quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Só rindo...










Refletindo...














"As abelhas e as vespas sugam as mesmas flores, mas não sabem encontrar nelas o mesmo mel."
http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/7/

Língua afiada...












PEGADINHA GRAMATICAL
Conjunções subordinativas

A conjunção é a palavra que une orações ou termos de uma oração que possuem mesma função. Essa relação estabelecida entre as orações pode ser independente, quando se trata de orações coordenadas; ou dependente, quando se trata de subordinadas.

Quando a conjunção exerce seu papel de ligar as orações, e estabelece entre elas uma relação de dependência sintática, temos subordinação. Veja o exemplo:

Maria confirmou que não esteve em casa hoje. 

As duas orações estão ligadas pela conjunção que e têm relação de dependência entre si, uma vez que na primeira oração (Maria confirmou) o verbo “confirmou” não tem por si só sentido completo e depende da segunda (que não esteve em casa hoje) para tê-lo. No entanto, a segunda oração é a subordinada, já que está sujeita à primeira, com função de complemento do verbo. Assim temos a oração principal: Maria confirmou, e a oração subordinada: que não esteve em casa hoje, ligadas pela conjunção integrante que, a qual é subordinativa, pelo fato de estar unindo a oração subordinada à oração principal.
Podemos classificar as conjunções subordinativas em:

• integrantes – são introdutórias de orações subordinadas substantivas: que, se, como, etc.;
Exemplo: Não sei dizer se ele chegou.

• causais – exprimem causa: porque, como, uma vez que, já que, etc.;
Exemplo: Eu sou feliz porque tenho uma família.

• concessivas – exprimem concessão: embora, ainda que, mesmo que, apesar de que, etc.;
Exemplos: Quando fui dormir ainda estava claro, ainda que passasse das sete da noite.
Apesar de estarmos refletindo mais sobre a economia do país, os juros só tem aumentado.

• condicionais – exprimem condição ou hipótese: se, desde que, contanto que, caso, se, etc.;
Exemplo: Avise-me caso eles já saibam da nova lei.

• conformativas – exprimem conformidade: conforme, segundo, como, consoante.;
Exemplo: Conforme ia passando o tempo, meu corpo cansava cada vez mais.

• comparativas – estabelecem comparação: como, mais...do que, menos...do que, etc.;
Exemplo: Estou mais feliz hoje do que ontem.
Ele chorou como quem tivesse perdido algo de muito valor sentimental.

• consecutivas – exprimem consequência: de forma que, de sorte que, que, etc.;
Exemplo: Estudou tanto que adormeceu.

• finais – exprimem finalidade: a fim de que, que, porque, para que, etc.;
Exemplo: Vamos embora a fim de que possamos assistir ao filme.

• proporcionais - estabelecem proporção: à medida que, à proporção que, ao passo que, etc.;
Exemplo: À medida que estudo todos os dias, minha memória se torna melhor.

• temporais – indicam tempo: quando, depois que, desde que, logo que, assim que, etc..
Exemplo: Desde que você foi embora, meu coração gerou expectativa para que voltasse.

http://www.brasilescola.com/gramatica/conjuncoes-subordinativas.htm

Interessante...

Tá tudo errado! Veja 5 coisas que fazemos sem pensar que não estamos certos.

Lavar as mãos, fazer sexo e usar grampos de cabelo estão entre os itens analisados a seguir.
  
Veja 5 coisas que fazemos sem pensar que não estamos certos Na escola você aprende a resolver problemas matemáticos e a conhecer limites geográficos, por exemplo. Daí passa por Química, Física, Biologia, Sociologia, Educação Física, Artes, Língua Portuguesa e por aí vai. Não há, contudo, uma disciplina chamada “Vida”, que teria uma ementa com a intenção de dizer o jeito certo de fazer todas as coisas.

Ainda bem, na verdade, que não existe isso. Assim, teoricamente, podemos fazer nossas escolhas, nossos acertos e erros. E é justamente por isso, por fazermos sempre as coisas do nosso jeito, é que algumas delas são feitas da maneira errada pela maioria das pessoas. Duvida? Confira alguns exemplos a seguir:

1 – Ensaboar partes do corpo
Fonte da imagem: Reprodução/msutoday

Se você acha que “quanto mais espuma melhor”, saiba que essa lógica não é válida. Sabonetes e detergentes contêm agentes químicos – os surfactantes – que ajudam a retirar a sujeira de sua pele. A espuma é o resultado da ação desses agentes com o óleo do seu corpo, as células mortas e as bactérias que você vai mandar pelo ralo. 

