sábado, 28 de dezembro de 2013

Raio x social...







Mais de um terço dos jovens de UPPs não estudam e trabalham
Na faixa de 15 a 18 anos, o percentual dos jovens que não estudam, nem trabalham cai para 12%

Estudante faz prova: enquanto 48% dos maiores de 21 anos têm pelo menos o ensino médio completo, entre seus pais e mães a escolaridade é bem menor.

Rio de Janeiro – Cerca de 34% dos jovens de 18 a 29 anos de idade que moram em comunidades pacificadas do Rio de Janeiro, não trabalham nem estudam.

O dado consta do estudo Somos os Jovens das UPPs, divulgado hoje (27) pelo Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro).

Na faixa de 15 a 18 anos, o percentual dos jovens que não estudam, nem trabalham cai para 12%.

O levantamento foi feito com 1.652 jovens de 15 a 29 anos de sete comunidades com unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) – Jacarezinho, Manguinhos, Mangueira, Prazeres/Escondidinho, São Carlos, Vidigal e Coroa/Fallet/Fogueteiro. São áreas nas quais a Firjan desenvolve o Programa Sesi Cidadania.

De acordo com a Firjan, os números apontados no estudo mostram a necessidade de investimento em educação nessas comunidades. Um dos dados revela que 46% dos jovens entre 15 e 17 anos ainda não chegaram ao ensino médio, e dos que têm 18 anos ou mais, 57% não conseguem completar o ensino regular escolar.

Outros dados apontados no estudo mostram a precocidade com que os jovens das comunidades pesquisadas assumem responsabilidades de adultos: 17% dos que têm entre 15 e 29 anos tiveram filhos entre os 12 e os 17 anos, e 13% dos que estão na faixa de 15 a 17 anos já ajudam financeiramente suas famílias.

Segundo a Firjan, um fator positivo apontado no diagnóstico é o grande avanço dos jovens de hoje em relação à geração anterior.

Enquanto 48% dos maiores de 21 anos pesquisados no estudo têm pelo menos o ensino médio completo, entre seus pais e mães a escolaridade é bem menor, de 14% e 16%, respectivamente.

Com relação ao ensino superior, apenas 3% dos pais chegaram à universidade, contra 12% de seus filhos maiores de 21 anos.

O estudo aponta ainda a importância dada à educação pelos jovens de hoje das comunidades contempladas com UPPs, mesmo entre aqueles que não conseguiram chegar ao ensino médio.

Valorizado por 94% dos jovens, o fato de ter um diploma é considerado por 20% deles o aspecto mais importante para o mercado de trabalho.
http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/mais-de-um-terco-dos-jovens-de-upps-nao-estudam-e-trabalham

Nem to aqui, nem ali, nem lá...



Dias de ninguém
O período entre o Natal e o Ano Novo é o melhor do ano porque nada parece acontecer, nem mesmo os acontecimentos

Eu me sinto feliz logo que termina o Natal e o Ano Novo está a cinco dias de acontecer. Parece que o mundo suspende a descrença e os homens passam a experimentar um intervalo quando tudo parece possível, salvo os fatos. Nada parece acontecer, nem mesmo os acontecimentos. 

Há um clima de contagem regressiva até a virada do ano que pelo menos eu gostaria de assistir em câmera muito lenta para que nunca chegasse ao final. Como Aquiles que jamais alcançará a tartaruga, já que ele se desloca em um espaço divisível ao infinito, mantendo-se em eterna desvantagem em relação ao trajeto da tartaruga. 

Gosto de ser Aquiles e o calendário, a tartaruga no mundo em que linguagem, a realidade e a lógica se embaralham. Alguns chamam esse estado de devaneio, ou fantasia.

É o momento em que vale apena habitar os dias de ninguém, os meus favoritos. Vivo mais neles do que em outros dias do ano, pois consigo respirar e resolver problemas que foram prorrogados até o limite. Até problemas não parecem um problema. É como se, em 60 horas, a eternidade se apresentasse e eu pudesse senti-la sem ter de me angustiar ou morrer para isso.  

No entanto, infelizmente, fatos continuam a ocorrer nesse período. Jornalistas vivem de notícias, mas torcem para que elas não aconteçam entre as festas de fim de ano. Muitas catástrofes costumam acontecer, independentemente da vontade dos homens de notícia. 

Agora é a estação das chuvas no Sudeste do Brasil e morros e casas despencam e rios inundam os vales, deixando milhares de flagelados. Foi em 26 de dezembro de 2004 que o tsunami atingiu a Indonésia, matando 230 mil pessoas. Como se fôssemos acordados com gritos de terror no meio de um sono bom, um sono sem sonhos. Não, isso não pode ter acontecido...

