segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Refletir...




" A semeadura é opcional, já colheita é certa.". Trabalho árduo e perene, orai e vigiai, porque a Lei do Cosmo é implacável!
(Provérbio Chinês)
http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/7/

Língua afiada...










PEGADINHA GRAMATICAL
Numerais


Numeral é a palavra que quantifica entes ou conceitos ou indica a posição que ocupam numa determinada ordem.

Quando apenas nomeia o número de entes, o numeral é chamado de cardinal:

um    dois    três
cinquenta    cem   cem mil

Quando indica a ordem que o ente ocupa numa série, o numeral é denominado ordinal:

primeiro     segundo      terceiro
quinquagésimo      centésimo     milésimo

Os numerais multiplicativos exprimem aumentos proporcionais de quantidade, indicando números que são múltiplos de outros:

dobro      triplo      quádruplo

Os numerais fracionários indicam a diminuição proporcional da quantidade, o seu fracionamento:

metade      um terço     um décimo

Os numerais coletivos designam conjuntos de entes e indicam o número exato de indivíduos que compõem o conjunto:

dezena       quinzena         dúzia
cento         milhar          milheiro


Flexões dos numerais

Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas etc.
Cardinais como milhão, bilhão, trilhão etc. variam em número: milhões, bilhões, trilhões etc.

Os demais cardinais são invariáveis.

Os numerais ordinais variam em gênero e número:

primeiro segundo milésimo / primeiros segundos milésimos
primeira segunda milésima / primeiras segundas milésimas

Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em funções substantivas:

Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de produção.

Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número:

Teve de tomar doses triplas do medicamento.

Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número:

um terço              dois terços
uma terça parte           duas terças partes

Os numerais coletivos flexionam-se em número:

uma dúzia           um milheiro
duas dúzias        dois milheiros

Emprego dos numerais

• Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo:

ordinais                                             cardinais
João Paulo II (segundo)                Tomo XV (quinze)
D.Pedro II (segundo)                      Luís XVI (dezesseis)
Século VIII (oitavo)                          Século XX (vinte)
Canto IX (nono)                               João XXIII (vinte e três)

• Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante.

Artigo 1.º (primeiro)             Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono)      Artigo 21 (vinte e um)

• Para designar dias do mês, utilizam-se os cardinais, exceto na indicação do primeiro dia, que é tradicionalmente feita pelo ordinal:

Chegamos dia dois de setembro.
Chegamos dia primeiro de dezembro.

• Ambos/ambas são considerados numerais. Significam “um e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência:

Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade.
Ambos agora participam das atividades comunitárias de seu bairro.

A forma “ambos os dois” é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.
http://www.brasilescola.com/gramatica/numerais.htm

Interessante...

15 dicas para facilitar sua vida na cozinha

Confira a seguir uma seleção de truques e ideias que podem tirar você do sufoco
15 dicas para facilitar sua vida na cozinha

Às vezes você não se surpreende com soluções criativas que as pessoas encontram para problemas cotidianos? Nesse sentido, inclusive já publicamos aqui no Mega Curioso matérias sobre dicas simples para facilitar a sua vida e também a respeito de truques para resolver contratempos domésticos. No entanto, como nunca é demais conhecer “gambiarras” para descomplicar o dia a dia, que tal conferir 15 dicas que podem ajudá-lo na cozinha?

1 – Duro ou mole?
Fonte da imagem: Reprodução/BuzzFeed

Nunca mais erre no ponto dos ovos cozidos!

2 – “X-Egg” perfeito
Fonte da imagem: Reprodução/SOS Solteiros

Sanduíche com ovo à prova de desastres.

3 – Ganhando espaço
Fonte da imagem: Reprodução/Twisted Sifter

Quem disse que o seu micro-ondas era pequeno demais?

4 – Forcinha extra
Fonte da imagem: Reprodução/Twisted Sifter

Meninas, acabou o sofrimento!

5 – Forno improvisado
Fonte da imagem: Reprodução/Twisted Sifter

Você já tinha pensado em usar a sua torradeira dessa forma?

