segunda-feira, 28 de abril de 2014

Devanear...

Leia um trecho erótico do livro "Segredo Compartilhado"

L. Marie Adeline irá deixá-la morrendo de vontade de correr para uma livraria para saber o final dessa história

Subi e aterrissei em um balcão laminado entre uma geladeira pequena e um fogãozinho, com seu torso magro preso entre as minhas pernas. Ele tirou minha camiseta. A seguir agarrou meus tênis pelos calcanhares, puxando um e depois o outro, e os atirou por cima dos ombros. Depois que meu jeans foi arrancado, fiquei de sutiã preto de renda e calcinha. Isso não foi planejado. Dei sorte com as escolhas.

 "P***, você é gostosa", ele sussurrou, liberando um dos meus mamilos, que endureceram instantaneamente em sua boca fria.

"Eu lhe disse para ficar calado." Voltei a me recostar nos armários de metal. Faria isso para me recuperar de Will, seria assim que afastaria as imagens dele e de Tracina da minha mente. Criaria novas lembranças, com novos homens, para recordar quando precisasse de alívio ou relaxar. A começar com esta.

Na penumbra, olhando por cima do ombro dele, percebi que era um quarto masculino: uma bandeira britânica servia como cortina, uma televisão portátil de modelo antigo estava encarapitada em uma arca diante de uma cama de casal com gavetas embaixo. Era arrumado, mas tinha um ar de coisa de segunda mão, temporária. Ninguém ficaria muito tempo aqui, principalmente uma moça.

Quando colocou meu outro mamilo na boca e o lambia lentamente de um lado para o outro,passei os dedos por seu cabelo e retirei-lhe a camiseta, o que revelou sua pele macia, surpreendentemente sem tatuagens. As mãos dele agora agarravam minhas coxas, afastando-as um pouco mais. Sentia as palmas das mãos quentes entre minhas pernas e ficava molhada com a maneira como as juntas de seus dedos me provocavam percorrendo meu sexo.

"Aaah, você está molhada", ele murmurou, mordendo meu lábio inferior enquanto afastava o elástico da calcinha. Excitado, me beijou de novo, agora movimentando o dedo freneticamente, o que me deixava ainda mais úmida. Minhas mãos agora desabotoavam seu jeans, abrindo um, dois, três botões, e abaixavam a frente da calça.

"Ah, meu Deus!", murmurei, segurando firme o pênis endurecido que latejava na minha mão. "Para mim?" Não posso acreditar que disse isso, mas me senti muito bem. Ele se sentiu muito bem. Eu o masturbei, deixando-o ainda mais duro. (...) Ele gemeu ao me levantar do armário e me carregar com facilidade para a área do living,jogandome na cama. O pênis ereto aparecia por cima da calça aberta. Minhas mãos calcularam corretamente: ele era mesmo abençoado, correspondendo ao clichê de um astro do rock, e pela expressão satisfeita em seu rosto ele sabia disso. Enquanto descia a calça até tirála, fiquei deitada de sutiã e calcinha, me sentindo tão sexy, tão safada, tão bem. Observeio tropeçar na cueca.

"Ah, veja só", ele disse, ao se encostar ao meu lado na cama e falar como um detetive da TV britânica. "O que temos aqui? Acho que temos a prova de que há uma garota bem safadinha na minha cama. Vamos ver o que há por baixo desse sutiã e dessa calcinha, vamos?" Deslizou uma das mãos por baixo de minhas costas para se livrar do sutiã, tirouo e jogouo por cima dos ombros. Ele caiu num canto, sobre uma guitarra; parecia uma naturezamorta que poderia se chamar Sexo com um músico. Quando as mãos dele deslizaram na parte da frente de minha calcinha, arqueei o corpo pressionando levemente minhas pernas contra seus dedos, para dificultar seus movimentos e forçálo a se empenhar, divertindo‑‑me com a provocação. Impaciente, ele pegou uma faixa e amarroua em volta de um dos meus tornozelos.

"Assim está melhor." Foi para o pé da cama e ergueu um dos meus pés descalços até sua boca. Aquela boca - a tal que cantava, sussurrava e gemia. Seus lábios fizeram cócegas em todos os meus dedinhos, antes de envolver completamente o dedão, e senti uma aflição gostosa percorrer minhas pernas. Então ele alcançou a mesinha ao lado, abriu a gaveta de cima, pegou uma camisinha e a colocou.

"Abra as pernas, Cassie", ele disse.

"Diga por favor", eu o provoquei ao alongar meus braços acima da cabeça e fechar os joelhos. Congelei a cena na minha cabeça. Click. Um ano atrás isso seria impensável. Algo que só acontecia a outras mulheres. Apesar disso ali estava eu, procurando, dando e conquistando prazer. Ele deslizou as mãos entre as minhas coxas, abrindoas devagar, e eu fiquei deitada ali, estendida e resplandecente, excitada com a expressão determinada em seu rosto. Das duas uma: ou três meses sem sexo me deixaram apertada ou o tamanho dele era excepcional, porque, apesar de estar muito lubrificada, a primeira investida dele me rasgou com o melhor tipo de dor que se possa imaginar. Minhas coxas apertaram com força seu quadril magro.

Minha mão agarrou seu antebraço retesado. Ah, siiim, eu disse ofegante, e ele me penetrou outra vez, agora com mais força.

"Estou te machucando?", ele perguntou, carinhosamente.

"Está, mas é tão bom."

"Isso é bom", Mark murmurou, saboreando as penetrações profundas, que se tornaram mais rápidas enquanto eu o apertava com a minha musculatura interna, até que tivesse me penetrado completamente.

"Ah, você é tão apertadinha."

