"As más companhias são como um
mercado de peixe; acabamos por nos acostumar ao mau cheiro." (Provérbio Chinês)
segunda-feira, 14 de março de 2016
Língua afiada...
Pegadinha gramatical
Gramática Online: Regência Verbal
Objetivo: estudar a regência
verbal dos principais verbos.
Regência Verbal: é o estudo
da transitividade verbal. Em outras palavras, a regência verbal ajuda a
descobrir se um verbo é transitivo, intransitivo ou de ligação.
Explicando Melhor: os verbos
podem ser transitivos diretos (quando exigem um complemento sem o uso da
preposição), transitivos indiretos (quando exigem um complemento com o uso da
preposição), intransitivos (quando não exigem nenhum complemento) ou podem ser
verbos de ligação (quando expressam estado ao invés de expressarem ação).
Exemplo 1: Comprei um livro.
O verbo “comprar” é transitivo porque exige um complemento (“um livro”) sem o
uso de nenhuma preposição.
Exemplo 2: Nós precisamos de
livros. O verbo “precisar” é transitivo porque exige um complemento (“livros”)
com o uso de uma preposição (“de”).
Exemplo 3: Joãozinho
morreu. O verbo “morrer” é intransitivo
porque não precisa de complemento.
Exemplo 4: Joãozinho está
feliz. O verbo “estar” é um verbo de ligação porque não expressa ação, mas sim
estado. Outros exemplos de verbos de ligação: “ser”, “permanecer”, “continuar”.
Agora, vamos ver a regência
de alguns verbos. Não estranhe porque alguns verbos podem ter significados que
você desconhecia.
Agradar: se o verbo tiver o
sentido de “dar agrado”, ele será transitivo indireto. Porém, esse verbo também
pode ter o sentido de “acariciar” e, nesse caso, ele será transitivo direto.
Exemplo 1: A mãe agradou o
filho. Nesse caso, o verbo é transitivo indireto (“dar agrado”).
Exemplo 2: A mãe agradou aos
cabelos do filho. Nesse caso, o verbo é transitivo direto (a mãe acariciou os
cabelos do filho, ou seja: “fez carinho” nos cabelos).
Aspirar: se significar
“inspirar” (ou “cheirar”) o verbo será transitivo direto. Se significar
“desejar” (ou “almejar”), o verbo será transitivo indireto.
Exemplo 1: Ronaldo aspirou o
perfume (verbo transitivo direto).
Exemplo 2: Ronaldo aspira ao
cargo de diretor (verbo transitivo indireto).
Assistir: se significar “ver”
ou “presenciar”, o verbo será transitivo indireto. Se significar “dar assistência”, o verbo pode
ser transitivo direto ou indireto. Se significar “morar”, será intransitivo, porém
exigirá a preposição “em” para o adjunto adverbial de lugar. Se significar
“caber” (com o sentido de “competir”), o verbo será transitivo indireto.
Exemplo 1: Joãozinho assistiu
ao jogo. Nesse caso, assistir é transitivo indireto porque tem o mesmo sentido
de “ver”.
Exemplo 2: A enfermeira
assistiu ao paciente ou a enfermeira assistiu o paciente. Nesse caso,
“assistir” significa “dar assistência” e, portanto, pode ser transitivo direto
ou indireto. Tanto faz.
Exemplo 3: Eu assisto em
Porto Alegre. Como assistir, nesse caso, tem o mesmo sentido de “morar”, o
verbo é intransitivo e exige a preposição “em” para o adjunto adverbial de
lugar (Porto Alegre).
Exemplo 4: Esse assunto
assiste ao João. Nesse caso, assistir tem o mesmo sentido de “competir” ou de
“caber” (esse assunto cabe ou compete ao João). Logo, o verbo é transitivo
indireto.
Atender: se esse verbo
significar “deferir” (ou seja: “ser favorável”), esse verbo será transitivo
direto. Agora, se “atender” significar “dar atenção”, o verbo pode ser
transitivo direto ou indireto.