Não é preciso, portanto, que você use muito sabonete para produzir muita espuma. Isso é apenas desperdício.

2 – Dar à luz
Fonte da imagem: Reprodução/Lapresse

Só quem é mãe sabe e só quem é mulher consegue imaginar como é a dor do parto. O fato é que ter um filho deitada não é a melhor posição para a mãe, ainda que tenha se tornado a mais comum em vários países. 

Alguns estudos indicam que quem teve a ideia de fazer a mulher ficar deitada na hora de ter um bebê foi o Rei Luís XIV, que gostava de ver partos e teria ordenado que as mulheres ficassem deitadas para que ele pudesse ver tudo melhor.

Depois a posição de tornou convencional pelo conforto dado a todos os envolvidos no parto – exceto à mãe. A melhor forma de ter um filho é de joelho ou de cócoras, já que a gravidade vai ajudar, e a mãe vai precisar fazer menos força.

3 – Usar grampos de cabelos
Fonte da imagem: Reprodução/Samthebear

O item tão comum está presente no kit de beleza de quem quer deixar o cabelo bem preso. Agora nos responda: a parte ondulada do grampo fica para o lado de dentro ou de fora dos cabelos?

A maioria das pessoas diria que a parte cheia de ondinhas fica do lado de fora, certo? O que nem todo mundo sabe, porém, é que essa é a parte que deve ficar virada para o seu couro cabeludo – assim, seus penteado vai ficar mais firme ainda. Guarde essa dica, hein!

4 – Número dois
Fonte da imagem: Reprodução/Tirgumureseanul

O fato de atendermos nossas necessidades sentados não é uma boa ideia, sabia? Só isso já é suficiente para que você tenha mais chances de desenvolver doenças como hemorroidas e câncer.

Nossa natureza nos fez ideais para ficarmos de cócoras no momento de defecar. O vaso sanitário como o conhecemos é uma criação que tem em média 200 anos, o que é muito, muito pouco. Especialistas recomendam o uso de um banquinho para apoiar os pés, já que ficar de cócoras é difícil quando se pensa nos modelos de sanitários atuais.

5 – Fazer sexo
Fonte da imagem: Shutterstock

Como assim? Estamos fazendo sexo da maneira errada? É possível? Bem, antes que vocês nos joguem pedras, não é bem assim. O sexo está presente na lista por um motivo mais animal, digamos assim.

Você sabe, por exemplo, por que o tamanho do pênis do homem de hoje é maior do que dos homens de antigamente? Tudo começou com a mudança de postura: quando passamos a andar com duas pernas e a manter a coluna ereta, o corpo feminino sofreu mudanças em sua região genital, fazendo com que o pênis ficasse maior e conseguisse atingir seu “alvo”.

Outra curiosidade: homens sempre foram atraídos aos bumbuns das mulheres, já que essa parte da anatomia feminina sempre foi vista como um indicativo de saúde e disponibilidade. É por isso que o ato de ver uma mulher por trás deixa o homem excitado – é instintivo.

Quando já iniciado o ato sexual, a mesma posição é conhecida por dar grande prazer à mulher. Cientistas afirmam que essa seria, portanto, a melhor posição, a mais “correta”. Será?

http://www.megacurioso.com.br/bizarro/40226-ta-tudo-errado-veja-5-coisas-que-fazemos-sem-pensar-que-nao-estamos-certos.htm

História...

Dia do Fico

Dom Pedro I do Brasil e IV de Portugal


A  expressão,Dia do Fico, deve-se a uma frase célebre de dom Pedro, então príncipe-regente do Brasil, que era na época um Reino Unido a Portugal e Algarves:

Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I recebeu uma carta da corte de Lisboa, exigindo seu retorno para Portugal. 

Há tempos os portugueses insistiam nesta ideia, pois pretendiam recolonizar o Brasil e a presença de D. Pedro impedia este ideal. Porém, D. Pedro respondeu negativamente aos chamados de Portugal e proclamou : "Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico".