Eu o via me penetrar mais rápido e mais forte. Sim. Posso gozar assim! pensei, erguendo mais os joelhos, e o senti atingir o limite mais profundo. Então ele parou. Não! E retirou o pênis, deixandome faminta, ofegante. Quase gritei: Não pare! - até que percebi que ele não tinha intenção de interromper nada. Senti sua língua nadando no meu umbigo, liberando outra onda de prazer que me fez ficar molhada novamente. Ao empurrar meus joelhos para cima e afastálos, ele me abriu ainda mais; pressionava meus joelhos levantados para os lados e me segurava por baixo, seu rosto me explorando; ele beijou as partes internas de minhas coxas e me mordiscou avidamente até encontrar o clitóris pequeno e rijo - agora totalmente intumescido -, lambendo e metendo o nariz nele. (...)

"Aah, mais", suspirei. Isso é para você. Permita. Segurei um punhado de seus cabelos, enquanto ele agarrava minha bunda com uma das mãos e pressionava o polegar dentro de mim, a língua traçando círculos enlouquecidos, tudo ao mesmo tempo.

"Gosta disso?", ele murmurou entre lambidas intermitentes. "Gosta?" Não podia aguentar. Não podia. Cedi a um orgasmo tão intenso que gritei bem alto enquanto seus dedos entravam e a língua continuava a circular e a me excitar entre os meus gritos. Ai Deus, ai Deus, ah Deus, estou gozando! Uma das minhas mãos agarrava a cabeceira da cama, e com a outra eu segurava seus cabelos. Me encurvava e arquejava quando aquilo disparou dentro de mim e atingiu os quatro membros. Meus olhos se fecharam com força para suportar a intensidade de tudo, antes que por fim e cruelmente cessasse.

Ele avançou devagar pelo meu corpo enfraquecido, beijando minha barriga, esfregando os lábios úmidos nos bicos dos meus seios, depois se enfiando dentro de mim outra vez; ele estava muito duro, incrivelmente duro. Mal pude recobrar o fôlego quando nossos corpos se encontraram de novo, minhas mãos agarrando seu quadril. Meus joelhos o abraçavam apertado, a fricção me deixava tonta. Meu prazer aumentou novamente. Que diabos? E então gozei outra vez, como um trovão, jogando minha cabeça para trás.

Esqueçam de mim...

Desvendando os introvertidos

Quem se contenta em definir uma pessoa introvertida como apenas “tímida”, está enganado. Mesmo os extrovertidos podem ser tímidos e isso não define introversão. Compreender como um introvertido se sente é uma maneira eficaz de aprender a lidar com esse tipo de pessoa, ou até mesmo se identificar e descobrir que há um introvertido dentro de você.

O introvertido também gosta de sair e estar com os amigos, mas quando se vê rodeado de muitas pessoas ele se desgasta e perde sua energia facilmente. Ele não é do tipo que curte fazer networking e também não acha improdutivo ficar sem fazer nada por um período. Acredite, ele precisa desse tempo sozinho.

Para saber mais sobre esse tipo de personalidade, veja abaixo dicas de como eles se sentem e o que está por trás de um caráter tão reservado.

1. Solidão? Não, obrigado, só preciso ficar sozinho.
Só porque o introvertido prefere ficar sozinho, isso não significa que ele é uma pessoa solitária. Ele gosta de aproveitar as coisas no seu próprio tempo – e não ficar pensando em quão peculiar os outros devem achar seu comportamento.

2. Eles são mais detalhistas do que você imagina
Segundo pesquisa da revista suíça Frontiers, extrovertidos e introvertidos diferem muito na maneira com que seus cérebros processam experiências gratificantes. Enquanto extrovertidos preferem a gratificação imediata e se concentram mais no rosto das pessoas, introvertidos se sentem oprimidos ao receberem muitos estímulos e se atentam mais aos detalhes, o que reflete no aumento da atividade cerebral durante o processamento de informação visual.


3. Pra que falar se não há nada a dizer?
Sim, eles preferem ficar com a boca fechada a falar qualquer abobrinha só para quebrar o gelo. Para o introvertido, o silêncio é uma dádiva e não falar muito, também. E não, ele não é anti-social, não está triste, não é depressivo e nem vai se matar. Muitas vezes ele evita iniciar uma conversa porque acredita que não terá assunto a partir de determinado momento.

Quando se trata de conversa fiada, por exemplo, o indivíduo introvertido passa longe e não é por mal: seu desempenho é terrível e o diálogo pode soar mecânico e decorado. No entanto, se o assunto for de seu interesse, aí quem sabe ele consiga desencadear um bom papo.

4. Será que estou incomodando?
Por vezes os introvertidos acham que estão atrapalhando os outros. Talvez porque se sintam facilmente entediados numa conversa longa (e fútil) ou porque não se encaixam no estereótipo “amigo exigente”. Então, a tendência é achar que estão incomodando, quando na realidade não estão. Eles se esquecem que nem todos são introvertidos como eles. Essa preocupação pode fazê-los parecer extremamente tímidos, embora tudo o que eles querem evitar é atrapalhar ou bancar o chato.


5. Há um monólogo constante dentro de si
Introvertidos não são do tipo que expressam suas emoções vocalmente, porém, isso não quer dizer que não sejam expressivos e não tenham sentimentos. Na realidade, eles são bastante expressivos e sensíveis, porém em seus pensamentos.

De acordo com a Dr. Olsen Laney, autora do livro “A Vantagem do Introvertido” (The Introvert Advantage, em inglês), a maioria dos introvertidos sente necessidade de pensar primeiro e depois falar. Talvez por isso quando pegos desprevenidos, suas conversas podem soar estranhas e mecânicas. O ponto positivo desse comportamento é o fato de serem cautelosos com o que falam em vez de saírem dizendo qualquer coisa por aí.

6. Eles preferem escrever a falar
Geralmente pessoas mais introvertidas tem certa vocação pra escrita. Faz todo sentido, jpois se eles pensam mais do que falam o tempo todo fica difícil guardar tudo isso pra si. A escrita é a forma que encontram para soltar esses pensamentos todos que ficam presos em suas mentes. Além disso, os introvertidos se sentem mais criativos quando têm tempo pra ficar a sós com seus pensamentos.