Exemplo 1: O chefe atendeu o
pedido do funcionário. Nesse caso, “atender” significa “ser favorável” e o
verbo é transitivo direto (não há preposição).
Exemplo 2: A recepcionista
atendeu ao cliente ou a recepcionista atendeu o cliente. Nesse caso, “atender”
significa “dar atenção” e, portanto, o verbo pode ser transitivo direto ou
indireto.
Avisar, informar, certificar,
alertar, alarmar, advertir... : esses tipos de verbos são transitivos diretos e
indiretos (em qualquer ordem). Ou seja: eles exigem um objeto direto e outro
indireto e esses objetos podem aparecer em qualquer ordem.
Exemplos: Avisei o João do
problema ou avisei ao João o problema. No primeiro exemplo, o objeto direto
apareceu antes do indireto. No segundo, ocorreu o contrário.
Chamar: no sentido de “mandar
vir”, será transitivo direto. Porém, no sentido de “dar apelido”, poderá ser
transitivo direto ou indireto.
Exemplo 1: Chamei o João para
a festa, mas ele não veio (transitivo direto).
Exemplo 2: Chamei o João de
narigudo ou chamei ao João de narigudo (transitivo direto ou transitivo
indireto).
Chegar: o correto é dizer
“chegar a” (é errado dizer “chegar em”).
Exemplo 1: Cheguei a casa (é
errado dizer “cheguei em casa”).
Exemplo 2: Depois de chegar
ao banheiro, ela se maquiou (é errado dizer “chegar no banheiro”).
Exemplo 3: Depois de chegar à
mansão, ele foi barrado pelos seguranças (a crase é a união da preposição “a”
com o artigo “a”, como se fosse a “versão feminina” do “ao”, ou seja: depois de
chegar a + a mansão).
Custar: se o verbo significar
“valor” (custo), o verbo será intransitivo (o termo que aparece depois é um
adjunto adverbial “de valor” ou “de preço”). Se o verbo tiver o sentido de
“dificuldade”, então ele será transitivo indireto.
Exemplo 1: O livro custa
duzentos reais (intransitivo, ou seja: o verbo não precisa de complemento e
“duzentos reais” é um adjunto adverbial “de valor” ou “de preço”).
Exemplo 2: Custou ao aluno
encontrar a resposta da questão. Nesse caso, o verbo “custar” tem o sentido de
“dificuldade” (foi difícil ao aluno encontrar a resposta). Logo, o verbo é
transitivo indireto.
Observação: o verbo “custar”,
no sentido do exemplo 2, deve ser conjugado na terceira pessoa (custou a ele,
custou-lhe, custou a mim, custou-me, custou a nós, custou-nos, custou a eles,
etc). Não podemos dizer “eu custei a encontrar” ou “nós custamos a encontrar”,
por exemplo.
Lembrar, Esquecer: esses dois
verbos serão transitivos indiretos se forem pronominais. Caso contrário, eles
serão transitivos diretos.
Exemplo: Podemos dizer “João
esqueceu a resposta” ou “João se esqueceu da resposta”. Se usarmos algum
pronome (se esqueceu, nos esqueceu, esquecer-te, esquecemo-nos, etc.) nós
devemos usar a preposição “de”. Com o verbo lembrar ocorre a mesma coisa (“João
lembrou a resposta” ou “João se lembrou da resposta”).
Observação: o verbo “lembrar”
também pode ter o mesmo sentido de “avisar”, “informar”, “certificar” e, nesse
sentido, ele segue a regência desses verbos (que já foi vista anteriormente).
Namorar: o verbo “namorar” é
transitivo direto.
Exemplo: Pedro namora Paula
(é errado dizer “João namora com Paula”).
Obedecer, desobedecer: esses
verbos são transitivos indiretos.
Exemplos: Os filhos devem
obedecer aos pais. Os alunos não podem desobedecer às regras.
Pagar, perdoar: esses dois
verbos exigem dois objetos (um direto e outro indireto). O objeto direto é
usado para a coisa que é pagada (ou perdoada) e o objeto indireto é usado para
a pessoa a quem se paga (ou se perdoa).
