domingo, 11 de dezembro de 2016

Da próxima vez, sem cabeça...

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Mulheres são humilhadas e têm cabeças raspadas por traficantes no Rio e na Bahia

Mulheres têm cabeças raspadas por traficantes da Ladeira dos Tabajaras, no Rio

O interrogatório acontece na cozinha de uma casa na Ladeira dos Tabajaras, na zona sul do Rio de Janeiro. O chão está tomado por cabelos de três mulheres cortados à força. De cabeças raspadas, elas são questionadas a tapas e chineladas por traficantes do Comando Vermelho.

Em áreas dominadas pelo crime organizado, criminosos estabelecem as leis e as respectivas penas para quem as infringe. No caso de mulheres, namorar pessoas de comunidades rivais, passar informações sobre atividades dos traficantes à polícia, dever para a "boca de fumo" e até brigar em bailes são alguns dos "motivos" passíveis deste tipo de tortura.

O UOL teve acesso a dois vídeos recentes em que mulheres têm cabeças e sobrancelhas raspadas contra a vontade delas e que revelam que essa prática é realizada em favelas no Rio e na Bahia.

O Disque-Denúncia fluminense registrou 27 denúncias de mulheres torturadas por traficantes desde o ano de 2013 até o presente momento. Conforme relatos anônimos que chegam ao serviço, as adolescentes são as maiores vítimas da ação dos criminosos, que impõem suas regras em diversas comunidades do Estado.

Esse é o caso de uma das três mulheres que foram interrogadas, no dia 5 de novembro, por traficantes da Ladeira dos Tabajaras, uma favela incrustada entre os bairros cariocas de Copacabana e Botafogo. Dominado pelo Comando Vermelho, o lugar possui uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) desde 2010.

Segundo o delegado Deoclécio Francisco de Assis Filho, policiais militares da UPP Tabajaras estavam atrás de criminosos da região quando fizeram uma batida em uma casa e encontraram as três mulheres e um grupo de traficantes. 

Eles teriam se escondido na casa e obrigado uma delas a dizer que era mulher de um deles. Todos foram levados pela PM para a delegacia e as três prestaram depoimento. Ao voltar para a favela, elas foram acusadas pelos traficantes de serem "X-9" (dedo-duro) e foram torturadas.

Assis Filho está à frente da DPCA (Delegacia da Criança e Adolescente) e diz que foi aberto um inquérito, mas ele continua parado na delegacia porque as mulheres nunca voltaram para prestar depoimento e reconhecer os agressores. "O caso não foi adiante. Dependia de elas voltarem à delegacia para prestar depoimento", disse o delegado.

"Elas têm sorte de estarem vivas", diz delegado que abriu inquérito no Rio.

A mãe de uma das vítimas teria avisado ao delegado que a Defensoria Pública orientou para que elas não voltassem para prestar depoimento. A informação não foi confirmada pelo órgão. "Traficantes matam, mutilam, humilham. Elas têm sorte de estarem vivas", acrescentou o delegado.

"Só para reforçar: elas não são as únicas vítimas. Só tiveram a 'sorte' de ter o caso divulgado. Eles batem e raspam o cabelo das meninas que brigam no baile", diz um morador da Ladeira dos Tabajaras, sob a condição de anonimato. "Tem coisa que só que quem é da comunidade é quem sabe."

A Polícia Civil do Rio informou, por meio de sua assessoria, que as vítimas foram convocadas novamente para depor e identificar fotos dos suspeitos. No vídeo, é possível observar que são citados dois nomes de traficantes que atuam naquela localidade, sendo que um deles, após a realização de um trabalho de inteligência por policiais civis da 12ª DP, já foi identificado, afirma a nota.

O UOL apurou que a Defensoria Pública tentou colocá-las no programa de proteção à testemunha, mas elas não quiseram se afastar da família.

Regras do tráfico

Na cidade de Feira de Santana (BA), uma mulher grávida teve seus cabelos cortados por tesoura e as sobrancelhas raspadas por gilete por traficantes da Catiara, uma das quatro maiores facções criminosas da Bahia. Seu "crime" foi ter um relacionamento com um traficante de uma facção rival.

Por várias vezes, vê-se no vídeo que a mulher é obrigada a falar os gritos de guerra da facção, enquanto tem cabelos cortados no meio da rua de um bairro periférico da cidade --distante 92 km de Salvador e a mais populosa do interior baiano, com 623 mil habitantes, de acordo com estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O caso aconteceu no bairro de Queimadinha, no começo de outubro.