Mas nem tudo são tragédias. Poucas horas atrás o cantor canadense Justin Bieber divulgou na sua conta do Twitter que vai se aposentar. Aos 20 aos. Presentes de Natal são sempre bem-vindos, mesmo que de última hora, como este de Bieber. A retirada de cena de Bieber abrilhantará a cena musical por muitos anos. Tomara que ele cumpra a promessa. 

Quantos jovens não seriam poupados de acampar por meses nos estádios para esperar para que ele interrompa seu show de dublagem no meio?  Não sou um belieber para acreditar nele. Mesmo assim, se outras jovens celebridades do mesmo naipe seguissem o Twitter de Bieber e o levassem ao pé da letra como inspiração, talvez o mundo se enchesse de alegria. 

Seria maravilhoso assistir à suspensão perpétua de Selena Gomez, Demi Lovato, One Direction (esses New Kids on the Block da Cool Britannia), Lindsay Lohan e mesmo o bando de criancinhas que enxameiam os canais de televisão e os jovens escritores que acham que escrevem bem. 

A interrupção precoce dessas carreiras enriqueceria o planeta e colaboraria com a restauração de um pouco de ar puro no meio ambiente. Mas talvez Bieber tenha produzido apenas uma ocorrência nula, um factoide.

Devo ter cuidado para não resmungar como em outros dias do ano, se quiser manter a alegria que este interregno me traz. O ano já acabou, embora restem algumas horas que podem ser aproveitadas com grande intensidade. 

Até mesmo a igreja católica aboliu o limbo, o espaço simbólico onde moravam as almas boas que, segundo os antigos sábios da patrística, não alcançaram o advento do cristianismo. Com a licença de Santo Tomás de Aquino, quero crer que o limbo existe na Terra e se estende do fim do Natal ao dia 31. 

O limbo e a suspensão do tempo não são mera convenção, porque todo mundo sente coletivamente a passagem do tempo quando ela é ritualizada por bilhões. O resultado é uma violenta liberação de energia que chega ao paroxismo no Réveillon. A mesma regra vale para quando bilhões, antes de explodir, combinam dar um tempo na história para desfrutar do limbo. O melhor das festas é esquecer que elas existem. Ou nem isso.
http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/luis-antonio-giron/noticia/2013/12/dias-de-bninguemb.html

Mártir...




Meu encontro com Mandela
Vi quando Mandela pediu para ir à cozinha. Queria encontrar os negros brasileiros

Quando Nelson Mandela visitou pela primeira vez o Brasil, em 1991, recém-libertado após 27 anos de prisão, ainda não era presidente. Mas já era um estadista mundial, um ídolo pop, adorado pelas multidões. Almoçou na Bahia, na casa de Antônio Carlos Magalhães, o Palácio de Ondina. 

Os pratos eram afro-brasileiros, do vatapá às frutas-de-conde. Os comensais eram brancos, a elite de um país mestiço. Baianas de turbantes serviam acarajés no varandão. Eu estava lá, numa das mesas. Vi quando Mandela pediu para ir à cozinha. Ele queria encontrar os negros brasileiros, o pessoal com a cor de sua pele, em meio a panelões de barro e garrafas de dendê. Na casa grande, ele ansiava pela senzala.

Não era uma provocação a seus anfritriões. Mandela queria só abraçar quem tinha cozinhado para ele. Sorrindo e suando, chegou perto do fogão. Uma fila de cozinheiras e garçons fez festa e cantoria, Mandela ensaiou uns passos de dança e foi envolvido por todos, para desconsolo de seus seguranças. Sorrindo e suando mais ainda, voltou para a companhia dos brancos engravatados. 

Eu adorava as túnicas coloridas de Mandela em ocasiões oficiais, embora ali estivesse de terno. O mais impressionante, além de suas palavras, de sua história e de seu porte, era o sorriso sereno que dissipava constrangimentos e discórdias.

Não havia túnica justa com ele. Porque não havia rancor. Mandela percebeu rapidamente, ali na Bahia, que o Brasil estava longe de ser uma democracia racial. Não por ódio ou segregação formal. Mas pela falta histórica de representatividade dos mestiços e negros nos altos postos da sociedade, da economia e da política. 

Pedia aos brancos brasileiros apoio a sua eleição para a Presidência da África do Sul pós-apartheid. Tinha toda a autoridade do mundo para pedir o que fosse. Seu sonho sempre foi a conciliação e a união entre homens e mulheres de boa vontade, de todos os credos e cores.