Exemplo: Paguei um
cachorro-quente ao meu amigo.
Preferir: não podemos usar a
expressão “do que” com o verbo “preferir” (mesmo que esse uso seja comum no dia
a dia). Esse verbo é transitivo indireto e exige a preposição “a”.
Exemplos: Prefiro inverno ao
verão. Prefiro português à matemática (é errado dizer “prefiro inverno do que
verão” ou “prefiro português do que matemática”).
Querer: no sentido de
“desejar algo ou alguém”, será transitivo direto. Porém, esse verbo também pode
ter o sentido de “amar” ou de “gostar”. Nesse sentido, o verbo “querer” será
transitivo indireto.
Exemplo 1: Eu quero um
computador novo (transitivo direto).
Exemplo 2: Eu quero aos meus
irmãos (transitivo indireto, com o sentido de “eu gosto de meus irmãos” ou “eu
amo os meus irmãos”).
Responder: pode ser transitivo
indireto se tiver o sentido de “responder a alguma coisa”, pode ser transitivo
direto e indireto se tiver o sentido de “responder alguma coisa a alguém” ou
pode ser transitivo direto se estiver no sentido de “responder a resposta”.
Exemplo 1: Pedro respondeu a
todas as questões da prova (transitivo indireto).
Exemplo 2: Pedro respondeu
essa pergunta ao amigo (transitivo direto e indireto).
Exemplo 3: Pedro respondeu
que não poderá entregar o trabalho (transitivo direto).
Simpatizar: o verbo exige a
preposição “com” (transitivo indireto).
Exemplo: João simpatiza com
Pedro.
Visar: se tiver o sentido de
“mirar” ou de “dar o visto”, o verbo será transitivo direto. Se tiver o sentido
de “desejar”, o verbo poderá ser transitivo direto ou indireto (segundo Celso
Cunha), sendo que outras gramáticas afirmam que o verbo só pode ser transitivo
indireto.
Exemplo 1: Eu visei o alvo
(eu “mirei” o alvo). Nesse sentido, o verbo é transitivo direto.
Exemplo 2: O funcionário visou
os documentos (o funcionário “deu o visto”). Nesse sentido, o verbo também é
transitivo direto.
Exemplo 3: João visa um novo
emprego ou João visa ao novo emprego. Segundo Celso Cunha, “visar” no sentido
de “desejar” pode ser transitivo direto ou indireto.
Interessante...
Oito coisas que você não deve comprar
usadas
Panelas, laptops,
eletrodomésticos, pneus, colchões estão na lista de produtos que devem ser
sempre comprados novos.
Um conselho para quem busca
economizar em tempos de aperto no orçamento é comprar objetos usados. Mas será
que esse tipo de negócio vale a pena para qualquer item?
Os especialistas do site
americano Brad's Deals, que busca os melhores negócios online para clientes,
afirmam que não. Eles defendem que o desgaste causado pelo uso pode comprometer
a segurança de alguns objetos e até causar problemas de saúde ao usuário.
Veja a seguir quais tipos de
itens usados você deve evitar para que o barato não saia caro:
1) Capacetes para bicicletas e motos
Assim como outros itens de
segurança, como cadeirinhas de bebê, capacetes para motos e bicicletas são
desenhados para suportar apenas uma batida. O acessório pode parecer quase
novo, mas isso não significa que já não tenha suportado o impacto de um acidente.
Por isso, é melhor não
arriscar. E não se engane: um pequeno traço de batida pode ser suficiente para
fazer com que o capacete fique em pedaços durante um acidente, deixando o
usuário desprotegido. É um risco que não vale a pena correr, mesmo que para isso
seja preciso abrir mão de um belo desconto.
2) Colchões
Colchões usados pode ser um
prato cheio para bactérias, pulgas e percevejos, o que torna a compra do objeto
de segunda mão arriscada.
Isso porque todo colchão tem
uma vida útil que varia entre cinco e dez anos. Ao longo do tempo, as
substâncias antifungos e bactericidas perdem o efeito, o que torna o objeto
mais suscetível a ataques.
