sábado, 28 de dezembro de 2013

Língua afiada...











PEGADINHA GRAMATICAL
Sentidos das conjunções
A depender do contexto, as conjunções podem desempenhar diferentes sentidos
As conjunções, dependendo do contexto comunicativo em que se encontrarem inseridas, podem adquirir sentidos distintos.

   
A depender do contexto, as conjunções podem desempenhar diferentes sentidos 

Conhecimentos que fazemos da língua materna nos propiciam o conscientizar de que ela mesma, por meio dos pressupostos preconizados pela gramática, disponibiliza distintos recursos para formularmos nosso pensamento e assim proferirmos nossos discursos cotidianos, seja por meio da oralidade, seja por meio da escrita. 
Entre tais recursos emergem as chamadas classes gramaticais, que por sua vez abrangem todas aquelas dez de que já temos conhecimento – entre elas, as conjunções. Assim, ao estudarmos algumas desses classes ficamos sabendo, entre outros pormenores, que desempenham  papel  fundamental em se tratando de um dado contexto oracional. No caso delas, das conjunções, somos cientes de que tal atribuição está condicionada ao fato de conectar, ligar termos inerentes em uma ou outra oração.

Dessa forma, ao fazermos uso das conjunções, conscientizamo-nos de que elas, assim como as preposições, representam elementos de ligação, de conexão. Assim, há de se afirmar que elas (as conjunções) se caracterizam como aquelas palavras que ligam orações ou termos semelhantes de uma oração, coordenando ou subordinando umas às outras.

Uma vez coordenando, tais conjunções se classificam em aditivas, adversativas, conclusivas, alternativas e explicativas. Ora subordinando, equivale ressaltar que se classificam como condicionais, causais, temporais, concessivas, consecutivas, conformativas, entre outras.  Assim, acerca delas, das subordinadas, sabemos que se apresentam um tanto quanto complexas, fator que faz com que muitos usuários apenas as decorem.

Diante dessa realidade, até mesmo para coibir essa prática, apresentamos nessa conversa os diferentes sentidos ocupados pelas conjunções, haja vista que uma mesma conjunção, a depender do contexto em que ela é empregada, pode assumir papéis distintos, ou melhor, classificações distintas. Nesse sentido, vejamos alguns dos exemplos para justamente auxiliá-lo(a) no momento da classificação adequada:

Fizemos a pesquisa como solicitou o professor.

A conjunção, em se tratando desse caso, representa o sentido de conformidade, classificando-se como conformativa.

Você é educada como sua irmã.

Aqui, ela já possui o sentido de comparação, classificando-se como comparativa. 

Como choveu bastante, não pudemos ir ao cinema.

Nesse contexto, ela denota o sentido de causa, recebendo a classificação de causal.

Desde que você traga sua irmã, poderá passar o final de semana aqui.

Nesse caso, a conjunção profere uma ideia de condição, razão pela qual ela se classifica como condicional.

Moro aqui desde que nasci.

A mesma conjunção, acima representando a ideia de causa, aqui ela denota a ideia de tempo, classificando-se, portanto, como temporal.
http://www.brasilescola.com/gramatica/sentidos-das-conjuncoes.htm

Interessante...

5 dos itens mais absurdos já recuperados do fundo do oceano


Confira uma seleção de artefatos surpreendentes que foram resgatados das profundezas do mar.

  
Fonte da imagem: shutterstock 5 dos itens mais absurdos já recuperados do fundo do oceano
Como você sabe, o fundo do mar guarda inúmeros mistérios, e não é raro vermos notícias sobre navios naufragados, tesouros resgatados e até mesmo de animais pouco conhecidos e inclusive totalmente inéditos que foram encontrados sob as águas. Nós aqui do Mega Curioso já publicamos diversas matérias sobre esse tema, e a seguir você poderá conferir cinco dos itens mais absurdos que já foram recuperados do fundo do oceano:

1 – Navio pirata
Fonte da imagem: Reprodução/Zach Frailey

Você já deve ter ouvido falar do famoso pirata Barba Negra, não é mesmo? Em 1718, o temível corsário teve que afundar o próprio navio — chamado Queen Anne’s Revenge — quando a embarcação ficou encalhada próximo à cidade costeira de Beaufort, na Carolina do Norte. E não é que depois de 3 séculos, uma equipe de arqueólogos conseguiu resgatar até o momento 20 canhões das profundezas! Infelizmente, Barba Negra não deixou nenhum tesouro ou mapa a bordo.