É mesmo?

Saúde íntima: nove perguntas que são ignoradas na consulta médica

Descubra se coito interrompido previne DST e se é normal o órgão sexual ficar inchado

Você está na consulta ginecológica ou urológica e se lembra daquela dúvida que pintou no banheiro outro dia, mas desiste de perguntar por ser constrangedora - ou então por medo do médico achar óbvio demais. Entretanto, muitas vezes o questionamento que parece bobo pode ser o mais importante, indicando uma possível doença ou um comportamento inadequado. Pensando nisso, conversamos com profissionais e respondendo algumas dessas perguntas:

É normal ter um dos seios ou testículos maior que o outro?

Diferenças discretas de volume entre os testículos e seios são consideradas normais. No caso dos seios, pode acontecer principalmente em mulheres porque, na puberdade, uma das mamas pode ter mais receptores de hormônio, levando a um crescimento maior. "Nos testículos isso ocorre geralmente por conta da variação no pequeno volume de líquido que se apresenta ao redor dos testículos", explica o urologista Mauro Pinheiro, do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia - regional Rio de Janeiro. 

Essas diferenças são preocupantes quando surgem subitamente, são muito grandes e/ou associadas à dor na região. "Nestes casos, deve-se suspeitar de processos inflamatórios, infecciosos ou até mesmo de câncer, e um médico urologista ou mastologista deve ser consultado."

Após masturbação excessiva, é normal o pênis ou a vagina ficar inchado?

"O atrito em excesso nos tecidos do pênis e vagina pode resultar em um edema, que é um discreto acúmulo de líquido nesses tecidos", explica o urologista Mauro. O resultado disso é um aspecto de "inchaço", que pode ocorrer devido a esse líquido acumulado. "O edema tende a reduzir e desaparecer algumas horas após o repouso", diz. Caso o problema persista, o indicado é procurar um médico.

As bombas penianas, muito utilizadas na Europa e Estados Unidos, são mecanismos que, acoplados ao pênis, produzem um vácuo que faz com que o sangue venoso reflita para dentro do pênis, em um processo semelhante ao da ereção. "A diferença é que, na ereção verdadeira, o sangue que preenche o pênis é arterial e não venoso", explica o urologista Mauro. Se utilizadas durante um período prolongado ou caso ocorra um vácuo muito forte, pode sim ocorrer um edema dos tecidos periféricos, visualizados como um "inchaço".


É necessário tomar banho imediatamente após a relação sexual?

Sim, é necessário, mas você não precisa sair correndo para o banheiro logo após o sexo. Higienizar o órgão sexual depois do ato ajuda a evitar principalmente infeções causadas por fungos, como a candidíase. Lavar o órgão após a relação sexual também ajuda a remover resíduos de sêmen e excesso de lubrificante do preservativo. 

Caso você não tenha usado preservativo, a higiene também serve para retirar o muco da lubrificação natural da vagina junto com resíduo de secreção espermática após a ejaculação - ambos ricos em substâncias que servem como meio de cultura para bactérias e fungos. "A flora bacteriana nos tecidos do pênis e vagina está aumentada após a relação sexual, principalmente quando próximo do período menstrual", afirma o urologista Mauro. 

Caso essa flora esteja modificada por conta de patologia prévia na mucosa do pênis ou vagina, há o risco de transmissão de DSTs. "A higiene pode ser feita até em poucas horas após a relação - não precisa ser imediatamente, porém não se deve deixar nunca para o dia seguinte."



Por que algumas pessoas têm vontade de urinar após a relação sexual?

Segundo o urologista Mauro, existe um reflexo após o orgasmo sexual, que desencadeia a contração de vários músculos da pelve, inclusive da bexiga e dos esfíncteres envolvidos na micção, podendo desencadear em alguns indivíduos um desejo de urinar logo após. "Urinar depois do sexo também é importante para limpar o canal urinário, diminuindo o risco de possíveis infecções por bactérias", ressalta a ginecologista Rita Géssia Patriani Rodrigues, do hospital São Luiz Itaim, em São Paulo.

Para que servem os pelos pubianos?

Evolutivamente, os pelos pubianos existem para a proteção da região genital. Aparar os pelos é eventualmente recomendado para facilitar a higiene e evitar a umidade no local, que pode propiciar crescimento de fungos. "Isso porque na base do pelo há glândulas que produzem suor e gorduras para lubrificar e resfriar a pele, e essas podem causar um cheiro desagradável ou servir de alimento para germes, predispondo ao aparecimento de doenças de pele", completa o urologista Ravendra Muniz, do Núcleo de Urologia do Hospital Samaritano de São Paulo.

 Se você tem uma higiene íntima adequada diariamente e seu órgão genital está saudável, a depilação não se faz necessária. Dessa forma, é importante manter a região sempre limpa e os pelos aparados quando necessário, para não dar margem ao acúmulo de fungos e bactérias nocivas. 

"A depilação total da região genital deve ser evitada devido ao risco de ferir uma pele que é muito fina e está próxima de uma flora bacteriana naturalmente maior que a de outros locais, apresentado, portanto, algum risco de infecção", afirma o urologista Mauro. O melhor seria apenas aparar os pelos, evitando depilar. Caso deseje, a depilação deve ser realizada com extremo cuidado e higiene.



Quais os problemas em machucar o pênis ou a vagina durante a depilação?

Se você prefere se depilar e sofreu algum corte durante o processo, o ideal é higienizar bem a área no momento e manter a higiene com atenção redobrada nos próximos dias, acompanhando a ferida de perto. Caso aconteça algum inchaço, inflamação ou infecção na área afetada, procure um médico. Evite roupas que friccionem o local durante a cicatrização e dê um tempo nas relações sexuais.

Em caso de lesão ou fissura durante a relação é necessário procurar um médico?