Além disso, após alguns anos
de uso, o material do colchão se desgasta e pode causar dores nas costas dos
usuários.
Por fim, como o colchão tende
a se moldar ao formato do corpo do usuário, o novo dono pode sentir incômodo
apenas por ter um biotipo diferente do antigo proprietário. Nesse caso, o
dinheiro economizado não compensa noites mal dormidas.
3) Pneus de carro
O desgaste ao longo do tempo
altera a composição de segurança dos pneus e diminui a aderência da borracha ao
solo, o que pode provocar perda de controle do carro e causar derrapagens.
Além disso, assim como no
caso dos capacetes, é difícil verificar como os pneus foram usados
anteriormente. Se o antigo dono costumava dirigir com excesso de velocidade,
por exemplo, esse hábito pode ter provocado problemas internos no pneu, que são
invisíveis a olho nu.
4) Eletrodomésticos
Eletrodomésticos em geral
perdem a garantia tanto pelo desgaste do tempo quanto pelo mau uso.
Geralmente, a perda da
garantia faz com que qualquer conserto possa sair muito caro, principalmente se
envolver troca de peças originais.
Por isso, é melhor evitar a compra dessas
peças de segunda mão, que podem dar dor de cabeça e causar prejuízos.
5) Software de computadores
Programas para computadores
usados podem ser uma cilada porque eles costumam vir com um código de
instalação que impede que sejam instalados em mais de uma máquina.
Antes de ser seduzido por
grandes descontos, verifique se o programa é vendido com este código,
geralmente inscrito em um pedaço de papel e incluído na caixa do produto.
6) Sapatos
A tendência é que, com o
tempo, o sapato se molde aos pés de quem o usa. Ou seja, um sapato usado até
pode servir, mas a probabilidade de que machuque o pé do novo dono durante o
uso é alta.
Alguns tipos de sapatos, como
os tênis de corrida, passam por esse processo mais rápido por conta do uso
intensivo. Ou seja, podem ser seminovos, mas terão o mesmo problema de uso
prolongado de outro tipo de sapato.
7) Panelas
Panelas de segunda mão podem
até parecer novas, mas podem ter a segurança comprometida caso apresentem algum
sinal de desgaste, ainda que pequeno.
Panelas arranhadas e com
fundos descascados podem não ter a proteção necessária para evitar o contato
entre o metal e os alimentos, o que pode contaminá-los. Dependendo do tipo, o
metal libera substâncias tóxicas que provocam doenças.
8) Laptops
Computadores são atualizados
com frequência, o que faz com que o custo-benefício da compra de um item usado
não seja atraente, já que aparelhos com mais memória e funcionalidades podem
ser logo adquiridos no mercado por preços similares.
Além disso, máquinas usadas
podem ter vírus que roubam dados do usuário. A falta de garantia em caso de
problemas também pode fazer com que a compra não valha a pena.
http://super.abril.com.br/cotidiano/8-coisas-que-voce-nao-deve-comprar-usadas
História...
A Família e o Tempo
O conceito de Família passou
por grandes transformações ao longo da História
Antigamente, a vida das
famílias era mais simples e tranquila, não existia a correria que vemos hoje em
dia.
As pessoas andavam a pé, pois
quase não existiam carros. As ruas eram de terra ou de paralelepípedos. As
crianças podiam brincar nas ruas e calçadas, pois não havia perigo de acidentes
ou assaltos.
Os vizinhos eram como
integrantes das outras famílias, todos os dias se reuniam nas varandas de suas
casas para conversar enquanto as crianças brincavam.
As brincadeiras, nessa época,
eram: roda, pega-pega, esconde-esconde, passa anel, barra manteiga, bolinha de
gude, etc.
As famílias eram bem grandes,
um casal tinha mais de seis filhos. Mas hoje o número de pessoas na família
diminuiu muito, o normal é um casal ter um ou dois filhos.
Família antiga e Família
Moderna – diferença quanto ao número de integrantes.