6 – Sanduíche de cupcake
Fonte da imagem: Reprodução/Twisted Sifter

Menos meleca e aproveitamento total da cobertura dos bolinhos.

7 – Geometria
Fonte da imagem: Reprodução/dedalvs

Dessa forma é possível distribuir melhor o recheio do seu lanche.

8 – Sem desperdício
Fonte da imagem: Reprodução/BuzzFeed

A Nutella está acabando? Que tal “raspar” todo conteúdo do pote com um uma bola de sorvete?

9 – Pizza fresca
Fonte da imagem: Reprodução/BuzzFeed

Para que a pizza requentada no micro-ondas não fique “borrachenta”, coloque um copo de água junto ao prato quando for aquecer a fatia.

10 – Saladinha gorda
Fonte da imagem: Reprodução/BuzzFeed

Acabaram-se as saladas sem graça!

11 – Memória fotográfica
Fonte da imagem: Reprodução/dedalvs

Lista de compras visual para que você nunca se esqueça do que já tem na geladeira!

12 – Romantismo
Fonte da imagem: Reprodução/SOS Solteiros

Que tal enfeitar um prato com ovos em forma de coração?

13 – Sem tampa
Fonte da imagem: Reprodução/Twisted Sifter

Método alternativo para eliminar as folhinhas dos morangos.

14 – Misto quente
Fonte da imagem: Reprodução/SOS Solteiros

Mais um uso criativo para a velha torradeira.

15 – Improvisando
Fonte da imagem: Reprodução/BuzzFeed

Se você não tem muitas superfícies livres na cozinha, use tábuas de carne apoiadas nas gavetas para ganhar mais espaço.
http://www.megacurioso.com.br/cotidiano/42038-15-dicas-para-facilitar-sua-vida-na-cozinha.htm

História...

Guerra Fria

A Guerra Fria, que teve seu início logo após a Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991)  é a designação atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética, disputando a hegemonia política, econômica e militar no mundo.

Causas

A União Soviética buscava implantar o socialismo em outros países para que pudessem expandir a igualdade social, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Enquanto os Estados Unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial o contraste entre o capitalismo e socialismo era predominante entre a política, ideologia e sistemas militares. Apesar da rivalidade e tentativa de influenciar outros países, os Estados Unidos não conflitou a União Soviética (e vice-versa) com armamentos, pois os dois países tinham em posse grande quantidade de armamento nuclear,  e um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, possivelmente, da vida em nosso planeta.  Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coréia e no Vietnã

Com o objetivo de reforçar o capitalismo, o presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, lança o Plano Marshal, que era um oferecimento de empréstimos com juros baixos e investimentos para que os países arrasados na Segunda Guerra Mundial pudessem se recuperar economicamente. A partir desta estratégia a União Soviética criou, em 1949, o Comecon, que era uma espécie de contestação ao Plano Marshall que impedia seus aliados socialistas de se interessar ao favorecimento proposto pelo então inimigo político.

A Alemanha por sua vez, aderiu o Plano Marshall para se restabelecer, o que fez com que a União Soviética bloqueasse todas as rotas terrestres que davam acesso a Berlim. Desta forma, a Alemanha, apoiada pelos Estados Unidos, abastecia sua parte de Berlim por vias aéreas provocando maior insatisfação soviética e o que provocou  a divisão da Alemanha em Alemanha Oriental e Alemanha Ocidental.

Em 1949, os Estados Unidos juntamente com seus aliados criam a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que tinha como objetivo manter alianças militares para que estes pudessem se proteger em casos de ataque. Em contra partida, a União Soviética assina com seus aliados o Pacto de Varsóvia que também tinha como objetivo a união das forças militares de toda a Europa Oriental.

Entre os aliados da Otan destacam-se: Estados Unidos, Canadá, Grécia, Bélgica, Itália, França, Alemanha Ocidental, Holanda, Áustria, Dinamarca, Inglaterra, Suécia, Espanha. E os aliados do Pacto de Varsóvia destacam-se: União Soviética, Polônia, Cuba, Alemanha Oriental, China, Coréia do Norte, Iugoslávia, Tchecoslováquia, Albânia, Romênia.