Sim. "Se ocorrer qualquer fissura ou lesão no órgão sexual, sempre é necessário procurar um médico", alerta o urologista Mauro. Já o urologista Ravendra completa dizendo que as recomendações para esse caso são parecidas com as dadas para o depilação, inclusive com repouso ou abstinência sexual até que a ferida cicatrize completamente.

Coito interrompido ou usar camisinha apenas no momento da ejaculação protege de DSTs?

Os especialistas são categóricos: não. "O coito interrompido não protege a pessoa de absolutamente nada, nem mesmo do contágio do HIV e das hepatites", diz Mauro Pinheiro. Inclusive, o coito interrompido pode não deixar a pessoa completamente protegida da gravidez, no caso de relações heterossexuais. Dessa forma, a recomendação de colocar a camisinha antes do ato persiste. 

O risco de transmissão de DSTs com uso da camisinha apenas na hora da ejaculação é total, uma vez que a lubrificação vaginal e o líquido liberado pelo pênis antes da ejaculação também contém vírus e bactérias transmissoras de DST. Além disso, verrugas e feridas causadas por HPV, candidíase ou sífilis podem estar presentes na pele do pênis ou vagina, e o contato seria suficiente para transmissão. "Há também o risco de uma fissura ou ferida, levando ao contato de sangue com sangue", lembra o urologista Ravendra. Por isso, a camisinha deve ser colocada antes do início da relação e permanecer lá até o final.

Uma pessoa em tratamento para DST coloca o parceiro em risco se transar sem camisinha?

O paciente em tratamento para doença sexualmente transmissível curáveis, como o HPV, gonorreia e clamídia, deve manter abstinência sexual até a completa cicatrização ou remissão da DST. No caso de DSTs crônicas, como a Aids, o recomendado é sempre fazer sexo com preservativos. "É preferível ainda que essa pessoa seja avaliada por um médico - idealmente aquele que iniciou o tratamento - para que dele dê essa permissão", lembra o urologista Ravendra.

http://yahoo.minhavida.com.br/saude/galerias/17489-saude-intima-nove-perguntas-que-sao-ignoradas-na-consulta-medica

Sempre ereto...

Como a postura influencia sua personalidade

Manter a coluna ereta não só produz uma imagem mais positiva e atraente, mas também pode promover transformações pessoais

Corrigir a postura do corpo pode dar resultados impressionantes, como mostra a série de fotos “Illusions of the Body” (Ilusões do Corpo), criada pela fotógrafa norte-americana Gracie Hagen. Gracie contrapõe duas imagens da mesma modelo nua, evidenciando um forte contraste: a da esquerda segue o padrão estético da mídia e a outra mostra o fotografado em uma pose pouco favorável.

“‘Illusions’ foi feito para combater as supostas normas de como achamos que o nosso corpo deveria se parecer. Nunca conseguimos ver essas fotos justapostas com uma imagem da mesma pessoa em uma pose pouco atraente”, argumenta Gracie, em entrevista ao Delas. “Esse contraste iria ajudar um monte de problemas de imagem corporal que nós temos como cultura.”

Mas o trabalho de Gracie também deixa claro que a postura é capaz de transformar a imagem de alguém em poucos segundos.

A série "Illusions of the Body", da fotógrafa Gracie Hagen, mostra como a postura é capaz de mudar a imagem de uma pessoa.


A série, na verdade, é mais uma crítica aos padrões de beleza do que uma ode ao corpo humano. No entanto, para a psicóloga social e professora na Universidade de Harvard Amy Cuddy, manter a postura ereta pode ser decisivo na sua vida.

Em um estudo, Amy aponta que as posturas influenciam a nossa química cerebral e nosso poder de decisão. Com o peito aberto, tronco reto e queixo levemente levantado (postura expansiva), os pesquisados apresentaram aumento em 19% de testosterona, o hormônio da liderança, e 25% de redução do cortisol, responsável pelo estresse. O inverso ocorreu com aqueles que ficaram sentados, de braços cruzados.

Isso significa que se quiser mudar seu estado emocional, ou sentir-se mais poderoso, basta manter a coluna ereta e abrir o peito por dois minutos. Pequenos ajustes podem resultar em grandes transformações, Amy garante. Na vida profissional, dar um forte aperto de mão, manter o bom humor e o contato visual durante uma reunião ajudam a conquistar território.

O especialista em linguagem corporal Paulo Sérgio de Camargo afirma que, apesar de silenciosa, a linguagem corporal revela muito. Cerca 65% da nossa comunicação é não-verbal.

Só os mais treinados conseguem disfarçar gestos e movimentos, não revelando o que realmente pensam.

Transformação

Se no início a postura adotada parece apenas um “fingimento”, uma máscara corporal, com a prática, os especialistas acreditam que é possível imprimir uma transformação interior.

Segundo o especialista em linguagem corporal Ronaldo Antonio Cavalli, ocupar mais espaço -- literalmente, usando a sua envergadura -- demonstra uma atitude de vencedor. O gesto se traduz na postura de vitória de um corredor, que ao cruzar a linha de chegada levanta os braços em V.

Assim como líderes natos, que ao serem fotografados, envergam a coluna e põe o peito para frente, a fim de transmitir segurança e notoriedade. No outro oposto, baixar a cabeça e curvar-se, remetendo-se à posição fetal, são posturas ligadas ao retraimento e à falta de coragem.

Gestos como tocar o rosto, especialmente o pescoço, cruzar os braços e deixar os ombros caídos também expressam fraqueza e o colocam em uma posição de submissão.

Salve salve a impunidade...


De menor, se mudasse a lei, e eu tivesse que ir pra cadeia, eu ia pensar duas vezes antes de ir para o crime’

Rapaz de 24 anos, condenado a 56 anos, afirma que a prisão é muito pior que a ‘Febem’

O que fez: matou um homem e foi acusado de matar um policial. Confessou na entrevista ter matado uma mulher.