Isso aconteceu porque a vida
moderna fez com que a mulher tivesse que trabalhar para ajudar nas despesas da
casa.
A violência, as dificuldades em
se viver bem, também são motivos que influenciaram no tamanho das famílias.
Além da quantidade de pessoas
de uma família, outras diferenças existem se compararmos à vida de hoje.
Nas casas não existiam
aparelhos de televisão, ouvia-se música em vitrolas com discos de vinil ou no
rádio. Neste também eram transmitidas as notícias e até novelas. As fotografias
eram feitas por um homem que colocava um pano preto na cabeça e falava “olha o
passarinho”, para as pessoas sorrirem.
Era comum matarem galinhas e
porcos no quintal de casa, onde também se colhiam verduras e legumes de uma
horta que os mais velhos cuidavam. Como não existia geladeira, as carnes eram
cozidas em fogões à lenha e armazenadas em latões, mergulhadas em gordura de
porco – banha, para não estragarem.
Não existia água encanada e
as pessoas precisavam buscar baldes de água para lavar as louças, roupas,
cozinhar ou tomar banho. E ainda falam que a vida era mais fácil!
Viva a sabedoria...
Condições para o surgimento da Filosofia
Filosofia
A Grécia (Hélade) nada mais foi do que um
conjunto de cidades-Estados (Pólis) que se desenvolveram na Península Balcânica
no sul da Europa. Por ser seu relevo montanhoso, permitiu que grupos de pessoas
(Demos) fossem formados isoladamente no interior do qual cada Pólis desenvolveu
sua autonomia.
Constituída de uma porção de
terras continental e outra de várias ilhas, bem como também em virtude da pouca
fertilidade dos seus solos, a Grécia teve de desenvolver o comércio como
principal atividade econômica. Assim, e aproveitando-se do seu litoral bastante
recortado e com portos naturais, desenvolveu também a navegação para expandir
os negócios, bem como mais tarde sua influência política nas chamadas colônias.
A sociedade grega era
organizada segundo o modelo tradicional aristocrático, baseado nos mitos
(narrativas fabulosas sobre a origem e ordem do universo), em que a filiação à
terra natal (proprietários) determinava o poder (rei).
Esse modo de estruturar a
sociedade e pensar o mundo é comumente classificado como período Homérico
(devido a Homero, poeta que narra o surgimento da Grécia a partir da guerra de
Troia). Mas com o tempo, algumas contradições foram sendo percebidas e exigiram
novas explicações. Surge, então, a Filosofia. Eis os principais fatores que
contribuíram para o seu aparecimento:
- As viagens marítimas, pois
o impulso expansionista obrigou os comerciantes a enfrentarem as lendas e daí
constatarem a fantasia do discurso mítico, proporcionando a desmitificação do
mundo (como exemplo, os monstros que os poetas contavam existir em determinados
lugares onde, visitados pelos navegadores, nada ali encontravam);
- A construção do calendário
que permitiu a medição do tempo segundo as estações do ano e da alternância
entre dia e noite. Isso favoreceu a capacidade dos gregos de abstrair o tempo
naturalmente e não como potência divina;
- O uso da moeda para as
trocas comerciais que antes eram realizadas entre produtos. Isso também
favoreceu o pensamento abstrato, já que o valor agregado aos produtos dependia
de certa análise sobre a valoração;
- A invenção do alfabeto e o
uso da palavra é também um acontecimento peculiar. Numa sociedade acostumada à
oralidade dos poetas, aos poucos cai em desuso o recurso às imagens para
representar o real e surge, como substituto, a escrita alfabético-fonética,
propiciando, como os itens acima, um maior poder de abstração.
A palavra não mais é usada
como nos rituais esotéricos (fechados para os iniciados nos mistérios sagrados
e que desvendavam os oráculos dos deuses), nem pelos poetas inspirados pelos
deuses, mas na praça pública (Ágora), no confronto cotidiano entre os cidadãos;
- O crescimento urbano é
também registrado em virtude de todo esse movimento, assim como o fomento das
técnicas artesanais e o comércio interno, as artes e outros serviços,
características típicas das cidades;
- A criação da Política que
faz uso da palavra para as deliberações do povo (Demo) em cada Pólis (por isso,
Democracia ou o governo do povo), bem como exige que sejam publicadas as leis
para o conhecimento de todos, para que reflitam, critiquem e a modifiquem
segundo os seus interesses.
