto a taxa de assassinatos de negros no Brasil é de 36 mortes por 100 mil negros, entre não negros, esta taxa é de 15,2.

Em alguns estados do país, a diferença entre os dois grupos é ainda mais impressionante. Em Alagoas, a diferença entre as taxas de homicídio é de 76 casos por 100 mil habitantes. 

Herança

Segundo o Ipea, o negro é duplamente discriminado no Brasil, por sua situação socioeconômica e por sua cor de pele e essas discriminações combinadas podem explicar a maior ocorrência de homicídios de negros em relação ao resto da população. "A escravidão legou à nação um contingente populacional com baixíssimos níveis educacionais, além de uma ideologia racista", diz o estudo. 

Os baixos níveis educacionais deixam a população negra entre os mais pobres do país: enquanto 64,42% dos não negros estão entre os 50% mais ricos do Brasil, a maior parte dos negros (55,28%) está entre os 50% mais pobres do país. 
http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/taxa-de-homicidio-de-negros-e-o-dobro-do-resto-da-populacao

Pra mim, ao ponto. Obrigado...

Mensaleiros seguem com regalias em presídio no DF

Apesar da recomendação do Ministério Público do DF, petistas encarcerados na Papuda continuam a receber visitas de parlamentares livremente. Familiares de outros presos reclamam dos benefícios

Marcela Mattos, de Brasília
Um grupo de 26 deputados do PT  visitam os condenados no processo do mensalão que estão cumprindo pena em regime semiaberto no Complexo da Papuda, em Brasília
Um grupo de 26 deputados do PT  visitam os condenados no processo do mensalão que estão cumprindo pena em regime semiaberto no Complexo da Papuda, em Brasília (Marcello Casal Jr/ABr)

Apesar da recomendação do Ministério Público feita à diretoria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal para que seja seguido o princípio da isonomia no tratamento de detentos, os petistas encarcerados no Complexo Penintenciário da Papuda, em Brasília, continuaram a receber livremente a visita de parlamentares e familiares.

Nesta sexta-feira, um dia vetado a visitações na Papuda, o deputado Zezéu Ribeiro (PT-BA) esteve no local no início da tarde para encontrar José Dirceu, Delúbio Soares, Romeu Queiroz e Jacinto Lamas. Mais cedo, o ex-deputado Carlos Abicalil também visitou alguns dos presos do processo do mensalão. Pelo entendimento do juiz da Vara de Execuções Penais, parlamentares têm livre acesso ao complexo penitenciário.

Ao cobrar o fim das regalias aos petistas, o Ministério Público anexou reportagens sobre o entra e sai de visitantes na Papuda. A entrada indiscriminada na penitenciária tem causado desconforto em familiares de presos comuns, que têm de esperar em uma fila durante horas para conseguirem acesso ao interior da penitenciária. Os petistas desrespeitam a ordem de chegada e não precisam ficar sob o sol para ter a entrada liberada.

Leia também: Radar: Mensaleiros não têm queixas sobre Papuda

A Promotoria argumenta que o horário de visitação do presídio é restrito às quartas e quintas-feiras, das 9h às 15h, além de destacar que os visitantes devem passar por revista, estar com roupa apropriada e deixar aparelhos eletrônicos na entrada. O acesso irrestrito aos parlamentares, fora dos horários estabelecidos, é um entendimento do juiz da Vara de Execuções Penais, que pode ser suspenso a qualquer momento.

Dirceu e Delúbio desistiram de pedir transferência para uma unidade em São Paulo e permanecerão em Brasília, onde o sistema prisional é administrado pelo governador do Distrito Federal e colega de partido, Agnelo Queiroz. O governador, aliás, fez questão de visitar os detentos petistas ontem ao lado de 26 deputados.

As reclamações dos demais visitantes e a recomendação do Ministério Público foram mais uma vez ignoradas nesta sexta. Ao site de VEJA, o coordenador-geral da Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) no DF, João Feitosa, afirmou que sequer sabia das visitas e alegou que a entrada às sextas-feiras não é proibida: “Na sexta-feira há exceções por motivos particulares. São casos excepcionais, como um familiar cadeirante ou que precise levar alguma medicação”, explicou. Esses, porém, não são os casos aplicados aos detentos do mensalão.

Para o coordenador, não há privilégios aos mensaleiros: “Isso não acontece. Os outros presos, inclusive, não estão reclamando. O sistema está calmo e as visitas têm ocorrido com normalidade”.

