segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Retada...


A cubana roda a baiana
Nenhum brasileiro assinaria um contrato como o imposto à médica cubana pelos irmãos Castro

"Rodar a baiana” é uma gíria brasileira. A médica Ramona Matos Rodríguez, que estava em Pacajá, no Pará, não deve conhecer essa expressão. Significa tirar a limpo uma situação, armar um barraco e tomar satisfação com alguém. A gíria nada tem a ver com os baianos, que costumam ser mais de ginga que de briga. A origem é o Carnaval carioca do passado, quando capoeiristas se fantasiavam de baianas, para reagir aos rapazes que beliscavam as moças nos blocos de rua.

Ramona era um dos mais de 7 mil médicos cubanos contratados pelo Brasil para uma missão louvável: atender as populações brasileiras totalmente desassistidas em municípios do interior. Ela desgarrou do bloco e rodou a baiana. Foi parar no barracão de Ronaldo Caiado, deputado federal do DEM. Péssima escolha de Ramona, já que Caiado é um dos símbolos da direita ruralista. Poderia ter-se abrigado no gabinete de Eduardo Suplicy. Ele perceberia como são violados os direitos humanos e trabalhistas de Ramona. Caiado a adotou como trunfo político. Ela pediu asilo porque se sente explorada – e também porque divergir do Estado cubano é crime passível de prisão.

A deserção de Ramona expõe fraturas inadmissíveis do Mais Médicos. Uma coisa é alguém ir como voluntário para um país em guerra, calamidade ou emergência. Você vai sem ganhar nada, movido pela solidariedade. Outra coisa é o profissional se mudar para o exterior num período sabático, com uma bolsa, para uma especialização. Sabe que ganhará menos. O caso do Mais Médicos é diferente. Em contrato de trabalho, o Brasil paga R$ 10 mil mensais a cada médico estrangeiro. Mas os cubanos só embolsam R$ 1.000. Do “resto”, cerca de R$ 1.500 são dados às famílias dos médicos em Cuba. E o “excedente”, R$ 7.500, vai para os donos dos passes: os irmãos Castro, eternizados no poder pela repressão e pela ausência de eleições.

Não dá para acreditar que Ramona ignorasse as restrições antes de vir para cá. Ela diz que não tinha internet e não sabia que ganharia menos que os outros médicos estrangeiros. Conta outra, Ramona. Mas, ao rodar a baiana, ela teve um mérito: exibiu o contrato entre Brasil e Cuba. Tornou públicas as irregularidades. Você engole? Estamos mal-acostumados com nossa liberdade, após a ditadura militar que produziu crimes horrendos como a morte do deputado Rubens Paiva? Queria ver um brasileiro, de qualquer ideologia, assinar um contrato com as cláusulas impostas pelo Estado cubano aos médicos.

Vamos só imaginar. O Brasil cederá médicos a um país africano que contrata estrangeiros. E aí, meu camarada, o negócio é o seguinte. Você só poderá tirar férias no Brasil, nada de viajar pela África, Europa, Ásia, esquece. Você será obrigado a relatar às autoridades brasileiras se receber visita de amigos ou parentes. Também não poderá se casar com estrangeiros, mesmo que eventualmente se apaixone. 

O Estado brasileiro ficará com 75% do salário que o país contratante pagar, tudo bem, companheiro? E você ganhará só 25%. Tem de se virar, afinal você é um profissional da Saúde e, por isso, um missionário. Ainda há um detalhe: mulher, marido, filhos não são autorizados a acompanhar você. 

Ficarão no Brasil. E não reclama lá fora não, porque estamos com sua família aqui, e você sabe que quem diverge do Estado brasileiro é de direita, contrarrevolucionário, reacionário e, por isso, um elemento antissocial, contra os pobres e carentes. Deve ser recolhido aos presídios. Imaginou?

Não faço ideia se Ramona conseguirá asilo no Brasil. Ou se continuará a trabalhar como médica. Conhecemos todos o destino dos boxeadores cubanos que buscaram asilo nos Jogos Pan-Americanos e foram mandados de volta para Havana por Lula, num avião da Venezuela de Chávez. Não sei se Ramona conseguirá asilo em Miami. Se eu precisasse me exilar em Miami, seria infeliz... Asilo, exílio, refúgio e deserção são gestos de desespero de cidadãos de uma ditadura, tolhidos nos direitos mais básicos, como a liberdade de expressão.