Após intensos seis dias no Rio de Janeiro, Brasília, Espírito Santo, São Paulo e Bahia, suas primeiras declarações encantaram os brasileiros. “Quase fomos mortos de tanto amor”, disse Mandela. No Rio, afirmou: “Quando vejo seus rostos, tenho a sensação de estar em casa, porque a mistura da população é como a nossa. E damos as boas-vindas a esse fato, porque a miscigenação enriquece o país”.
Nelson Mandela visitou Salvador em agosto de 1991 
Nelson Mandela visitou Salvador em agosto de 1991 (Foto: Wilson Besnosik/ Arquivo/Ag. A Tarde)


Eu tinha uma ligação importante com a África do Sul. Como jornalista, rodei durante duas semanas as principais cidades em 1989, pouco antes de Mandela ser libertado. Fui a Soweto e Crossroads, as “townships” negras. O país vivia a transição do odioso apartheid para as primeiras eleições livres, com voto negro. O presidente branco, Frederik De Klerk, coordenou essa passagem, e isso lhe valeu a honra de partilhar com Mandela o Nobel da Paz tempos depois.

Na minha viagem, a surpresa foi ver de perto a disputa sangrenta entre os negros sul-africanos. Achava impossível que Mandela conseguisse unir zulus e xhosas, apaziguar aquele caldeirão de raiva. Mais negros eram mortos por negros que por brancos. Nada foi impossível para Mandela, por força de seu carisma, caráter e obstinação. 

Ele teve três nomes e três mulheres. Nasceu Rolihlahla Dalibhunga em 1918. Tornou-se Nelson por causa de uma professora de inglês. Protestante, era chamado de Madiba em sua comunidade de língua xhosa. Condenado à prisão perpétua em 1964 pela militância contra o racismo, foi levado secretamente para Robben Island, em isolamento. Rejeitou todos os acordos propostos pelo governo na tentativa de subjugar sua consciência. Dizia que só homens livres podem negociar. Em 6 de maio de 1994, foi eleito presidente. Votava pela primeira vez.

Minha relação com a África do Sul me permitiu trocar palavras com Mandela em Salvador, em 1991. Ele chamou os quitutes baianos de “terrific” (sensacionais): “Uma das razões para que um dia eu volte ao Brasil”. Em Salvador, ele recebeu minhas perguntas e entregou as respostas por escrito no hotel Copacabana Palace, ao se despedir do Brasil. Nessa entrevista, a única em sua visita oficial, disparou uma de suas armas favoritas: a sinceridade.

“Está bem claro”, afirmou, “que sociedades com uma história de racismo brutal, como a escravidão no Brasil, não podem esperar que a solução para o legado dessa discriminação venha tão somente de sua Constituição.” O líder sul-africano também falou sobre as cotas na educação: “Acredito que programas de ação afirmativa para os negros devam começar no pré-escolar e no ensino fundamental, e não só em universidades. Mas (...) essas medidas precisam ser acompanhadas por um avanço econômico das comunidades mais carentes”. Isso foi dito por Mandela, no Brasil, há 22 anos.

Esta semana acabou triste.
http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ruth-de-aquino/noticia/2013/12/meu-encontro-bcom-mandelab.html

Burocracia extremada...





O país dos alvarás
Como a tradição brasileira de exigir papéis que nem as autoridades levam a sério favorece a informalidade e estimula a corrupção

O auditório do Memorial da América Latina não tinha alvará de funcionamento quando pegou fogo, em 29 de novembro. Nunca teve, em duas décadas de existência. Como a obra em execução era diferente do projeto aprovado pela prefeitura de São Paulo, também estava irregular a construção da Arena Corinthians, onde morreram dois operários, no dia 27. 

Faltavam alvarás à boate Kiss, de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, quando um incêndio em janeiro matou 242 pessoas. A quantidade de construções sem alvará envolvidas em tragédias recentes pode passar a impressão de que esses documentos funcionem como atestado de segurança. Infelizmente, é só uma impressão. Em vez de “tragédias”, use outro critério para filtrar o universo de edificações do país. Por exemplo, “estádios da Copa do Mundo”. 

A falta de alvará também será frequente. “Há uma década, pesquisamos cinco cidades do Rio de Janeiro. Sete em cada dez construções não tinham alvará”, afirma o advogado João Geraldo Piquet Carneiro, ministro da Desburocratização no governo João Figueiredo e presidente do Instituto Helio Beltrão, ONG dedicada a estudar a burocracia no país. “Um imóvel com alvará pode ser inseguro e um imóvel sem alvará pode funcionar normalmente.”  
 O QUE RESTOU O cenário de destruição do auditório Simon Bolívar, um dia depois do incêndio (Foto: Avener Prado/Folhapress)
O QUE RESTOU 
O cenário de destruição do auditório Simon Bolívar, um dia depois do incêndio.

O provisório permanente 
O provisório permanente (Foto: Reprodução/ÉPOCA)

O alvará é então apenas um pedaço de papel? A julgar pelo comportamento das autoridades, alvará é isso mesmo – apenas um pedaço de papel. Não tem utilidade prática. A prefeitura de São Paulo nunca concedeu alvará de funcionamento ao auditório do Memorial da América Latina. Paradoxalmente, só neste ano, usou três vezes aquele espaço para eventos. 

