segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Só o começo...



Ferréz: "O rolezinho foi só o primeiro ato"
O escritor, que vive na periferia paulistana, fala sobre música alta de madrugada, abordagem policial e o convívio com bandidos. Sua opinião: a revolta na periferia vai piorar

"O último amigo meu que era personagem deste livro morreu no ano passado”, diz Ferréz, da forma mais natural do mundo. Ele aponta sobre a mesa para uma cópia de Manual prático do ódio, livro de 2003 relançado agora pela Editora Planeta. 

Nele, conta a história de uma quadrilha de bandidos do Capão Redondo, na Zona Sul de São Paulo, onde Ferréz – aliás, Reginaldo Ferreira da Silva – nasceu em 1975, filho de pai motorista e mãe empregada doméstica. Há 17 anos, ele vem contando em prosa e verso, ao longo de seis livros, como vive, pensa e sente o povo da periferia. 

Na semana passada, ainda sob efeito da morte do cinegrafista Santiago Andrade, ele falou a ÉPOCA sobre crime, trabalho, esperança e revolta nos limites da cidade. A seguir, um resumo da conversa.

A VOZ DA PERIFERIA Ferréz na rua principal do Capão Redondo.  “Aqui, eu sou útil”.

ÉPOCA – O livro Manual prático do ódio, publicado em 2003, sugere que as pessoas da periferia estão presas entre miséria e violência. A vida melhorou nestes 11 anos?

Ferréz – Ficou mais apertada. São mais impostos, as contas aumentaram. As pessoas pagam R$ 100 de conta de luz dentro da favela. Se queixam do sufoco financeiro. Fora isso, o bairro cresceu muito, teve um inchaço urbano. Sinto que as pessoas estão mais aflitas e têm menos tempo que antes. Não sei se a vida melhorou.

ÉPOCA – A situação de pleno emprego e crescimento da renda nos últimos anos não chegou ao bairro?

Ferréz – As filas para arrumar emprego continuam. Tem subemprego, mas o moleque percebe que não chegará longe com ele. Ele pensa: vou completar 30 anos e continuar trabalhando na padaria? Vou fazer 30 anos trabalhando no McDonalds. O moleque da periferia quer poder sonhar.

ÉPOCA – O crime continua sendo uma opção glamourosa?

Ferréz – O crime continua sendo uma opção cultural. O moleque entra no crime porque ouve o vizinho dele falando, o cunhado dele falando. Ele vai assimilando tudo aquilo. É uma cultura que prepara para o ato criminal.

ÉPOCA – E a cultura do trabalho, do cara que acorda cedo porque acredita que vencerá na vida?

Ferréz – Isso é o que mais tem. Se você vier na periferia às 4h30 da manhã, os ônibus estarão lotados. Ladrão não acorda a essa hora. Há um enorme contingente de pessoas que sai de madrugada da periferia para servir o lanche da elite, para cuidar da segurança da elite. Elas voltam para casa e muitas vezes não têm comida nem segurança para elas mesmas. A sorte do Brasil é que as pessoas da periferia são honestas.

ÉPOCA – O senhor tem dito que estão mudando os valores. Que valores?

Ferréz – O cara que trabalha agora é visto como uma espécie de otário. Isso vem de toda parte. Da mídia, da propaganda. Lembro uma propaganda de carro que dizia que aquele modelo era só para pessoas especiais. Os moleques da periferia querem ser especiais também. O crime é a saída mais próxima.

ÉPOCA – Como é o convívio entre o trabalhador que acorda às 4h30 da manhã e a malandragem?

Ferréz – De uns tempos para cá, ficou mais complicado. Os trabalhadores querem dormir cedo e não conseguem, porque os moleques fazem barulho de madrugada. Eles agora têm moto, põem som no carro e ficam passando na rua com música alta, de noite. Para quem trabalha, ficou mais difícil morar na periferia.

ÉPOCA – Antes era diferente?

Ferréz – Antigamente, se o vizinho pusesse o som alto, meu pai ia lá, reclamava, e ele baixava o som. Hoje, a rua inteira liga o som alto de madrugada, e o cara que trabalha não consegue dormir. A tal da nova classe média teve acesso a comprar coisas. Mas, se você põe dinheiro na mão do cara e não dá cultura, ele vai exagerar o que já fazia. Não foi dada a base cultural.

ÉPOCA – Como é o convívio com a polícia, que também é composta de gente pobre?

Ferréz – O policial é pobre, mas não age como. Ele mora perto, mas tem o treinamento da corporação, com outro tipo de ideologia. A polícia aborda as pessoas aqui de um modo como nunca abordará no centro da cidade. Aqui, eles pedem até a nota fiscal do celular. O moleque tem de ter a nota, senão vira suspeito. Se ele está de madrugada na rua, tem de se explicar. É um interrogatório permanente. Quando você acaba de ser abordado, está em pânico. Uma vez, reclamei com um policial, e ele me perguntou se eu queria ser abordado com rosas. Na verdade, só queria ser tratado da forma como eles tratam as pessoas no centro.