2 – Cidade egípcia
Fonte da imagem: Reprodução/Franck Godio

Já imaginou encontrar uma cidade inteira sob as águas? Essa é Thonis-Heracleion, que desapareceu há 1.200 anos devido a uma série de catástrofes submarinas. Ela foi redescoberta no ano 2000 a 10 metros de profundidade no Mediterrâneo depois de mais de uma década de pesquisas, e artefatos continuam sendo desenterrados e resgatados até os dias de hoje.

3 – Toneladas de prata
Fonte da imagem: Reprodução/ Odyssey Marine Exploration

Composta por 48 toneladas de barras de prata, a descoberta acima ficou conhecida como o “maior tesouro naufragado de metais preciosos do mundo”. As peças foram parar no fundo do mar quando o cargueiro britânico S.S. Gairsoppa foi torpedeado por um navio alemão em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, e só foram ser descobertas este ano, a 4.700 metros de profundidade a quase 500 quilômetros da costa da Irlanda. Estima-se que o tesouro completo pese cerca de 240 toneladas.

4 – Máquina de Anticítera
Fonte da imagem: Reprodução/NASA

O complexo mecanismo acima foi encontrado em uma ilha ao sul da Grécia no início do século 20, e até hoje intriga pesquisadores de todo o mundo. Conhecido como “Máquina de Anticítera”, o objeto conta com 2 mil anos e ninguém sabe dizer ao certo qual era a utilidade, embora as últimas teorias apontem que essa peça fizesse parte do computador mais antigo do mundo, usado para a realização de cálculos astronômicos.

5 – Motor de espaçonave
Fonte da imagem: Reprodução/Bezos Expeditions

Outras relíquias resgatadas do fundo do mar foram diversas partes da Apollo 11, a primeira espaçonave tripulada a pousar na Lua. Quem orquestrou o resgate do foguete — que entre as várias peças inclui o motor —foi Jeff Bezos, CEO da Amazon, e a operação foi realizada com a ajuda de veículos controlados remotamente.
http://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/40443-5-dos-itens-mais-absurdos-ja-recuperados-do-fundo-do-oceano.htm

História...

Dia da Proclamação da República
Manuel Deodoro da Fonseca – Proclamador da República e 1º  Presidente do Brasil

No dia 15 de novembro comemoramos a instalação da República no Brasil, uma forma de governo na qual o povo exerce a sua soberania por meio da escolha do chefe da nação. Este foi um capítulo muito importante na história do Brasil, já que hoje vivemos em um regime democrático. Vamos relembrar como tudo isso aconteceu?


Antes de se tornar uma República, o Brasil era um Império. Em outras palavras, éramos independentes de Portugal, no entanto, todas as decisões eram tomadas de forma unilateral pelo imperador, D. Pedro II. A monarquia começou a ficar enfraquecida no fim do século XIX, período em que o Brasil passava por uma série de mudanças sociais e econômicas.


Com o fim da escravidão, o Império perdeu o importante apoio dos escravocratas, uma vez que os republicanos (que eram aqueles que queriam acabar com a monarquia) compartilhavam os mesmos ideais dos abolicionistas. D.Pedro II também perdeu o apoio fundamental da Igreja ao interferir em assuntos religiosos. Os militares estavam descontentes pela atitude do imperador de proibir os mesmos de se expressarem na imprensa. Por fim, a classe média (jornalistas, médicos, comerciantes, etc.), que estava em constante crescimento, desejava conquistar um espaço maior nas decisões políticas. Todos estes fatores foram fundamentais para o fim das bases de sustentação da monarquia no Brasil.