"Elas ainda ficam ainda mais vulneráveis nesses espaços em que o crime organizado domina, devido à omissão do Estado", afirma a promotora de Justiça Lívia Santanna Vaz, coordenadora do Gedem-MPBA (Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher do Ministério Público baiano).

Traficantes da facção Catiara cortam cabelos de mulher em Feira de Santana (BA).

A promotora vai enviar um ofício para a SSP-BA (Secretaria da Segurança Pública da Bahia) para obter informações oficiais sobre o caso. Procurada, a SSP-BA informou, com base em análises da Superintendência de Inteligência, que a vítima não quis prestar depoimento à delegacia sobre a agressão sofrida. Uma investigação foi aberta para identificar os traficantes.

Outro caso semelhante foi registrado em Salvador no bairro da Liberdade, em junho deste ano.

"Chegou a nosso conhecimento relatos de que mulheres que sofrem violência doméstica e moram em comunidades dominadas evitam acionar as autoridades, pois os traficantes proíbem a presença da polícia no local", informa a promotora. 

"Outras que chegam a denunciar o agressor e recebem proteção policial têm que se mudar para outras comunidades, por causa das ameaças dos traficantes."

Um investigador da Polícia Civil baiana, com mais de 30 anos de experiência, afirma que é comum que os próprios traficantes "resolvam" problemas de violência doméstica nas comunidades dominadas pelo crime organizado. "Eles mesmos dão o 'corretivo' no sujeito para que a polícia não entre no local."

Machismo

A socióloga Marta Tavares relembra que a prática dos traficantes remete à humilhação sofrida por milhares de francesas após a ocupação nazista no país durante a Segunda Guerra Mundial. Acusadas de colaborar com inimigo ou terem relacionamentos sexuais com oficiais nazistas, elas tiveram suas cabeças raspadas e suas roupas retiradas em praça pública.

"A mulher é vista como um objeto. É destituída a condição da mulher do sujeito. A própria sociedade, dentro da ordem patriarcal, coloca essas mulheres como propriedade do homem. Esses traficantes têm poder de vida e morte sobre essas mulheres", afirma Tavares, coordenadora do NEIM-UFBA (Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Mulher da Universidade Federal da Bahia).

"Essa agressão é a forma de coisificar, humilhar e destituir da mulher aquela imagem que constrói a imagem de feminilidade. Para os traficantes, raspar a cabeça dessas mulheres é uma forma de retirar as identidades delas."


Conto de fadas real...

<p>Reprodução/Lara Carter Photography </p>

Casal comemora 70 anos de casamento com ensaio fotográfico que nunca tiveram

Namorados desde o colegial, Ferris e Margaret Romaire subiram ao altar em 1946, mas não possuem sequer uma foto registrando o momento. Para o aniversário de 70 anos de casamento, a neta do casal decidiu dar aos avós a sessão de fotos que eles nunca tiveram.

Amanda Kleckley contratou a fotógrafa de casamentos Lara Carter para recriar o momento tão especial para os pombinhos. Ferris e Margareth, que têm 90 e 89 anos, respectivamente, se vestiram de noivos com direito a véu para a noiva e champanhe para celebrar. 

"Você pode ver o amor dos dois no jeito que eles interagem um com o outro e dão risadas juntos enquanto eu comandava as diferentes poses. Eles são o exemplo do que o casamento deve ser", contou Lara ao Huffington Post.

Ferris disse que o segredo para o casamento ser longo é "dar ao outro espaço e respeito e admitir que está errado, com exceção de Margareth, que nunca está errada". A cerimônia original aconteceu em 24 de novembro de 1946 e durou apenas 15 minutos, com festa simples na casa dos pais da noiva. 

Eles tiveram quatro filhos dos quais vieram oito netos e oito bisnetos. "Eles não possuem muito dinheiro, mas tem muitos valores compartilhados, o amor das crianças, ética, fé em Deus e senso de humor", descreveu a fotógrafa. Veja o ensaio do casal na galeria.


Pornochanchada em alta...

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Mapa mostra os 'produtos' de cada país mais procurados no Google

No Brasil, busca mais frequente é pelo custo de uma... prostituta.
  
Mapa mostra os "produtos" mais procurados no Google, de acordo com cada país.