ÉPOCA – Como os rolezinhos entram nisso tudo?

Ferréz – O rolezinho vem de uma massa gigante de jovens que não têm o que fazer. Não adianta o governador abrir os lugares públicos para os jovens. Eles não conseguem entrar. Os seguranças impedem, não querem os moleques fazendo nada lá dentro.
Jovem é jovem, em qualquer lugar do mundo. Nos Jardins ou aqui, o cara é rebelde, quer causar. O rolezinho foi só o primeiro ato, terá muito mais. O país enfrenta uma multidão de gente que quer se inserir, mas uma parte do país não quer que eles se insiram. Reclamam no aeroporto porque tem pobre pegando avião. Reclamam em Paraty porque tem pobre na feira do livro. Mas, espera: não somos a nova classe média? A gente também quer participar.

ÉPOCA – Por que essa rejeição acontece?

Ferréz – Porque o país foi montado pensando na Europa e nos Estados Unidos. O rico quer o modelo europeu de viver, o modelo americano. Ele quer ter casas abertas, com carro estacionado, não quer ter barulho. Mas a gente da periferia não faz silêncio, a gente anda com um monte de amigos. O país terá de lidar com isso, porque não vai parar. Não adianta criar regras para impedir o rolezinho, porque surgirão outras coisas. Haverá conflito enquanto as pessoas não aprenderem a conviver.

ÉPOCA – Aqui no bairro há sinais de revolta política?

Ferréz – Muitos. Antigamente, eu era o cara que reclamava sozinho. Agora nem falo mais. O motorista de táxi reclama dos impostos e dos corredores de ônibus, o cobrador reclama do salário. Todo mundo está insatisfeito. Houve passeatas por aqui e nos bairros em volta, organizadas por moradores. Quando acontece queima de ônibus, são os moradores mesmos. Não é coisa de bandido. Os moradores estão revoltados, e o ônibus é o único contato que eles têm com o Estado.

ÉPOCA – Qual sua opinião sobre a morte do cinegrafista Santiago Andrade?

Ferréz – Achei uma pena, nada vale uma vida humana. Mas também acho que nunca se mudou nada sem sangue nas ruas. Não se muda nada só conversando, infelizmente. Seria perfeito se fosse assim. Mas acho que morrerá mais gente.

ÉPOCA – Mas não dá para fazer manifestações sem violência?

Ferréz – Não dá para ter manifestações que não tenham casos específicos de violência. Não existe manifestação sem comoção e sem catarse. Isso não tira a legitimidade do movimento, da mudança que o país vive. E não adianta criminalizar, porque só colocará mais caras de máscara na rua, mais gente mal-intencionada. Se o manifestante for visto como criminoso, agirá como criminoso.

ÉPOCA – Mas, como lidar com o cara que sai quebrando tudo?

Ferréz – A solução do Brasil é sempre importar de fora. Por que não se faz o mesmo agora? A gente não vê a polícia dos Estados Unidos só quebrando e prendendo. Medidas sociais são tomadas para amenizar o problema. Aqui, não. Não tem debate, não tem diálogo. É só pôr a polícia na rua. A Polícia Militar virou a grande mãe. Qualquer coisa que acontece no país, chama a PM. A elite governante tem de aprender que não basta chamar a polícia. Ela tem de conversar.

ÉPOCA – Seu caso não mostra que existe uma saída individual da pobreza?

Ferréz – Mostra, mas uma vez eu disse isso para um americano, e ele respondeu: “Nem todo mundo é excepcional”. A pessoa consegue sair quando ela é excepcional. Eu me considero assim, porque sempre tive uma visão diferenciada. Tentava vender essa visão para meus amigos, e eles não compravam.

ÉPOCA – Não seria natural mudar para outro bairro a esta altura de sua vida?

Ferréz – No bar aqui ao lado, trabalha um churrasqueiro que sempre me cumprimenta de forma muito afetuosa. Ele me mostrou uma vez para a filha dele e disse: “Ele é escritor, veja se você estuda para ficar igual a ele”. Aqui me sinto importante, sou um exemplo. Quando vou fazer palestras, os pais dizem para os filhos: “Ele conseguiu ser escritor e é daqui, não precisou mudar”. Isso é importante para mim. Mudar de lugar é fácil; mudar o lugar dá mais trabalho. Só saio daqui o dia em que o lugar mudar para melhor, quando não precisar mais de mim. Ainda acho que sou útil aqui.

Incógnita...