Em 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca declarou o fim do período imperial. Naquele mesmo dia se formou um governo provisório. Assim, o marechal se tornou o primeiro presidente da história do Brasil. Ciente de que não conseguiria de forma alguma reverter tal situação, D. Pedro II apenas aceitou a vontade do povo e retornou para Portugal.

D. Pedro II, Imperador do Brasil
http://www.sohistoria.com.br/ef2/index2.php

Viva a sabedoria...

Odisseia de Homero
A Odisseia narra a história de Ulisses, que depois de passar 10 anos na Guerra de Troia, leva mais 17 anos para voltar para casa, passando por muitas aventuras no caminho.

Odisseu e Penélope


Este é, depois da Ilíada, o principal texto que foi reunido sob o nome de Homero na cultura grega. Vem do nome do seu personagem principal, Odisseu – ou, como ficou conhecido pela tradução latina, Ulisses.

Diferentemente do primeiro livro, não narra feitos bélicos nem se restringe a um local isolado, mas trata de viagens e aventuras desse que foi um dos heróis da guerra de Troia.

Após a guerra, inicia-se a volta de Odisseu e seus companheiros para seu reino, em Ítaca. Odisseu é obrigado a ir à guerra de Troia e deixa para trás sua esposa e seu filho de um mês de idade, Telêmaco. A guerra dura 10 anos e seu regresso mais 17. A esposa Penélope, que acreditava na volta do seu rei e marido, estava sendo pressionada por um grupo de pessoas que queria tomar o poder. Esse grupo dizia que Odisseu estava morto e que ela deveria se casar com um dos “pretendentes” ao cargo de rei.

Com tamanha pressão, Telêmaco sai à procura do pai com alguns companheiros e estes vão para Esparta e outras cidades, em busca de notícias que pudessem ajudar a rastrear os passos de Odisseu. Este, por uma série de peripécias, tem seu regresso muitas vezes retardado. Como o livro é demasiado longo, não caberia aqui narrar todas as aventuras. Mas algumas são notáveis e, ainda que sem esmiuçá-las, vale a pena mencioná-las:

Odisseu chega à ilha da ninfa Calypso, onde fica preso por muito tempo em razão dos encantos e promessas que uma região cheia de mulheres promove aos marinheiros;

O aprisionamento do deus Éolo, deus do vento em um saco, que ulteriormente é aberto e lança a nau para lugares ainda mais distantes;

O lugar para onde foi arremessada a nau era a ilha da bruxa Circe, que transformou os marinheiros em porcos;

O aprisionamento dos viajantes pelo ciclope Polifemo e sua estratégia para sair da prisão na caverna;

O tapar dos ouvidos com cera para não serem atraídos pelos cantos das sereias, devoradoras de homens.

Dentre muitas outras peripécias que foram utilizadas para evidenciar a necessidade de expressão da maior das características de Odisseu: a astúcia.

Enquanto isso, em Ítaca, a rainha Penélope continuava sofrendo forte pressão dos pretendentes, já que Odisseu e seu filho Telêmaco não retornavam. Assim, ela prometeu cozer um tapete: se o rei não retornasse antes do seu acabamento, ela escolheria um pretendente. Mas decerto em razão do convívio com seu marido, o astuto Odisseu, Penélope cosia o tapete durante o dia; e à noite o descosia, para poder ganhar mais tempo, na esperança de que o rei retornasse.

Depois de uma jornada com muitas aventuras e revezes, Odisseu encontra Telêmaco e seu grupo e juntos retornam a Ítaca. Avisado pelo filho sobre os pretendentes, Odisseu encontra a deusa Atena, que lhe diz que se ele retornasse, seria morto pelos pretendentes, que não o reconheceriam. Assim, a deusa o transforma em mendigo, disfarçando-o para que pudesse adentrar ao palácio sem ser visto. Quando deste episódio, a trama de Penélope é descoberta e exige-se que faça a escolha de um pretendente. Ela, novamente astuta, diz que escolherá aquele que conseguir retesar o arco do seu marido – mas ninguém obteve sucesso.