O Maracanã, no Rio de Janeiro, estádio reformado para a Copa do Mundo de 2014, funciona amparado por um alvará provisório, válido até 11 de abril de 2014. Teoricamente, poderá perder a autorização para funcionar um mês antes da Copa. Mas ninguém se preocupa com isso. Situação semelhante ocorre no Mané Garrincha. 

O estádio de Brasília não tem o “habite-se”, certidão de que a obra seguiu o projeto aprovado, exigida para a concessão do alvará de funcionamento. Tal detalhe não impediu a partida inaugural da Copa das Confederações, em junho, com a presidente Dilma Rousseff na tribuna. Amparado por autorizações provisórias, o Mané Garrincha já recebeu 17 eventos, como o jogo entre Santos e Flamengo, com 63.501 espectadores. Deverá receber sete partidas da Copa do Mundo. 

Em nota, o governo do Distrito Federal afirma que a emissão do alvará de funcionamento exige o cumprimento de “extenso rol de exigências técnicas, que inclui, por exemplo, a análise de cerca de 2 mil plantas do projeto da arena”. “A emissão posterior do alvará definitivo não impede, de forma alguma, o uso seguro e de acordo com a legislação”, diz a nota.

A afirmação do governo é tão verdadeira quanto desconcertante. Se o alvará fosse levado a sério como atestado de conformidade com as leis, nenhum evento deveria ocorrer até sua concessão. Mas o estádio funciona mesmo assim, porque o alvará, na verdade, é uma mera formalidade. Em Brasília, os prédios da Esplanada dos Ministérios, da Câmara dos Deputados e do Senado, pertencentes à União, também não têm alvará. É a mesma situação, em São Paulo, da Pinacoteca do Estado, administrada pelo governo estadual, e do Museu de Arte de São Paulo (Masp), ponto turístico mais procurado da cidade.

Em vez de dar o exemplo no cumprimento das leis, o Estado desmoraliza o alvará. O Brasil vive assim uma contradição: é o país onde, para quase tudo, se exige um alvará – mas ele raramente é levado a sério. A onipresença e a desmoralização do alvará são antigas. Em 1809, Dom João VI assinou o Alvará Régio que autorizou o funcionamento da Praça do Commercio, no Rio de Janeiro. A utilidade da permissão era discutível, uma vez que ela não mudou o mercado já existente. O selo real servia sobretudo como mostra de poder, necessária ao imperador absolutista. O Brasil declarou independência de Portugal em 1822, tornou-se uma República em 1889 e, desde a Constituição de 1988, funciona como democracia plena. Os alvarás e seu ranço imperial, porém, permanecem.

Mais de 100 dias de burocracia (Foto: ÉPOCA) 
Mais de 100 dias de burocracia 

O uso do alvará como mero instrumento de afirmação de poder está tão enraizado nos costumes brasileiros que frequentemente gera disputas entre diferentes instâncias institucionais. Uma esfera de poder resiste a aplicar ou cumprir as exigências de outra. A prefeitura de São Paulo não fiscaliza as condições de segurança das escolas públicas estaduais, porque há uma controvérsia jurídica sobre se elas dependem de alvarás municipais. 

Preocupado com o risco aos alunos da rede pública, o promotor Carlos Alberto Amin Filho propôs um acordo para que as escolas fossem submetidas a inspeções. “A lei exige esses autos de vistoria”, diz Amin. “É um reconhecimento de que os edifícios respeitam as normas técnicas.” Não deu certo. Apenas 72 das 1.153 escolas estaduais na capital paulista têm certificado de vistoria dos Bombeiros. O conflito entre esferas de poder também mantém as lojas de aeroporto no limbo. 

A Constituição diz que a infraestrutura nos aeroportos é de competência da Infraero. Ela pode construir pistas de pouso sem a necessidade de uma licença municipal. Mas há uma polêmica: essa interpretação vale também para as lojas nos aeroportos? “Os fiscais da prefeitura visitam as lojas, exigem alvarás, dão multas, e a Infraero contesta”, diz Heloisa Uelze, advogada especializada em Direito Público. “Quem tem loja em aeroporto vive pedindo alvará à prefeitura. O documento nunca chega, mas o pedido serve para o lojista recorrer das multas.”