Idade ao cometer latrocínio: 21 anos

Pena total: 56 anos e 8 meses (26 por latrocínio e o restante por roubos)

O que o fez ir para o crime: chamado de louco pela professora, ateou fogo na escola, foi para a Febem e saiu de lá assaltando

O que o teria evitado: ter morado com o pai

Só pelo vulgo de D. que eu tenho a polícia falou que eu matei um policial da força tática em São Bernardo do Campo. Só que entrei em um BO por causa de uns amigos. Eles falaram para a polícia que eu era o mais criminoso, porque realmente eu tenho uma quadrilha, minha, de assalto. Faço assalto, realmente. A polícia da força tática pegou o menor e falou assim: "Vamos trocar cabeça. Nós não quer você. Nós quer o maior, que é o D.".

Eu estava na minha casa quando deparei com dois alemão. Era a força tática. Tava à paisana. E eu, com revólver, dei de frente com ele e apontei o revólver para ele. Ele saiu da casa e eu pedi: "Chama a mídia se não me entrego", que eu sabia que os cara ia me matar mesmo.

Até o juiz puxou o nome deles, eles é foragidos. Pode isso? Ter polícia no meio que não é policiais, invade sua casa sem mandato e quer matar você? Chegou no riacho, eles falaram pra mim assim: "Vai morrer, D., nós não quer você vivo". Falei pra ele: "Tá bom, senhor. Mas o senhor quer saber o quê? Que eu matei? O senhor tá me forçando a falar que eu matei polícia?" Aí foi quando eu apanhei, apanhei, apanhei e falei pra eles: "Não, matei mesmo, já era". Poucas ideia. E foi isso o que aconteceu.

Eu tive uma briga, mas foi caso de momento, mas não matei. Só briga, só. Dei umas paulada no cara. Só isso.

Mas roubar, eu roubo. Roubo bem. Não vou mentir. A minha quadrilha era seis cara. Sou o líder. Alguns eram mais velhos que eu.

Hoje em dia tem o tal do funk, que fala sobre ouro, corrente, diamante, dinheiro, nave, muitas mulher, poder. Poder não é você ter e nem querer. É como eles diz: agir. E numa quadrilha você sendo o chefe todas as mulheres, a maioria, paga uma madeira pra você, porque você é o mais mais, elas falam. Você é o homem do dinheiro, então é do ouro, elas dizem.

Não tem serviço. Se o Brasil, todos os governo, desse uma chance pra ex-presidiário, numa empresa, não existia mais ladrão no Brasil. Eu saí da cadeia em 2009. Fui a uma empresa e perguntei como fazia para trabalhar lá. Disseram para eu entregar um currículo. Entreguei e disseram: "Espera te chamar". Só que isso é mentira, ficar esperando que nem bobo. Aí vai aonde? Eu não tenho filho, mas tem minha namorada. Gosto muito dela, a Suelen. Uma mulher chama roubo. Chama tudo.

Mas acaso, um cara chega ni mim e fala que vai me matar, eu mato ele primeiro. É minha vida que tá em jogo.

Em outro assalto, faz muito tempo, eu enquadrei o cara. Eu estava com revólver calibre 38. Quando ele bateu a mão assim, aí eu soltei... disparou o revólver - "pá" - no peito. Naquela hora, perdi a cabeça. Estava drogado. Cocaína. Perdi o controle. Olhei assim, no chão, ele já tava caído. Fui embora pra casa. Me escondi. Quando passou o efeito da droga, falei na minha mente: "Tenho que pagar, né?" Um dia você tem que pagar os erros que comete. Você mente para o homem, para Deus, não. Deus sabe o que faz. Não sei se teve BO. Falaram para mim que ele era policial.

Era tudo ou nada. No assalto, você já vai com a mente que você tem que voltar. Mesmo baleado. Você não vai deixar o cara te matar. Cê tá na vida errada, cê tá no crime. O crime é feito pra isso: é tudo ou nada. Vamos supor, eu tô num assalto. Um amigo fala: "Olha lá, tô vendo aquele cara no carro ali, ó, tá olhando nós". Se nós enquadrar ele, e ele reagir, é a vida dele ou a minha. Ele vai primeiro. E depois, eu.

Eu não vou falar pra você que eu vou roubar um cara ali, o cara vai me dar tudo e eu vou matar ele. Não posso ser assim. O cara me deu as coisa, vai ficar sossegado. Eu revisto ele, dou geral, olho o porta-luva do carro, pra ver se tem uma arma, olho o documento, pra ver se é policial... porque, se ele for polícia, aí é outra coisa. Se você roubar ele, ele vai vir te buscar, e é o dobro.

Eu entrei pro crime com 14 anos, quando fui preso num assalto, e numa troca de tiro de menor fui pra Febem. Aí é suave, né? De menor, se mudasse a lei, e eu tivesse que ir pra cadeia, eu ia pensar duas vezes antes de ir para o crime. A cadeia não é a mesma coisa que a Febem. A boia que paga aqui não é a mesma coisa que lá. É ruim demais. Não tem condições. Febem é mais tranquila. São quatro refeições num dia. Aqui são três só: café, almoço e janta. Às vezes nós sente fome. Nós é ser humano. Na nossa casa, nós come à vontade. Na cadeia, já não come.

Fico pensando na família: por que não vem me ver? Será acaso que estão com medo de alguma coisa? Acho que a própria polícia diz para a minha família não vir. Minha família não tem nada a ver com isso.

Eu estava na 3a série com 14 anos. Vivia numa sala especial, para pessoas com dificuldade de aprender. A professora me chamou de louco. Levei gasolina e taquei fogo na escola. Me encaminharam pra uma psicóloga. Ela não fez teste comigo. Só conversou e falou que eu ia na sala especial. Só que louco eu não sou, não.