Por fim, chega Odisseu disfarçado e consegue o feito. Ele é logo reconhecido por sua esposa, que o aceita como pretendente, para a revolta dos outros, que promovem uma verdadeira rebelião. Mas, tendo seu arco em mãos, Odisseu consegue reprimir a revolta e retomar o seu lugar de rei depois de longa jornada.

Assim, com o restabelecimento da ordem, desvendamos o significado principal da Odisseia: o ideal de belo e bom guerreiro, antes atribuído a Aquiles, também tem como modelo Odisseu, por sua destreza, astúcia, esperteza, inteligência e habilidade, tanto na guerra quanto no governo, sendo capaz de ordenar. Os mitos homéricos tinham como intenção que esse modelo fosse imitado pelo grego de seu tempo.

http://www.brasilescola.com/filosofia/odisseia-homero.htm

Cultura...

O repugnante consumo alto de luxo

23/4/2007 - Altamiro Borges


Mais uma vez, a jornalista Mônica Bergamo, com seu imperdível artigo na Folha de S.Paulo deste domingo, deve ter desapontado muitos bilionários que procuram fofocas e holofotes nas deprimentes páginas das colunas sociais. Com números e fatos impressionantes, ela destrincha o “mapa do luxo” no país. De forma irônica, revela que “se tem um setor que não está precisando de um PAC é o do consumo de alto luxo. O país cresceu 3,7%, certo? Pois, o mercado de luxo explodiu: cresceu 32% no ano passado. Se, em 2005, o faturamento das empresas do ramo foi de US$ 2,9 bilhões, em 2006 saltou para US$ 3,9 bilhões... Em 2007, a estimativa é que fature US$ 4,3 bilhões”.

Poucos dias antes, o Banco Interamericano de Desenvolvimento divulgou estudo mostrando que 205 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza na América Latina, o que equivale a quase 50% dos habitantes deste sofrido continente. Este dado alarmante comprova que o recente crescimento na região tem sido apropriado por poucos, pelos que se esbaldam no consumo de luxo, enquanto a maioria padece com menos de dez dólares por dia. “A expansão da economia não se reflete na melhora da qualidade de vida da maioria dos nossos habitantes”, reconheceu o presidente do BID, Luis Alberto Moreno. Os dois fatos corroboram a belíssima poesia do alemão Bertolt Brecht: “Dos rios se diz que são violentos, mas ninguém diz violentas as margens que os comprimem”.

“Precinho” da bolsa: R$ 7.000

Com base numa pesquisa inédita, feita pelo GfK Indicator, Bergamo informa que o consumo de luxo se expandiu no país e não é mais exclusividade das elites do eixo RJ/SP. “No ano passado, 74% das cerca de cem empresas ouvidas na pesquisa ampliaram seus negócios em São Paulo, neste ano, 59% anunciam a mesma intenção. No Rio de Janeiro, a queda é de 32% para 22%. Surpresa: 5% das marcas vão expandir os seus negócios em Recife (PE), que nunca aparecera nas estatísticas... As explicações são várias. No ano passado, no Nordeste, o consumo, em geral, cresceu 18% contra 6% no resto do Brasil. O fenômeno, associado ao incremento do turismo, com a atração de estrangeiros endinheirados, está fortalecendo e impulsionando o poder de consumo da classe média alta”.