O episódio protagonizado por Ramona abriu fissuras num programa útil no sertão e nos confins do Brasil. O Mais Médicos não resolve as deficiências da Saúde, mas ajuda milhões de brasileiros a ter uma primeira avaliação ou diagnóstico. Se o pedido de refúgio de Ramona for imitado por seus colegas, aí Dilma, Lula e os irmãos Castro deverão se reunir, em torno de uma cachaça ou um rum envelhecidos, para reformular o Mais Médicos. E torná-lo justo e profissional.
http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ruth-de-aquino/noticia/2014/02/cubana-broda-baianab.html

Enfrentando a situação sem tabus ou viés religioso...

Falta educação sexual na escola e em casa

A conduta sexual precoce e muitas vezes inapropriada de crianças e jovens tem chamado a atenção no mundo todo. A agência de notícias britânica Press Association registrou mais de 2 mil problemas em escolas do país ocorridos entre janeiro de 2010 e setembro de 2013. Os números podem estar subestimados, já que muitas escolas preferem não notificar as autoridades.

Embora a maior parte dos problemas tenha ocorrido com jovens de 13 a 15 anos, até crianças de 5 anos foram afastadas ou punidas por comportamentos considerados inadequados como bullying, assédio, abuso, divulgação de pornografia ou sexting (envio de textos com conteú­dos sexuais). Os episódios foram dez vezes mais comuns entre garotos.

O fenômeno também tem sido visto por aqui. As escolas têm de lidar com questões cotidianas de comportamento sexual inapropriado de seus alunos. Entre os mais novos, parece haver dificuldade para perceber limites e de entender a repercussão que algumas condutas podem ter na relação com o outro.

As crianças são precocemente expostas, principalmente por causa da internet, a conteúdos que, talvez, não tenham maturidade para decodificar. Na ausência de um olhar mais atento de muitos pais, influenciadas pelo comportamento do grupo e com acesso rápido a toda sorte de imagens, elas passam a ver com naturalidade algumas atitudes. Enviar fotos com conteúdo erótico e escrever mensagens picantes podem fazer com que a barreira ao contato físico ou sexual diminua, tornando esses atos comuns.

A tendência aponta para a necessidade de a escola trabalhar mais cedo questões como corporalidade, sexualidade e limites. Em casa, a participação mais efetiva dos pais ajudaria as crianças a entender até onde podem chegar e o que pode ser considerado um comportamento inadequado ou abusivo.

Entre os adolescentes, a situação também preocupa. Recentemente, no Brasil, algumas situações que culminaram em tragédias (suicídio de algumas jovens) podem ter relação direta com a exposição pública da intimidade em redes sociais. O que muitos não percebem é que, no calor das emoções e do desejo, os jovens se exibem mais do que deveriam. O fato de perceberem menos risco no ambiente virtual contribui para isso. 

Imagens guardadas de comum acordo ou, ainda, captadas sem o conhecimento e o consentimento de quem se expõe podem vazar para a rede no momento em que o casal briga ou quando alguém se sente preterido. O resultado é devastador. Sem habilidade para lidar com uma crise dessa dimensão ou com vergonha de pedir ajuda, o jovem pode escolher um caminho sem volta.
http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/jairo-bouer/noticia/2014/01/bfalta-educacao-sexualb-na-escola-e-em-casa.html

Sem palavras...


Uma viagem com crianças ou falta muito?
Elas adoram repetir essa pergunta, fazem besteira, reclamam, celebram, mas é bom demais

Meias...protetor solar...bóia de braço...antialérgico! Sabia que eu tinha esquecido alguma coisa, o antialérgico, digo, depois da retrospectiva mental torturante que insisto em fazer depois de empacotar tudo às pressas. 

Pra quê, quer saber meu marido, para uma família de alérgicos ué, emendo, mas deixa pra lá. Ninguém vai precisar. Cruzamos o túnel e a filha caçula pergunta se falta muito. Faz dez minutos saímos de casa. Cacá, não começa, diz o pai. Carol, ainda estamos no Rio, diz a filha mais velha, cheia de experiência do alto de seus oito anos. Bem, é o dobro da irmã, realmente faz alguma diferença. 

