Um Furacão de Cunhada
O samba rolava solto no quintal,
eu já tinha bebido demais, talvez por isso tudo tenha acontecido, ou talvez
não, dizem que às vezes o álcool é o combustível da coragem, enfim.
O aniversário de Júlio, marido da
irmã de minha esposa, estava sendo regado a um novilho que a família, após
juntar as economias, comprara, e cerveja, muita cerveja, não me lembro se fora
o aniversariante ou Marcos, um dos grandes amigos da família, quem apareceu com
duas garrafas de refrigerante cheias de batidas de pêssego com vodka, só sei
que depois de três ou quatro doses daquilo, lá estava eu, sentado no terraço,
em uma velha cadeira de madeira, olhando as estrelas e respirando com
dificuldade, cabeça girando, o som do samba lá embaixo no quintal parecia
flutuar dentro do meu crânio, definitivamente eu estava alto demais.
—Não tá gostando da festa, cunha?
Era Anne, minha cunhada.
—Tô, só quero dar um tempo, acho
que eu bebi demais.
Anne riu, seu sorriso era alvo,
contrastava com sua pele negra e bem cuidada, usava um vestido florido de pano
mole que deixava em evidência as belas curvas do seu corpo.
—Bebeu demais é? — Anne perguntou
se sentando perto de mim, sobre uma caixa plástica cheia de revistas em
quadrinhos antigas.
Balancei a cabeça confirmando e
rimos juntos, eu sempre tive uma queda por ela, não havia como não ter, Anne
era tudo o que sua irmã, minha esposa, não era.
Enquanto minha esposa Alessandra
fazia a linha comportada, cabelos sempre presos, roupas que mostravam bem
pouco, ou quase nada, de seu corpo, maquiagem branda e quase nenhum acessório.
Anne era um furacão, uma
homenagem pecaminosa da natureza para deleite dos olhos masculinos. Seu corpo
esguio e bem torneado, moldado por horas de samba quase que diários na quadra
da escola do bairro, culminava em um quadril agudo e uma bunda empinada,
redonda, sensual e perfeita.
Jamais cobria suas pernas, nem
havia porquê, suas belas e grossas coxas estavam sempre à mostra, prontas para
instigar a imaginação de quem as admirassem.
—Júlio também está passando dos
limites — cruzou as pernas de modo sensual —, daqui a pouco vai dormir e deixa
os convidados tudo por minha conta.
Joguei duas balas de mel para
dentro da boca e sorri.
—Seis anos de casamento e não
consigo nem chegar perto de ter um bebê!
Não sei se a causa fora a bebida,
provavelmente, mas a verdade era que Anne estava se abrindo comigo.
—É só continuar tentando, filho é
assim mesmo, quando você menos esperar a cegonha vai te deixar um presente,
tenho certeza!
Anne sorriu e se levantou, ela
agora encarava a festa lá embaixo, de costas pra mim, sua bunda era algo que eu
desejava desde a primeira vez que a vi, naquele vestido ela parecia ainda maior
do que era, mesmo bêbado eu podia sentir uma ereção crescer em meu jeans.
—Enquanto isso você e a Cláudia
já tiraram dois, né? — perguntou já sabendo a resposta.
—Sua irmã não quer mais filho, a
ideia de tirar, as duas vezes, foi dela — minha voz denunciava o quanto eu me
sentia culpado com aquela situação.
—Você é bem fértil, eu admiro
isso em um homem!
Um samba animado começou a tocar,
Anne começou a sambar alegremente, mãos nas cadeiras, as coxas roliças
bailando, a bunda redonda balançando de modo sensual, minha ereção já era
completa.
—Agora que aquele amigo idiota dele
chegou deu ruim, não vai lembrar que tem mulher tão cedo — falou sem parar de
dançar.
Anne não gostava de Lúcio, um dos
melhores amigos de seu marido, o achava mulherengo, irresponsável, intrometido
e encostado, achava um total absurdo um homem de trinta e nove anos viver às
custas da pensão da mãe.
—Deixa pra lá, hoje é aniversário
dele, não vai se estressar à toa!
Anne sorriu e me mandou um beijo
pelo ar.
—Quero mais é que eles se
explodam, o aniversário é dele, mas quem vai ganhar o presente sou eu!
Anne se aproximou dançando e logo
já balançava a bunda perfeita que Deus havia lhe dado bem próximo ao meu rosto,
eu a comia com os olhos, ela ria dos meus olhares, jogava os braços para os
lados e sambava de forma cada vez mais sensual.
—Você me acha gostosa? —
perguntou com as mãos na cintura e sambando miudinho de frente para mim.
Engoli em seco e olhei em volta,
não sabia o que dizer, quando a fantasia vira realidade as coisas não são tão
simples assim.