Fumava cigarro já. Era molecão. Já encostava nas vidas errada mesmo, via outros parceiro, no meio da rua. Um amigo meu me mostrou um revólver. Eu nunca tinha visto. Fomos na lage e ele me ensinou a atirar. E me chamou para ir roubar um carro no Parque São Lucas. Falei: "Demorou". Molecão, né? Chegamos na hora da cena, enquadrei a vítima, falei: "Perdeu, perdeu, senhor!" Ele: "Ah, não, calma, calma, calma". Nisso a viatura virou pra outro lado, eu: "Tá, tá, tá". Dei uns três tiros e saí correndo dentro da casa. Perguntei: "Cadê a chave?" O parceiro procurando. Olhou para trás e a polícia já tava em cima dele. E eu, correndo, dentro da casa. Falaram para mim: "Sai daí. A imprensa vai vir. Ninguém vai fazer nada com você. Aí veio a imprensa. Só que não filmaram eu, porque eu era menor.

Quando fui no 42 DP Parque São Lucas, a polícia me bateu demais. Aí fui para a Febem, no Tatuapé. A Febem era dominada pelos menor. Nós catava os funcionário. Eles batia em nós também e nós descontava neles.

Fiquei um ano na Febem. Piorei mais lá, porque você é maltratado pelos funcionários e pela polícia. Eles deixa nós só de cueca no chão gelado. E se você não pedir: "Licença, senhor, deixa eu ir ali no banheiro, senhor", você apanha. Isso revolta os menor.

A polícia é muito folgada. Não quer dialogar uma ideia. Só quer espancar na Febem, só borrachada. Quando o choque invade, é pra valer. É tiro de borracha. Onde pegar, arregaça.

Saí da Febem com 15 anos. Dos 15 aos 18, roubava bem. Uns sete, oito carros por dia. Tirava som, roda, banco, escalpelava o carro. Vendia para o desmanche.

Fui para a igreja Mistério do Belém. Sou batizado nas águas do Espírito Santo. Na igreja, quando tinha 18 anos, conheci uma menina e gostei muito dela. Pedi para o pastor: "Dá uma força pra mim. Nunca trabalhei numa firma grande". Ele era encarregado de uma metalúrgica. Trabalhei lá uns três mesinhos. Quando peguei o dinheiro, usei tudo de droga. Eu era viciado em cocaína e cachaça. Comecei a usar cocaína com 17 anos e fui parar com 21, quando fui preso.

Embaralho. Você vai na favela, pega uma farinha, umas mulher, cachaça, fica locão, no outro dia não vai trabalhar.

Gosto muito da Suelen. Fiquei três anos com ela. Não sei agora o que ela pretende da vida dela, né? Ela não me visita. Eu não terminei com ela. Fui preso e não falei mais com ela, nem por carta nem nada. Esqueci o número de telefone da casa dela. Estou preso há três anos. Namorava firme. Ela criticava muito os roubos. Falava: "A., para com isso! A polícia vai te pegar, você vai sair na mídia e não sai mais da cadeia, você sabe disso, com o tanto de BO que você tem". Eu falava: "Me deixa em paz. Deixa eu fazer minha vida. Eu gosto de você. Você tem que gostar do jeito que eu sou".

Ela dá um trampo no Mac Lanche.

Eu roubava pra mim mesmo. Pra me manter os kit: relojão de ouro, corrente.

Minha família tentou me tirar dessa vida.

A minha mãe criticava muito. Ela ficava a maior sujeira: "Aqui na minha casa, não quero nada de errado".

Meu tio é cristão, pastor de igreja. Ele falava: "Não quero nada de errado, A., dentro de casa. Porque, se tiver alguma coisa de errado, eu mesmo chamo a polícia." Ele sempre avisou eu: "A., para com essa vida, filho. Trabalha comigo".

Eu falava: "Mas que vida?"

Ele: "Eu não sou bobo. Deus me mandou te falar que se você cair preso agora você não sai mais".

Só que eu olhei na cara dele e falei: "Eu não tô fazendo nada de errado".

Quando vim preso, ele viu pela televisão. Acho que ele deve ter pensado: "Puxa, meu sobrinho é meio louco, não sei".

Eu escondia tudo de todo mundo. Ninguém sabia o que eu fazia nem de noite nem de dia. É vergonha um tio criar você e ao mesmo tempo você ir pras parada errada. Eu me sentia envergonhado.

Eu tava roubando. Lógico que é errado. Nós não rouba quem não tem. Nós rouba quem tem. Não é esses cara que tem carrinho velho, não. Nós vai na fita alta: R$ 30 mil, R$ 80 mil, R$ 100 mil. Só bagulho gringo. Nada de pegar pai de família, fazer sequestro, coisa que muitos tão fazendo na televisão hoje em dia. Cara vai na pizzaria, pegou a carteira do cara e "pá", matou o cara, foi lá e voltou e "tá, tá", deu em mais dois... Eu como ladrão não aceito isso.

Nós ia pros lugar que tem dinheiro. Não é difícil (assaltar). Difícil é saber lidar com muitos cara. Tem um ou outro que, ao mesmo tempo em que estão com você na fita, te roubam e "pá", matam você. Então cê não pode deixar eles chegar nesse ponto, de crescer os olhos e matar você. Você tem que pegar o malote, chegar, contar: "Amigo, esse é seu, esse é seu. Não fica longe. Entra em contato". Nós fica de carro andando e os amigo entra em contato: "Olha, tem uma fita pra nós fazer ali. Nós ia lá e "pfu", metia o revólver.

Só reagiram uma vez. Eu era de menor. Fui roubar um carro, a mulher abriu a porta, saiu do carro, me abraçou e soltei o dedo. Dei três tiros nela. Ela caiu. Ficou deitada lá. Levei o carro embora e deixei ela lá. Só Deus sabe o que aconteceu com ela. Acho que ela me abraçou pra tomar o revólver, porque eles vê que nos era muito menino, achava que não tinha arma.