Estamos combinados que não vamos nos irritar quando elas começarem a brigar, certo?, sussurro para meu marido. Elas andam muito implicantes. Implicam uma com a outra o dia todo. Princípio dos Zangados Anônimos comigo, me responde ele, bem-humorado, citando a recém-criada irmandade da qual só ele faz parte. O requisito desse grupo de apoio de um homem só é a vontade de parar de se irritar com bobagem.

Para ficar mais elaborado, propomos apenas quatro passos básicos.

1) Admitimos que somos impacientes com a teimosia infantil
2) Acreditamos que dentro de nós há força suficiente para nos devolver toda a paciência necessária
3) Admitimos nossas falhas
4) Depois de um destemido inventário moral de nós mesmos, concluímos que, em nome do amor, tudo pode ser dito sempre da melhor maneira, que não no modo zangado.

“Já estamos na estrada?“
“Não“, respondo, com o Sambódromo do nosso lado esquerdo da janela.
Gente, o que tá acontecendo aí atrás?, pergunto, me virando pela direita porque acordei com um torcicolo daqueles, ombros tensos, músculos doendo. Ela pegou meu brinquedo! Para de pegar o brinquedo dela. Mas é meu! Gente, olha a bobeira.
A discussão inútil segue, vira gritaria. Uma puxa o cabelo da outra. Bronca. Silêncio.
Olha as nuvens, olha, vocês estão perdendo, tento desviar o foco.
“Dois golfinhos!“ - uma diz que viu.
“Um hipopótamos de cabeça pra baixo!“
“Aquela parece uma boca gigante!“
“Um coelho falando!“
“Nuvem com som nunca vi!“
O jogo de criatividade e imaginação segue até o estresse seguinte.
“Para de olhar pra mi-nha-nu-vem!!!“
“A nuvem não pode ser sua!“
A briga quase recomeça. Entro na brincadeira com uma tática diversionista de novo.
“Vejam aquela! Igualzinho a um avião!!!“
“Mãe, aquilo é um avião!“
“Ah, bem que eu achei perfeita demais“
“Mamãe...“
“E agora, falta muito?“
Já foi pior. Teve viagem em que elas não só perguntaram o tempo todo se faltava muito, como brigaram a maior parte do tempo.
“Estrada!“, o pai anuncia.
Ouço vivas do banco de trás.
“Bota a música de viagem!“, pede Lelê.

A trilha sonora que elas pedem é America, de Simon & Garfunkel. “Laughing on the bus, playing games with the faces“, o rádio toca, o embromation infantil corre solto e quem ri no carro é a gente.
“Eu quero fazer xixi!".

Não tem acostamento, não tem lugar pra parar. Estamos numa via rápida e eu explico. Aguenta aí, mas quem disse que ela quer aguentar. Tira os ombros do cinto da cadeirinha, mando botar, o pai manda botar, a irmã entrega. Ela continua sem. Viro pro lado que o torcicolo deixa. FILHA...E filha reclama, a outra diz que tá ficando chato.

Shuffle no ipod. Músicas aleatórias. Entra um samba. Vai passar!, de Chico Buarque. Nos empolgamos na cantoria e caprichamos no refrão.
Ai que vida boa, ô Lelê!
Ai que vida boa, ô Cacá!!!
Elas se olham surpreendidas. É assim? Mais ou menos. E tentam acompanhar.
Hora de parar para o xixi e um croquete.
“Quero um cróqueti!“
“Não é cróqueti, é cro-qué-te!“

Levo a mais nova comigo para o banheiro. Escuto a faxineira comentar com uma cliente a porcaria que estava lá, urina na tampa, sinais de menstruação pelo chão, incrível como as pessoas são porcas. Falta de delicadeza, cuidado com o outro. Buscamos a última cabine, parecia limpa, chão molhado. Seco a tampa da privada, preparo a capinha de plástico. A menina resolve apoiar o brinquedinho em cima da papeleira. Pego o negócio e boto na minha bolsa.

