sábado, 28 de dezembro de 2013

Simples assim...


Americano cria lista de motivos pelos quais odiou ter morado no Brasil

Categoria: Colunistas
Publicado em Sexta, 20 Dezembro 2013
Por Guilherme Cury

Um americano, casado com uma brasileira, morou em São Paulo por 3 anos. Depois dessa árdua experiência, ele voltou para sua terra natal e fez questão de criar uma lista de 20 motivos pelos quais odeia viver no Brasil. Um fórum gringo resolveu continuar essa lista e trouxe mais itens que os gringos odeiam no país. Confira:

1. Os brasileiros não têm consideração com as pessoas fora do seu círculo de amizades e muitas vezes são simplesmente rudes. Por exemplo, um vizinho que toca música alta durante toda a noite... E mesmo se você vá pedir-lhe educadamente para abaixar o volume, ele diz-lhe para você "ir se fud**". E educação básica? Um simples "desculpe-me ", quando alguém esbarra com tudo em você na rua simplesmente não existe.

2. Os brasileiros são agressivos e oportunistas, e, geralmente, à custa de outras pessoas. É como um "instinto de sobrevivência" em alta velocidade, o tempo todo. O melhor exemplo é o transporte público. Se eles vêem uma maneira de passar por você e furar a fila, eles o farão, mesmo que isso signifique quase matá-lo, e mesmo se eles não estiverem com pressa. Então, por que eles fazem isso? É só porque eles podem, porque eles vêem a oportunidade, por que eles querem ganhar vantagem em tudo. Eles sentem que precisam sempre de tomar tudo o que podem, sempre que possível, independentemente de quem é prejudicado como resultado.

3. Os brasileiros não têm respeito por seu ambiente. Eles despejam grandes cargas de lixo em qualquer lugar e em todos os lugares, e o lixo é inacreditável. As ruas são muito sujas. Os recursos naturais abundantes, como são, estão sendo desperdiçados em uma velocidade surpreendente, com pouco ou nenhum recurso.

4. Brasileiros toleram uma quantidade incrível de corrupção nos negócios e governo. Enquanto todos os governos têm funcionários corruptos, é mais comum e desenfreado no Brasil do que na maioria dos outros países, e ainda assim a população continua a reeleger as mesmas pessoas.

5. As mulheres brasileiras são excessivamente obcecadas com seus corpos e são muito críticas (e competitivas com) as outras.

6. Os brasileiros, principalmente os homens, são altamente propensos a casos extraconjugais. A menos que o homem nunca saia de casa, as chances de que ele tenha uma amante são enormes.

7. Os brasileiros são muito expressivos de suas opiniões negativas a respeito de outras pessoas, com total desrespeito sobre a possibilidade de ferir os sentimentos de alguém.

8. Brasileiros, especialmente as pessoas que realizam serviços, são geralmente malandras, preguiçosas e quase sempre atrasadas.

9. Os brasileiros têm um sistema de classes muito proeminente. Os ricos têm um senso de direito que está além do imaginável. Eles acham que as regras não se aplicam a eles, que eles estão acima do sistema, e são muito arrogantes e insensíveis, especialmente com o próximo.

10. Brasileiros constantemente interrompem o outro para poder falar. Tentar ter uma conversa é como uma competição para ser ouvido, uma competição de gritos.

11. A polícia brasileira é essencialmente inexistente quando se trata de fazer cumprir as leis para proteger a população, como fazer cumprir as leis de trânsito, encontrar e prender os ladrões, etc. Existem Leis, mas ninguém as aplica, o sistema judicial é uma piada e não há normalmente nenhum recurso para o cidadão que é roubado, enganado ou prejudicado. As pessoas vivem com medo e constroem muros em torno de suas casas ou pagam taxas elevadas para viver em comunidades fechadas.

12. Os brasileiros fazem tudo inconveniente e difícil. Nada é simplificado ou concebido com a conveniência do cliente em mente, e os brasileiros têm uma alta tolerância para níveis surpreendentes de burocracia desnecessária e redundante. Brasileiros pagam impostos altos e taxas de importação que fazem tudo, especialmente produtos para o lar, eletrônicos e carros, incrivelmente caros. E para os empresários, seguindo as regras e pagando todos os seus impostos faz com que seja quase impossível de ser rentável. Como resultado, a corrupção e subornos em empresas e governo são comuns.

14. Está quente como o inferno durante nove meses do ano, e ar condicionado nas casas não existe aqui, porque as casas não são construídas para ser herméticamente isoladas ou incluir dutos de ar.

15. A comida pode ser mais fresca, menos processada e, geralmente, mais saudável do que o alimento americano ou europeu, mas é sem graça, repetitivo e muito inconveniente. Alimentos processados, congelados ou prontos no supermercado são poucos, caros e geralmente terríveis.

16. Os brasileiros são super sociais e raramente passam algum tempo sozinho, especialmente nas refeições e fins de semana. Isso não é necessariamente uma má qualidade, mas, pessoalmente, eu odeio isso porque eu gosto do meu espaço e privacidade, mas a expectativa cultural é que você vai assistir (ou pior, convidar amigos e família) para cada refeição e você é criticado por não se comportar "normalmente" se você optar por ficar sozinho.

17. Brasileiros ficam muito perto, emocionalmente e geograficamente, de suas famílias de origem durante toda a vida. Como no #16, isso não é necessariamente uma má qualidade, mas pessoalmente eu odeio porque me deixa desconfortável e afeta meu casamento. Adultos brasileiros nunca "cortam o cordão" emocional e sua família de origem (especialmente as mães) continuam a se envolvido em suas vidas diariamente, nos problemas, decisões, atividades, etc. Como você pode imaginar, este é um item difícil para o cônjuge de outra cultura onde geralmente vivemos em famílias nucleares e temos uma dinâmica diferente com as nossas famílias de origem.

18. Eletricidade e serviços de internet são absurdamente caros e ruins.

19. A qualidade da água é questionável. Os brasileiros bebem, mas não morrem, com certeza, mas com base na total falta de aplicação de leis e a abundância de corrupção, eu não confio no governo que diz que é totalmente seguro e não vai te fazer mal a longo prazo.

20. E, finalmente, os brasileiros só tem um tipo de cerveja (aguada) e realmente é uma porcaria, e claro, cervejas importadas são extremamente caras.

— Do Fórum —

21. A maioria dos motoristas de ônibus dirigem como se eles estivessem tentando quebrar o ônibus e todos dentro dele.

22. Calçadas no meu bairro são cobertos com mijo e coco de cães que latem dia e noite.

23. Engarrafamentos de Três horas e meia toda vez que chove .

24. Raramente as coisas são feitas corretamente da primeira vez. Você tem que voltar para o banco, consulado, escritório, mandar e-mail ou telefonar 2-10 vezes para as pessoas a fazerem o seu trabalho.

25. Qualidade do ar muito ruim. O ar muitas vezes cheira a plástico queimado.

26. Ir a Shoppings e restaurantes são as principais atividades. Não há nada pra fazer se você não gastar. Há um parque principal e está horrivelmente lotado.

27. O acabamento das casas é péssimo. Janelas, portas , dobradiças , tubos, energia elétrica, calçadas, são todos construídos com o menor esforço possível.

28. Árvores, postes, telefones, plantas e caixas de lixo são colocados no centro das calçadas, tornando-as intransitáveis.

29. Você paga o triplo para os produtos que vão quebrar dentro de 1-2 anos, talvez ais.

30. Os brasileiros amam estar bem no seu caminho. Eles não dão espaço para você passar.

31. A melhor maneira de inspirar ódio no Brasil? Educadamente recusar-se a comer alimentos oferecidos a você. Não importa o quão válida é a sua razão, este é considerado um pecado imperdoável aos olhos dos brasileiros e eles vão continuar agressivamente incomodando você para comê-lo.

32. As pessoas vão apertar e empurrar você sem pedir desculpas. No transporte público você vai tão apertado que você é incapaz de mover qualquer coisa, além da sua cabeça.