Origem do nome

É chamada "fria" porque não houve uma guerra direta entre as superpotências, dada a inviabilidade da vitória em uma batalha nuclear.



Envolvimentos Indiretos

Guerra da Coréia : Entre os anos de 1951 e 1953 a Coréia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoista ocorrida na China, a Coréia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coréia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coréia no paralelo 38. A Coréia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coréia do Sul manteve o sistema capitalista.

Guerra do Vietnã : Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. Milhares de pessoas, entre civis e militares morreram nos combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser socialista. 


Fim da Guerra Fria

A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas.

No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas.
http://www.sohistoria.com.br/ef2/guerrafria/

Viva a sabedoria...

Os Regimes políticos e as Formas de governo segundo Aristóteles
  
Para Aristóteles o poder deveria ser de todos

Em sua obra “Política”, Aristóteles distingue regimes políticos e formas ou modos de governo. O primeiro termo refere-se ao critério que separa quem governa e o número de governantes. Temos, pois, três regimes políticos: a monarquia (poder de um só), a oligarquia (poder de alguns poucos) e a democracia (poder de todos). 

O segundo (as formas de governo) refere-se a em vista de quê eles governam, ou seja, com qual finalidade. Para o filósofo, os governos devem governar em vista do que é justo, de interesse geral, o bem comum. Sendo assim, são classificadas seis formas de governo: aquele que é um só para todos (realeza), de alguns para todos (aristocracia) e de todos para todos (regime constitucional). 

Os outros três modos (tirania, oligarquia e democracia) são deturpações, degenerações dos anteriores, ou seja, não governam em vista do bem comum.

Aristóteles faz uma análise crítica do meio pelo qual é distribuído o poder nas cidades (a cada um é dado o poder proporcional que lhe cabe). Para aqueles que assim pensam, a cidade se torna um modo doloroso da vida individual. Aristóteles, ao contrário, acredita que a coexistência política é o maior bem. 

Para os oligarcas e os democratas, “melhor seria viver sozinho, mas isso não é possível: precisamos do poder de todos para proteger o de cada um e dos outros” (Francis Wolff). A cidade se baseia na amizade e na não afeição, e não em um meio de defesa, pois não se trata do interesse de cada um, mas da felicidade de todos.

Aristóteles propõe então cinco possibilidades de candidatos ao poder: a massa (pobre), a classe possuidora, os homens de valor, o melhor homem e o tirano. Este é descartado por seu poder ser baseado na força. A massa poderia privar os outros em nome de si. 

A minoria possuidora governaria por interesses próprios. Os homens virtuosos ou mesmo o melhor homem excluiria os outros da decisão. A princípio, Aristóteles acredita que o poder deve ser de todos os cidadãos. Mas essa democracia tem algumas restrições.

Na democracia do tipo aristotélica, o povo é soberano. Todavia, existe uma restrição no conceito de liberdade, pois viver como bem entender contraria esse conceito para Aristóteles. 

As leis são a liberdade, a salvação, pois a partir do momento em que o povo faz o que quer, como se nada fosse impossível, a democracia se torna uma tirania. Viver como bem entender torna a democracia um individualismo, contrário ao que é o bem comum.

A democracia segundo Aristóteles deve então ser totalmente soberana, mas com duas limitações: não deve ir além dos órgãos de deliberação e julgamento, pois estes são poderes coletivos expressos em uma constituição (o conjunto do povo é superior a cada um dos indivíduos) e não exigem competência técnica; a segunda limitação é o dever de agir de acordo com as leis.

O filósofo põe em questão dois pontos:

O homem excepcional (o rei);
A regra geral (as leis).

O rei está sujeito às paixões, mas pode se adaptar aos casos particulares; já as leis são fixas, racionais, mas não se adaptam a todas as situações em particular.