Porém, para compreendê-la melhor, é necessário conhecer o contexto em que ela foi dita:

Em 1807, com o objetivo de expandir seu poder sobre o continente europeu, Napoleão Bonaparte planejava uma invasão sobre o reino de Portugal, e, para escapar dos franceses, a família real portuguesa transferiu-se para o Brasil, que se tornou o centro do Império português.


A chegada da família real teve um grande significado para o desenvolvimento do país que até então, era uma das colônias portuguesas. A fixação da corte no Rio de Janeiro teve inúmeras consequências políticas e econômicas, dentre as quais devemos destacar a elevação do país à categoria de Reino Unido, em 1815. O Brasil então deixava de ser colônia.


Entretanto, cinco anos depois, com as reviravoltas da política européia e o fim da era napoleônica, uma revolução explodiu em Portugal. As elites políticas de Lisboa adotaram uma nova Constituição e o rei dom João VI, com medo de perder o trono, voltou do Rio para Lisboa, deixando aqui seu filho, dom Pedro, na condição de príncipe-regente.


As cortes de Lisboa, porém, não aprovavam as medidas tomadas por dom Pedro para administrar o país. 

Queriam recolonizar o Brasil e passaram a pressionar o príncipe para que também retornasse  a Lisboa, deixando o governo do país entregue a uma junta submissa aos portugueses.

A reação dos políticos brasileiros foi entregar ao regente uma lista com aproximadamente  8 mil assinaturas solicitando sua permanência no Brasil. A resposta de dom Pedro foi a célebre frase citada acima. Ela marca a adesão do príncipe regente ao Brasil e à causa brasileira, que vai culminar em nossa Independência, no mês de setembro daquele ano. O Dia do Fico, deste modo, é um dos marcos do processo de libertação política do Brasil em relação a Portugal.

 http://www.sohistoria.com.br/ef2/fico/

Viva a sabedoria...

O que perguntavam os primeiros filósofos

Qual é o princípio de todas as coisas?

No período mitológico existiam inúmeras explicações para todas as transformações e todos os fenômenos que ocorriam na natureza, porém com o passar do tempo tais explicações não satisfaziam as pessoas pela incoerência. Surgiu então a necessidade de colher informações precisas e racionais sobre tais coisas. 

Os primeiros filósofos, como buscavam as suas respostas na natureza e também viam por meio desta as explicações sobre a origem, as transformações e a ordem de todas as coisas que ocorriam, se perguntavam como tais transformações poderiam ocorrer, buscavam entender qual era o início de todas as coisas. 

Para melhor compreensão, pense: “o que nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?”. A partir desse pensamento podemos comparar os questionamentos que faziam os primeiros filósofos. 

O movimento que fazia a natureza (kínesis) explicaria como o mundo se transforma permanentemente. Tudo o que há no mundo vive em constante transformação, passando de um estado ao seu contrário, ou seja, dia-noite, quente-frio, claro-escuro e outros. Apesar de concordarem sobre a natureza que se transformava a todo o tempo, os filósofos discordavam sobre o princípio eterno e imutável que originaria a natureza. 

Tales defendia que o princípio eterno era a água, Anaxímenes defendia que o princípio eterno era o ar ou o frio, Anaximandro defendia que o princípio eterno era o ilimitado, Heráclito defendia que o princípio eterno era o fogo, Pitágoras defendia que o princípio eterno eram os números, Empédocles defendia que o princípio eterno era a água, a terra, o fogo e o frio, Anaxágoras defendia que o princípio eterno eram as sementes enquanto Leucipo e Demócrito defendiam o princípio eterno por meio dos átomos.

http://www.brasilescola.com/filosofia/primeiros-filosofos.htm

Cultura...

Privatização da Vale: dez anos depois

Entrevista concedida ao site IHU On-Line


Há dez anos atrás, em maio de 1997, a Companhia Vale do Rio Doce (CRVD), uma das jóias da coroa do patrimônio público brasileiro, foi privatizada sob o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Um confronto entre 600 policiais militares e cerca de cinco mil manifestantes transformou as proximidades da praça XV, onde fica a sede da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ) e local da privatização, num autêntico campo de guerra. O confronto terminou com 33 pessoas feridas e a privatização da Vale.