33 . O Brasil é um país de 3° mundo com preços ridiculamente inflacionados para itens de qualidade. Para se ter uma idéia, São Paulo é classificada como a 10ª cidade mais cara do mundo. (New York é a 32ª).

34. A infidelidade galopante. Este não é apenas um estereótipo, tanto quanto eu gostaria que fosse. Homens na sociedade brasileira são condicionados a acreditar que eles são mais " virís " por sairem com várias mulheres .

35. Zero respeito aos pedestres. Sim, eles não param para você passar. Na melhor das hipóteses, eles vão buzinar.

36. Quando calçadas estão em construção espera-se que você ande na rua. Alguns motoristas se recusam a fazer o menor desvio a sua presença, acelerando a poucos centímetros de você, mesmo quando a pista ao lado está livre.

37. Nem pense em dizer a alguém quando você estiver viajando para o EUA. Todo mundo vai pedir para você trazer iPods, X-Box, laptops, roupas, itens de mercearia, etc. em sua mala, porque eles são muito caros ou não disponíveis no Brasil.

38. A menos que você goste muito de futebol ou reality shows (ou seja, do Big Brother), não há nada muito o que conversar com os brasileiros em geral. Você pode aprender fluentemente Português, mas no final, a conversa fica muito limitada, muito rapidamente.

39. Tudo é construído para carros e motoristas, mesmo os carros sendo 3x o preço de qualquer outro país. Os ônibus intermunicipais de luxo são eficientes, mas o transporte público é inconveniente, caro e desconfortável para andar. Consequentemente, o tráfego em São Paulo e Rio é hoje considerado um dos piores da Terra (SP, possivelmente, o pior). Mesmo ao meio-dia podem ter engarrafamentos enormes que torna impossível você andar mesmo em um pequeno trajeto limitado, a menos que você tenha uma motocicleta.

40. Todas as cidades brasileiras (com exceção talvez do Rio e o antigo bairro do Pelourinho em Salvador), são feias, cheias de concreto, hiper-modernas e desprovidas de arquitetura, árvores ou charme. A maioria é monótona e completamente idênticas na aparência. Qualquer história colonial ou bela mansão antiga é rapidamente demolida para dar lugar a um estacionamento ou um shopping center.
http://www.geledes.org.br/em-debate/colunistas/22479-americano-cria-lista-de-motivos-pelos-quais-odiou-ter-morado-no-brasil

Vamos em frente. Restam 03 dias para 2013 terminar...


















Só rindo...








Refletindo...














"O que escuto esqueço. O que vejo lembro. O que faço entendo."
(Provérbio Chinês)

Língua afiada...











PEGADINHA GRAMATICAL
Sentidos das conjunções
A depender do contexto, as conjunções podem desempenhar diferentes sentidos
As conjunções, dependendo do contexto comunicativo em que se encontrarem inseridas, podem adquirir sentidos distintos.

   
A depender do contexto, as conjunções podem desempenhar diferentes sentidos 

Conhecimentos que fazemos da língua materna nos propiciam o conscientizar de que ela mesma, por meio dos pressupostos preconizados pela gramática, disponibiliza distintos recursos para formularmos nosso pensamento e assim proferirmos nossos discursos cotidianos, seja por meio da oralidade, seja por meio da escrita. 
Entre tais recursos emergem as chamadas classes gramaticais, que por sua vez abrangem todas aquelas dez de que já temos conhecimento – entre elas, as conjunções. Assim, ao estudarmos algumas desses classes ficamos sabendo, entre outros pormenores, que desempenham  papel  fundamental em se tratando de um dado contexto oracional. No caso delas, das conjunções, somos cientes de que tal atribuição está condicionada ao fato de conectar, ligar termos inerentes em uma ou outra oração.

Dessa forma, ao fazermos uso das conjunções, conscientizamo-nos de que elas, assim como as preposições, representam elementos de ligação, de conexão. Assim, há de se afirmar que elas (as conjunções) se caracterizam como aquelas palavras que ligam orações ou termos semelhantes de uma oração, coordenando ou subordinando umas às outras.

Uma vez coordenando, tais conjunções se classificam em aditivas, adversativas, conclusivas, alternativas e explicativas. Ora subordinando, equivale ressaltar que se classificam como condicionais, causais, temporais, concessivas, consecutivas, conformativas, entre outras.  Assim, acerca delas, das subordinadas, sabemos que se apresentam um tanto quanto complexas, fator que faz com que muitos usuários apenas as decorem.

Diante dessa realidade, até mesmo para coibir essa prática, apresentamos nessa conversa os diferentes sentidos ocupados pelas conjunções, haja vista que uma mesma conjunção, a depender do contexto em que ela é empregada, pode assumir papéis distintos, ou melhor, classificações distintas. Nesse sentido, vejamos alguns dos exemplos para justamente auxiliá-lo(a) no momento da classificação adequada:

Fizemos a pesquisa como solicitou o professor.

A conjunção, em se tratando desse caso, representa o sentido de conformidade, classificando-se como conformativa.

Você é educada como sua irmã.

Aqui, ela já possui o sentido de comparação, classificando-se como comparativa. 

Como choveu bastante, não pudemos ir ao cinema.

Nesse contexto, ela denota o sentido de causa, recebendo a classificação de causal.

Desde que você traga sua irmã, poderá passar o final de semana aqui.

Nesse caso, a conjunção profere uma ideia de condição, razão pela qual ela se classifica como condicional.

Moro aqui desde que nasci.

A mesma conjunção, acima representando a ideia de causa, aqui ela denota a ideia de tempo, classificando-se, portanto, como temporal.
http://www.brasilescola.com/gramatica/sentidos-das-conjuncoes.htm

Interessante...

5 dos itens mais absurdos já recuperados do fundo do oceano


Confira uma seleção de artefatos surpreendentes que foram resgatados das profundezas do mar.

  
Fonte da imagem: shutterstock 5 dos itens mais absurdos já recuperados do fundo do oceano
Como você sabe, o fundo do mar guarda inúmeros mistérios, e não é raro vermos notícias sobre navios naufragados, tesouros resgatados e até mesmo de animais pouco conhecidos e inclusive totalmente inéditos que foram encontrados sob as águas. Nós aqui do Mega Curioso já publicamos diversas matérias sobre esse tema, e a seguir você poderá conferir cinco dos itens mais absurdos que já foram recuperados do fundo do oceano:

1 – Navio pirata
Fonte da imagem: Reprodução/Zach Frailey

Você já deve ter ouvido falar do famoso pirata Barba Negra, não é mesmo? Em 1718, o temível corsário teve que afundar o próprio navio — chamado Queen Anne’s Revenge — quando a embarcação ficou encalhada próximo à cidade costeira de Beaufort, na Carolina do Norte. E não é que depois de 3 séculos, uma equipe de arqueólogos conseguiu resgatar até o momento 20 canhões das profundezas! Infelizmente, Barba Negra não deixou nenhum tesouro ou mapa a bordo.

2 – Cidade egípcia
Fonte da imagem: Reprodução/Franck Godio

Já imaginou encontrar uma cidade inteira sob as águas? Essa é Thonis-Heracleion, que desapareceu há 1.200 anos devido a uma série de catástrofes submarinas. Ela foi redescoberta no ano 2000 a 10 metros de profundidade no Mediterrâneo depois de mais de uma década de pesquisas, e artefatos continuam sendo desenterrados e resgatados até os dias de hoje.

3 – Toneladas de prata
Fonte da imagem: Reprodução/ Odyssey Marine Exploration

Composta por 48 toneladas de barras de prata, a descoberta acima ficou conhecida como o “maior tesouro naufragado de metais preciosos do mundo”. As peças foram parar no fundo do mar quando o cargueiro britânico S.S. Gairsoppa foi torpedeado por um navio alemão em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, e só foram ser descobertas este ano, a 4.700 metros de profundidade a quase 500 quilômetros da costa da Irlanda. Estima-se que o tesouro completo pese cerca de 240 toneladas.