Assim, Aristóteles mantém a ideia de que o povo delibera e julga melhor que o indivíduo, mas com o pré-requisito de que exista um número suficiente de homens de bem para qualificar as decisões, caso contrário, a realeza se mostra necessária.
http://www.brasilescola.com/filosofia/os-regimes-politicos-as-formas-governo-segundo-aristoteles.htm

Cultura...


Réquiem do liberalismo?

Emir Sader


O candidato neoliberal à presidência assinou documento comprometendo-se a não privatizar mais empresas, deixando furioso o ex-presidente da república, do seu partido, que considerava as privatizações uma obra prima do liberalismo brasileiro.

O PFL muda de nome, abandonando a referência ao liberalismo, para tentar passar por “democrático”. Quando havia adotado o nome de PFL, o partido proveniente da ditadura militar tentava esconder esse seu passado e nada melhor do que a roupa liberal. Com isso se distanciava do regime em crise e aderia ao novo governo. Não lhe custava nada. Afinal, o próprio golpe militar fora dado em nome do liberalismo, contra um suposto risco “totalitário” da esquerda.

Seguia a tradição da “guerra fria”, que reduzia tudo à oposição entre “totalitarismo” e “liberdade”. Em seu nome, da velha UDN golpista, se pregou e se apoiou a ditadura, a mais brutal ruptura com a liberdade na história do Brasil. Essa farsa liberal vinha de longe. O liberalismo nasceu entre nós no século XIX, convivendo com a escravidão – e traindo assim seu preceito fundamental da igualdade diante da lei – e tampouco foram os condutores da luta contra ela.

Posteriormente, o liberalismo foi a ideologia do regime oligárquico exportador da chamada “república velha”, uma ditadura social das elites econômicas. Foi também em nome do liberalismo que a direita se opôs ao regime getulista e a todos os governos até o golpe militar de 1964, sempre acenando com o apelo aos militares para soluções golpistas.

Foi sempre um liberalismo contra a democracia, contra o movimento popular, contra a luta pela igualdade econômica e social. Foi sempre um instrumento da perpetuação do poder das minorias.

Todos somos anti-neoliberais? Não. O consenso anti-estatal e que faz desaparecer o imperialismo, ainda é forte. Não nos enganemos. Adaptando a análise de Perry Anderson sobre a França para o Brasil, quando finalmente a esquerda chegou ao governo, tinha perdido a batalha das idéias. E tinha perdido para o liberalismo –político e econômico. De tal forma, que o liberalismo não apenas domina o entorno, quando a esquerda ganha, mas penetrou dentro da própria esquerda.

A desqualificação do Estado não por seus defeitos – seu caráter burocrático-repressivo a serviço da manutenção das estruturas de poder existentes -, mas por suas virtudes, reais ou pontenciais – universalização de direitos, regulação da circulação de capitais, garantia da soberania nacional – é uma tese liberal que ainda goza de muita força. Isenção de impostos para o capital, precarização ainda maior no mercado de trabalho, proliferação do ensino privado, da segurança privada, da saúde privada, etc., etc. Ao mesmo tempo que não se valoriza como uma empresa como a Petrobrás é a mais importante empresa brasileira de todos os tempos e uma das mais importantes do mundo – uma empresa estatal brasileira.

O Brasil luta, na sua política externa, não pelo justo protecionismo dos mercados nacional, sul-americano e do Sul do mundo, mas pela liberalização dos mercados para a exportação dos nossos produtos primários. O Banco Central atua praticamente como um banco independente.

Aceita-se o modelo de democracia liberal como o modelo identificado plenamente com a democracia. As concessões de emissoras privadas são tratadas como intocáveis, embora sendo concessão pública, renovável ou não, conforme determinados critérios públicos, ainda mais que se trata de um número limitado de canais de rádio e televisão.

