quarta-feira, 29 de junho de 2016

Teclando e comendo ...


Como as redes sociais afetam os transtornos alimentares?
Um estudo da universidade de Haifa, em Israel, feito com meninas de 12 a 19 anos revelou uma relação direta entre o tempo que os adolescentes gastam nas redes sociais e o risco de distúrbios de comportamento como anorexia e bulimia. Esta pesquisa apontou para a influência negativa das redes na percepção do corpo e no aumento dos níveis de insatisfação com a própria imagem, além de promover a necessidade de iniciar dietas para perda de peso.

Nesta mesma linha, uma investigação da Universidade Estatal da Flórida indicou uma ligação entre a presença nas redes sociais e o surgimento de transtornos alimentares. De acordo com este estudo, publicado no Journal of Eating Disorders, apenas 20 minutos em uma rede social são necessários para aumentar o risco de transtornos alimentares, gerados através do reforço das incertezas sobre o corpo, ao mesmo tempo que aumenta os níveis de ansiedade. 

Além disso, este trabalho, que analisou o comportamento online, mostrou que as mulheres que dão muita importância à quantidade de ‘curtidas’ em suas publicações, comparando frequentemente estes números com amigas, têm mais chances de manifestar sintomas.

O impacto de uma percepção negativa sobre si mesma e a importância da autossugestão são dois elementos chave no desenvolvimento destes transtornos. Os resultados de outro estudo publicado no Journal of Eating Disorders, produzido pela University of New England, indicou que a má percepção das pessoas sobre si mesmas e o condicionamento negativo causam uma maior necessidade de restringir a ingestão de alimentos, além de agravar outros sintomas dos distúrbios alimentares.

Nos últimos anos, vários estudos vêm falando sobre a influência negativa das redes sociais nos usuários com riscos de sofrer de problemas psicológicos, sejam estes transtornos alimentares, depressão ou necessidade de isolamento. Em 2013, a Michigan University publicou um estudo sobre o assunto, estabelecendo uma relação direta entre o aumento do tempo nas redes sociais e os níveis de insatisfação das pessoas com os próprios corpos.

A luta contra a anorexia e a bulimia na internet

A presença de campanhas e de conteúdos que incentivam distúrbios comportamentais nas redes sociais tem sido motivo de alarme há alguns anos. Um levantamento feito para a prevenção de distúrbios comportamentais e alimentares, organizado pelo Governo catalão, revelou que 60% dos pacientes que sofrem destas doenças recorrem regularmente à internet em busca de práticas nada saudáveis. “Métodos de emagrecimento rápido”, “dietas extremas para perder peso”, ou “como vomitar”, são algumas das palavras mais buscadas por jovens com transtornos alimentares. Estas pesquisas acabam levando a fóruns e sites pró-anorexia e pró-bulimia.

Em 2011 a Agencia de Calidad de Internet e a Asociación contra la Bulimia y la Anorexia alegaram que há uma proliferação extraordinária de conteúdos que incentivam estes comportamentos. De acordo com um relatório fornecido por ambas as associações, estas tendências cresceram 470% desde 2006.

Saiba como identificar os níveis de risco

Neste contexto, um grupo de pesquisa do Departamento de Psicologia do Politécnico Grancolombiano identificou os termos mais utilizados por jovens para se comunicarem em segredo em fóruns e redes sociais. O termo “ana” é comumente usado como sinônimo de anorexia, assim como o termo “Mía” é usado para a bulimia. “Alisa” seria uma palavra para ortorexia, ou a obsessão pela alimentação saudável.

Conteúdos e campanhas como a “Thinspiration” também se tornaram recorrentes em plataformas como o Twitter e Instagram e baseiam-se em difundir imagens de pessoas extremamente magras para servir de inspiração. Termos como “Purga” podem se referir a vômitos.

Em resposta a este problema, redes como o Tumblr e Instagram incluíram em suas listas de hashtags proibidas todas aquelas ligadas a comida, como #probulimia, #proanorexia, #loseweight, #thinspo, #thinspiration. No entanto, alguns estudos questionam a eficiência desta medida, já que as pessoas que promovem estas hashtags podem criar outras ou simplesmente modificar ligeiramente as que já existem para burlar as proibições.

Denunciando grupos pró-anorexia e pro-bulimia

Embora seja legalmente complexo perseguir os responsáveis por estes sites e campanhas, algumas associações se propõem a proteger os usuários e assinam acordos com servidores para expulsar estes conteúdos ou fechar sites que os hospedam. Estas associações estão disponíveis para os usuários como uma forma de reclamar e monitorar sites que possam ser enquadrados neste tipo de comportamento. Além disso, queixas podem ser feitas diretamente para a polícia e outras instituições cabíveis.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a cada ano, 80.000 novos casos de transtornos comportamentais e alimentares são registrados e centenas de mortes ocorrem. Na Espanha, mesmo que a presença deste tipo de transtorno permaneça estável desde o início dos anos 90, os especialistas alertam que a anorexia e bulimia andam afetando pacientes cada vez mais jovens, baixando a idade média de 15 para 13 anos. A organização ACAB acredita que 5-6% dos jovens na Espanha sofram com estas doenças. De acordo com dados apresentados pela Cruz Vermelha da Espanha, um em cada 100 adolescentes sofre de anorexia nervosa e 4 em cada 100 sofrem de bulimia nervosa.

https://br.vida-estilo.yahoo.com/como-as-redes-sociais-afetam-os-transtornos-075059872.html

Direito de decidir sem interferência do estado...