4 – Máquina de Anticítera
Fonte da imagem: Reprodução/NASA

O complexo mecanismo acima foi encontrado em uma ilha ao sul da Grécia no início do século 20, e até hoje intriga pesquisadores de todo o mundo. Conhecido como “Máquina de Anticítera”, o objeto conta com 2 mil anos e ninguém sabe dizer ao certo qual era a utilidade, embora as últimas teorias apontem que essa peça fizesse parte do computador mais antigo do mundo, usado para a realização de cálculos astronômicos.

5 – Motor de espaçonave
Fonte da imagem: Reprodução/Bezos Expeditions

Outras relíquias resgatadas do fundo do mar foram diversas partes da Apollo 11, a primeira espaçonave tripulada a pousar na Lua. Quem orquestrou o resgate do foguete — que entre as várias peças inclui o motor —foi Jeff Bezos, CEO da Amazon, e a operação foi realizada com a ajuda de veículos controlados remotamente.
http://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/40443-5-dos-itens-mais-absurdos-ja-recuperados-do-fundo-do-oceano.htm

História...

Dia da Proclamação da República
Manuel Deodoro da Fonseca – Proclamador da República e 1º  Presidente do Brasil

No dia 15 de novembro comemoramos a instalação da República no Brasil, uma forma de governo na qual o povo exerce a sua soberania por meio da escolha do chefe da nação. Este foi um capítulo muito importante na história do Brasil, já que hoje vivemos em um regime democrático. Vamos relembrar como tudo isso aconteceu?


Antes de se tornar uma República, o Brasil era um Império. Em outras palavras, éramos independentes de Portugal, no entanto, todas as decisões eram tomadas de forma unilateral pelo imperador, D. Pedro II. A monarquia começou a ficar enfraquecida no fim do século XIX, período em que o Brasil passava por uma série de mudanças sociais e econômicas.


Com o fim da escravidão, o Império perdeu o importante apoio dos escravocratas, uma vez que os republicanos (que eram aqueles que queriam acabar com a monarquia) compartilhavam os mesmos ideais dos abolicionistas. D.Pedro II também perdeu o apoio fundamental da Igreja ao interferir em assuntos religiosos. Os militares estavam descontentes pela atitude do imperador de proibir os mesmos de se expressarem na imprensa. Por fim, a classe média (jornalistas, médicos, comerciantes, etc.), que estava em constante crescimento, desejava conquistar um espaço maior nas decisões políticas. Todos estes fatores foram fundamentais para o fim das bases de sustentação da monarquia no Brasil.


Em 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca declarou o fim do período imperial. Naquele mesmo dia se formou um governo provisório. Assim, o marechal se tornou o primeiro presidente da história do Brasil. Ciente de que não conseguiria de forma alguma reverter tal situação, D. Pedro II apenas aceitou a vontade do povo e retornou para Portugal.

D. Pedro II, Imperador do Brasil
http://www.sohistoria.com.br/ef2/index2.php

Viva a sabedoria...

Odisseia de Homero
A Odisseia narra a história de Ulisses, que depois de passar 10 anos na Guerra de Troia, leva mais 17 anos para voltar para casa, passando por muitas aventuras no caminho.

Odisseu e Penélope


Este é, depois da Ilíada, o principal texto que foi reunido sob o nome de Homero na cultura grega. Vem do nome do seu personagem principal, Odisseu – ou, como ficou conhecido pela tradução latina, Ulisses.

Diferentemente do primeiro livro, não narra feitos bélicos nem se restringe a um local isolado, mas trata de viagens e aventuras desse que foi um dos heróis da guerra de Troia.

Após a guerra, inicia-se a volta de Odisseu e seus companheiros para seu reino, em Ítaca. Odisseu é obrigado a ir à guerra de Troia e deixa para trás sua esposa e seu filho de um mês de idade, Telêmaco. A guerra dura 10 anos e seu regresso mais 17. A esposa Penélope, que acreditava na volta do seu rei e marido, estava sendo pressionada por um grupo de pessoas que queria tomar o poder. Esse grupo dizia que Odisseu estava morto e que ela deveria se casar com um dos “pretendentes” ao cargo de rei.

Com tamanha pressão, Telêmaco sai à procura do pai com alguns companheiros e estes vão para Esparta e outras cidades, em busca de notícias que pudessem ajudar a rastrear os passos de Odisseu. Este, por uma série de peripécias, tem seu regresso muitas vezes retardado. Como o livro é demasiado longo, não caberia aqui narrar todas as aventuras. Mas algumas são notáveis e, ainda que sem esmiuçá-las, vale a pena mencioná-las:

Odisseu chega à ilha da ninfa Calypso, onde fica preso por muito tempo em razão dos encantos e promessas que uma região cheia de mulheres promove aos marinheiros;

O aprisionamento do deus Éolo, deus do vento em um saco, que ulteriormente é aberto e lança a nau para lugares ainda mais distantes;

O lugar para onde foi arremessada a nau era a ilha da bruxa Circe, que transformou os marinheiros em porcos;

O aprisionamento dos viajantes pelo ciclope Polifemo e sua estratégia para sair da prisão na caverna;

O tapar dos ouvidos com cera para não serem atraídos pelos cantos das sereias, devoradoras de homens.

Dentre muitas outras peripécias que foram utilizadas para evidenciar a necessidade de expressão da maior das características de Odisseu: a astúcia.

Enquanto isso, em Ítaca, a rainha Penélope continuava sofrendo forte pressão dos pretendentes, já que Odisseu e seu filho Telêmaco não retornavam. Assim, ela prometeu cozer um tapete: se o rei não retornasse antes do seu acabamento, ela escolheria um pretendente. Mas decerto em razão do convívio com seu marido, o astuto Odisseu, Penélope cosia o tapete durante o dia; e à noite o descosia, para poder ganhar mais tempo, na esperança de que o rei retornasse.

Depois de uma jornada com muitas aventuras e revezes, Odisseu encontra Telêmaco e seu grupo e juntos retornam a Ítaca. Avisado pelo filho sobre os pretendentes, Odisseu encontra a deusa Atena, que lhe diz que se ele retornasse, seria morto pelos pretendentes, que não o reconheceriam. Assim, a deusa o transforma em mendigo, disfarçando-o para que pudesse adentrar ao palácio sem ser visto. Quando deste episódio, a trama de Penélope é descoberta e exige-se que faça a escolha de um pretendente. Ela, novamente astuta, diz que escolherá aquele que conseguir retesar o arco do seu marido – mas ninguém obteve sucesso.

Por fim, chega Odisseu disfarçado e consegue o feito. Ele é logo reconhecido por sua esposa, que o aceita como pretendente, para a revolta dos outros, que promovem uma verdadeira rebelião. Mas, tendo seu arco em mãos, Odisseu consegue reprimir a revolta e retomar o seu lugar de rei depois de longa jornada.

Assim, com o restabelecimento da ordem, desvendamos o significado principal da Odisseia: o ideal de belo e bom guerreiro, antes atribuído a Aquiles, também tem como modelo Odisseu, por sua destreza, astúcia, esperteza, inteligência e habilidade, tanto na guerra quanto no governo, sendo capaz de ordenar. Os mitos homéricos tinham como intenção que esse modelo fosse imitado pelo grego de seu tempo.

http://www.brasilescola.com/filosofia/odisseia-homero.htm

Cultura...

O repugnante consumo alto de luxo

23/4/2007 - Altamiro Borges


Mais uma vez, a jornalista Mônica Bergamo, com seu imperdível artigo na Folha de S.Paulo deste domingo, deve ter desapontado muitos bilionários que procuram fofocas e holofotes nas deprimentes páginas das colunas sociais. Com números e fatos impressionantes, ela destrincha o “mapa do luxo” no país. De forma irônica, revela que “se tem um setor que não está precisando de um PAC é o do consumo de alto luxo. O país cresceu 3,7%, certo? Pois, o mercado de luxo explodiu: cresceu 32% no ano passado. Se, em 2005, o faturamento das empresas do ramo foi de US$ 2,9 bilhões, em 2006 saltou para US$ 3,9 bilhões... Em 2007, a estimativa é que fature US$ 4,3 bilhões”.