RIO — De acordo com a sabedoria popular, certos países são associados a determinados produtos ou serviços: a cerveja na Alemanha, tapetes na Turquia e eletrônicos no Japão. Estes artigos, porém, nem sempre são o que as pessoas mais procuram nesses lugares.

O site de estimativa de custos "Fixr.com" divulgou um mapa que mostra o que os usuários do Google mais buscam em cada região, baseando-se na ferramenta de preenchimento automático de "Quanto custa um [x país]".

O mapa revelou, por exemplo, que a consulta mais corriqueira referente ao Japão é "Quanto custa uma melancia?". No Brasil e na Tailândia, as pessoas querem saber quanto custa uma prostituta. Em relação ao Irã, o preço de um rim é o mais pesquisado; enquanto acerca da Nigéria, os usuários procuram, com mais frequência, quanto custa um casamento.

Leia, abaixo, alguns resultados que vão do fascinante ao perturbador — e até criminoso.

1 - As pessoas querem saber quanto custa uma prostituta no Brasil (e na Tailândia).

2 - Querem saber quanto custa uma rinoplastia na Coreia do Sul.

3 - Querem saber quanto custa comida, no Cazaquistão.

4 - Querem saber quanto custa um rim, no Irã.

5 - Querem saber quanto custa voar num caça MiG, na Rússia.

6 - Querem saber quanto custa uma coca-cola, no Chile.

7 - Querem saber quanto custa um funeral, na Guiana.

8 - Querem saber quanto custa um galão de gás, na Venezuela.

9 - Querem saber quanto custa um casamento, na Nigéria.

10 - Querem saber quanto custam escravos (!!!!!!!), na Mauritânia.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/mapa-mostra-os-produtos-de-cada-pais-mais-procurados-no-google-20597047#ixzz4S4RMVMez

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Deixado para lá...

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Pai é condenado à prisão perpétua por morte do filho esquecido dentro do carro

Justin Ross Harris acompanha julgamento por assassinato.

Um homem foi condenado nos Estados Unidos à prisão perpétua, sem opção de recorrer à liberdade condicional, por esquecer o filho dentro de carro sob sol intenso, o que provocou a morte da criança, enquanto enviava mensagens com teor sexual no escritório.

O promotor Chuck Boring disse que Justin Ross Harris, de 36 anos e nascido na Geórgia, deixou que o bebê de 22 meses morresse "da forma mais horrível e inimaginável".

Harris alegou que esqueceu de levar o filho para a creche em 18 de junho de 2014 e que só percebeu que o havia deixado em sua cadeirinha vários minutos depois de deixar o trabalho de carro.

Os promotores, no entanto, afirmaram durante o julgamento que o acusado queria ficar livre de qualquer responsabilidade familiar.

Uma investigação revelou que Harris pesquisou na internet maneiras de viver sem filhos e como sobreviver na prisão, além de assistir vídeos de animais que morrem trancados em veículos expostos ao sol.

O caso deu uma guinada inesperada quando um detetive revelou que o acusado enviou mensagens de conteúdo sexual para seis mulheres, uma delas de 17 anos, enquanto o filho estava preso no carro.

Há três semanas, o júri o declarou culpado de homicídio doloso, crueldade e exploração de menores.

A juíza da Corte Suprema do condado de Cobb, Mary Staley Clark, anunciou a pena de prisão perpétua, além de 32 anos adicionais na cadeia por outros crimes.

"As provas apresentadas durante o julgamento e o veredicto do júri dizem tudo, basicamente", afirmou o promotor Boring. "As provas mostraram que o acusado se deixou levar pelo egoísmo e cometeu um ato indescritível contra o próprio sangue", completou.

Harris se recusou a falar durante a audiência de leitura de sua condenação.

O advogado de defesa, Maddox Kilgore, afirmou que pretende apresentar um recurso para solicitar novo julgamento.


Nem um salva...

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Fumar um cigarro por dia também aumenta risco de morte prematura, diz estudo

As pessoas que fumam apenas um ou menos cigarros por dia também correm um risco maior de morte prematura em relação aos que nunca fumaram, indica um estudo publicado na segunda-feira.

Fumar um cigarro ou menos em média por dia ao longo da vida aumenta em 64% o risco de morte prematura, e em até 87% entre os que fumam de um a dez cigarros por dia, afirmam os pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos (NCI), em uma pesquisa publicada na revista médica JAMA Internal Medicine.