Suprema Corte dos EUA reafirma claramente o direito ao aborto
A Suprema Corte de Justiça dos Estados Unidos tomou nesta segunda-feira a importante decisão de confirmar o direito das mulheres a abortar, depois que um crescente número de estados adotou medidas para restringir a interrupção voluntária da gravidez.
A decisão, que recebeu cinco votos a favor e três contra, representa uma vitória emblemática para milhões de mulheres e para os movimentos defensores do direito ao aborto, um assunto politicamente delicado em um ano eleitoral.

Por outro lado, é um revés para o movimento "Pró-vida", que se opõe fortemente às medidas que facilitam a interrupção da gravidez, e que conseguiu impor restrições ao aborto em vários estados conservadores do país.

Na sentença, o máximo tribunal considerou ilegal uma lei do estado do Texas de 2013 que obriga as clínicas que praticam aborto a disporem de uma unidade cirúrgica digna de um hospital.

A citada lei obrigava, além disso, os médicos que realizam abortos a disporem de uma autorização antecipada de admissão de seus pacientes em um hospital local.

Os redatores desse texto o justificavam com a necessidade de proteger a saúde das mulheres, alegando que o objetivo das medidas era minimizar os riscos sanitários.

Mas para os defensores do direito a abortar livremente, trata-se de um pretexto. O verdadeiro objetivo dos legisladores republicanos do Texas, alegam, é voltar, como nas últimas décadas, ao chamado caso "Roe x Wade", histórica decisão da Suprema Corte que, em 1973, legalizou o aborto nos Estados Unidos.

De fato, essas normas eram tão rígidas que obrigaram que fossem fechados, em dois anos, dezenas de centros que praticavam aborto no Texas.

A decisão desta segunda-feira transcende amplamente as fronteiras texanas, já que abortar nos Estados Unidos se tornou uma prática cada vez mais complicada para milhões de mulheres.

Os quatro magistrados considerados de tendência progressista da Suprema Corte votaram contra a lei texana, assim como o juiz conservador moderado Anthony Kennedy.

Atualmente, a Suprema Corte é formada por oito juízes, em vez dos nove habituais, desde a morte do magistrado conservador Antonin Scalia, em fevereiro passado. Os republicanos tentam adiar a substituição de Scalia para depois das eleições.

O presidente americano, Barack Obama, expressou em um comunicado sua satisfação com a decisão da Corte.

"Cada mulher tem um direito constitucional de fazer suas próprias escolhas em matéria de reprodução", disse Obama.

Ambiente eletrizante

Centenas de militantes opositores às restrições ao aborto, em sua maioria mulheres, se reuniram diante do edifício do alto tribunal, nas colinas do Capitólio, em Washington.

"O ambiente era eletrizante", disse Nita Amar, enfermeira de 63 anos e defensora do direito ao planejamento familiar.

"Não podemos regressar à época dos abortos clandestinos realizados com cabides", acrescentou.

A maioria (56%) dos americanos considera que a interrupção voluntária da gravidez deve ser permitida na maioria ou em todos os casos, segundo uma pesquisa recente do instituto Pew.

Por outro lado, 41% dos americanos afirmam que o abordo deve ser proibido em todos os casos, uma taxa que é de 68% entre os eleitores republicanos e de 69% entre os americanos cristãos evangélicos brancos, de acordo com o mesmo estudo.

Trata-se de um debate acalorado que nunca perdeu força no país, ao contrário do que aconteceu em outros países desenvolvidos.

Um exemplo dessa intensidade é a indignação gerada por uma declaração do candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, que disse que as mulheres que realizam um aborto deveriam sofrer "algum tipo de castigo". As fortes reações ao comentário fizeram com que o bilionário se retratasse.

Em novembro passado, um opositor ao aborto matou três pessoas em uma clínica de planejamento familiar no estado do Colorado.

Etapa nova...


Assim que morremos, genes são ativados no nosso corpo
Cientistas da Universidade de Washington, em Seattle, descobriram que, após a morte, centenas de genes começam a funcionar. E que essa atividade toda continua por pelo menos 48 horas.
A pesquisa, conduzida pelos biólogos moleculares Peter Noble e Alex Pozhitkov, e relatada pela revista britânica New Scientist, acompanhou a atividade no núcleo das células de peixes-zebra e camundongos depois que os bichinhos bateram suas metafóricas botas.
Eles mediram a concentração de mRNA, ou RNA mensageiro - o mensageiro do gene para avisar a célula para ligar as máquinas da fábrica de proteínas. Como previam, o mRNA diminuiu progressivamente na imensa maioria dos genes, mas, em algumas centenas deles, houve picos post mortem.
Os cientistas então investigando que genes eram esses. Descobriram que alguns têm relação com o desenvolvimento do feto, e se desligam em todos nós logo depois do parto.
Em outras palavras: algum processo de antes de nascermos, e que ficou desligado durante toda nossa vida, volta a funcionar assim que morremos.
Outro achado dos pesquisadores foi que, entre os genes que são ativados depois de morrermos, alguns têm relação com câncer. Os cientistas acreditam que essa descoberta pode ser útil para a pesquisa médica sobre transplantes - ajudando a evitar que receptores tenham câncer no órgão transplantado.

https://br.noticias.yahoo.com/assim-que-morremos-genes-s%C3%A3o-ativados-no-nosso-155612140.html

Mais uma etapa superada...