Poucos dias antes, o Banco Interamericano de Desenvolvimento divulgou estudo mostrando que 205 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza na América Latina, o que equivale a quase 50% dos habitantes deste sofrido continente. Este dado alarmante comprova que o recente crescimento na região tem sido apropriado por poucos, pelos que se esbaldam no consumo de luxo, enquanto a maioria padece com menos de dez dólares por dia. “A expansão da economia não se reflete na melhora da qualidade de vida da maioria dos nossos habitantes”, reconheceu o presidente do BID, Luis Alberto Moreno. Os dois fatos corroboram a belíssima poesia do alemão Bertolt Brecht: “Dos rios se diz que são violentos, mas ninguém diz violentas as margens que os comprimem”.

“Precinho” da bolsa: R$ 7.000

Com base numa pesquisa inédita, feita pelo GfK Indicator, Bergamo informa que o consumo de luxo se expandiu no país e não é mais exclusividade das elites do eixo RJ/SP. “No ano passado, 74% das cerca de cem empresas ouvidas na pesquisa ampliaram seus negócios em São Paulo, neste ano, 59% anunciam a mesma intenção. No Rio de Janeiro, a queda é de 32% para 22%. Surpresa: 5% das marcas vão expandir os seus negócios em Recife (PE), que nunca aparecera nas estatísticas... As explicações são várias. No ano passado, no Nordeste, o consumo, em geral, cresceu 18% contra 6% no resto do Brasil. O fenômeno, associado ao incremento do turismo, com a atração de estrangeiros endinheirados, está fortalecendo e impulsionando o poder de consumo da classe média alta”.

A jornalista ilustra a reportagem com o caso da boutique Dona Santa/Santo Homem, a “Daslu do Nordeste”, um palácio de quadro andares no Recife, onde “a coleção de bolsas da Prada que aportou às prateleiras em janeiro já foi toda vendida. Precinho: R$ 7.000. ‘Algumas vêm aqui num dia para comprar uma blusa básica. Voltam no outro dia e compram o guarda-roupa inteiro’, diz Celso Ieiri, gerente da loja. Detalhe: a blusa ‘básica’ pode custar R$ 2.600”. Já são 9 mil clientes de luxo cadastrados no Nordeste. “Há cerca de dois anos, não era assim. A Dona Santa só vendia grifes nacionais. ‘Fizemos uma pesquisa e vimos que a cidade comportaria importados de alto luxo’, diz Juliana Santos. As vendas triplicaram. As melhores clientes chegam a gastar R$ 50 mil de uma vez”.

Outra prova da ostentação é a construção de empreendimentos de luxo no Nordeste. A moda agora são os campos de golfe, como o planejado pela Odebrecht na praia do Paiva (PE). “A empreiteira construirá hotéis, resorts, campos hípicos e condomínios com casas que custarão R$ 1,36 milhão. A Queiroz Galvão lançou um prédio com 34 apartamentos, a R$ 2 milhões cada. Vendeu tudo em 15 dias”. Se no Nordeste a situação é esta, imagine-se nas regiões mais ricas do Sul e Sudeste. Nestas paradas, a burguesia e as altas camadas médias estão rindo a toa. 

Em Florianópolis, relata a jornalista, “até quem já está acostumado com o maravilhoso mundo do esplendor e da suntuosidade paulistanos se espanta com a quantidade de Ferraris nas ruas. ‘É uma coisa engraçada, meio Miami. Tem milionário de Goiás e Mato Grosso que deixa a Ferrari na garagem, em Florianópolis, e só utiliza em férias, finais de semana ou feriados’, diz Marcos Campos”. Recém lançado, o condomínio Jurerê Internacional é o mais caro do país, com os terrenos sendo vendidos R$ 2,5 milhões. “Só tem gente linda”, festeja um dos ricaços.

Causas da revoltante desigualdade

A reportagem de Mônica Bergamo, uma das poucas jornalistas que ainda mantém um aguçado senso crítico na tão deplorável mídia nativa, reforça a pesquisa apresentada no livro “Os ricos no Brasil”, organizado pelo economista Marcio Pochmann (2004). A obra apresenta uma radiografia detalhada da casta de abastados do país, revelando que apenas 5 mil famílias tem um volume patrimonial equivalente a 42% de todo o Produto Interno Bruto (PIB). Diante desta aberração, agora ilustrada pelo “mapa de luxo”, indaga: “Como é possível um país com mais de 177 milhões de habitantes possuir apenas 5 mil famílias portadoras de um estoque de riqueza equivalente a 2/5 de todo o fluxo de renda gerado pelo país no período de um ano?”.

Para responder à incômoda pergunta, o livro aborda a injusta formação histórica brasileira – desde a colônia até os dias atuais; analisa os mecanismos de poder da elite; e identifica as ilhas de riqueza nesse mar revolto de exclusão chamado Brasil. Já na introdução, adverte que “são justamente os ricos os portadores de maior poder no interior da sociedade, influindo direta e indiretamente nos mecanismos de produção e reprodução da riqueza e da pobreza. Por intermédio das elites políticas e econômicas, o segmento rico interage socialmente e termina por orientar, na maioria das vezes, a condução das políticas econômicas e sociais que resistem a uma redução da desigualdade”.

Essa capacidade da elite de manter seus privilégios, moldando distintos governos, explica a crônica manutenção das altas taxas de concentração de riqueza. “A estabilidade das classes superiores é surpreendente... Conforme o Censo de 1872, por exemplo, o Brasil possuía 10,1 milhões de habitantes reunidos em cerca de 1,3 milhão de famílias, sendo, porém, somente 23,4 mil o total de famílias ricas. Apenas 1,8% do total das famílias respondia por aproximadamente 2/3 do estoque de riqueza e de todo fluxo de renda do país... Já no ano 2000, apenas 2,4% das famílias residentes no país pertenciam às classes superiores”.

Filhos bastardos da financeirização

Ao considerar apenas o ínfimo estrato social composto pelas 5 mil famílias abastadas, o livro chega à chocante conclusão de que esse grupo (0,001% das famílias) manda no Brasil. “Estas famílias ‘muito ricas’, apesar da renovação da sua composição, permaneceram imunes às tentativas de combate à desigualdade, conformando uma sólida e poderosa aliança de interesses que resiste a qualquer mudança no anacrônico quadro distributivo”. A obra também apresenta tabelas inéditas sobre a concentração de riqueza e renda. Com mapas coloridos, ela localiza “onde estão os ricos no Brasil” e dá sólidas pistas sobre as metamorfoses nesse processo de acumulação. 

Diferente de outras fases históricas, em que a riqueza nascia do latifúndio ou da intensa industrialização, hoje ela se forma no restrito circuito das finanças. A nova casta de abastados, filha bastarda da financeirização, não possui qualquer projeto de nação ou compromisso com seu povo. A partir da década de 90, a onda neoliberal “assegurou não somente ganhos financeiros ampliados – os quais são escoados também para empresários do setor produtivo e segmentos de altos rendimentos – como a atualização do padrão de consumo para as elites mantidas em posições estratégicas na hierarquia nacional... Elas lograram se ‘primeiro-mundializar’ sem sair do lugar”. 

Ricos cada vez mais ricos

“Na verdade, os ricos brasileiros são cada vez mais ricos em geral, sem adjetivos ou qualificações. Ricos globais e financeirizados, fora do seu lugar... Não deixam de comungar os mesmos espaços, valores, utopias, tal como no passado. A diferença é que os novos ricos agora efetivamente não têm mais pátria. Abriram parcialmente mão do pesado fardo de serem exploradores de trabalho e de terem que produzir mercadorias dotadas de valor de uso. Residem na esfera da circulação, onde o capitalismo sempre se sentiu em casa. Trata-se de uma nova elite e de uma nova forma de riqueza que independe da produção e do emprego, ou pior, que vive do seu encolhimento”.

