terça-feira, 10 de maio de 2016
Refletindo...
O medíocre discute pessoas.
O comum discute fatos.
O sábio discute ideias.
(Provérbio chinês)
Língua afiada...
Pegadinha gramatical
CORREÇÃO GRAMATICAL: OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS
PELAS DESILUSÕES ORTOGRÁFICO-AMOROSAS
7. Meio ou Meia
Meio ou meia? Cuidado para não perder suas meias nessa
dúvida…
Errado: Ela ficou meia chateada depois da conversa.
Correto: Ela
ficou meio chateada depois da conversa.
Explicação: Meio pode ser advérbio de intensidade e
numeral fracionário e é aí que surge a confusão. Como advérbio, tem sentido de
“um pouco” e se apresenta vinculado a um adjetivo, não varia: meio cansada,
meio distraído, meio metida, meio maluco.
Como numeral, virá vinculado a um substantivo e concorda com
o gênero (feminino e masculino): meio litro, meia xícara, meio pote, meia hora.
8. A fim ou Afim
A fim ou afim? Veja a resposta correta abaixo.
Errado: Ele está muito afim da minha prima.
Correto: Ele
está muito a fim da minha prima.
Explicação: As locuções a fim de e a fim de que exprimem
ideia de finalidade e podem ser substituídas por para e para que,
respectivamente.
Exemplos: Fez de tudo a fim de (para) nos convencer da
sua inocência./
Os pais economizaram durante anos a fim de (para que) que o
filho estudasse no exterior.
Ainda se usa a locução a fim de no sentido de “com a intenção
de”, “com vontade de”.
Exemplo: Não estava a fim de conhecer pessoas naquele
dia. (não tinha vontade de conhecer, não tinha intenção de conhecer)
Na linguagem informal, “estar a fim de alguém” é ter
interesse afetivo pela pessoa, como no primeiro exemplo.
O adjetivo afim é empregado para indicar que uma coisa ou
pessoa tem afinidade com a outra. Na maior parte das vezes, o adjetivo aparece
no plural. Exemplo: Os dois tinham ideias afins (parecidas).
9. Nada a ver ou Nada
haver
Nada a ver ou nada haver? Qual pode causar um erro
gramatical?
Errado: Esse tipo de música não tem nada haver comigo.
Correto: Esse
tipo de música não tem nada a ver comigo.
Explicação: O verbo haver está frequentemente associado
a existir, por isso, é comum que algumas pessoas achem que uma coisa não
coexiste com outra e utilizam nada haver.
Nada a ver é a forma correta de escrita desta expressão e é a
forma negativa da expressão ter a ver. Sinônimos: não ter relação com, não
corresponder, não dizer respeito a.
Obs.: Existe a expressão não ter nada a haver. Embora
pouco usada, significa não ter nada a receber, nada a reaver, referindo-se ao
ato de não ter quantias monetárias para serem recebidas.
Exemplo: Já não tenho nada a haver de meus clientes.
http://viverdeblog.com/erros-gramaticais/
Interessante...
Temos
188 Hitlers, 387 Rihannas e 165 Maradonas registrados no Brasil, diz IBGE
Entre
os registros brasileiros levantados pelo IBGE, também existem Madonnas,
Einsteins, e Hamlets
Diga-me como se chamas e te direi quem és. Nesta
quarta, 27, o IBGE divulgou o levantamento nacional de nomes
brasileiros. O top five não poderia ser menos previsível: Maria é o nome mais
comum (são mais de 11 milhões delas), seguidas de José, Ana e João e
Antônio.
A grande verdade é que bem mais interessante, são os outros
registros. Temos 130 mil nomes diferentes que nos avisam: entre os brasileiros
existem Madonna, Einstein, Zelda e Vader.
Prince, por exemplo, pode até ter falecido no último dia 21. Mas
ainda está presente no Brasil. Não em forma de música, em pessoas mesmo: 220
deles - sendo 27 mulheres -, para ser mais exato.
Também temos 113 Djavan e
245 Cazuza. O RG também tem espaço para os eruditos. Apesar do orgulho dos
austríacos, podemos dizer que não tivemos um, mas 113 Beethoven. E os que
preferem as divas do pop podem dizer que são do mesmo país que 386 Rihanna.
Aparentemente, a literatura também é um fator pesa na hora de
fazer o registro da criança. São mais de 88 mil Iracema, apesar da
popularidade estar caindo - na década de 1950 o nome teve seu momento de hit,
eram quase 21 mil mulheres homenageando a índia do José de Alencar.
Em 2000, o
número caiu para 488. Mais juvenis, Emília também marca presença com 51
mil crianças registradas - a maioria delas no Paraná. Também são 21
Capitu que, independente de ter traído ou não, é compatriota de 92
Hermione e dos 29 Hamlet.