A jornalista ilustra a reportagem com o caso da boutique Dona Santa/Santo Homem, a “Daslu do Nordeste”, um palácio de quadro andares no Recife, onde “a coleção de bolsas da Prada que aportou às prateleiras em janeiro já foi toda vendida. Precinho: R$ 7.000. ‘Algumas vêm aqui num dia para comprar uma blusa básica. Voltam no outro dia e compram o guarda-roupa inteiro’, diz Celso Ieiri, gerente da loja. Detalhe: a blusa ‘básica’ pode custar R$ 2.600”. Já são 9 mil clientes de luxo cadastrados no Nordeste. “Há cerca de dois anos, não era assim. A Dona Santa só vendia grifes nacionais. ‘Fizemos uma pesquisa e vimos que a cidade comportaria importados de alto luxo’, diz Juliana Santos. As vendas triplicaram. As melhores clientes chegam a gastar R$ 50 mil de uma vez”.

Outra prova da ostentação é a construção de empreendimentos de luxo no Nordeste. A moda agora são os campos de golfe, como o planejado pela Odebrecht na praia do Paiva (PE). “A empreiteira construirá hotéis, resorts, campos hípicos e condomínios com casas que custarão R$ 1,36 milhão. A Queiroz Galvão lançou um prédio com 34 apartamentos, a R$ 2 milhões cada. Vendeu tudo em 15 dias”. Se no Nordeste a situação é esta, imagine-se nas regiões mais ricas do Sul e Sudeste. Nestas paradas, a burguesia e as altas camadas médias estão rindo a toa. 

Em Florianópolis, relata a jornalista, “até quem já está acostumado com o maravilhoso mundo do esplendor e da suntuosidade paulistanos se espanta com a quantidade de Ferraris nas ruas. ‘É uma coisa engraçada, meio Miami. Tem milionário de Goiás e Mato Grosso que deixa a Ferrari na garagem, em Florianópolis, e só utiliza em férias, finais de semana ou feriados’, diz Marcos Campos”. Recém lançado, o condomínio Jurerê Internacional é o mais caro do país, com os terrenos sendo vendidos R$ 2,5 milhões. “Só tem gente linda”, festeja um dos ricaços.

Causas da revoltante desigualdade

A reportagem de Mônica Bergamo, uma das poucas jornalistas que ainda mantém um aguçado senso crítico na tão deplorável mídia nativa, reforça a pesquisa apresentada no livro “Os ricos no Brasil”, organizado pelo economista Marcio Pochmann (2004). A obra apresenta uma radiografia detalhada da casta de abastados do país, revelando que apenas 5 mil famílias tem um volume patrimonial equivalente a 42% de todo o Produto Interno Bruto (PIB). Diante desta aberração, agora ilustrada pelo “mapa de luxo”, indaga: “Como é possível um país com mais de 177 milhões de habitantes possuir apenas 5 mil famílias portadoras de um estoque de riqueza equivalente a 2/5 de todo o fluxo de renda gerado pelo país no período de um ano?”.

Para responder à incômoda pergunta, o livro aborda a injusta formação histórica brasileira – desde a colônia até os dias atuais; analisa os mecanismos de poder da elite; e identifica as ilhas de riqueza nesse mar revolto de exclusão chamado Brasil. Já na introdução, adverte que “são justamente os ricos os portadores de maior poder no interior da sociedade, influindo direta e indiretamente nos mecanismos de produção e reprodução da riqueza e da pobreza. Por intermédio das elites políticas e econômicas, o segmento rico interage socialmente e termina por orientar, na maioria das vezes, a condução das políticas econômicas e sociais que resistem a uma redução da desigualdade”.

Essa capacidade da elite de manter seus privilégios, moldando distintos governos, explica a crônica manutenção das altas taxas de concentração de riqueza. “A estabilidade das classes superiores é surpreendente... Conforme o Censo de 1872, por exemplo, o Brasil possuía 10,1 milhões de habitantes reunidos em cerca de 1,3 milhão de famílias, sendo, porém, somente 23,4 mil o total de famílias ricas. Apenas 1,8% do total das famílias respondia por aproximadamente 2/3 do estoque de riqueza e de todo fluxo de renda do país... Já no ano 2000, apenas 2,4% das famílias residentes no país pertenciam às classes superiores”.