Esta elite individualista, consumista e ostentatória, retratada na reportagem de Mônica Bergamo e teorizada no livro de Marcio Pochmann, não tem qualquer preocupação com o destino do país e tem “nojo” do povo brasileiro. Mesmo não tendo o que reclamar do governo Lula, já que está batendo recordes no consumo de alto luxo, ela não vacila em destilar seu veneno reacionário e racista. 

Na recente greve dos controladores de vôos, no tal “apagão aéreo” aterrorizado pela mídia, presenciei uma cena que revela seu ódio de classe. “Eu não sou operário. Isso aqui não é ônibus de peão. Esse Lula dá dinheiro para os pobres, não cuida da aviação e ainda enche os aviões de gente que nunca voou na vida”, gritava, histérico e hidrófobo no saguão de Congonhas (SP), um executivo almofadinha.
http://www.outrobrasil.net/

Entendendo...

Transformações socioeconômicas no Brasil da década de 50
Os anos de 1950 foram marcados pelas transformações socioeconômicas vividas no Brasil, assim sendo, são considerados um divisor de águas para compreensão de nossa história, de nossa sociedade.

A televisão não era uma realidade da sociedade brasileira até o final da década de 50. 

Hoje, o computador, o celular, o micro-ondas, a televisão de tela plana, o refrigerador, entre tantos outros aparelhos eletrônicos fazem parte de nosso cotidiano, a ponto de não imaginarmos mais nossas vidas sem a comodidade que eles nos proporcionam. Porém, até meados do final da primeira metade do século XX, esta não era a realidade da sociedade brasileira.

Predominava no Brasil uma população rural, voltada ao trabalho do campo e a uma vida simples, com quase nenhuma tecnologia à disposição, com exceção de alguns raros aparelhos de rádio. As concentrações urbanas como conhecemos hoje não haviam se formado ainda, pois, embora já existissem cidades como São Paulo, o processo de industrialização ainda era incipiente. Já havia muitas indústrias em São Paulo no início do século passado, mas a ideia de pujança econômica, de progresso, de modernização da produção, apenas seria realidade em meados da década de 50, fato que se comprova na instalação de grande parque industrial, principalmente da indústria automobilística na região do ABC paulista.

Nos anos 50 vivemos os governos de Getúlio Vargas (que se matou em 1954) e de Juscelino Kubitschek, os quais, em linhas gerais, fomentaram o processo de industrialização nacional pela substituição de importações (iniciado por Vargas); pela abertura ao capital externo para investimento; pelo planejamento estratégico (como no caso de JK.); pela construção de uma infraestrutura como rodovias, hidroelétricas, aeroportos; pela promoção da indústria de base e de produção de bens de capitais, fundamentais para produção nacional. Um dos símbolos maiores deste processo de modernização foi a construção de Brasília, nova capital do país inaugurada no início dos anos 60.

Do ponto de vista da cultura e do imaginário social, acreditava-se que o Brasil estava a caminho de se tornar uma nação moderna, principalmente ao adotar um padrão de vida ao mesmo tempo muito diferente da vida rural e muito próximo ao modelo consumista do capitalismo norte-americano. No cotidiano das donas de casa estavam presentes toda a sorte de “aparelhos modernos” como liquidificador, batedeira, fogão a gás, televisores, enceradeiras, sem contar os produtos industrializados como alimentos, bebidas, artigos de higiene pessoal e beleza etc. Além disso, os meios de comunicação como o cinema, a televisão e o rádio difundiam-se cada vez mais, sendo fundamentais na disseminação de uma pensamento nacionalista e da ideologia de um país rumo ao progresso.

Todas estas transformações econômicas foram acompanhadas, obviamente, por outras tantas transformações sociais. Exemplo disso está o forte processo de êxodo rural daquela mesma população outrora concentrada no campo, a qual, em busca de trabalho, chegou aos grandes centros urbanos. Este processo de urbanização geraria mais tarde, como sabemos, o inchaço das cidades, acarretando em problemas sociais que até hoje são enfrentados pelo Estado, como falta de moradia, assistência social (saúde e educação), de transporte coletivo de qualidade, isso sem falar dos níveis de desemprego.

A despeito disso, é inegável que os anos de 1950 sejam de fato um divisor de águas para compreensão de nossa história, de nossa sociedade. Os rumos tomados pela nação neste período não apenas se diferenciavam do passado como certamente refletiriam na construção do futuro.
http://www.brasilescola.com/sociologia/transformacoes-socioeconomicas-no-brasil-decada-50.htm

Curiosidade...

Por que cortar cebola nos faz chorar?


Cortar cebolas, uma situação bastante desagradável na hora de cozinhar 

Sabe aquele ardor sentido nos olhos após picar uma cebola? E a choradeira então, é só começar e depois de alguns minutos vem aquela sensação incômoda. A explicação de tal fenômeno deve-se às células da cebola, uma parte dela é rica em enzimas e a outra em sulfuretos. Ao serem cortadas, essas duas células se rompem e se misturam. Reação que resulta em uma substância chamada ácido sulfénico e é transformada em um gás. A irritação é produzida quando esse gás atinge os olhos.

Quando o gás entra em contato com a água, uma vez que os olhos estão constantemente úmidos, é produzida uma solução fraca de ácido sulfúrico. O organismo se defende do incômodo, produzindo mais lágrimas. Uma dica para evitar a “choradeira” é cortar as cebolas próximo a um ventilador, assim evita-se que os gases atinjam a visão.

Outras formas de reduzir a irritação são: cortar as cebolas em água corrente; cortá-las dentro de um recipiente cheio de água ou lavá-la em água corrente antes de cortar.

http://www.brasilescola.com/curiosidades/por-que-cortar-cebola-nos-faz-chorar.htm

Piada...

Justa Calça


O sujeito entra na loja e pede calças masculinas. Jacó traz várias, de diversas cores e tamanhos e, após experimentar todas, o cliente escolhe uma.
— Para o senhor, eu faço o preço especial de cem reais! — exclama Jacó.
Para a surpresa de Jacó, o sujeito paga com dinheiro e sem pedir desconto. Jacó entrega o pacote com a calça e agradece.
— Desculpe, e a nota fiscal? — pergunta o cliente.
— Onde já se viu? Nota fiscal por uma calça? — pergunta Jacó, sem conseguir esconder um sorriso irônico.
— Sinto muito — diz o cliente, mostrando sua identificação da Receita Federal — mas eu vou ter que autuar o senhor por sonegação!
— Onde já se viu? — repetiu Jacó, sem perder a pose. — Nota fiscal por uma calça de presente?
http://piadasengracadas.net/categoria/diversas/

Devanear...


Leia o primeiro capítulo de "Cinquenta Tons de Liberdade", o terceiro livro da trilogia

A versão online do livro "Cinquenta Tons de Liberdade", terceiro volume da saga "Cinquenta Tons de Cinza", já está disponível com desconto no Iba.com.br.

Quando a ingênua Anastasia Steele conheceu o jovem empresário Christian Grey, teve início um sensual caso de amor que mudou a vida dos dois irrevogavelmente. Chocada, intrigada e, por fim, repelida pelas estranhas exigências sexuais de Christian, Ana exige um comprometimento mais profundo. Determinado a não perdê-la, ele concorda. Agora, Ana e Christian têm tudo: amor, paixão, intimidade, riqueza e um mundo de possibilidades a sua frente.

Mas Ana sabe que o relacionamento não será fácil, e a vida a dois reserva desafios que nenhum deles seria capaz de imaginar. Ana precisa se ajustar ao mundo de opulência de Grey sem sacrificar sua identidade. E ele precisa aprender a dominar seu impulso controlador e se livrar do que o atormentava no passado. Quando parece que a força dessa união vai vencer qualquer obstáculo, a malícia, o infortúnio e o destino conspiram para transformar os piores medos de Ana em realidade.