A disputa de Senna e Schumachers talvez seja mais acirrada nos
cartórios do que realmente foi na pista. Os dois pilotos estão tecnicamente
empatados, ambos na casa dos 30. O brasileiro com 36, quatro a mais do que o
alemão, garantindo a pole por enquanto. No futebol, por outro lado, o Brasil
perde mesmo. Temos 112 Pelé, contra 165 Maradona, nenhum vindo da Argentina
- a maior parte deles nasceu no Maranhão.
Além dos já citados homônimos do criador da Teoria da
Relatividade, o Brasil também conta com mais de 9 mil Newton, 480 Darwin, e
187 Lavoisier. Aliás, vale o registro: as coisas se perdem, sim, no mundo do
químico francês. Na década de 1970, o nome alcançou 42 novas crianças (o
ápice), mas desde os anos 1990 ninguém foi batizado assim.
Preocupante mesmo, na verdade, é o fato de termos 188 Hitler com direito a CPF - sendo que 24 deles foram registrados a menos de 20 anos.
Todos nascidos no sudeste do país. Pelo menos temos 64 Gandhi (e outros 43
Gandi) para dar uma equilibrada. Menos mal.
http://super.abril.com.br/cotidiano/temos-188-hitlers-386-rihannas-e-165-maradonas-registrados-no-brasil-diz-ibge
História...
Rômulo, Remo e
a fundação de Roma
A história da fundação de Roma está ligada
a uma origem mitológica. Segundo a lenda mais tradicional, os dois irmãos
gêmeos, Rômulo e Remo, participaram da fundação da cidade após terem sido
abandonados no rio e salvos por uma loba que os amamentou, mantendo-os vivos.
Mas por que os irmãos gêmeos foram abandonados no rio?
Rômulo e Remo seriam descendentes de
Eneias, um guerreiro e nobre troiano, filho da deusa Vênus e de Anquises.
Eneias havia saído de Troia após a cidade ter sido destruída pelos gregos no
desfecho da vitória na famosa Guerra de Troia.
Vagando pelo mar Adriático, Eneias chegou
à região do Lácio, onde anos mais tarde Rômulo iria construir Roma. Eneias
aproximou-se da população local, conseguindo ainda se casar com Lavínia, filha
do rei Latino. Fundou a cidade de Alba Longa, iniciando a adoração aos deuses que
cultuava em sua cidade de origem.
A cidade cresceu, mudando a vida das
pessoas que habitavam na região de Alba Longa. O primeiro rei da cidade foi
Ascânio, filho de Eneias, que gerou uma descendência no comando da cidade. Após
12 gerações, nasceram Rômulo e Remo, os gêmeos filhos de Reia Sílvia.
Reia Sílvia, que era filha de Numitor, rei
de Alba Longa, era uma vestal – nome dado às sacerdotisas virgens da deusa
Vênus. Reia havia se tornado uma vestal por ordem de Amúlio, irmão de Numitor.
O objetivo de Amúlio era ocupar o trono da
cidade de Alba Longa e, para isso, depôs Numitor, matou todos seus filhos
homens e tornou Reia uma vestal, para que ela não gerasse descendentes. O
objetivo era impedir que os filhos de Reia competissem com ele para conseguir o
poder na cidade.
Mas Reia Sílvia engravidou, indicando que
o pai era o deus Marte. Ao saber do nascimento dos gêmeos Rômulo e Remo, Amúlio
ordenou que as crianças fossem jogadas no rio Tibre. Entretanto, as águas
empurraram o cesto em que estavam as crianças para as margens do rio.
Nesse local, eles foram encontrados por
uma loba que os amamentou, mantendo-os vivos. Ao passar pelo local, um pastor
viu as crianças e levou-os para serem criados em sua aldeia.
Rômulo e Remo cresceram como pastores e
caçadores, tornando-se adultos fortes. Nesse período eles foram descobertos por
Amúlio. O rei conseguiu capturar um dos irmãos, Remo, após a participação dos
dois em um evento esportivo. Tanto Amúlio quanto Rômulo e Remo passaram a saber
que eram descendentes de Eneias e tinham direito ao trono.
Os gêmeos souberam também que eram netos
de Numitor. Com o conhecimento de sua origem e da ação de Amúlio para se tornar
rei, Rômulo e Remo vingaram seu avô, depondo Amúlio e colocando Numitor no
trono.
Mas os gêmeos não ficaram em Alba Longa.
Eles decidiram fundar outra cidade, no local onde haviam sido abandonados.
Construíram muros, mas não sabiam quem iria governá-la, já que, por serem
gêmeos, não havia um que fosse mais velho que o outro.