“Não tira dali!“ - ela protesta.
“É pra guardar melhor, filha, aí pode cair no chão, é pior. Não mexe na minha bolsa, espera aí“.
Enquanto eu forro a privada, ela não espera e mexe na minha bolsa e tudo (eu disse,tudo) cai no chão. Não num chão qualquer. No chão de um banheiro público. No chão de um banheiro público de beira de estrada. Quase em câmera lenta, acompanho meus pertences baterem na beira da privada e caírem no chão como uma bola na trave. Dois foram parar na água, meu rinosoro e o tal brinquedinho. Ela chora por causa do brinquedinho. Eu brigo. Eu brigo de novo, e aí ela chora por causa da briga.

“Eu não acredito no que você fez, Carol, eu não acredito“, digo, alto, a irritação e o nojo me tirando do sério.
“Olha o que você fez!“.
Do lado de lá da porta, a faxineira me consola.
“Deixa, senhora, que eu limpo!.
“Não é de limpar, tudo meu caiu no chão“.
“Eu pego“.
“Tem coisa dentro da privada“.

Examino rápido o chão. Está molhado. Essa água, que será isso, meu Deus?
“Nem sei o que faço. Olha isso!“, digo para Carolina, buscando entre os troços espalhados o que eu poderia descartar de cara.
Do canto da cabine apertada, ela me olha quieta, calcinha abaixada.

“Você precisa parar com essa mania de fazer exatamente o contrário do que a gente pede. Pode ser periogoso um dia! Não dá“, digo, secando como posso as coisas e enfiando tudo na minha bolsa de volta. Nojo.
Pego emprestada uma luva com a faxineira, e jogo fora o rinosoro e o brinquedinho.
“Me dá!“, ela pede, e chora.

“Claro que não. Já era. Uma caixa de papelão que molhou toda com a água da privada. Nem pensar“.
“Mas tinha coisa dentro“
“Agora já era“.
“Vai crescer e fazer menos besteira“, diz a faxineira, mãe de seis, dois gêmeos.
“Eu sei, eu sei, mas isso de fazer o oposto do que a gente diz tá passando um pouco da conta, se a senhora me entende“, respondo, sabendo que ela deve estar me achando o fim, a impaciente.
“Criança, criança é assim. E ela é bebê, quando crescer...“
“Eu não sou um bebê!“, reclama Carol, entrando na conversa sobre ela.

Findo o processo no banheiro, voltamos para comer o croquete. Eu ainda chateada. Ela calada. Conto o que aconteceu pro meu marido.
“Ela tem que parar com isso. Um dia pode ser perigoso“.
Não, nós não ensaiamos essa frase. Letícia, a mais velha, tenta mudar o clima.
“Gente, vamos sorrir? Estamos de férias!“

Esboço um sorriso porque ela tem razão e, além do mais, sem combinar, ela também está me repetindo.  A menina exibe um astral ótimo. Parece a mais paciente de todos hoje. Quer ver o mapa, as cidades que vamos cruzar, saber quanto falta e onde estamos o tempo todo. Vou aderir aos Zangados Anônimos, aviso ao meu marido. A gente ri. Bem-vinda. Pelo menos minha bolsa não estava cheia, penso, já bancando a Poliana.

Os croquetes chegam, elas querem experimentar catchup.
“Eu posso?“, pergunta Letícia, intolerante a lactose.
“E eu?“, diz a cópia.
“Sim, podem, mas não assim, Carol! Isso não é mel“, digo, tirando da boca da criança a bisnaguinha de catchup.
“Porcaria, filha“.

A mesa tem um dispositivo para chamar o garçom. Elas querem apertar o tempo todo e inventam necessidades.
“Agora eu quero água“.
“Posso pedir outro cróqueti?“
“Croquete“.
Voltamos para o carro e a viagem segue. Paisagem verde, mas não tem vacas, reclama a mais velha. O pai explica: não estamos na temporada de vacas.

“Falta muito?
“Sim“
“Onde estamos?“
“Na estrada!“
“Mãe...“
Alguém está enjoada. Alguém pede música. Alguém não quer mais ouvir música. Alguém continua com o pescoço doendo.
“Falta muito?“
Aponto para a mais alta montanha da serra azul e distante no horizonte.
“Tá vendo aquele pico lá?“
A filha interessada em tudo arregala os olhos.
“Falta muito pra chegar lá, não é?“
Ela sacode a cabeça, um tanto decepcionada.
“Mas nós não vamos pra lá“.
“Ah que susto...“

Viajar é ótimo, com a família, sempre uma aventura. Eu não sei se vou descansar. Não é o melhor termo quando se está acompanhada de gente pequena repleta de energia. Mas quem está preocupado com isso?