Leia o primeiro capítulo na íntegra:
Prólogo:


Mamãe! Mamãe! Mamãe está dormindo no chão. Ela já está dormindo há muito tempo. Penteio seu cabelo, porque ela gosta. Ela não acorda.
Dou uma sacudida nela. Mamãe! Minha barriga está doendo. É fome.Ele não está aqui. Estou com sede. Na cozinha, puxo uma cadeira até a pia e tomo um pouco d’água. A água respinga no meu suéter azul. Mamãe ainda está dormindo.
Mamãe, acorde! Ela continua quieta. Está fria. Apanho meu cobertor preferido, cubro a mamãe e me deito ao lado dela no tapete verde pegajoso. Mamãe ainda está dormindo. Tenho dois carrinhos de brinquedo. Faço-os apostar corrida no chão onde mamãe dorme. Acho que ela está doente. Procuro alguma coisa para comer. 

Encontro ervilhas no congelador. Estão geladas. Como devagar. Elas fazem minha barriga doer. Durmo perto da mamãe. As ervilhas acabaram. Encontro outra coisa na geladeira. Tem um cheiro esquisito. Dou uma lambida e minha língua fica grudada. Como devagar. O gosto é horrível. Bebo mais água. Brinco com meus carrinhos e durmo do lado da mamãe. Mamãe está muito fria e não quer acordar. A porta se abre com força. Cubro mamãe com meu cobertor. É ele.

Porra. O que foi que aconteceu aqui, cacete? Ah, essa maluca dessa puta de merda. Merda. Caralho. Sai do meu caminho, seu merdinha. Ele me chuta e eu bato com a cabeça no chão. Minha cabeça dói. Ele liga para alguém e vai embora. Tranca a porta. Eu me deito ao lado da mamãe. Minha cabeça dói. Chega a policial. Não. Não. Não. Não toque em mim. Não toque em mim. Não toque em mim. Fico ao lado da mamãe. Não. Fique longe de mim. A policial pega meu cobertor e me agarra. Eu grito. Mamãe! Mamãe! Eu quero a minha mãe. As palavras fugiram. Não consigo falar. Mamãe não me escuta. Não consigo falar.

Christian! Christian! — A voz dela é aflita e o arranca das profundezas de seu pesadelo, das profundezas de seu desespero. — Estou aqui. Estou aqui. Ele acorda e a vê inclinada sobre si, segurando seus ombros e o sacudindo, o rosto marcado pela angústia, os olhos azuis arregalados e lágrimas transbordando.

— Ana. — A voz dele é um sussurro aflito, o gosto do medo enchendo sua boca. — Você está aqui.— É claro que eu estou aqui. — Eu tive um pesadelo… — Eu sei. Mas eu estou aqui. Estou aqui. — Ana. — Ele murmura o nome dela, um talismã contra o pânico negro e asfixiante que percorre seu corpo. — Shhh, estou aqui.Ela se enrosca nele, braços e pernas o envolvendo, seu calor aquecendo o corpo dele, afastando a escuridão, afastando o medo. Ela é um raio de sol, é iluminada… ela é dele.

Por favor, não vamos brigar. — A voz dele soa rouca, e ele a abraça. Está bem. Os votos. Nada de obediência. Eu consigo. Vamos encontrar uma maneira. As palavras saem apressadas de sua boca, em um misto de emoção, confusão e ansiedade. Vamos, sim. Vamos sempre encontrar uma maneira — diz ela, e cola os lábios nos dele, silenciando-o, trazendo-o de volta para o presente.


Capítulo Um

Olho para cima, pelas brechas do guarda-sol verde, para o mais azul dos céus: um azul de verão, um azul mediterrâneo, e solto um suspiro de satisfação. Christian está ao meu lado, estirado sobre uma espreguiçadeira de praia. Meu marido — meu belo e sensual marido, sem camisa e usando uma bermuda feita de calça jeans cortada — está concentrado em um livro que prevê o colapso do sistema bancário ocidental. Pelo que todos comentam, é viciante de se ler.

Eu nunca o tinha visto tão quieto assim, nunca. Mais parece um estudante do que o bem-sucedido CEO de uma das maiores empresas privadas dos Estados Unidos. Estamos no final da nossa lua de mel, aproveitando o sol da tarde na praia do Beach Plaza Monte Carlo — um nome bem apropriado —, em Mônaco, embora na verdade não estejamos nesse hotel. Abro os olhos e fito o Fair Lady, ancorado no porto.

Naturalmente, estamos hospedados a bordo de um luxuoso iate. Construído em 1928, o Fair Lady flutua majestosamente sobre as águas, soberano em relação a todos os outros iates do porto. Parece um brinquedo de dar corda. Christian o adora; suspeito até de que ele esteja tentado a comprá-lo. Francamente… homens e seus brinquedos.

Recostando-me confortavelmente, escuto a lista de Christian Grey no meu iPod novo e cochilo sob o sol de fim de tarde, relembrando o pedido de casamento. Ah, um pedido dos sonhos, no ancoradouro… Quase consigo sentir o aroma das flores do campo…

Podemos nos casar amanhã? — murmura Christian suavemente no meu ouvido. Estou languidamente recostada no peito dele, na cobertura florida do ancoradouro, satisfeita depois de fazermos amor apaixonadamente.— Hmm. — Isso é um sim? — Capto expectativa na voz dele. — Hmm. — Um não? Hmm. Sinto seu sorriso. — Srta. Steele, você está sendo incoerente? Sorrio também. Hmm.

Ele ri e me abraça apertado, beijando o alto da minha cabeça. Então está combinado. Vegas amanhã. Meio dormindo, levanto a cabeça. — Acho que meus pais não ficariam muito felizes com isso. Ele passa os dedos pelas minhas costas nuas, para cima e para baixo, acariciando-me ternamente. O que você quer, Anastasia? Vegas? Um casamento grande, com tudo a que
tem direito? Vamos, diga.
Grande não… Só os amigos e a família. Ergo o olhar para ele, enternecida pela súplica silenciosa em seus brilhantes olhos cinzentos. O que ele quer? — Tudo bem — concorda ele. — Onde?
Dou de ombros. — Pode ser aqui? — pergunta Christian, hesitante. Na casa dos seus pais? Eles não vão se importar? Ele resmunga.

Minha mãe ficaria no sétimo céu. Aqui, então. Tenho certeza de que minha mãe e meu pai vão preferir. Ele acaricia meu cabelo. Eu não poderia estar mais feliz. Bom, já resolvemos onde; agora vamos definir quando. Você tem que perguntar para a sua mãe, é claro.

Hmm. — O sorriso dele desaparece. — Posso dar a ela um mês, no máximo. Quero muito você, não posso esperar mais que isso. Christian, eu já sou sua. Faz um bom tempo. Mas tudo bem: um mês está bom. Eu beijo seu peito, um beijo suave e casto, e sorrio.

Você vai se queimar muito — sussurra Christian em meu ouvido, tirando-me do meu cochilo. Você me faz incendiar por dentro. — Abro meu sorriso mais doce. O sol do fim de tarde mudou de posição, de forma que os raios fortes incidem diretamente sobre mim. Ele sorri maliciosamente e, com um movimento rápido, puxa minha espreguiçadeira de volta para a sombra do guarda-sol.

Agora está protegida do sol do Mediterrâneo, Sra. Grey. Obrigada por seu altruísmo, Sr. Grey.
O prazer é todo meu, Sra. Grey, e não estou sendo nem um pouco altruísta. Se você se queimar demais, não vou conseguir tocá-la. — Ele ergue uma sobrancelha, seus olhos brilhando de jovialidade, e meu coração se derrete. — Mas suspeito que você já saiba disso, e está rindo de mim.

Será? — digo, com um suspiro, fingindo inocência.
Sim, você vive rindo de mim. É uma das muitas coisas que amo em você. Ele se abaixa e me beija, mordendo de leve meu lábio inferior. Eu esperava que você me lambuzasse com mais protetor solar — digo, fazendo beicinho e colando os lábios nos dele.

Sra. Grey, esse é um trabalho sujo… mas uma oferta que não posso recusar. Sente-se — ordena ele, a voz áspera. Obedeço, e, com toques lentos e meticulosos de seus dedos fortes e dóceis, ele me cobre de protetor solar.