Como União, Estados e municípios têm autonomia para criar suas regras, sem compromisso de torná-las integradas ou, ao menos, coerentes, quem está sujeito a elas paga o preço de viver um inferno burocrático. “Só em normas tributárias, surgem mais de 30 por dia no Brasil, nos três níveis da Federação. Dá uma nova norma a mais por hora em todo o Brasil”, afirma Roberto Abdenur, presidente executivo do Etco, Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial. “Para lidar com a variedade e complexidade de regras, as empresas brasileiras têm departamentos de finanças seis vezes maiores que similares no exterior. Executivos estrangeiros que vêm trabalhar no Brasil se espantam.”
 DILMA E O DILEMA A presidente Dilma Rousseff no estádio  Mané Garrincha, em junho. Se  o campo pode receber jogos, por que não  tem alvará ?  Se faltam análises para o alvará, por que recebe jogos? (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR )
DILMA E O DILEMA A presidente Dilma Rousseff no estádio  Mané Garrincha, em junho. Se  o campo pode receber jogos, por que não  tem alvará ?  Se faltam análises para o alvará, por que recebe jogos? 

DILMA E O DILEMA
A presidente Dilma Rousseff no estádio Mané Garrincha, em junho. Se o campo pode receber jogos, por que não tem alvará ? Se faltam análises para o alvará, por que recebe jogos? 

O emaranhado de instâncias e exigências faz do Brasil um dos piores lugares do mundo para empreender. No ranking Doing business 2014, do Banco Mundial, o país ocupa a 116ª posição, num total de 189 economias. Dos dez aspectos avaliados, em quatro, o Brasil tem mau desempenho por causa do excesso de burocracia na concessão de autorizações. “Regularizar um empreendimento no Brasil nem é tão caro, em comparação com outros países”, afirma Rita Ramalho, economista do Banco Mundial. 

“Mas são tantos documentos exigidos que o processo se torna complexo e demorado.” Segundo ela, regularizar uma obra no Brasil (os dados referem-se à cidade de São Paulo) requer 15 procedimentos e demora 400 dias – sete vezes o tempo da Colômbia. “Demora tanto que muitos construtores não esperam o alvará para começar a obra”, diz André Sacconato, diretor de pesquisa da Brain, organização do mercado financeiro dedicada a atrair investimentos para o Brasil. 

Potenciais inquilinos de prédios comerciais ficam, porém, reticentes em fazer investimentos sem a segurança da licença. “Metade dos shopping centers na cidade de São Paulo está irregular, e shoppings novos são inaugurados com lojas fechadas”, afirma João Baptista, diretor de franquias da lanchonete Rei do Mate. “Os comerciantes ficam com medo. E se depois o shopping não conseguir o habite-se? O cara vai investir R$ 350 mil numa loja e depois desistir, porque o shopping não conseguiu alvará?”

Os mesmos órgãos públicos que exigem o alvará são responsáveis pela demora na concessão. Em São Paulo, a equipe da prefeitura dedicada aos alvarás é pequena e pouco especializada. “A prefeitura de São Paulo tem 561 fiscais responsáveis por avaliar obras em propriedades privadas e em vias públicas, validade de licenças de funcionamento e invasões de áreas municipais – e só 18 arquitetos e engenheiros no trabalho interno, responsáveis por analisar pedidos de alvará”, diz Paula Maria Motta Lara, secretária municipal de Licenciamento. “No começo do semestre, o prefeito autorizou a contratação de mais engenheiros e arquitetos.”

Segundo Sacconato, da consultoria Brain, medidas simples poderão reduzir o tempo de regularização de uma obra de 400 dias para 90, até 2016. Até junho deste ano, obras de características e interesse público tão diversos quanto padarias e hospitais entravam numa mesma fila de aprovação. Eram fiscalizadas por uma única equipe da prefeitura de São Paulo – isso comprometia a qualidade e a rapidez da inspeção. 

Desde julho, os procedimentos de aprovação foram aperfeiçoados, com a criação de equipes específicas por setor. Isso deverá fazer a fila de obtenção de alvará andar mais rápido e reduzirá a demora para os empreendedores. Mas ainda é pouco. Segundo o Banco Mundial, abrir um negócio no Brasil leva 108 dias. Na Nova Zelândia, a mesma tarefa leva meio dia. Governos e governos já prometeram melhorar a situação, em vão. 

A promessa do momento é feita por uma agência da prefeitura paulistana criada neste ano, a São Paulo Negócios. Ela revisa a tramitação da abertura de empresas. Se o trabalho, ao contrário das promessas anteriores, der resultado, até o fim de 2014, o tempo médio para abrir um negócio com documentação em dia na cidade será de uma semana. 

E um terço dos negócios, os mais simples, será aberto em apenas um dia. Ainda estaremos longe da Nova Zelândia, mas mesmo esse objetivo parece ousadíssimo, dado o pantanal em que nos encontramos hoje. “Abrir um negócio toma tanto tempo que o alvará provisório é válido por dois anos”, diz Baptista, do Rei do Mate. “Muitos negócios fecham antes de receber o documento de abertura. É triste.”
 Não alvarás (Foto: ÉPOCA)

Não alvarás 

Demorada e sujeita a critérios subjetivos, a concessão de alvarás no Brasil é um convite à corrupção. O Índice de Percepção de Corrupção 2013, divulgado pela ONG Transparência Internacional, confirma a relação entre excesso de burocracia e corrupção. “Quanto mais caros e demorados são os trâmites de um país, mais frequentes são os casos de suborno”, afirma a economista Rita, do Banco Mundial. “O empresário pede um alvará, e a resposta leva seis, sete, nove meses para chegar. Imagine uma empresa parada esse tempo todo, pela falta de uma assinatura”, diz Vicente Bagnoli, presidente da Comissão da Concorrência e Regulação Econômica da OAB-SP. “Muitas vezes surgem os ‘vendedores de facilidades’.”