Meus olhos ganham um brilho diferente, o branco fica mais branco e tudo vai ficando mais leve.
Nosso destino se aproxima, e vivas explodem do banco de trás. Vamos espairecer, esse é o verbo. Enquanto escrevo esta coluna, elas tentam chamar minha atenção de toda maneira. A criança menor rasgou o saquinho de pistache. Ouvi vários deles se espalharem pelo chão do hotel. Ela me olha com um sorriso que só mostra a arcada inferior sabendo que fez besteira, mais uma das muitas do dia e das que ainda vai fazer. Rápida, ela se prontificou a catar.

Não vou me irritar, mesmo se ela jogar tudo dentro da privada de novo. Temos uma série de cenas previsíveis pela frente e outras tantas surpreendentes por essa estrada. O caminho é longo. Ao lado delas, tudo é possível, até ficar respondendo à mesma pergunta sem parar. E isso é bom. Muita gratidão por ter esses três perto de mim.
http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/isabel-clemente/noticia/2014/01/uma-bviagem-com-criancasb-ou-falta-muito.html

Saúde com cuidado e acompanhamento médico...


A dieta paleolítica
A nova moda é comer o que nossos ancestrais consumiam há dezenas de milhares de anos para emagrecer. Funciona?

Num primeiro momento, a reação é de risos, seguida de incredulidade. Não raro, seguem-se comentários sobre as loucuras que as pessoas fazem para emagrecer. Alguns ficam extremamente curiosos, outros se espantam com tamanha bobagem e não querem prosseguir a conversa. Ninguém fica indiferente à forma de emagrecer mais falada do momento. 

A dieta paleolítica, ou dieta neandertal, ou, ainda, dieta dos homens da caverna propõe a volta da alimentação de nossos ancestrais, bem antes da agricultura, para evitar (ou curar!) diabetes, distúrbios metabólicos, problemas do coração, obesidade e perder peso –  muito peso.
Para justificar a viagem no tempo, afirmam que essa é a alimentação para a qual nosso organismo foi moldado por milhões de anos de evolução. 

As doenças são respostas do corpo ao excesso de carboidrato, açúcar e alimentos processados impostos pela dieta contemporânea, afirmam os neoneandertais.

A máxima da dieta paleolítica é comer alimentos naturais de fonte animal e vegetal. O cardápio paleolítico inclui carne de qualquer tipo, legumes, verduras, tubérculos (como inhame e batata-doce, de preferência), frutas e nozes – estas com moderação. Estão excluídos quaisquer vegetais que cresçam dentro de vagens (feijão, soja, ervilha, amendoim), cereais (como milho, aveia e trigo), carboidratos de produtos processados e açúcar. 

Deve-se evitar cozinhar a temperaturas muito altas, com panelas diretamente no fogo. O recomendado são alimentos assados em fornos a, no máximo, 180 graus centígrados.  Há variações entre os páleos. Alguns permitem leite e derivados, ou bebidas alcoólicas, com moderação.
http://epoca.globo.com/vida/vida-util/saude-e-bem-estar/noticia/2014/02/dieta-bpaleoliticab.html

Atenção e alerta com os pimpolhos...

Confira sete dicas para desconfiar se o seu filho possui diabetes

Endocrinologista afirma que se a criança bebe muita água, reclama constantemente de cãimbras, come bastante e mesmo assim emagrece é sinal de que ela pode ter diabetes

Crianças também podem ter diabetes e os pais devem ficar atentos aos primeiros sintomas. Os casos da doença entre crianças não podem ser considerados comuns, mas a incidência vem crescendo nos últimos anos.

De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, nos últimos anos, houve um crescimento anual de 3% dos casos de diabetes tipo 1 no mundo, principalmente em menores de 14 anos.