Você é realmente linda. Sou um homem de sorte — murmura enquanto seus dedos deslizam sobre meus seios, espalhando a loção. Um homem de sorte, com certeza, Sr. Grey. Fito-o recatadamente, piscando para fazer charme.

Seu nome é modéstia, Sra. Grey. Vire-se. Vou passar nas suas costas. Sorrindo, eu me viro, e ele desamarra o laço do meu biquíni escandalosamente caro. Como você se sentiria se eu fizesse topless, que nem as outras mulheres da praia? — pergunto.
Incomodado — diz ele, sem hesitar. — Já não estou muito feliz em ver você usando tão pouca roupa agora. — Ele se inclina e sussurra em meu ouvido: —Não abuse da sorte. É uma ameaça, Sr. Grey? Não. É uma afirmação, Sra. Grey. Solto um suspiro e balanço a cabeça. Ah, Christian… meu Christian possessivo, ciumento e maníaco por controle. Quando acaba, ele dá uma palmada na minha bunda.

Pronto, lindeza. O BlackBerry dele, onipresente e sempre ativo, toca. Olho-o com desaprovação
e ele sorri maliciosamente. É confidencial, Sra. Grey. Ele ergue uma sobrancelha, brincalhão me dá mais uma palmada e se acomoda na espreguiçadeira para atender à ligação.

Minha deusa interior ronrona. Hoje à noite talvez nós duas possamos fazer algum espetáculo exclusivo para ele. Ela sorri com malícia e astúcia, levantando a sobrancelha.

Eu sorrio só de pensar nisso, e mergulho novamente em minha siesta vespertina. Mam’selle? Un Perrier pour moi, un Coca-Cola Diet pour ma femme, s’il vous plaît. Et quelque chose à manger… laissez-moi voir la carte. Humm… O francês fluente de Christian me acorda. Meus cílios tremem à luz ofuscante do sol e percebo que ele me observa enquanto uma jovem uniformizada se afasta, a bandeja erguida, o comprido rabo de cavalo louro balançando provocativamente.

Com sede? — pergunta ele. — Sim — murmuro, sonolenta. Eu podia ficar apreciando você o dia inteiro. Cansada? Fico vermelha. — Não dormi muito na noite passada. Nem eu. Ele sorri, pousa o BlackBerry na espreguiçadeira e se levanta. Sua bermuda abaixa um pouco… deixando visível o calção de banho. Christian tira a bermuda e o chinelo. Perco o fio do pensamento.

Venha nadar comigo. — Ele oferece a mão e eu o fito, entorpecida. — Nadar? — repete ele, pendendo a cabeça para o lado com uma expressão de quem está achando graça. Quando não respondo, ele balança a cabeça lentamente. — Acho que você precisa de um toque de despertar.

De súbito, ele se lança sobre mim e me ergue nos braços. Eu solto um grito agudo, mais de surpresa do que de medo. — Christian! Me ponha no chão! — exclamo. Ele dá uma risadinha. Só na água, baby. Na praia, vários banhistas observam, com um misto de perplexidade e desinteresse que agora percebo ser típico dos franceses, Christian me carregar para o mar, rindo, e entrar na água. Agarro o pescoço dele.

Você não faria isso — digo, sem fôlego, tentando abafar o riso. Ele sorri. Ah, Ana, meu amor, você não aprendeu nada sobre mim no curto espaço de tempo desde que nos conhecemos? Cinquenta tons de liberdade 15. Ele me beija, e eu aproveito a oportunidade para deslizar os dedos por seu cabelo, agarrando duas mechas e retribuindo o beijo, invadindo a boca dele com minha língua. Ele inspira forte e se inclina para trás, os olhos embaçados, mas atentos.

Conheço o seu jogo — sussurra ele, e vagarosamente avança na água límpida e gelada, levando-me junto enquanto nossos lábios se grudam de novo. O frio do mar Mediterrâneo logo foge de minha mente quando me enrosco ao redor do meu marido.

Pensei que você quisesse nadar — murmuro contra sua boca. Você me distrai muito. — Ele roça os dentes no meu lábio inferior. — Mas não sei se quero que a boa gente de Monte Carlo veja minha mulher nos espasmos da paixão. Passo os dentes pelo pescoço dele, sua barba por fazer pinicando minha língua; não dou a mínima para a boa gente de Monte Carlo.

Ana — geme ele. Christian enrola meu rabo de cavalo em volta de sua mão e puxa gentilmente, fazendo minha cabeça pender para trás, expondo meu pescoço. Ele salpica beijos desde a minha orelha até a base da clavícula. Posso trepar com você no mar? — pergunta ele, arquejando. Deve — sussurro.

Christian afasta o torso e me encara, os olhos ternos, desejosos e cheios de humor. Sra. Grey, você é insaciável, e tão atrevida! Que tipo de monstro eu criei?  Um monstro sob medida para você. Você iria me querer de outra maneira? — Eu iria querer você de qualquer maneira, você sabe. Mas não agora. Não com plateia. — Ele vira a cabeça em direção à areia. O quê?

De fato, vários banhistas abandonaram a indiferença e agora nos olham interessados. De repente, Christian me pega pela cintura e me lança no ar, deixando--me cair na água e afundar até bater na areia macia por baixo das ondas. Volto para a superfície tossindo, engasgando e rindo. Christian! — repreendo-o, encarando-o com o olhar firme. Pensei que fôssemos fazer amor no mar… mais uma primeira vez. Ele morde o lábio inferior, contendo seu divertimento. Jogo água nele, que revida jogando em mim.

Temos a noite inteira — diz ele, rindo como um bobo. — Mais tarde, baby. Ele então mergulha, emergindo a um metro de distância; depois, em um estilo fluido e gracioso, nada para longe da praia, para longe de mim. Rá! Meu Cinquenta Tons provocante e brincalhão! Protejo os olhos do sol vendo-o se afastar. Ele adora me provocar… O que posso fazer para trazê-lo de volta? À medida que nado retornando para a praia, avalio minhas opções. Nas espreguiçadeiras, as bebidas que ele pediu esperam por nós, e tomo um gole rápido da Coca Diet. Christian é uma manchinha ao longe.

Hum… Eu me deito de bruços e, atrapalhando-me um pouco, tiro a parte de cima do biquíni e a jogo despreocupadamente sobre a espreguiçadeira de Christian. Prontinho… vamos ver como eu posso ser atrevida, Sr. Grey. Engula essa. Fecho os olhos e deixo o sol aquecer minha pele… aquecer meus ossos, e começo a divagar sob o calor, meus pensamentos voltando para o dia do meu casamento.

Pode beijar a noiva — anuncia o reverendo Walsh.
Sorrio para o meu marido. — Finalmente você é minha — sussurra ele, puxando-me para seus braços e me beijando castamente na boca. Estou casada. Sou a Sra. Christian Grey. Estou tonta de alegria. — Você está maravilhosa, Ana — murmura ele, e sorri, o olhar brilhando de amor… e de algo mais escuro, mais picante. — Não deixe ninguém tirar esse vestido; só eu, entendeu?

Seu sorriso aquece a quase quarenta graus quando as pontas de seus dedos percorrem meu rosto, fazendo meu sangue ferver. Ai, meu Deus… Como ele consegue fazer isso, mesmo aqui com todas essas pessoas olhando para nós? Concordo em silêncio. Nossa, espero que ninguém nos ouça. Por sorte, o reverendo Walsh discretamente deu um passo para trás. Dou uma olhada para o grupo reunido em elegantes trajes de casamento: minha mãe, Ray, Bob e os Grey estão aplaudindo — até Kate, minha dama de honra, que está linda em um vestido cor-de-rosa claro, ao lado de Elliot, irmão e padrinho de Christian. Quem diria que até Elliot pudesse se arrumar tão bem? Todos exibem sorrisos enormes e radiantes — menos Grace, que chora graciosamente em um delicado lenço branco.