Filhos bastardos da financeirização

Ao considerar apenas o ínfimo estrato social composto pelas 5 mil famílias abastadas, o livro chega à chocante conclusão de que esse grupo (0,001% das famílias) manda no Brasil. “Estas famílias ‘muito ricas’, apesar da renovação da sua composição, permaneceram imunes às tentativas de combate à desigualdade, conformando uma sólida e poderosa aliança de interesses que resiste a qualquer mudança no anacrônico quadro distributivo”. A obra também apresenta tabelas inéditas sobre a concentração de riqueza e renda. Com mapas coloridos, ela localiza “onde estão os ricos no Brasil” e dá sólidas pistas sobre as metamorfoses nesse processo de acumulação. 

Diferente de outras fases históricas, em que a riqueza nascia do latifúndio ou da intensa industrialização, hoje ela se forma no restrito circuito das finanças. A nova casta de abastados, filha bastarda da financeirização, não possui qualquer projeto de nação ou compromisso com seu povo. A partir da década de 90, a onda neoliberal “assegurou não somente ganhos financeiros ampliados – os quais são escoados também para empresários do setor produtivo e segmentos de altos rendimentos – como a atualização do padrão de consumo para as elites mantidas em posições estratégicas na hierarquia nacional... Elas lograram se ‘primeiro-mundializar’ sem sair do lugar”. 

Ricos cada vez mais ricos

“Na verdade, os ricos brasileiros são cada vez mais ricos em geral, sem adjetivos ou qualificações. Ricos globais e financeirizados, fora do seu lugar... Não deixam de comungar os mesmos espaços, valores, utopias, tal como no passado. A diferença é que os novos ricos agora efetivamente não têm mais pátria. Abriram parcialmente mão do pesado fardo de serem exploradores de trabalho e de terem que produzir mercadorias dotadas de valor de uso. Residem na esfera da circulação, onde o capitalismo sempre se sentiu em casa. Trata-se de uma nova elite e de uma nova forma de riqueza que independe da produção e do emprego, ou pior, que vive do seu encolhimento”.

Esta elite individualista, consumista e ostentatória, retratada na reportagem de Mônica Bergamo e teorizada no livro de Marcio Pochmann, não tem qualquer preocupação com o destino do país e tem “nojo” do povo brasileiro. Mesmo não tendo o que reclamar do governo Lula, já que está batendo recordes no consumo de alto luxo, ela não vacila em destilar seu veneno reacionário e racista. 

Na recente greve dos controladores de vôos, no tal “apagão aéreo” aterrorizado pela mídia, presenciei uma cena que revela seu ódio de classe. “Eu não sou operário. Isso aqui não é ônibus de peão. Esse Lula dá dinheiro para os pobres, não cuida da aviação e ainda enche os aviões de gente que nunca voou na vida”, gritava, histérico e hidrófobo no saguão de Congonhas (SP), um executivo almofadinha.
http://www.outrobrasil.net/

Entendendo...

Transformações socioeconômicas no Brasil da década de 50
Os anos de 1950 foram marcados pelas transformações socioeconômicas vividas no Brasil, assim sendo, são considerados um divisor de águas para compreensão de nossa história, de nossa sociedade.

A televisão não era uma realidade da sociedade brasileira até o final da década de 50. 

Hoje, o computador, o celular, o micro-ondas, a televisão de tela plana, o refrigerador, entre tantos outros aparelhos eletrônicos fazem parte de nosso cotidiano, a ponto de não imaginarmos mais nossas vidas sem a comodidade que eles nos proporcionam. Porém, até meados do final da primeira metade do século XX, esta não era a realidade da sociedade brasileira.