Em entrevista, Clair da Flora Martins, ex-presa política do Regime Militar, ex-vereadora em Curitiba e ex-deputada Federal pelo Paraná, afirma que “usando de uma metáfora, podemos dizer que sem a posse da Companhia Vale do Rio Doce podemos tirar a cor amarela de nossa bandeira”. Ela foi a autora de uma das ações populares que questiona o leilão da Companhia Vale do Rio Doce. 

Por outro lado, dez anos após leilão, a sociedade civil organizada realizará um plebiscito em nível nacional para saber a opinião dos brasileiros sobre a anulação da venda da segunda mais importante mineradora do Mundo e a maior da América do Sul. Clair da Flora Martins comenta a importância do O plebiscito popular e as possibilidades de se reverter o leilão. Agradecemos ao jornalista Marcos Henrique Guimarães pela contribuição na entrevista.

Onde a Sra. estava no dia 07 de maio de 1997, há dez anos atrás quando a Vale foi privatizada a Vale e qual foi o seu sentimento?

Clair da Flora Martins - Eu estava participando de manifestações em Curitiba contra a privatização da Vale do Rio Doce juntamente com inúmeras entidades do movimento social organizado. Foi um terrível sentimento de perda...mas também de revolta por tudo aquilo estar acontecendo, por nosso país estar sendo vendido.

O que a Companhia Vale do Rio Doce representa para os brasileiros?

Clair da Flora Martins - Usando de uma metáfora, podemos dizer que sem a posse da Companhia Vale do Rio Doce podemos tirar a cor amarela de nossa bandeira. O seu valor é incalculável, não só pelas imensas riquezas minerais como ferro, bauxita, nióbio, alumínio, cobre, carvão, manganês, ouro, urânio e outros, bem como pela estrutura logística que opera em 14 estados do país, englobando 9 mil quilômetros de malha ferroviária, portos, usinas e terminais marítimos. A história da Companhia Vale do Rio Doce está ligada a nossa identidade como nação, ao orgulho nacional.

Já em 1910, no XI Congresso Geológico e Mineralógico, realizado em Estocolmo, na Suécia as reservas da Vale foram estimadas em 2 bilhões de toneladas métricas. O lucro da empresa é astronômico. Em 2007, teve ganhos de R$ 13,4 bilhões, mais de 4 vezes o valor pelo qual foi vendida. O processo pelo qual a Vale foi constituída é um símbolo da resistência nacional à dominação estrangeira. Uma resistência que começou com o presidente Arthur Bernardes e continuou com Getúlio Vargas, que encampou as reservas de ferro de Percival Farquhar, num acordo com os EUA e a Inglaterra, que só foi conseguido através da participação do Brasil na Segunda Guerra.

Com a venda da Vale, o governo Fernando Henrique fez o Brasil voltar ao período colonial, destruindo nosso projeto de nação e nos colocando simplesmente como fornecedores de matéria-prima para os chamados países de primeiro mundo. Não poderemos jamais aceitar isso passivamente. 

Os defensores da privatização alegam que a anulação do leilão pode afastar os investidores e causar prejuízo à Nação...

Clair da Flora Martins - Prejuízo nós teremos se não anularmos este leilão. Um prejuízo irreparável de 400 anos, que é o tempo estimado para a lavra de nossas reservas. Este "discurso do prejuízo" é feito por quem não tem interesse em ver nas mãos dos brasileiros a riqueza que é gerada pelo nosso próprio país. Falta vontade política.

Na Bolívia, o governo de Evo Morales está "nacionalizando" o gás; na Venezuela, o Chávez está nacionalizando o petróleo. Os países latinos estão tomando consciência da importância de suas matérias-primas. E por que no Brasil isto não acontece? Aqui, o governo Lula recebeu doações da Companhia para sua reeleição, enquanto falava no prejuízo das privatizações no horário eleitoral. A Vale patrocina evento de magistrados e até campanha da fraternidade. Mas a população precisa estar consciente que o dinheiro não pode comprar o nosso futuro e nossa responsabilidade com o país. 

O dinheiro não pode comprar a consciência de milhares de cidadãos, de patriotas, de brasileiros, comprometidos com as necessidades de nosso povo. Um país que não tem recursos para investir em educação, em infraestrutura, em saúde, em segurança...não pode se dar ao luxo de remeter o lucro da venda de suas riquezas para investidores estrangeiros e particulares.