As discussões em assembleias
(que era onde o povo se reunia para votar) estimulava o pensamento
crítico-reflexivo, a expressão da vontade coletiva e evidencia a capacidade do
homem em se reconhecer capaz de vislumbrar a ordem e a organização do mundo a
partir da sua própria racionalidade e não mais nas palavras mágico-religiosas
baseadas na autoridade dos poetas inspirados. Com isso, foi possível, a partir
da investigação sistemática, das contradições, da exigência de rigor lógico,
surgir a Filosofia.
Cultura...
Não Desperdices o Teu Tempo a Viver a
Vida de Outras Pessoas
O teu tempo é limitado, por
isso não o desperdices a viver a vida de outra pessoa.
Não te deixes armadilhar
pelos dogmas - que é a mesma coisa que viver pelos resultados do que outras
pessoas pensaram.
Não deixes que o ruído das opiniões dos outros, saia da tua
própria voz interior.
E, mais importante ainda, tem a coragem de seguir o teu
coração e a tua intuição.
Estes já sabem, de alguma forma, aquilo em que tu verdadeiramente
te vais tornar.
Tudo o resto é secundário.
Steve Jobs
Entendendo...
Estratificação e desigualdade social
Sociologia
A estratificação e a
desigualdade social fazem parte das sociedades humanas, que são divididas com
base em critérios socialmente construídos.
A desigualdade social é, para
a Sociologia, um grande objeto de estudo. Vários estudos sociológicos mostram
que alguns dos fenômenos sociais mais graves, como a violência, podem estar
relacionados com as relações desiguais estabelecidas entre os sujeitos. É comum
pensar que a desigualdade está relacionada apenas com a condição econômica das
pessoas.
Porém, embora tenha grande impacto na realidade individual, a condição
material é apenas uma das inúmeras diferenciações que possuem valor social
agregado e que podem influenciar positiva ou negativamente a realidade de um
sujeito. Atributos como gênero, idade, crença religiosa ou etnia podem e são
vistos dentro de um contexto valorativo, isso é, são vistos como
características aceitáveis, desejáveis ou repulsivas. É nesse contexto que se
aplica o conceito de estratificação social.
Uma forma simples de entender
o que é a estratificação social é enxergá-la como um conjunto de desigualdades
que atingem diferentes sujeitos de uma sociedade, separando-os de alguma forma
dos demais. Um grupo de pessoas que pertence a uma camada mais pobre de uma
sociedade, por exemplo, acaba não tendo acesso aos mesmos serviços
disponibilizados a uma pessoa de melhor condição econômica.
Isso também é visto
de forma ainda mais clara na composição e na organização da maior parte das
grandes cidades. Os bairros periféricos, ou as “periferias”, onde se encontra a
maior parte da população mais pobre, estão localizados, comumente, mais
afastados dos centros das cidades.
A pirâmide social exemplifica
a hierarquia constituída em uma sociedade.
Nesse sentido, as sociedades
podem ser vistas como construídas em uma pirâmide hierárquica: uma minoria
favorecida encontra-se no topo e os menos favorecidos encontram-se mais
próximos da base. A estratificação, no entanto, não é característica exclusiva
de nossa era contemporânea.
A desigualdade foi vista em diferentes épocas da
história humana e segue padrões de organização diferentes a depender do período
e das convenções sociais. Esses sistemas de estratificação estão divididos em
quatro tipos diferentes: a escravidão, a casta, o estamento e a classe.
A escravidão é uma forma
extrema de desigualdade. Nesse sistema, alguns indivíduos tornam-se propriedade
de outros, sendo tratados como objetos, sem força de ação ou vontade que não
seja a de seu senhor. Embora tenha sido formalmente erradicada, a escravidão
ainda existe em certas partes do mundo, inclusive no Brasil.