Predominava no Brasil uma população rural, voltada ao trabalho do campo e a uma vida simples, com quase nenhuma tecnologia à disposição, com exceção de alguns raros aparelhos de rádio. As concentrações urbanas como conhecemos hoje não haviam se formado ainda, pois, embora já existissem cidades como São Paulo, o processo de industrialização ainda era incipiente. Já havia muitas indústrias em São Paulo no início do século passado, mas a ideia de pujança econômica, de progresso, de modernização da produção, apenas seria realidade em meados da década de 50, fato que se comprova na instalação de grande parque industrial, principalmente da indústria automobilística na região do ABC paulista.

Nos anos 50 vivemos os governos de Getúlio Vargas (que se matou em 1954) e de Juscelino Kubitschek, os quais, em linhas gerais, fomentaram o processo de industrialização nacional pela substituição de importações (iniciado por Vargas); pela abertura ao capital externo para investimento; pelo planejamento estratégico (como no caso de JK.); pela construção de uma infraestrutura como rodovias, hidroelétricas, aeroportos; pela promoção da indústria de base e de produção de bens de capitais, fundamentais para produção nacional. Um dos símbolos maiores deste processo de modernização foi a construção de Brasília, nova capital do país inaugurada no início dos anos 60.

Do ponto de vista da cultura e do imaginário social, acreditava-se que o Brasil estava a caminho de se tornar uma nação moderna, principalmente ao adotar um padrão de vida ao mesmo tempo muito diferente da vida rural e muito próximo ao modelo consumista do capitalismo norte-americano. No cotidiano das donas de casa estavam presentes toda a sorte de “aparelhos modernos” como liquidificador, batedeira, fogão a gás, televisores, enceradeiras, sem contar os produtos industrializados como alimentos, bebidas, artigos de higiene pessoal e beleza etc. Além disso, os meios de comunicação como o cinema, a televisão e o rádio difundiam-se cada vez mais, sendo fundamentais na disseminação de uma pensamento nacionalista e da ideologia de um país rumo ao progresso.

Todas estas transformações econômicas foram acompanhadas, obviamente, por outras tantas transformações sociais. Exemplo disso está o forte processo de êxodo rural daquela mesma população outrora concentrada no campo, a qual, em busca de trabalho, chegou aos grandes centros urbanos. Este processo de urbanização geraria mais tarde, como sabemos, o inchaço das cidades, acarretando em problemas sociais que até hoje são enfrentados pelo Estado, como falta de moradia, assistência social (saúde e educação), de transporte coletivo de qualidade, isso sem falar dos níveis de desemprego.

A despeito disso, é inegável que os anos de 1950 sejam de fato um divisor de águas para compreensão de nossa história, de nossa sociedade. Os rumos tomados pela nação neste período não apenas se diferenciavam do passado como certamente refletiriam na construção do futuro.
http://www.brasilescola.com/sociologia/transformacoes-socioeconomicas-no-brasil-decada-50.htm

Curiosidade...

Por que cortar cebola nos faz chorar?


Cortar cebolas, uma situação bastante desagradável na hora de cozinhar 

Sabe aquele ardor sentido nos olhos após picar uma cebola? E a choradeira então, é só começar e depois de alguns minutos vem aquela sensação incômoda. A explicação de tal fenômeno deve-se às células da cebola, uma parte dela é rica em enzimas e a outra em sulfuretos. Ao serem cortadas, essas duas células se rompem e se misturam. Reação que resulta em uma substância chamada ácido sulfénico e é transformada em um gás. A irritação é produzida quando esse gás atinge os olhos.

Quando o gás entra em contato com a água, uma vez que os olhos estão constantemente úmidos, é produzida uma solução fraca de ácido sulfúrico. O organismo se defende do incômodo, produzindo mais lágrimas. Uma dica para evitar a “choradeira” é cortar as cebolas próximo a um ventilador, assim evita-se que os gases atinjam a visão.

Outras formas de reduzir a irritação são: cortar as cebolas em água corrente; cortá-las dentro de um recipiente cheio de água ou lavá-la em água corrente antes de cortar.

http://www.brasilescola.com/curiosidades/por-que-cortar-cebola-nos-faz-chorar.htm

Mais uma etapa superada...