Implantados no Brasil pela Coroa Portuguesa, os alvarás servem agora a pequenos déspotas, encastelados em órgãos de fiscalização e expedição de documentos. Como se estivessem no Brasil Colônia, fiscais distribuem autorizações de utilidade discutível, em troca de obediência ou dinheiro. O achaque de fiscais é talvez a modalidade de corrupção mais difundida no país. 

“Um fiscal do município fechou meu estabelecimento porque eu não tinha um documento devido pela própria prefeitura”, afirma “Paulo”, um empresário de porte médio do Rio de Janeiro que pediu que seu nome fosse trocado por temer represálias. 

“Só para começar a defesa, meu advogado cobrou R$ 50 mil. Meus sócios e eu tivemos de vender o carro e pedir empréstimo. Dias depois, fomos convidados a um almoço de apoio à candidata do prefeito a sua sucessão. Passamos por uma fila de beija-mão, numa das situações mais horríveis da minha vida. Assinamos uma cartinha de apoio à candidata e, só então, nossa autorização saiu.”


O comportamento imperial de fiscais é apoiado por normas arcaicas. Inadequadas ao século XXI, as leis das maiores capitais do país dão margem à lentidão e à subjetividade de quem as interpreta. “Um dia, um fiscal disse que me autuaria por ter um bar com licença de restaurante”, diz “Paulo”. “Perguntei: ‘Como não é restaurante, se as pessoas comem sentadas em mesas?’. Ele respondeu: ‘Se as pessoas pedem a bebida antes da comida, então aqui é um bar’. 

Meu queixo caiu no chão. É medieval.” No Rio de Janeiro, os alvarás para atividade comercial são atrelados a uma lei de zoneamento urbano sancionada em 1976. “Os alvarás de casa noturna são concedidos apenas para uma área restrita da cidade”, diz “Paulo”. “Então a maioria das boates tem alvará de casa de festas. Como a casa de festas não pode cobrar entrada, o empresário aluga o espaço a um produtor, e ele pode vender ingressos. É o jogo do cinismo.”

DESVIO Luiz Alexandre Magalhães, fiscal da prefeitura, algemado. Ele confessou que participou do escândalo dos alvarás em São Paulo (Foto: Bruno Poletti/Folhapress)

DESVIO 
Luiz Alexandre Magalhães, fiscal da prefeitura, algemado. Ele confessou que participou do escândalo dos alvarás em São Paulo. 

Esse jogo do cinismo entre fiscais e comerciantes foi abalado pelo incêndio na boate Kiss, em janeiro. Em menos de um mês, fiscais da prefeitura do Rio e do Corpo de Bombeiros fecharam temporariamente 167 casas – entre elas, 50 centros culturais do Estado e do município. 

Os Bombeiros afirmam que, até outubro, vistoriaram 7.654 estabelecimentos e encontraram irregularidades em 4.925. Muito mais do que em 2012 inteiro, quando encontraram 1.179 irregularidades em 1.725 estabelecimentos. Logo surgiram denúncias contra os próprios órgãos de fiscalização.

Em fevereiro, o Ministério Público do Rio começou a investigar fiscais por corrupção, enriquecimento ilícito e improbidade administrativa. ÉPOCA teve acesso aos inquéritos. Os promotores investigam bombeiros suspeitos de manter empresas responsáveis por projetos de prevenção e combate a incêndios. 

Os bombeiros são acusados de encontrar problemas, como se fossem fiscais, para depois vender soluções, em empresas de projeto ligadas a eles. Em outubro, foram presos 25 agentes da Vigilância Sanitária do Rio, acusados de cobrar propina para não aplicar multas desnecessárias a empresários. 

Atuavam em bares, restaurantes, clínicas e, quando requisitados, faziam vista grossa para as irregularidades em estabelecimentos. A quadrilha arrecadava quase R$ 8 milhões ao ano. Em São Paulo, o Ministério Público investiga fiscais da prefeitura e funcionários da Secretaria de Finanças por fraude na cobrança de Imposto sobre Serviços (ISS), necessário à concessão do habite-se, de grandes construtoras. 

O grupo é suspeito de desviar cerca de R$ 500 milhões. No computador de um dos acusados, o auditor Luiz Alexandre Magalhães, o Ministério Público encontrou uma lista de recebimento de propinas de 22 empresas, cobradas para a liberação de 410 empreendimentos. 