Outro tipo que vem aumentando junto com a obesidade infantil é o diabetes por resistência insulínica, causada por alimentação desequilibrada e aumento de peso. ”Este tipo de diabetes vem aumentando nas populações mais jovens se compararmos com os dados de décadas atrás por causa do sedentarismo e alimentação menos saudável”, diz a endocrinologista Rosita Fontes.

A médica indica sete passos para os pais para ficarem atentos sobre possíveis sintomas do diabetes:

Beber água é bom, mas nada em excesso é um bom sinal. Fique atento à quantidade de água que o filho bebe pode ser sinal de diabetes. 

1 – Eu quero água!
A regra número é observar se a criança sente sede intensa. Isto pode ser um sintoma e deve estar relacionado com o fato de ele ir muito ao banheiro.

2 – Vai várias vezes ao banheiro
Observe se a criança vai ao banheiro com frequência, inclusive à noite, e também se ele urina em grande quantidade. Rosita explica que a glicose em excesso no sangue, provocada pelo diabetes, ao passar pelo rim, transporta água junto com ela. "O organismo responde desencadeando o processo de sede para que a pessoa não fique desidratada. Assim ela urina muito e, consequentemente toma muita água", diz.

3 – Comilão que perde peso
Outro sintoma é a criança comer muito, mas mesmo assim perder peso. “Apesar dela ingerir os alimentos, eles não são aproveitados no organismo devido á falta de insulina que é o hormônio que, entre outras ações, permite que a glicose entre nas células para gerar energia”, diz.

4 – Sempre cansado
Veja também se a criança reclama de cansaço, se sente desanimada e sonolenta. "A deficiência de geração de energia, faz com que o organismo todo se ressinta e isto se manifesta com cansaço e fraqueza", diz.

5 – Vista embaçada
Se a criança se queixa de visão embaçada é bom levar ao oftalmologista e levar em conta que pode não ser apenas uma questão de usar óculos. Vale a pena atentar para possíveis outros sintomas de diabetes e comentar com o especialista. A médica explica que o excesso de glicose provoca o inchaço do cristalino, fazendo com que a criança tenha dificuldade de focar as imagens.

6 – Tá formigando o meu pé!
É bom ligar o radar caso a criança faça queixas constantes de câimbras e formigamentos pelo corpo.

7– Faça o cálculo
Se a criança tem, pelo menos, três queixas relatadas anteriormente, procure um médico para investigação. O diagnóstico e o tratamento precoce da diabetes evitam as possíveis complicações características da doença.” A doença progride e a criança pode fazer um processo de cetoacidose diabética, que é a descompensação do diabetes, necessitando atendimento de urgência”, alerta.
http://saude.ig.com.br/minhasaude/2014-02-10/confira-sete-dicas-para-desconfiar-se-o-seu-filho-possui-diabetes.html

Vândalos e bárbaros...











Cinegrafista ferido durante protesto no Centro tem morte cerebral
Segundo advogado, homem que acionou rojão já foi identificado. Clima é de comoção na porta de hospital

Santiago Andrade, ferido na cabeça por uma bomba durante um protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Centro do Rio, teve morte cerebral confirmada no início da tarde desta segunda-feira pela Secretaria Municipal de Saúde. 

Na última quinta-feira, ele foi levado para o Hospital Souza Aguiar e submetido a uma cirurgia de quatro horas, que terminou no fim da noite. Segundo os médicos, Santiago sofreu afundamento de crânio. Dois drenos foram colocados na cabeça do profissional da Bandeirantes para diminuir a pressão craniana.

Em nota, a secretaria informou a morte encefálica do paciente, diagnosticada nesta segunda-feira pela equipe de neurocirurgia do hospital onde ele está internado, no Centro de Terapia Intensiva.

A pedido da família, a secretaria tornou público o agradecimento a todos os que torceram pelo restabelecimento do cinegrafista e que, num ato de solidariedade, atenderam ao chamado para doar sangue ao Hemorio.

O clima na porta do hospital é de comoção entre os profissionais da imprensa e parentes de Santiago. Ele trabalhava há 20 anos como cinegrafista, sendo 10 anos dedicados à Rede Bandeirantes. Em 2010 e 2011, o profissional ganhou o prêmio sobre mobilidade urbana. O cinegrafista estava casado há 30 anos e deixou uma filha, que também é jornalista, e três enteados. 