Para decidir sobre isso, cada um subiu em
um dos sete morros da região – Remo, no morro Aventino, e Rômulo, no morro
Palatino – para esperar um presságio que decidiria a disputa.
Remo recebeu o primeiro presságio: seis
abutres. Rômulo recebeu seu presságio depois: doze abutres.
Os partidários de Remo saudaram-no como
rei por ser o primeiro a receber as aves. Os partidários de Rômulo também o
saudaram como rei, pois havia recebido um número maior de aves. Mas durante a
disputa que se iniciou, Rômulo acabou por matar Remo. Com a morte do irmão,
Rômulo tornou-se o primeiro rei da nova cidade, que recebeu o nome de Roma em
sua homenagem.
Com Rômulo iniciava-se também o período da
Monarquia em Roma. Essa história permite ao leitor perceber que no mito de
origem da cidade de Roma há uma forte ligação com a civilização grega, já que
Eneias fez parte da história dos gregos. A lenda explica como desde o início a
civilização romana buscou se aproximar da civilização grega, compartilhando uma
origem cultural comum.
http://escolakids.uol.com.br/romulo-remo-e-a-fundacao-de-roma.htm
Viva a sabedoria...
A ÉTICA EM EPICURO
Filosofia
A doutrina de Epicuro surgiu em um
momento de insatisfação com a condição das Cidades-Estados gregas. A vida
social na Pólis era leviana e marcada pela injustiça social.
O poder se concentrava nas mãos de
poucos: a aristocracia urbana. Não havia felicidade entres os homens no
contexto social, no qual as pessoas se interessavam estritamente pelas riquezas
e pelo poder; no contexto religioso, no qual predominava a superstição, a
religião tornou-se servil, cercada de mitos e ritos sem significação e também crescia
a procura por oráculos e a crença em adivinhações.
As pessoas gozavam dos prazeres mais
supérfluos advindos das riquezas e, assim, eram relativamente felizes, pois
estavam se esquecendo do que realmente proporciona a felicidade. Foi a partir
disso que Epicuro criou sua doutrina contra a superstição e os bens materiais,
voltada para uma reflexão interior e busca da verdadeira felicidade.
Essa doutrina é dividida em canônica,
física e ética. Porém, as duas primeiras partes são
esclarecimentos para a fundamentação da ética, visto que as ciências naturais
só são importantes na medida em que servem de auxílio à moral. Nenhuma teoria é
válida se não possuir um objetivo moral, o qual não possa ser aplicado na vida
prática.
A finalidade de sua ética consiste em
propiciar a felicidade aos homens, de modo que essa possa libertá-los das
mazelas que os atormentam, quer advenham de circunstâncias políticas e sociais,
quer sejam causadas por motivos religiosos.
A Felicidade é alcançada por meio do
controle dos medos e dos desejos, de maneira que seja possível chegar à ataraxia,
a qual representa um estado de prazer estável e equilíbrio e, consequentemente,
a um estado de tranquilidade e a ausência de perturbações, pois, conforme
Epicuro, há prazeres maus e violentos, decorrentes do vício e que são
passageiros, provocando somente insatisfação e dor.
Mas também há prazeres decorrentes da
busca moderada da Felicidade.
Segundo Epicuro, a posse de poucos bens
materiais e a não obtenção de cargos públicos proporcionam uma vida feliz e
repleta de tranquilidade interior, visto que essas coisas trazem variadas
perturbações.
Por isso, as condições necessárias para
a boa saúde da alma estão na humildade. E para alcançar a
felicidade, Epicuro cria 4 “remédios”:
1.
Não se deve temer os deuses;
2.
Não se deve temer a morte;
3.
O Bem não é difícil de se alcançar;
4.
Os males não são difíceis de suportar.
De acordo com essas recomendações, é
possível cultivar pensamentos positivos os quais capacitam a pessoa a ter uma
vida filosófica baseada em uma ética. A felicidade se alcança através de poucas
coisas materiais em detrimento da busca do prazer voluptuoso.
O homem ao buscar o prazer procura a
felicidade natural. No entanto é necessário saber escolher de modo que se evite
os prazeres que causam maiores dores; quando o homem não sabe escolher, surge a
dor e a infelicidade.
O sábio deve saber suportar a dor,
visto que logo essa acabará ou até mesmo as que duram por um tempo maior são
suportáveis. A conquista do prazer e a supressão da dor se dão pela sabedoria
que encontra um estado de satisfação interna.