—Pode responder, cunhadinho,
minha irmãzinha está botando o papo em dia com nosso pai, você sabe o quanto
eles são apegados.
Eu só consegui balançar a cabeça
dizendo que sim.
—Abre as calças! — seu tom era de
ordem.
Respirei profunda e pesadamente,
foi como se todo o álcool se evaporasse do meu sangue com aquela pergunta,
minha cunhada, que eu sempre desejei em silêncio, agora estava ali, diante de
mim me ultimando a abrir as calças e libertar meu membro.
—Gosta das minhas coxas? Ela
mordia os lábios e puxava devagar o vestido para cima, já quase mostrando a
calcinha que usava.
Eu abri minhas calças e sorri de
modo sacana antes de responder.
—O que você acha? — perguntei
balançando o membro já completamente ereto com a mão direita.
Anne se virou de costas e tirou o
vestido de uma só vez, usava uma calcinha minúscula vermelha, ela sumia dentro
de tanta abundância.
—Vou te dar o que você quer desde
o dia que me conheceu, quando me viu chegando da academia com aquela leg preta.
Ela puxou a calcinha pro lado e
sentou-se sobre meu membro que já escorria de desejo, começou a subir e descer
o quadril em um ritmo suave, erótico, olhava por cima do ombro e sorria de
forma safada, estava se divertindo com meu fascínio por ela.
—Ohh, Anne, que delícia! – eu a
segurava pela cintura.
—Sente, cunhadinho, sente!
Era como se ela me masturbasse
com os movimentos de seu quadril, ora rápidos, ora lentos e carinhosos.
Acariciei por cima de sua barriga
e subi até os seios médios, pontiagudos, de bicos pequenos e arredondados, eu
agora os tinha nas palmas de minhas mãos.
Anne subia e descia o quadril,
seus movimentos engoliam meu membro o envolvendo e apertando, ela era muito
apertada e quente.
—Isso, cunhadinho, deixa vir
deixa, toma o que você sempre quis!
Anne rebolava de um modo tão
erótico sentada sobre mim que eu já dava anúncios de meu gozo iminente, minha
respiração já estava ofegante, era como se mais nada houvesse no mundo, só eu e
ela ali, se entregando às garras do adultério.
Aquela preta era uma tentação,
povoava meus sonhos eróticos desde sempre.
—Desse jeito eu não vou aguentar
mais, Anne!
.
Minha cunhada então, rapidamente,
se levantou e voltou a se sentar sobre meu membro duro, latejante, agora de
frente para mim.
Seus lábios carnudos beijavam
minha boca enquanto ela mexia a pélvis para frente e para trás, como em uma
dança pecaminosa, delirante.
—Ahh, oohhh, uunhh, Anne! — eu
gemia entre um beijo e outro.
Minha cunhada lambia sensualmente
meu pescoço sem parar de se mexer sobre meu membro, eu apertava de forma gulosa
sua carnuda bunda.
—Ai, cunhadinho, que delícia esse
teu pau! Suas palavras chulas me excitavam ainda mais.
—Ele tá tão duro, gostoso, ai meu
cunhadinho, que delícia! — sussurrava em meu ouvido.
Eu amassava entre os dedos a
carne macia da bunda de minha cunhada, a apertava com gula, gana.
—Ssss, Anne, ssss, como você é
gostosa, eu vou...
Não consegui terminar, meu gozo
explodiu dentro da boceta de minha cunhada, ela agora girava o quadril
rebolando rapidamente sobre meu membro, os jatos de esperma se multiplicavam
dentro dela que me encarava passando a língua por sobre os lábios, me
provocando enquanto eu apertava cada vez mais forte sua bunda.
—Nossa, cunhadinho, como você
goza forte!
Ela jogava a bunda lentamente de
um lado para o outro devagar e esfregava os seios em meu tórax.
—Isso foi uma loucura, Anne!
Ela se levantou sorrindo e
ajeitou a calcinha no lugar, se curvou e me beijou nos lábios.
—Vai ser o nosso segredinho, e
vai se chamar Mateus, ou Janaina se for mulher! — ela alisava a barriga com
carinho, como as grávidas fazem.
Anne acariciou meu queixo e
passou o indicador de leve sobre meus lábios, se virou de costas e jogou o
vestido de volta sobre as curvas do seu belo corpo, foi embora sorrindo e
acenando para mim.
Lá embaixo o samba era alto, a
bebida gelada, e a animação cada vez maior, me recostei na velha cadeira de
madeira em que estava sentado tentando me refazer daquele furacão que havia me
arrebatado e um pensamento quase tão louco quanto tudo o que havia acontecido
me passou pela cabeça: daqui a nove meses nós estaríamos ali novamente,
comemorando outro aniversário, ou como dizem por aí; bebendo o mijo do bebê.
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