O sistema de castas está
associado principalmente às culturas indianas que partilham da crença hindu
referente à reencarnação. Esse sistema parte da crença de que os indivíduos
estão separados em diferentes níveis hierárquicos determinados desde o
nascimento.
Cada casta possui um papel fixo a ser cumprido, e aqueles que não
forem fiéis aos rituais e aos deveres de sua casta renascerão em uma posição
inferior na próxima encarnação. Não existe, portanto, mobilidade entre as
hierarquias de uma casta, que determina até o tipo de contato que cada
indivíduo pode ter com membros de outras castas.
Os estamentos foram a forma
de organização social de um grande número de civilizações no mundo antigo. O
mais famoso deles foi visto na era feudal europeia. Os estamentos feudais constituíam
estratos com diferentes obrigações e direitos, isto é, eram divididos em
aristocratas e nobres, que ocupavam o posto mais alto da hierarquia, o clero ou
as autoridades religiosas, que formavam outro estamento voltado exclusivamente
para atividades religiosas, e os servos, mercadores e artesãos, que compunham a
plebe.
Nesse sistema, cada estamento possuía obrigações específicas: os nobres
guerreavam; o clero cuidava dos costumes religiosos, e os servos eram
responsáveis pela produção dos bens consumíveis necessários.
O sistema de classes possui
maior complexidade e é muito diferente dos outros tipos de estratificação.
Embora não haja consenso entre os estudiosos do assunto, podemos definir,
resumidamente, uma classe social como um grande agrupamento de pessoas que dividem
condições materiais parecidas, condições essas que influenciam imensamente os
demais aspectos de suas vidas.
Isso quer dizer que a condição econômica tem
profunda influência sobre as formas de diferenciação das classes.
Diferentemente de outros tipos de estratificação, as classes não são
estabelecidas por intermédio de posição religiosa ou por posição herdada.
Os
indivíduos possuem certa mobilidade na organização social, podendo ascender ou
descender na estrutura hierárquica. A esse movimento damos o nome de mobilidade
social, uma importante parte da dinâmica de uma sociedade.
Dois teóricos destacaram-se
no campo de estudo da teoria de classes: Karl Marx e Max Weber. Eles se
pautaram na noção de que uma classe é constituída por um grupo de pessoas que se
assemelham em relação à posse de meios de produção.
Existiriam então duas
classes sociais principais distintas: os industrialistas ou capitalistas e o
proletariado. O primeiro detém os meios de produção (indústrias, fábricas,
manufaturas), e o segundo dispõe apenas de sua própria força de trabalho para
obter seu sustento.
Weber, entretanto, apesar de
pensar como Karl Marx em relação à influência da realidade material na formação
de nossa sociedade, acreditava que haveria mais fatores, além da condição material
do indivíduo, que influenciariam a construção social.
Para Weber, as teorias
puramente materialistas eram insuficientes para compreender a complexidade das
relações sociais entre classes. Dimensões da vida social, como a desigualdade
social, não se resumiam puramente à condição material de cada indivíduo.
Era
necessário observar, portanto, as demais variáveis que afetariam a construção
do sujeito social, como o status social, que é definido na relação de
diferenças entre grupos sociais e de acordo com o prestígio social conferido
pelos demais.
Essa relação de status, por exemplo, vai além das separações
econômicas, sendo determinado com base no conhecimento direto de uma pessoa
diante de interações em diferentes contextos. Isso confere certo poder de ação
ao indivíduo, além daquele determinado por suas posses materiais.
Assinar:
Postagens (Atom)
-
Carol Celico disse que perdoaria infidelidade de Kaká e que a ‘culpa’ da traição seria dela Caroline Celico, esposa do craque Kaká...
-
Conselhos de medicina se dividem sobre primeiros registros para estrangeiros Depois de o Rio Grande do Sul liberar as 19 primeiras lic...
-
A Ausência do Zero no Sistema de Numeração dos Romanos Os números criados pelos romanos foram relacionados a letras, diferente de out...