"Os resultados deste estudo confirmam a vigência das advertências contra o tabaco e o fato de que não existe um nível (de consumo) sem riscos", disse Maki Inoue-Choi, diretora da Divisão de Epidemiologia do Câncer do NCI e autora principal do trabalho.


O tabagismo é responsável por cinco milhões de mortes por ano em todo o mundo, disse a pesquisadora.

Entre os fumantes leves, o risco de mortalidade diminui para aqueles que param de fumar em comparação com os que continuam fumando. E quanto mais jovens eles abandonam o cigarro, mais o risco diminui, segundo o estudo.

A mortalidade prematura entre os fumantes leves resulta principalmente do câncer de pulmão.

O risco de morrer de câncer de pulmão é nove vezes maior para as pessoas que fumam regularmente ao menos um cigarro por dia, em relação àqueles que nunca fumaram.

Entre os que fumam regularmente de um a dez cigarros por dia, a probabilidade de morrer de câncer de pulmão é cerca de 12 vezes maior que a dos não fumantes, segundo a pesquisa.

Embora os perigos do tabaco tenham sido bem documentados desde 1964, quando a máxima autoridade médica dos Estados Unidos emitiu pela primeira vez um relatório alertando contra o tabagismo, os efeitos sobre a saúde de um consumo baixo de cigarros - menos de dez por dia - não tinham sido estudados antes.

Para este estudo, os pesquisadores analisaram os dados médicos de mais de 290.000 adultos brancos de entre 59 e 82 anos, dos quais 22.337 (7,7%) fumavam, 156.405 (54%) eram ex-fumantes e 111.473 (38,4%) nunca tinham fumado.

Entre os fumantes, 159 afirmaram fumar menos de um cigarro por dia em média durante sua vida, e cerca de 1.500 relataram consumir entre um e dez cigarros por dia.


Atenção, preparar para o impacto...

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Especialista diz que posição de impacto é fundamental para reduzir riscos

Em sua primeira declaração após acidente com o avião Avro RJ-85 que transportava o time da Chapecoense, o comissário de bordo Erwin Tumiri afirmou que só sobreviveu porque seguiu todos os procedimentos de segurança.

O principal ponto foi ter se mantido calmo e adotado a posição de impacto – sentado com o corpo curvado para frente e com a cabeça próxima ao joelho. A orientação de como se posicionar corretamente em caso de queda consta em todos os cartões de segurança a bordo de todos os aviões.

A presidente do conselho da SBMA (Sociedade Brasileira de Medicina Aeronáutica), Vânia Elizabeth Ramos Melhado, diz que não é possível afirmar categoricamente que se todos os passageiros tivessem seguido as instruções haveria mais sobrevivente na queda do avião. "Acredito que se todos tivessem adotado a posição recomendada diminuiria o risco de morte. Isso é o que já foi provado em vários estudos", afirma.

Segundo ela, a recomendação para adotar a posição de impacto foi feita pelos órgãos internacionais de aviação civil após diversos estudos de qual seria a melhor forma de proteger o corpo humano.

"A posição diminui a área de impacto do corpo e protege os órgãos vitais de perfurações que possam ocorrer", afirma.

Localização dentro do avião

Logo após o acidente, alguns especialistas chegaram a cogitar que os sobreviventes, provavelmente, estavam sentados na parte traseira do avião. No entanto, a presidente da SBMA afirma que não há como precisar qual seria o melhor local para sentar dentro do avião.

"O que influencia é onde o avião sofreu o impacto e onde os sobreviventes estavam sentados. Não há como precisar um assento mais seguro para todos os casos. É preciso avaliar a forma como o avião teve o impacto. São muitas variáveis", afirma.

Exemplos reais

Na história da aviação há diversos exemplos nos quais a adoção da posição de impacto pelos passageiros contribuiu para salvar vidas. Um dos exemplos mais notáveis aconteceu em janeiro de 2009, quando um Airbus A320 da US Airways pousou no rio Hudson, em Nova York. Todos as 155 pessoas a bordo sobreviveram.

Em seu site, a autoridade de aviação civil australiana cita outro caso de acidente no qual a posição de impacto pode ter salvo uma vida após. O caso ocorreu após a queda de um avião bimotor com 16 passageiros a bordo. A maioria estava dormindo no momento, com exceção de um, que acordou, adotou a posição de impacto e foi o único sobrevivente.


Mais uma etapa superada...