A corrupção é ruim não apenas para a sociedade, ao distorcer as regras de disputa do mercado. É ruim também para os corruptores. Um estudo do Banco Mundial concluiu que empresas que pagam mais propina estão sujeitas a gastar mais tempo para administrar assuntos burocráticos e encaram um custo de capital mais alto. Burocratas corruptos não honram a confiança do Estado, nem a do empresário desonesto. Vendem facilidade, mas raramente garantem a qualidade do produto. 
A complicação leva à corrupção (Foto: ÉPOCA)
http://epoca.globo.com/ideias/noticia/2013/12/o-pais-bdos-alvarasb.html

Desconhecendo a si mesma...

"Tenho 41 anos e nunca tive um orgasmo"

Sexóloga e colunista do Delas, Fátima Protti esclarece dúvida de leitora que, apesar da vida sexual ativa, não consegue chegar ao clímax.



"Fátima, tenho 41 anos e não sei porque nunca tive um orgasmo. Com o meu ex-marido eu fingia e com o ex-namorado, que era muito carinhoso durante a transa, eu começava a me excitar. Mas na hora da penetração desanimava. Não sou feliz e preciso da sua ajuda".


Orgasmo feminino é cercado de mitos


“Das mulheres com dificuldades para chegar ao orgasmo, 21,7% estão na faixa entre 41 e 50 anos.

Cara leitora, parece que você está à espera do orgasmo vaginal, criando um problema em sua vida sexual.

Recebo na clínica um número significativo de mulheres que apresentam dificuldades para atingir o orgasmo.

São mulheres de variadas faixas etárias, desapontadas com sua vida sexual, com seus parceiros ou consigo mesmas. Algumas apresentam ausência de libido devido ao sexo frustrante ao longo da união, sem expectativas de mudanças. Buscam na terapia sexual a solução de seu problema.

O Estudo sobre a Vida Sexual do Brasileiro (2002), coordenado pela médica psiquiatra Carmita Abdo, fundadora do ProSex – Projeto de Sexualidade do Hospital das Clínicas, revelou que das 2.762 mulheres pesquisadas com dificuldades para atingir o orgasmo, 21,7% estão na faixa entre 41 e 50 anos.

Os fatores que dão origem a essa disfunção são diversos: falta de foco nas sensações corporais, dificuldades para manter a excitação, pouca ou nenhuma estimulação do clitóris, entre outros.

Conheci mulheres que desenvolveram, inconscientemente, um rígido controle de sua entrega aos prazeres sexuais pelo medo das reações e sensações desconhecidas durante o orgasmo.

A insegurança no relacionamento, também pode levar a mulher a ter esse controle. Nesse caso, a ausência do prazer serve para punir o parceiro, não demonstrar fragilidade ou o envolvimento de “estar na dele”. A excitação fica em um sobe e desce, impedindo que o orgasmo aconteça.

Dificuldades para explorar e sentir-se à vontade com sua sexualidade devido a crenças, questões religiosas e valores morais também podem inibir a resposta orgástica.

A sexóloga e colunista Fátima Protti tira dúvidas das leitoras.

Para algumas mulheres, o orgasmo vaginal é um desafio constante e um objetivo a ser conquistado em sua vida sexual.

Há várias discussões a respeito das diferenças entre o orgasmo vaginal e o clitoriano. Um dos estudos revela que são diferentes porque ativam áreas distintas do cérebro, apontando talvez diferenças psicológicas. Outro sugere que o orgasmo vaginal pode ser o clitoriano, pois a estimulação da parede frontal da vagina ativa partes internas do clitóris.

Muito se diz a respeito. Mitos foram criados sobre o assunto provocando dúvidas, curiosidades, expectativas e ansiedade para muitas mulheres.

“Não gosto da aparência das minhas partes íntimas, o que fazer?”

“Tenho 23 anos e sofro com problemas de ereção. Tem solução?”

A maioria tem o orgasmo com a estimulação do clitóris, não somente com a penetração. Isso é normal e o prazer pode ser enorme, tanto quanto o vaginal. O conjunto de estímulos presentes na transa, as fantasias, o erotismo, as práticas sexuais e o entrosamento do casal é que determinam o potencial do prazer orgástico.

Use a estimulação do clitóris com as mãos ou língua e posições que favorecem o contato do clitóris com o púbis do parceiro, durante o coito, para chegar ao clímax e se sentir feliz.
http://delas.ig.com.br/colunistas/prazeresexo/2013-12-22/tenho-41-anos-e-nunca-tive-um-orgasmo.html

Ludibrio enfadonho...

Casal é acusado de aplicar golpes por carta em idosos

A Polícia Civil prendeu anteontem, no Jardim Miriam (zona sul de SP), um casal acusado de tentar aplicar golpes em aposentados.