O coordenador da Sesipe ainda apontou benefícios na maior rotatividade com a presença dos mensaleiros: “Os presos têm consciência de que com a visita de representantes do poder público há uma tendência de haver melhorias. Eles [os condenados no mensalão] podem trazer mais atenção ao sistema prisional”. 
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/apos-pedido-do-mp-mensaleiros-seguem-com-regalias

Mais silêncio...

Silveirinha está prestes a reaver os milhões que desviou

O principal condenado por um escândalo de corrupção de dez anos atrás pode estar perto de conseguir os quase US$ 9 milhões que enviou à Suíça

Ele acumulou  US$ 8,7 milhões.  No escândalo como um todo, foram desviados  US$ 34 milhões.

Rodrigo Silveirinha Corrêa, ou simplesmente Silveirinha, foi o símbolo de um dos maiores escândalos políticos do Rio de Janeiro, conhecido como escândalo do propinoduto. Subsecretário adjunto de Administração Tributária durante o governo de Anthony Garotinho, entre 1999 e 2002, Silveirinha montou, com um grupo de fiscais da Fazenda do Rio, um esquema de extorsão a empresas fluminenses. 

A quadrilha arrecadou e mandou para a Suíça US$ 34 milhões, o equivalente a R$ 77 milhões. O caso veio a público em 2003. Logo em seguida, Silveirinha e seus comparsas foram demitidos, condenados e chegaram a ser presos. O dinheiro na Suíça foi bloqueado em 2008. Alguns anos depois de deixar a cadeia, Silveirinha dizia que passara a dirigir um táxi para ganhar a vida, após uma tentativa fracassada de administrar um posto de gasolina.

A história parecia um exemplo de sucesso das instituições brasileiras no combate à corrupção. Na semana passada, o governo do Rio de Janeiro recebeu uma notícia triste para o cidadão honesto – e alegre para ele, o próprio, o Silveirinha, condenado por desviar o dinheiro dos impostos. 

A Justiça da Suíça decidiu em última instância que não repatriará o dinheiro para o Brasil. As autoridades suíças cogitam até mesmo devolver o dinheiro para Silveirinha e seus companheiros. Por que isso ocorreu? Uma das principais razões é que, em dez anos, a Justiça brasileira não conseguiu concluir o processo. Ou, na linguagem jurídica, a sentença dos acusados do propinoduto não “transitou em julgado”.

Em outubro de 2003, 22 pessoas foram condenadas pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio, entre fiscais estaduais da Fazenda, auditores da Receita Federal e os doleiros que enviaram ilegalmente dinheiro ao exterior. Em 2007, as sentenças foram confirmadas pelo Tribunal Regional Federal. 

Os condenados recorreram, e o caso foi parar no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Desde 2009, as 22 mil folhas, distribuídas por 66 volumes do processo original, repousam, em segredo de Justiça, à espera de julgamento no STJ. Dez anos após a primeira condenação, a ação está no gabinete da ministra Assusete Magalhães, a sexta relatora do caso, ainda sem decisão. Existem sete recursos ativos sobre o caso no STJ e dois no Supremo Tribunal Federal. Segundo o STJ, o lapso de tempo se deve ao excesso de processos; à grande rotatividade de ministros das turmas penais; e a seis substituições desde 2012, agravadas pela demora nas nomeações.

“O julgamento sobre o qual a República Federativa do Brasil se apoiava para fundar suas pretensões civis não era definitivo. Assim, a natureza da lesão potencialmente sofrida pelo Estado do Rio de Janeiro não pode ser estabelecida definitivamente”, afirma a decisão do Tribunal Penal Federal da Suíça, de novembro de 2011, que nega o repatriamento dos recursos ao Brasil. 

Em janeiro deste ano, a Suprema Corte suíça ratificou a decisão do Tribunal Penal, concluindo o processo. Não cabe mais recurso, pela via jurídica, para trazer o dinheiro de volta ao Brasil.Apesar de a decisão ser do começo do ano, somente na semana passada a Advocacia-Geral da União, responsável pelo processo judicial, informou o resultado ao governo do Rio, segundo ÉPOCA apurou. Além da demora da Justiça brasileira, as autoridades suíças entenderam que a União não era parte legítima para pedir o repatriamento do dinheiro, porque o dano direto da corrupção fora causado ao Rio de Janeiro, não ao governo federal.