Mulher de Santiago faz um desabafo horas antes de saber da morte do marido

Horas antes de saber da morte do marido, Arlita Andrade, mulher de Santiago Andrade, fez um desabafo. "Meu marido está indo embora, eles destruíram uma família". Ela condenou as ações violentas das últimas manifestações no Rio.

"Espero que estes rapazes que fazem isso pensem na mãe, na família, que a familia é tão importante. Meu marido está indo embora, pode ser outros, pode ter outra familia que pode ser destruída com isso, que façam coisa pacífica, porque só sendo pacífica a gente consegue as coisas. Não adianta esta violência, não leva a nada. Meu marido está indo embora e não há preço pra isso”, destacou.

A esposa do cinegrafista disse ter visto a entrevista de Fábio Raposo, preso neste domingo acusado de passar o artefato para uma outra pessoa, mas ressaltou a "falta de amor e violência".

“Eu vi ele pedindo desculpa, mas eu acho que o que falta neles é o amor, o amor pelas pessoas. Ele disse que foi sem intenção, que seja, mas meu marido estava trabalhando. Não tem amor dentro deles. Meu marido está indo embora, eles destruíram uma familia. Uma família que era unida, muito unida mesmo", disse Arlita.

Advogado diz que homem que acionou rojão está identificado


Fábio Raposo, que passou rojão a suspeito de ferir cinegrafista, chega à 17ª DP, de São Cristóvão. Ele foi indiciado por tentativa de homicídio.

O advogado Jonas Tadeu Nunes, que defende o tatuador Fábio Raposo, disse nesta segunda-feira que já tem a identificação do suspeito de acionar o rojão que feriu o cinegrafista da TV Bandeirantes. O defensor disse que o nome será entregue ao delegado Maurício Luciano de Almeida, titular da 17ª DP (São Cristóvão).

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que o tatuador foi transferido, nesta manhã, para o Presídio Bandeira Estampa, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. Fábio, que foi indiciado por tentativa de homicídios e explosão, busca se beneficiar da delação premiada.

"Em um determinado momento em que eu fiquei sozinho com o Fábio na delegacia, ele pediu que eu procurasse uma determinada pessoa e que esta pessoa ia me passar a identificação do rapaz. Eu já tenho essa identificação, mas eu vou passar para a autoridade policial. Eu já tenho o nome do rapaz, eu já tenho a qualificação dele e logo logo vai estar nas mãos da autoridade policial para o cumprimento da delação premiada”, afirmou o advogado em entrevista à Rádio CBN .

Ainda de acordo com o advogado, Fábio não conhece o suspeito. "Ele e o Fábio se conhecem apenas de manifestações. Eles não pertencem a nenhum grupo e eles não foram com nenhuma finalidade. Não levaram nenhum rojão. O que o Fábio declara é que o rojão foi achado, e como eles se encontraram, o rapaz pediu que passasse o rojão. Aquilo tudo é verdadeiro. Foi apenas uma inconsequência, um ato de irresponsabilidade e de negligência de acender o pavio no meio daquela confusão toda", destacou.

Um vídeo divulgado pela britânica BBC flagra o momento em que um cinegrafista da Band foi ferido por uma bomba. O repórter Wyre Davies e o cinegrafista Chuck Tayman, ambos da TV inglesa, socorreram Santiago.

O esquadrão anti-bombas realizou, no início da tarde de sexta, perícia no local onde o cinegrafista foi atingido. A equipe recolheu fragmentos encontrados nas proximidades da Central do Brasil, que foram submetidos à análise para averiguar se o material era compatível com alguma espécie de bomba. Segundo resultado da perícia, o artefato não foi lançado pela polícia. 

Região da Central vira praça de guerra

A manifestação contra o aumento da passagem de ônibus contou com cerca de mil pessoas e terminou em confronto entre ativistas e policiais militares do Batalhão de Choque (BPChq). A confusão começou após um grupo quebrar catracas na estação Central do Brasil da SuperVia. A PM atirou uma bomba de gás dentro do local, assustando usuários do transporte e provocando correria generalizada.

Muitas pessoas foram socorridas por quem passava no local na hora da confusão. Pelo menos 10 catracas foram danificadas e, por mais de duas horas, milhares de pessoas não pagaram passagem.