E quais são as reais possibilidades de reverter este processo? Como está o andamento das ações? 

Clair da Flora Martins - As chances de reverter o processo têm dois componentes. O primeiro é jurídico. As mais de 100 ações propostas na época do leilão de privatizações (1997) foram todas elas remetidas para a Justiça Federal de Belém do Pará. Em 2002, o juiz de Belém julgou improcedentes 7 ações e extinguiu sem julgamento do mérito as outras 69. Houve, portanto, julgamentos diferentes. Em dezembro de 2005, a 5ª Turma do TRF anulou a decisão do Juiz de Belém (que extinguiu as ações sem analisar o mérito), determinando que os 69 processos retornassem a Belém para que os fundamentos constantes nas ações fossem analisados e rejeitou o recurso interposto pelos autores das 7 ações que haviam sido julgadas improcedentes, ou seja, que não tiveram ganho de causa.

A nossa ação, junto a outras ações, segue suspensa para avaliação do ministro Luiz Fux (STJ). A decisão do STJ publicada no Diário da Justiça, de 22/09/06, suspende momentaneamente o retorno das ações populares ao Juízo Federal de Belém do Pará. Assim, as ações populares que objetivam a anulação da privatização da Companhia Vale do Rio Doce tiveram o andamento suspenso, tendo em vista que a empresa entrou com um recurso. A Companhia Vale do Rio Doce alega que há uma orientação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de que não pode haver julgamentos diferentes para o mesmo caso.

A 5ª Turma do TRF da 1ª Região (Brasília), de um lado, reconheceu a legalidade do processo de privatização em 9 processos e em outras 69 ações adotou procedimento diverso. Há, portanto, sentenças diferentes, descumprindo a orientação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de que a mesma matéria deve ser decidida de 
forma igual. Assim, a Companhia Vale do Rio Doce requereu a anulação das decisões proferidas pela 5ª Turma do TRF da 1ª Região e a reunião dos processos. A 5ª Turma do TRF da 1ª Região, por sua vez, entregou a resposta ao pedido de informação do STJ no dia 31/10/06, sendo que agora será encaminhado ao Ministro Luiz Fux, da 1ª Seção do STJ para análise e decisão final. O outro componente é político. Ou seja, a União é ré no processo e o governo Lula, que agora representa a União, pode reconhecer a qualquer momento as nulidades do Leilão. O Poder Judiciário pode ser "esclarecido" pela opinião pública de que houve irregularidades no processo...

O que se questionou nas ações?

Clair da Flora Martins - Nós questionamos, em nossa ação, o Decreto 1510, que incluiu a CVRD no Programa Nacional de Desestatização, os vícios do edital, os critérios e o valor da avaliação da empresa. Demonstramos em nossa ação que o critério utilizado para a avaliação na época foi somente o valor das ações multiplicado pelo percentual de ações preferenciais colocadas à venda, sem examinar o valor das reservas minerais e das 54 empresas coligadas e controladas. A juíza desembargadora Selene Maria de Almeida, do Tribunal de Brasília, levou em conta estes argumentos para dar andamento ao processo.

Como a senhora vê a realização do plebiscito sobre a Companhia Vale do Rio Doce? 

Clair da Flora Martins - Este plebiscito é uma prova viva de que a sociedade civil nunca vai aceitar passivamente este escândalo que é a transferência de nossas riquezas para as mãos de alguns poucos acionistas, na maioria de estrangeiros. O plebiscito é uma reação de quinhentos anos a exploração da Nação brasileira. Esta consulta popular vai ser o divisor de águas do governo Lula. Ou ele assume uma postura de defesa dos interesses brasileiros, ou se alia aos exploradores, aos vendilhões. Não existe meio-termo.

Nós estamos nos empenhando e vamos levar o plebiscito a cada escola, a cada Igreja, a cada sindicato, a cada entidade da sociedade civil, a cada cidadão. Depois do resultado, veremos como o governo Lula ficará conhecido no futuro. Como um governo que impediu o saque de nossas riquezas, ou como um governo que se 
aliou aos traidores da pátria.

http://www.outrobrasil.net/

Mais uma etapa superada...