Já sonhei com essas pessoas (que matei). Eles falando que vinham me buscar. Na cadeia, você não dorme, fica meio "fff". É punk. Sinto pavor de estar num lugar, e você sabe que a pessoa está até morta, não sei. Medo de um dia chegar a morrer e eles puxar você também, no caminho.

Eu acredito em Deus e no Diabo também. O Diabo veio pra roubar, matar e destruir. Você acha que as pessoas hoje em dia no mundo aí mata e rouba é por causa deles (balança a cabeça negativamente)? Possuído. Ou droga, cachaça, espírito maligno.

Moro com meu tio, na Vila Industrial, Zona Leste. Minha mãe mora no mesmo terreno. São quatro ou cinco casas. Moram minha mãe, meus irmãos, minha prima e meu tio.

Meu pai, não sei onde está. Não conheci. É isso que revolta mais a pessoa (e leva a) viver no crime, devido a você não conhecer seu pai.

Tenho seis irmãos. Todos os outros conheceu o pai deles. Só eu que não.

Não passei por psicólogo nem assistente social na Febem nem na cadeia. Passei quando estava na escola depois que toquei fogo na escola.

Ter morado com o meu pai poderia ter dado outro rumo para minha vida.

Eu sabia que ele morava em São Caetano. Eu tinha uns 7 anos e ele tinha uma padaria lá. Ele falou pra minha vizinha: "Deixa o A. aqui comigo, que eu vou levar ele pra morar comigo. Não sei onde vou morar".

A vizinha respondeu: "Não, mas a vó dele tá criando ele. Não posso deixar você levar ele".

Quando minha vó trabalhava no restaurante, essa vizinha praticamente criava nós.

Lembro pouco dele. Nunca mais tive notícia dele. Minha mãe não fala dele (A. tem os olhos marejados). A vizinha falou que não sabe também dele. Acho que se eu tivesse ficado com ele talvez eu não estaria aqui, nessa tristeza.

Eu via meus amigos. Um pai não dá tanta atenção que nem um tio. Um tio gosta de você muito. E considera você como um filho dele. Você gosta dele. Mas ao mesmo tempo está no seu coração e na sua mente o seu pai, o verdadeiro. Eu gosto do meu tio. Mas é meu tio.

Cadeia geral...



Vem pra Papuda você também
Quem enquadrará Agnelo, o amigo dos mensaleiros? Cadê as ONGs legalistas? O congresso? O MP?

Delúbio Soares não pôde comemorar com a tradicional feijoada de sábado na prisão a decisão final do Supremo Tribunal Federal (STF) – livrando a quadrilha do crime de formação de quadrilha. O juiz Bruno Silva Ribeiro, da Vara de Execuções Penais, advertiu o detento e cortou a feijoada. 

Espera-se que o juiz Bruno tenha outro emprego em vista, porque todos sabem o que acontece com quem mexe com alguém da ex-quadrilha. O vice-diretor do Centro de Progressão Penitenciária, que mandou Delúbio cumprir as regras e tirar a barba, foi encostado num depósito de veículos. Só não se sabe quem é que enquadrará o dublê de governador do Distrito Federal e pombo-correio de prisioneiros.

Inicialmente, Agnelo Queiroz até que tentou ser discreto. Disse que estava numa inauguração próxima da Papuda e resolveu dar uma esticada até o presídio, onde acabou esbarrando com José Dirceu – que, por coincidência, residia lá. Questionado, disse que era governador e visitava quem quisesse. Com o aumento dos questionamentos a esse encontro, por assim dizer, exótico, o governador Agnelo rasgou a fantasia e declarou: “Vou continuar indo à Papuda visitá-los. Vou, sim”.

Essa turma acha que o Brasil é trouxa. E está coberta de razão. A questão central no julgamento do mensalão (que o Brasil evidentemente não viu) era a ligação entre réus e governantes. Não era um filme de época sobre um caso terrível de corrupção julgado em outro tempo. Quando saiu a ordem de prisão de Dirceu, Lula disse a ele: “Estamos juntos”. Dirceu até poderia ter respondido: “Então, vem pra Papuda você também”. Mas, como Lula não sabia, talvez não entendesse a piada.

Em plena reta final do julgamento do STF, Dilma Rousseff foi a um congresso do PT e participou, de braço erguido, de um ato em apoio aos mensaleiros. Para quem perdeu o fio da meada: a presidente da República foi se manifestar, em público, a favor de criminosos que roubaram o país e já estavam condenados pela corte máxima por isso.

O Brasil, que achou sua dignidade no lixo, nem ligou. Até as grades da Papuda sabem que Dirceu continua dando as cartas no PT. Em outras palavras: a ex-quadrilha está no comando da política brasileira. É por isso que um governador de Estado se presta, qual um vassalo, ao papel de plantonista de presídio. Se não for por isso, Agnelo tem de se explicar. Ou melhor: teria, se o Brasil ainda tivesse alguma instituição com um resto daquilo que antigamente se chamava vergonha na cara.

Onde está a heroica e pirotécnica OAB? Há um governador de Estado agindo com prepotência, por sobre instituições que guarnecem o estado de direito, indo visitar companheiros de partido presos por corrupção e flagrados com privilégios em área de jurisdição desse mesmo governador. Delúbio, o tesoureiro mais famoso do Brasil, mesmo preso, mostrou ser capaz de arrecadar milhões de reais em questão de dias. Chegou a ter reunião na cadeia com ninguém menos que o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, pré-candidato a deputado. Se fosse piada do Porta dos Fundos, diriam que o roteirista exagerou.

Quem enquadrará Agnelo, o amigo de fé dos mensaleiros? Onde estão as ONGs legalistas, que só servem para proteger black blocs assassinos? Onde estão a banda boa do Congresso Nacional e os procuradores intrépidos do Ministério Público? Ninguém interrogará formalmente o governador do Distrito Federal sobre o motivo de suas visitas aos correligionários criminosos? Ninguém suspeitará que esteja aí o flagrante da relação entre os crimes do passado e a desastrosa administração atual do país – repleta do mesmo parasitismo que originou o mensalão?