Seu trabalho tem futuro?
Após substituir o trabalho braçal, na Revolução Industrial, as máquinas começam a substituir o trabalho intelectual nos escritórios


O russo Gary Kasparov não foi apenas o maior jogador de xadrez de seu tempo. Quando aceitou jogar contra o supercomputador Deep Blue, em 1997, era considerado o maior enxadrista de todos os tempos. “Não acho apropriado discutir o que eu faria em caso de derrota”, disse, antes do duelo. “Nunca perdi.” 

Em outra ocasião, foi ainda mais confiante: “Nunca vou perder para uma máquina”. Depois de oito dias e seis partidas, o que parecia improvável aconteceu. A máquina venceu o homem num duelo de capacidade intelectual. A vida profissional de Kasparov foi diretamente afetada a partir daquele dia 11 de maio. A vida dos demais profissionais, não. 

Supercomputadores eram para poucos. O Deep Blue pesava 1,4 tonelada, só sabia jogar xadrez e custou, em valores atuais, o equivalente a US$ 15 milhões. Computadores já haviam chegado a fábricas e escritórios, mas com capacidade e resultados tímidos. Ainda prevalecia a frase cunhada em 1987 por Robert Solow, ganhador do Prêmio Nobel de Economia por seus estudos sobre crescimento: “Dá para ver a era dos computadores em todo lugar, menos nas estatísticas de produtividade”. Hoje, 16 anos após a derrota de Kasparov, o cenário mudou. 

O poder de processamento de um supercomputador dos anos 1990 está agora disponível em computadores pequenos, baratos, versáteis e interconectados, como os smartphones. Incrivelmente capazes de armazenar e interpretar informações, essas novas máquinas estão revolucionando o ambiente de trabalho – e isso afeta diretamente seu emprego. “Cerca de 47% das profissões correm risco”, disse a ÉPOCA Carl Frey, doutor em economia da Universidade de Oxford, autor do estudo O futuro do emprego.

Frey e Michael Osborne, professor de ciência de engenharia de Oxford, avaliaram tarefas cotidianas de mais de 700 ocupações, para identificar o que uma máquina poderá fazer melhor que os humanos nas próximas duas décadas. Chegaram a um índice que varia entre 0 (nenhum risco de substituição) e 100% (risco total). 

As profissões mais ameaçadas estão nas áreas de logística, escritório e produção, aquelas que envolvem tarefas intelectualmente repetitivas. Embora o estudo seja baseado no mercado de trabalho dos Estados Unidos, suas conclusões são aplicáveis mundialmente. “Trocar profissionais por máquinas no Brasil é, em tese, menos atraente do que nos Estados Unidos, porque os salários são mais baixos”, diz Frey. “Mas o custo da automação está caindo tão rapidamente que a tendência deverá se manifestar nos dois países quase ao mesmo tempo.”

Exercícios de futurologia sobre a evolução da tecnologia existem há décadas – e, há décadas, eles costumam errar o alvo. Historicamente, os profetas pecam pelo otimismo. Agora, a realidade parece ter chegado antes do previsto. Em 2004, os economistas Frank Levy, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), e Richard Murnane, da Universidade Harvard, disseram no livro A nova divisão do trabalho que os robôs continuariam incapazes de realizar tarefas complexas, como dirigir. 

A previsão dos dois especialistas foi superada em 2005, quando Stanley, um carro sem motorista da Universidade Stanford, venceu um desafio proposto pela Agência de Projetos Avançados de Defesa dos Estados Unidos (Darpa). Desde 2009, o Google desenvolve a tecnologia do Stanley em estradas abertas ao trânsito. Os robôs já rodaram mais de 500.000 quilômetros, sem acidentes. O custo do sistema de radares a laser, usado pelos carros, caiu de US$ 35 milhões para US$ 80 mil. Considerados, no livro de 2004, insubstituíveis em longo prazo, motoristas de ônibus escolares têm 89% de chance de ser substituídos por uma máquina, segundo a previsão atual.

Amor real...

Casal de idosos que passou 60 anos juntos morreu de mãos dadas (Foto: Divulgação/Orleans Hub)
Após 60 anos juntos, casal morre de mãos dadas com horas de diferença

Imagem de arquivo do casamento de Ed e Floreen Hale (Foto: Divulgação/Orleans Hub)

Caso aconteceu em Nova York, nos Estados Unidos.

Fotografia de arquivo do casal (Foto: Divulgação/Orleans Hub)

Eles estavam em hospitais diferentes e foram reunidos antes de morrerem.

Ed e Floreen Hale viveram 60 anos juntos e morreramcom 36 horas de diferença (Foto: Reprodução/Batavia Funeral Homes)

Um casal de idosos que passou 60 anos juntos morreu de mãos dadas, com apenas algumas horas de diferença no início deste mês em Nova York, nos Estados Unidos, segundo o jornal “New York Daily News”.