O governo brasileiro ainda não desistiu de recuperar os recursos, que continuam congelados na Suíça. Segundo o Departamento Internacional da Advocacia-Geral da União, a decisão encoraja uma “solução negociada” entre os dois países para a devolução do dinheiro, com base nos princípios da legislação federal suíça sobre o compartilhamento de ativos patrimoniais confiscados. 

O Ministério da Justiça capitaneia essa negociação e coordena as ações brasileiras. Se essa solução diplomática não prosperar, as autoridades suíças terão dois cenários: liberar o dinheiro aos correntistas ou incorporá-lo ao tesouro do país.

Silveirinha foi o nome mais conhecido do propinoduto, mas não foi quem mais mandou dinheiro para a Suíça. Em sua conta no Union Bancaire Privée, ele acumulou US$ 8,7 milhões. Outro auditor, Carlos Eduardo Pereira Ramos, juntou ainda mais: US$ 18,1 milhões. 

Como subsecretário adjunto de Administração Tributária, Silveirinha era o superior hierárquico de Carlos Eduardo, chefe da Inspetoria de Grande Porte – responsável pelas 400 maiores empresas do Estado e três quartos da arrecadação de ICMS. Juntos, os dois obtiveram 79% dos recursos desviados pelo grupo. Em 2012, o caso entrou na lista do Banco de Dados de Grandes Casos de Corrupção, do Banco Mundial. Por esse recorde nefasto, Silveirinha e Carlos Eduardo deveriam ser punidos – e não premiados, como pode acontecer. 

Idas e vindas da Justiça. 

http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2013/11/silveirinha-esta-prestes-reaver-os-bmilhoes-que-desvioub.html

Que calor....


O que fazer quando a timidez vira doença

Você morre de vergonha de levantar a mão e fazer uma pergunta em sala de aula? Odeia ter de apresentar os resultados da empresa numa reunião da diretoria? Quando vai a uma festa, fica num canto e evita falar com desconhecidos? Na rua, abaixa os olhos ao passar por estranhos? Será que você é apenas tímido ou tem uma tremenda dificuldade de se relacionar e de se expor na frente dos outros? Como saber quando a timidez passa do ponto?

Um dos limites claros da timidez excessiva é uma condição conhecida como fobia social. Em casos extremos, a pessoa pode até passar mal numa situação em que se sente exposta ou avaliada publicamente. Para ela, dar uma aula, se manifestar numa reunião e até mesmo assinar um simples talão de cheque ou teclar a senha do cartão na frente de desconhecidos pode ser um verdadeiro martírio.

Sensações e sintomas como medo de errar, perda de controle, taquicardia, tremores, transpiração excessiva, tosse, falta de ar, tontura, enjoo, vômitos e até desmaios podem acontecer. Tudo isso é resultado de uma crise de ansiedade, desencadeada por uma resposta desproporcional diante de uma ameaça imaginária. É como se alguém se sentisse julgado ou criticado o tempo todo. Uma espécie de fantasia de que é uma farsa que será descoberta a qualquer momento. Como resultado, o fóbico social pode passar a evitar situações em que sabe que se sentirá exposto.

Não é incomum que seu desempenho na escola, na faculdade ou no emprego fique prejudicado, que ele evite festas e confraternizações e que deixe de fazer compras quando não está acompanhado. Essas são algumas de muitas outras limitações de que o fóbico social sofre.

Na tentativa de controlar ou reduzir a ansiedade, esse tipo de fobia pode levar ao abuso de álcool, maconha, cigarro ou calmantes. Sintomas depressivos e outros distúrbios de ansiedade podem, também, estar mais presentes na vida dos fóbicos sociais.

Em tempos de internet, muitos deles (como também os tímidos) podem passar horas na frente do computador, usando redes sociais para mediar seus contatos com os outros. O risco é a vida on-line ganhar o lugar dos contatos reais, já que a sensação de ser avaliado tende a diminuir do outro lado da tela.

É importante que pessoas que enfrentam as limitações que a fobia social impõe à vida procurem a ajuda de psiquiatras ou psicólogos. No tratamento, pode ser necessário o uso de medicamentos como antidepressivos, para o controle da ansiedade e de outros sintomas. A terapia pode modular a resposta à ansiedade, dar maior segurança e garantir um cotidiano mais tranquilo.

http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/jairo-bouer/noticia/2013/11/o-que-fazer-quando-btimidez-vira-doencab.html

Mais uma etapa superada...