Ou já estariam todos devidamente domesticados, como a UNE, o MST e pencas de associações de classe agraciadas com belos convênios? Onde estará o respeitável senador Cristovam Buarque? Estará achando normalíssima essa conexão palácio-presídio? Ou terá sido mais um a capitular ante a cara de pau dos profissionais?

O Brasil resolveu achar que o julgamento do mensalão foi uma revolução. Afinal, os chefes da ex-quadrilha passaram Natal, Ano-Novo e Carnaval na cadeia. É a primeira vez na história que políticos são punidos exemplarmente sem deixar o poder. Cada país tem a revolução que merece.

http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/guilherme-fiuza/noticia/2014/04/bvem-pra-papudab-voce-tambem.html

Problema sério de visão...






Quem paga o pato é você
Lula fala como se não fosse em nada responsável por tudo o que está aí. E a maioria ainda acredita nele

O maior líder da oposição atualmente, que cobra mais medidas concretas da presidente Dilma Rousseff, que mais reclama do estado preocupante da economia brasileira, que ganha mais manchetes, que mais mexe com o mercado quando abre o verbo, e que mais tem condições de ganhar a eleição, todo mundo sabe, é Lula, o criador da criatura.

Lula sempre soube que não entende nada de economia. Mas entende de povo. Sabe que os brasileiros estão pessimistas e irritados com a inflação sentida no mercado e na feira. O tal “teto da meta” já foi estourado há muito tempo no dia a dia, e isso é fatal para uma líder sem carisma. As greves começarão a pipocar, para o povo recuperar o poder aquisitivo. Lula não gosta nadinha do que vê. Você pode chamá-lo do que quiser, menos de bobo.

Em sua entrevista a blogueiros, com repercussão na imprensa que ele ataca, Lula foi direto na jugular da companheira. “Poderíamos estar melhor, e a Dilma terá de dizer isso na campanha claramente: como a gente vai melhorar a economia brasileira.” Lula fala como se não fosse em nada responsável por tudo o que está aí. E a grande maioria dos eleitores acredita nele.

Se será ou não candidato, é outro papo. Lula interveio agora na Presidência de maneira mais bruta que o Comitê Olímpico Internacional interveio na Olimpíada do Rio. É o mesmo raciocínio. Quando um projeto corre o risco de desandar, entra no ringue o mais forte para evitar danos futuros. O projeto Dilma soçobra como os Jogos no Rio. Falta credibilidade a ambos.

Lula não quer ninguém atrapalhando o PT. Nem a pupila Dilma, nem o ex-vice-presidente da Câmara, André Vargas, hoje um náufrago abandonado à própria sorte. “No final”, disse Lula, “quem paga o pato (da amizade de Vargas com o doleiro preso Alberto Youssef) é o PT.”

Quem paga hoje o pato não é o PT, mas o cidadão brasileiro. Paga o pato, a galinha, os ovos, o tomate. Paga mais do que dizem os índices oficiais de inflação. Paga o pato do despreparo e do oba-oba da equipe econômica, que deitou no sofá do Planalto em tempos fáceis e agora não consegue nem maquiar a economia real. Adiam-se aumentos nas contas de luz e de gasolina, e ninguém acredita mais em meta nenhuma.

Na corrida contra o tempo e contra o descrédito, até a eleição, Dilma tropeça em si mesma, se encolhe, não pode aparecer em público porque será vaiada, torce para a Seleção ganhar a Copa e tem de engolir as broncas públicas de Lula. “Minha candidata é a Dilma”, repete Lula. Mas ele só alimenta o que chama de “boataria”, quando se diz insatisfeito com os rumos da economia no Brasil.

“O problema maior foi deixar a inflação bater no topo da meta”, diz o economista Edmar Bacha, um dos pais do Plano Real e ex-presidente do BNDES e do IBGE. “Estavam brincando com fogo e estão colhendo o que semearam.” Está claro, segundo Bacha, que a taxa de inflação real é maior que os 6,15% anuais. “Essa taxa, parcialmente oculta pelo controle dos preços administrados, contamina muito a própria ordem social.” Bacha não se assusta com as greves nem crê na argentinização do Brasil. “Não é o fim do mundo. Quem está parando é gente com poder de barganha, operários envolvidos em obras estratégicas.”

No Leblon, bairro nobre do Rio de Janeiro, funcionários em greve das obras de expansão do metrô irromperam com paus e pedras na esquina de minha rua. Estavam furiosos com os colegas que furavam a paralisação e insistiam em trabalhar. Os grevistas exigem pagamento de 100% sobre as horas extras, aumento da cesta básica de R$ 230 para R$ 300, retroativo a fevereiro, e 10% de aumento nos salários.

É só conversar com qualquer um na rua, taxista, segurança, lojista, feirante, dona de casa, que você ouvirá o que as pesquisas detectam: insatisfação, medo e desconfiança. O Rio teve a inflação mais alta do país, 7,87% em 12 meses. A alta em alimentos e serviços é muito maior, tanto que a moeda na cidade passou a ser apelidada de “surreal”. Como a maioria não acredita em “legado social da Copa”, tornou-se visível uma torcida cada vez mais militante contra o desempenho da Seleção.

Os grevistas da linha 4 do metrô carioca reivindicam só 10% de aumento porque não leem jornal nem revista. Se fossem bem informados, saberiam que o governo federal aumentou as despesas totais em 15%, só no primeiro bimestre de 2014. A conta de pessoal e encargos sociais cresceu 13,5% em janeiro e fevereiro. Péssimo exemplo! Com as finanças públicas sem controle no Brasil de Lula e Dilma, quem paga o pato não é o PT, é você. Até rimou.

http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ruth-de-aquino/noticia/2014/04/quem-bpaga-o-patob-e-voce.html

Mais uma etapa superada...