Centenas de pedestres ficaram assustados, correndo para o Terminal Rodoviário Américo Fontenelle. Idosos se abrigaram na 4ª DP (Praça da República) e muitos ficaram em pânico com a confusão. Parte do grupo se deslocou em direção ao Túnel da Saúde, em direção à Zona Portuária.


Manifestantes e PMs entraram em confronto nas ruas do Centro

O corre-corre continuou do lado de fora, com uso de mais bombas e spray de pimenta pelos policiais. Segundo a SuperVia, as estações Central e Praça da Bandeira fecharam parcialmente, enquanto o Metrô Rio anunciou o fechamento dos acessos Campo de Santana, Ministério do Exército, Alfândega e os acessos Praça e Theatro Municipal, na Cinelândia.

A Avenida Marechal Floriano, na altura da Central do Brasil, bem como a Rua Bento Ribeiro, foram fechadas. Houve lentidão no tráfego nas avenidas Presidente Vargas e Rio Branco, que também foram parcialmente interditadas. Por volta das 20h15, houve nova confusão na estação da Central do Brasil, quando manifestantes tentaram arrombar um dos portões e foram dispersados pelos PMs.

Um grupo virou uma das cabines de fiscais de ônibus e ateou fogo, sendo dispersado em seguida. Ruas do entorno foram interditadas e reabertas constantemente.
http://riodejaneiro.ig.com.br/?url_layer=http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2014-02-10/cinegrafista-ferido-durante-protesto-no-centro-tem-morte-cerebral.html

Como decidir?

Estudos mostram quais fatores influenciam tomada de decisões

Da próxima vez que perguntarem por que aquelas promessas de ano novo não saíram do papel, diga que a culpa é da bexiga. Ou, então, do estresse e das noites mal dormidas.

Segundo a ciência que estuda a tomada de decisões, mais fatores influenciam as escolhas do que a racionalidade é capaz de prever.

O exemplo da bexiga é curioso –e controverso. Em um estudo vencedor do prêmio Ig Nobel (paródia do Nobel que elege os trabalhos mais bizarros), pesquisadores holandeses e belgas descobriram que estar com a bexiga cheia ajuda a evitar escolhas impulsivas (veja mais exemplos acima e ao lado).

Múltipla escolha

"Pode até ser que tenha um efeito secundário, porque você aumenta o nível de autocontrole em função da urgência para urinar, mas tenho minhas dúvidas", diz o psicólogo Paulo Sérgio Boggio, coordenador do Laboratório de Neurociência Cognitiva e Social da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

O grupo de Boggio faz pesquisas sobre a influência de fatores afetivos nas escolhas. "Já sabemos que o cérebro não é uma máquina de fazer contas, mas ainda não conseguimos saber quantas variáveis estão em jogo", diz.

Uma delas, exemplifica, é a forma como as situações são apresentadas: você faria uma cirurgia se dissessem que o risco de morte é 10%? E se dissessem que a chance de sobreviver é de 90%?

Segundo a psicóloga Camile Costa Correa, que pesquisa tomada de decisão na Universidade de Amsterdã, na Holanda, o estado de humor, a pressão de uma situação estressante e a privação de sono são empecilhos para escolhas satisfatórias.

Ela explica que há casos em que é possível driblar as variáveis e decidir melhor. Deixar de ir ao supermercado com fome, por exemplo, pode reduzir a chance de levar produtos muito calóricos.

"Mas não podemos controlar todos os aspectos, e aceitar isso pode ajudar a diminuir a ansiedade", diz.

Para o economista Marcos Fernandes, professor da Fundação Getúlio Vargas, conhecer os fatores que influenciam na tomada de decisão pode ajudar a controlá-los (ou prevê-los), o que deixa o processo mais racional e menos impulsivo.

"Podemos evitar fazer decisões se sabemos que há outros fatores influenciando. Mas temos que lembrar que toda escolha envolve algo irracional", afirma.

Na opinião de Fernandes, isso não é um problema. "Decisões cruciais só são feitas porque damos saltos no escuro, às vezes. Se fôssemos 100% racionais, não sairíamos de casa."
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2014/01/1394133-estudos-mostram-quais-fatores-influenciam-tomada-de-decisoes.shtml

Mais uma etapa superada...