A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – Unesco – foi criada em 1945, no mesmo contexto e em conjunto à Organização das Nações Unidas (ONU). Seu objetivo, enquanto entidade de caráter global, é “garantir a paz por meio da cooperação intelectual entre as nações”. O idealizador e primeiro presidente da Unesco foi o biólogo Julian Huxley, irmão do escritor Aldouls Huxley.
O contexto da criação da Unesco, isto é, o fim da II Guerra Mundial, exigia uma nova forma de mediação entre as potências que emergiam da guerra e os países que haviam sido arruinados pelo conflito.
Uma das estratégias pensadas para essa mediação foi o entrelaçamento intelectual entre as mais diversas nações para que problemas de ordem cultural ou científica não resultassem mais em conflitos militares, tal como aconteceu na Segunda Guerra Mundial.
Uma das estratégias pensadas para essa mediação foi o entrelaçamento intelectual entre as mais diversas nações para que problemas de ordem cultural ou científica não resultassem mais em conflitos militares, tal como aconteceu na Segunda Guerra Mundial.
Uns dos traços mais marcantes do nazismo, antes e durante a Segunda Guerra, foram o racismo e a política de superioridade cultural da raça ariana.
Para debelar qualquer retorno a essa nefasta ideologia, a Unesco passou a organizar, ainda na década de 1940, vários congressos com pesquisadores do mundo inteiro para demonstrar que o conceito de raça era mais complexo do que pensavam os racistas das décadas anteriores e que cada nação possuía uma riqueza cultural que estava intimamente associada à interação entre as etnias (ou raças), e não em sua segregação.
Para debelar qualquer retorno a essa nefasta ideologia, a Unesco passou a organizar, ainda na década de 1940, vários congressos com pesquisadores do mundo inteiro para demonstrar que o conceito de raça era mais complexo do que pensavam os racistas das décadas anteriores e que cada nação possuía uma riqueza cultural que estava intimamente associada à interação entre as etnias (ou raças), e não em sua segregação.
Um simpósio sobre o conceito de democracia também foi organizado em 1949 pela Unesco. O objetivo era repensar esse conceito a partir da experiência catastrófica dos regimes totalitários, como o nazismo, o fascismo e o stalinismo, que também reivindicaram para si o status de “democracia” enquanto vigoraram.
Outros assuntos, como a educação voltada para a cidadania, a erradicação do analfabetismo, a posição contra os preconceitos de raça, cor, gênero ou cultura, são capitaneados pela Unesco e levados à discussão em todos os países que a ela estão integrados – mais de 190, no total – através de políticas educacionais e projetos político-pedagógicos.
Desde então, o empreendimento dessa entidade internacional tem se voltado para essas questões e gerado discussões que sempre se refletem em ações práticas de alcance global.
Desde então, o empreendimento dessa entidade internacional tem se voltado para essas questões e gerado discussões que sempre se refletem em ações práticas de alcance global.