A virtude subordinada ao prazer
só pode ser alcançada pelos seguintes itens:
· Inteligência – a prudência, o ponderamento que busca
o verdadeiro prazer e evita a dor;
· Raciocínio – reflete sobre os ponderamentos
levantados para conhecer qual prazer é mais vantajoso, qual deve ser suportado,
qual pode atribuir um prazer maior, etc. O prazer como forma de suprimir a dor
é um bem absoluto, pois não pode ser acrescentado a ele nenhum maior ou novo
prazer;
· Autodomínio – evita o que é supérfluo, como bens
materiais, cultura sofisticada e participação política;
· Justiça – deve ser buscada pelos frutos que
produz, pois foi estipulada para que não haja prejuízo entre os homens.
Enfim, todo empenho de Epicuro tinha
como meta a felicidade dos homens. Nosjardins (comunidade dos
discípulos de Epicuro) reinava a alegria e a vida simples. A amizade era o
melhor dos sentimentos, pois proporcionava a correção das faltas uns dos
outros, permitindo as suas correções.
Com isso, a moral epicurista é baseada
na propagação de suas ações, pois ele não se restringiu apenas ao sentimento e
ao prazer como normas de moralidade, mas foi muito além de sua própria teoria,
sendo o exemplo vivo da doutrina que proferia.
http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-etica-epicuro.htm
Entendendo...
AS CASTAS INDIANAS
Sociologia
Na sociedade liberal, vivemos em uma
cultura onde muitos acreditam que qualquer um pode ascender em termos sociais e
econômicos por meio das riquezas acumuladas. Contudo, na Índia, trabalho e
riqueza são parâmetros insuficientes para que possamos compreender a ordenação
que configura a posição ocupada por cada indivíduo. Nesse país, o chamado
regime de castas se utiliza de critérios de natureza religiosa e hereditária
para formar seus grupos sociais.
Segundo algumas pesquisas, o regime
de castas vigora a mais de 2600 anos na Índia e tem origem no processo de
ocupação dessa região. A primeira distinção desse sistema aconteceu por volta
de 600 a.C., quando os arianos foram diferenciados dos habitantes mais antigos
e de pele mais escura pelo termo “varna”, que significa “de cor”.
A partir de
tal diferenciação, os varna foram socialmente ordenados de acordo com cada uma
das partes do corpo de Brahma, o Deus Supremo da religião hindu.
No topo dessa hierarquia,
representando a boca de Brahma, estão os brahmin. Em termos numéricos
representam apenas 15% da população indiana e exercem as funções de sacerdotes,
professores e filósofos. Segundo consta, somente uma pessoa da classe brahmin
tem autoridade para organizar os cultos religiosos e repassar os ensinamentos
sagrados para o restante da população.
Logo abaixo, vêm os kshatriya que,
segundo a tradição, seriam originários dos braços de Brahma. Estes exercem as
funções de natureza política e militar e estão diretamente subordinados pelas
diretrizes repassadas pelos brâmanes. Apesar desse fato, em diversos momentos
da história indiana, os kshatriya organizaram levantes e motins contra as
ordenações vindas de seus superiores.
Compondo a base do sistema de castas
indiano, ainda temos os vaishas e shudras. Os primeiros representam as coxas do
Deus Supremo e têm como função primordial realizar as atividades comerciais e a
agricultura. Já os shudras estabelecem uma ampla classe composta por
camponeses, operários e artesãos que simbolizam os pés de Brahma. Há pouco
tempo, nenhum membro desta casta tinha permissão para conhecer os ensinamentos
hindus.
Paralelamente, existem outras duas
classes que organizam a população indiana para fora da ordem estabelecida pelas
castas. Os dalit, também conhecidos como párias, são todos aqueles que violaram
o sistema de castas por meio da infração de alguma regra social. Em
conseqüência, realizam trabalhos considerados desprezíveis, como a limpeza de
esgotos, o recolhimento do lixo e o manejo com os mortos. Uma vez rebaixado
como dalit, a pessoa coloca todos seus descendentes nesta mesma posição.
Os jatis são aqueles que não se
enquadram em nenhuma das regras mais gerais estabelecidas pelo sistema de
castas. Apesar de não integrarem nenhuma casta específica, têm a preocupação de
obterem reconhecimento das castas superiores adotando alguns hábitos cultivados
pelos brâmanes, por exemplo. Geralmente, um jati exerce uma profissão liberal
herdada de seus progenitores e não resignificada pela tradição hindu.
Oficialmente, desde quando a Índia
adotou uma constituição em 1950, o sistema de castas foi abolido em todo o
território. Contudo, as tradições e a forte religiosidade ainda resistem às
ações governamentais e transformações econômicas que atingem a realidade
presente dos indianos. Enquanto isso, o regime tradicional já contabiliza mais
de três mil classes e subclasses que organizam esse complexo sistema de
segmentação da sociedade indiana.
http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/as-castas-indianas.htm
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