Segundo a Polícia Civil, os golpistas mandavam cartas para idosos em todo o país e, nelas, diziam que a vítima havia ganho na Justiça uma ação coletiva no valor deR$ 63.750 contra uma seguradora previdenciária.

Na carta, o casal dava endereço e nomes falsos para contato e dizia que, para receber o dinheiro, a vítima tinha de pagar uma taxa de R$ 6.955. Depois, desapareciam.

A autônoma Cintia Aparecida do Espírito Santo, 37 anos, e Willian Xavier, 23 anos, foram presos em uma agência dos Correios da avenida Cupecê, às 18h de anteontem, quando tentavam postar 394 cartas.

http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/2013/12/1391027-casal-e-acusado-de-aplicar-golpes-por-carta-em-idosos.shtml

Barbárie...


'Visita íntima' ocorre diante de todos em presídio do MA, diz CNJ

Homem com a perna dissecada torturado até a morte, relações sexuais em ambiente coletivo e presos com doenças mentais misturados aos demais detentos. E a conclusão: o governo do Maranhão tem sido "incapaz" de coibir a violência.

O cenário de terra sem lei no complexo prisional de Pedrinhas, na capital, São Luís, foi descrito em um relatório do juiz Douglas Martins, do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), após visita ao local no dia 20.

Detentos ordenam estupros nas ruas de São Luís
Após denúncias, PM assume segurança dos presídio Maranhão pode ter de pagar R$ 24 mi por mortes.

O governo maranhense confirmou 59 mortes neste ano em Pedrinhas –já o CNJ aponta 60. Na última rebelião, em 17 de dezembro, três detentos foram decapitados.

O complexo, projetado para 1.700 homens, abriga 2.500, segundo o CNJ.

O documento foi entregue na sexta (27) ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa, que preside o conselho. O relatório reproduz o apelo feito ao ministro pela OEA (Organização dos Estados Americanos) de que o governo brasileiro precisa agir para garantir a integridade dos presos no Maranhão.

Uma cena chocante é citada no documento: um vídeo, que, segundo Martins, foi enviado pela direção do sindicato dos agentes penitenciários, com o registro da morte lenta de um detento em Pedrinhas.

O vídeo é "a cena mais bárbara que já vi", nas palavras ditas à Folha por Martins, juiz experiente em visitas a presídios pelo país.

A imagem mostra um preso ainda vivo tendo a pele da perna dissecada. A tortura expõe músculo, tendões e ossos.

A Folha teve acesso ao vídeo. As imagens são muito fortes.

A primeira explicação no relatório para o caos encontrado é o excesso de presos. "As unidades estão superlotadas e já não há mais condições para manter a integridade física dos presos", além dos familiares e dos que atuam em Pedrinhas.

Soma-se à superlotação o método do governo maranhense de misturar no mesmo espaço presos do interior e da capital. A reunião motiva a guerra entre facções: o Bonde dos 40, de criminosos da capital, e do Primeiro Comando do Maranhão, do interior.

Quem chega a Pedrinhas precisa aderir ao sistema, diz o relatório. "Presos novos são obrigados a escolher uma facção quando ingressam nas unidades."

O juiz do CNJ presente na visita cita ainda que os responsáveis pela segurança já não são capazes de conter os presos. Para um agente entrar em pavilhões, é preciso ter o aval de líderes de facções.

Como não há celas no CDP (centro para presos provisórios) e nas duas penitenciárias (para os já condenados), todos circulam livremente. O modelo, para o CNJ, "inviabiliza a garantia de segurança mínima para os presos sem posto de comando".

ESTUPROS

A insegurança para esses detentos novatos, na base da hierarquia das facções, se estende às suas mulheres. O documento aponta que, como o ambiente é coletivo, é no mesmo espaço que ocorrem os encontros íntimos.

A livre circulação, diz o documento, "facilita o abuso sexual praticado contra companheiras dos presos sem posto de comando".

Martins argumenta ainda que o governo do Maranhão "tem se mostrado incapaz de apurar, com o rigor necessário, todos os desvios por abuso de autoridade, tortura, outras formas de violência e corrupção praticadas por agentes públicos".

Procurado, o governo do Maranhão não se manifestou. Em reportagens anteriores, informou que criou uma direção de segurança dos presídios, sob comando da Polícia Militar, a fim de reforçar a segurança.

O governo já havia afirmado também que sempre agiu em conjunto com setores da defesa dos direitos humanos e que "o agravamento da situação" ocorreu após o Estado ter tomado "medidas saneadoras", como mudanças de comando e reestruturação dos presídios.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/12/1391028-visita-intima-ocorre-diante-de-todos-em-presidio-do-ma-diz-cnj.shtml

Mais uma etapa superada...