O liberalismo econômico se acoplou ao liberalismo político, tornando-se ambos a ideologia da direita latino-americana, disfarçando-se de defensores da “sociedade civil”, do pluralismo, da liberdade de expressão – embora o façam por intermédio do mais brutal oligopólio midiático, etc. O direito de ir e vir é garantido para os capitais – com privilégio para os especulativos, que nem pagam impostos na Bolsa de Valores de São Paulo -, mas não para os indivíduos. Há forte oposição à regulamentação da circulação de capitais, mas se constrói um muro na fronteira com os EUA, no qual morrem por ano mais mexicanos do que todos os que morreram durante todo o tempo de existência do Muro de Berlim.

Essa é a farsa do liberalismo, mas também sua força, que ainda sobrevive, apesar da incomodidade dos que o defendem, de confessar que seguem sendo liberais. O debate ideológico com o liberalismo continua sendo o tema central da democracia brasileira, para que construamos a ideologia fundada na esfera e nos interesses públicos e não na esfera mercantil – substrato do liberalismo.
http://www.outrobrasil.net/

Entendendo...

Violência no Brasil, outro olhar

A repressão controlada e a polícia têm um papel crucial no controle da criminalidade 

A violência se manifesta por meio da tirania, da opressão e do abuso da força. Ocorre do constrangimento exercido sobre alguma pessoa para obrigá-la a fazer ou deixar de fazer um ato qualquer. Existem diversas formas de violência, tais como as guerras, conflitos étnico-religiosos e banditismo.

A violência, em seus mais variados contornos, é um fenômeno histórico na constituição da sociedade brasileira. A escravidão (primeiro com os índios e depois, e especialmente, com a mão de obra africana), a colonização mercantilista, o coronelismo, as oligarquias antes e depois da independência, somados a um Estado caracterizado pelo autoritarismo burocrático, contribuíram enormemente para o aumento da violência que atravessa a história do Brasil.

Diversos fatores colaboram para aumentar a violência, tais como a urbanização acelerada, que traz um grande fluxo de pessoas para as áreas urbanas e assim contribui para um crescimento desordenado e desorganizado das cidades. Colaboram também para o aumento da violência as fortes aspirações de consumo, em parte frustradas pelas dificuldades de inserção no mercado de trabalho.

Por outro lado, o poder público, especialmente no Brasil, tem se mostrado incapaz de enfrentar essa calamidade social. Pior que tudo isso é constatar que a violência existe com a conivência de grupos das polícias, representantes do Legislativo de todos os níveis e, inclusive, de autoridades do poder judiciário. A corrupção, uma das piores chagas brasileiras, está associada à violência, uma aumentando a outra, faces da mesma moeda.

As causas da violência são associadas, em parte, a problemas sociais como miséria, fome, desemprego. Mas nem todos os tipos de criminalidade derivam das condições econômicas. Além disso, um Estado ineficiente e sem programas de políticas públicas de segurança, contribui para aumentar a sensação de injustiça e impunidade, que é, talvez, a principal causa da violência.

A violência se apresenta nas mais diversas configurações e pode ser caracterizada como violência contra a mulher, a criança, o idoso, violência sexual, política, violência psicológica, física, verbal, dentre outras.

Em um Estado democrático, a repressão controlada e a polícia têm um papel crucial no controle da criminalidade. Porém, essa repressão controlada deve ser simultaneamente apoiada e vigiada pela sociedade civil.

Conforme sustenta o antropólogo e ex-Secretário Nacional de Segurança Pública , Luiz Eduardo Soares: "Temos de conceber, divulgar, defender e implantar uma política de segurança pública, sem prejuízo da preservação de nossos compromissos históricos com a defesa de políticas econômico-sociais. Os dois não são contraditórios" .

A solução para a questão da violência no Brasil envolve os mais diversos setores da sociedade, não só a segurança pública e um judiciário eficiente, mas também demanda com urgência, profundidade e extensão a melhoria do sistema educacional, saúde, habitacional, oportunidades de emprego, dentre outros fatores. Requer principalmente uma grande mudança nas políticas públicas e uma participação maior da sociedade nas discussões e soluções desse problema de abrangência nacional.
http://www.brasilescola.com/sociologia/violencia-no-brasil.htm

Mais uma etapa superada...