Ed Hale, de 83 anos, havia prometido à mulher, Floreen Hale, de 82 anos , que nunca a deixaria. Ele permaneceu ao lado dela mesmo após ela morrer, e acabou morrendo 36 horas depois.

Os dois se conheceram em 1952. Floreen estava em uma festa com seus amigos pela primeira vez desde que havia sofrido um acidente de carro, que matou seu primeiro marido – ela estava casada há apenas seis meses.

Ed Hale, de 83 anos, havia prometido à mulher, Floreen Hale, de 82 anos , que nunca a deixaria. Eles morreram com apenas 36 horas de diferença. 

Ed prometeu cuidar de Floreen pelo resto da vida, e os dois nunca se separaram.

No fim de janeiro, entretanto, a promessa feita pelo homem de cuidar de sua mulher até o fim quase foi quebrada quando ele foi hospitalizado devido a um problema na perna, considerado grave pelos médicos.

Ed pediu para ver sua mulher, sem saber que ela também havia sido internada em um outro hospital com problemas no coração. Seu estado também era considerado grave.

O homem ficou inconformado. “Ele disse ‘preciso ver sua mãe, preciso falar com sua mãe. Estou morrendo, eu preciso vê-la’”, contou Renee Hirsh, filha do casal. “Foi o pior dia da minha vida.”

O hospital onde Ed estava internado concordou em transferi-lo caso suas condições de saúde melhorassem.

Dois dias depois, isso foi possível, e ele foi levado para o hospital onde Floreen estava.

Os dois foram instalados em camas colocadas uma ao lado da outra. Floreen pareceu confusa ao perceber que seu marido havia chegado. “Ela achou que ele talvez já tivesse morrido”, contou a filha do casal.

Os dois trocaram juras de amor novamente, deram as mãos, e alguns minutos depois Floreen morreu. Ed permaneceu ao seu lado, e sua condição se deteriorou. Após 36 horas, ele também morreu. Os dois foram enterrados juntos no dia 13 de fevereiro.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Vamos em frente...


Só rindo...













Refletir...




" A semeadura é opcional, já colheita é certa.". Trabalho árduo e perene, orai e vigiai, porque a Lei do Cosmo é implacável!
(Provérbio Chinês)
http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/7/

Língua afiada...










PEGADINHA GRAMATICAL
Numerais


Numeral é a palavra que quantifica entes ou conceitos ou indica a posição que ocupam numa determinada ordem.

Quando apenas nomeia o número de entes, o numeral é chamado de cardinal:

um    dois    três
cinquenta    cem   cem mil

Quando indica a ordem que o ente ocupa numa série, o numeral é denominado ordinal:

primeiro     segundo      terceiro
quinquagésimo      centésimo     milésimo

Os numerais multiplicativos exprimem aumentos proporcionais de quantidade, indicando números que são múltiplos de outros:

dobro      triplo      quádruplo

Os numerais fracionários indicam a diminuição proporcional da quantidade, o seu fracionamento:

metade      um terço     um décimo

Os numerais coletivos designam conjuntos de entes e indicam o número exato de indivíduos que compõem o conjunto:

dezena       quinzena         dúzia
cento         milhar          milheiro


Flexões dos numerais

Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas etc.
Cardinais como milhão, bilhão, trilhão etc. variam em número: milhões, bilhões, trilhões etc.

Os demais cardinais são invariáveis.

Os numerais ordinais variam em gênero e número:

primeiro segundo milésimo / primeiros segundos milésimos
primeira segunda milésima / primeiras segundas milésimas

Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em funções substantivas:

Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de produção.

Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número:

Teve de tomar doses triplas do medicamento.

Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número:

um terço              dois terços
uma terça parte           duas terças partes

Os numerais coletivos flexionam-se em número:

uma dúzia           um milheiro
duas dúzias        dois milheiros

Emprego dos numerais

• Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo:

ordinais                                             cardinais
João Paulo II (segundo)                Tomo XV (quinze)
D.Pedro II (segundo)                      Luís XVI (dezesseis)
Século VIII (oitavo)                          Século XX (vinte)
Canto IX (nono)                               João XXIII (vinte e três)

• Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante.

Artigo 1.º (primeiro)             Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono)      Artigo 21 (vinte e um)

• Para designar dias do mês, utilizam-se os cardinais, exceto na indicação do primeiro dia, que é tradicionalmente feita pelo ordinal:

Chegamos dia dois de setembro.
Chegamos dia primeiro de dezembro.

• Ambos/ambas são considerados numerais. Significam “um e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência:

Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade.
Ambos agora participam das atividades comunitárias de seu bairro.

A forma “ambos os dois” é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.
http://www.brasilescola.com/gramatica/numerais.htm

Mais uma etapa superada...