Pronta para festejar, Sra. Grey? — murmura Christian, abrindo um sorriso tímido para mim.
Eu derreto. Ele está divino em um smoking preto e simples com gravata e faixa prateadas. Está… estonteante. Mais do que nunca — respondo, com um sorriso bobo no rosto. Mais tarde, a festa de casamento está a todo vapor… Carrick e Grace foram até a cidade. Eles reinstalaram o toldo e o decoraram lindamente em tons de cor-de--rosa claro, prateado e marfim, aberto dos lados e dando para a baía. Felizmente o tempo está bom, e o sol de fim de tarde brilha sobre a água. Há uma pista de dança em uma ponta da grande tenda, e um farto bufê na outra. 

Cinquenta tons de liberdade 17
Ray e minha mãe estão dançando e rindo juntos. Tenho um sentimento dúbio vendo-os assim próximos. Espero que meu casamento com Christian dure mais. Não sei o que eu faria se ele me deixasse. Quem casa a correr, toda a vida tem para se arrepender. O provérbio é um fantasma a me assombrar. Kate está ao meu lado, linda no seu vestido longo de seda. Ela me fita e franze o cenho.

— Ei, este deveria ser o dia mais feliz da sua vida — repreende-me ela. E é sussurro.  Ah, Ana, o que há com você? Está pensando em sua mãe com Ray? Admito tristemente. Eles estão felizes. Só porque se separaram. Você está com dúvidas? — pergunta Kate, preocupada. Não, de jeito nenhum. É só que… eu amo tanto o Christian. — Fico travada; não consigo, ou talvez eu não deseje, articular meus temores.
Ana, está na cara que ele adora você. Sei que foi um início pouco convencional para um relacionamento, mas eu vi como vocês passaram felizes esse último mês. — Ela pega minhas mãos e as aperta com carinho. — Além disso, agora é tarde — acrescenta, com um sorriso bem-humorado. Dou uma risadinha. Ninguém melhor do que Kate para apontar o óbvio. Ela me puxa para um Abraço Especial de Katherine Kavanagh.

Ana, vai dar tudo certo. E se ele tocar em um fio do seu cabelo, vai se ver comigo. — Ela me solta e sorri para alguém atrás de mim. Oi, baby. — Christian me abraça de surpresa e me beija na têmpora. — Kate ele a cumprimenta. Ainda age friamente com ela mesmo depois de seis semanas. Olá novamente, Christian. Vou procurar o seu padrinho.

E, sorrindo para nós dois, ela se dirige até Elliot, que está bebendo com o irmão dela, Ethan, e nosso amigo José. Hora de irmos — murmura Christian. Já? Esta é a primeira festa em que eu não ligo de ser o centro das atenções. Giro em seus braços para fitá-lo. Você merece. Está deslumbrante, Anastasia.
— Você também. Ele sorri, e sua expressão torna-se mais quente. Este lindo vestido ficou perfeito em você. Este pedaço de pano velho? Coro e puxo o delicado acabamento de renda do vestido de casamento, simples e bem-cortado, desenhado para mim pela mãe de Kate. Adoro o fato de a renda deixar apenas os ombros descobertos recatado mas sedutor, espero.

Ele se inclina e me beija. Vamos. Não quero mais dividir você com essa gente toda.  Podemos ir embora da nossa própria festa de casamento? A festa é nossa, baby, podemos fazer o que quisermos. Já cortamos o bolo.
E agora eu quero tirar você daqui e tê-la só para mim. Dou uma risadinha. — Você me tem para a vida toda, Sr. Grey. — Fico muito feliz de ouvir isso, Sra. Grey. — Ah, aqui estão vocês! Os dois pombinhos. Dou um gemido de desgosto por dentro… A mãe de Grace nos encontrou.
Christian, querido: mais uma dança com a sua avó? Ele contorce os lábios. É claro, vovó. — E você, linda Anastasia, vá e faça um velho feliz: dance com o Theo.  O Theo, Sra. Trevelyan? — Vovô Trevelyan. E acho que você já pode me chamar de vovó. Agora, de verdade, vocês dois têm que começar a trabalhar para me darem bisnetos. Não vou durar muito mais tempo. — Ela nos lança um sorriso afetado.

Christian a olha horrorizado. — Venha, vovó — diz, rapidamente pegando a mão dela e levando-a até a pista de dança. Ao se afastar, ele olha para mim, quase fazendo bico por ter sido contrariado, e revira os olhos. — Até mais, baby. Ao me encaminhar na direção do Sr. Trevelyan, sou abordada por José. — Não vou pedir outra dança. Acho que já monopolizei muito do seu tempo na pista… Estou feliz de vê-la feliz, Ana, mas é sério: eu estarei aqui… se precisar de mim.

Obrigada, José. Você é um bom amigo. Pode contar comigo. — Seus olhos escuros brilham com sinceridade. Eu sei. Obrigada, José. Agora, se me der licença, tenho um encontro marcado
com um senhor de idade. Ele faz uma expressão confusa. — O avô do Christian — esclareço. Ele sorri.— Boa sorte, Ana. Boa sorte com tudo. — Obrigada, José. Depois de dançar com o eternamente encantador avô de Christian, posto-me diante das portas francesas e fico apreciando o sol, que mergulha lentamente sobre Seattle, lançando sombras azul-claras e alaranjadas sobre a baía.


Vamos embora — Christian me chama, apressado.
Tenho que trocar de roupa. Pego a mão dele, com a intenção de puxá-lo pelas portas francesas e levá-lo para cima comigo. Ele franze as sobrancelhas, sem compreender, e puxa minha mão de leve, para me deter.— Pensei que você quisesse tirar o meu vestido — explico.
Seu semblante se ilumina. — Correto — diz ele, e abre um sorriso lascivo. — Mas não vou tirar sua roupa aqui, senão só iríamos embora depois de… Sei lá… — Gesticulando a mão comprida, ele deixa a frase incompleta, mas está bastante claro o que quer dizer.

Fico vermelha e solto sua mão. E também não solte o cabelo — murmura ele, com ar sério.  Mas…, nada de “mas”, Anastasia. Você está linda. E quero que seja eu a tirar o seu vestido. Ah. Faço um ar de desagrado. — Guarde as roupas que você separou para sair daqui — ordena ele. — Vai precisar delas. Taylor já pegou a sua mala. — Tudo bem. O que foi que ele planejou? Christian não me contou para onde vamos. Na verdade, acho que ninguém sabe nosso destino. Nem Mia nem Kate conseguiram extrair a informação dele. Aproximo-me de minha mãe e de Kate, que estão circulando ali por perto.

Não vou me trocar. O quê? — diz minha mãe. — Christian não quer que eu tire o vestido. Dou de ombros, como se isso explicasse tudo. Ela franze a testa por um breve instante. — Você não deve obediência a ele — diz ela, com tato. Kate resmunga ao ouvir isso, e tenta disfarçar com uma tosse fingida. Olho para ela com desaprovação. Nenhuma das duas tem ideia da briga que Christian e eu tivemos sobre isso. Não quero retomar a discussão. Nossa, meu Cinquenta Tons pode ficar bravo… e ter pesadelos. As lembranças me deixam tensa. — Eu sei, mãe, mas ele gosta desse vestido e eu quero agradar meu marido.

Sua expressão fica mais leve. Kate revira os olhos e discretamente se retira para nos deixar sozinhas. Você está tão linda, querida. — Carla afasta gentilmente uma pequena mecha do meu cabelo e acaricia meu queixo. — Estou tão orgulhosa de você, meu amor. Christian será um homem muito feliz a seu lado. — Ela me puxa para um abraço. Ah, mãe!

É incrível como você parece adulta agora. Começando uma vida nova… Lembre-se apenas de que os homens são de outro planeta e tudo vai ficar bem. Dou uma risada. Christian é de outro universo; ah, se ela soubesse… Obrigada, mãe. Ray se junta a nós, sorrindo com doçura para nós duas. — Você criou uma menina linda, Carla — diz ele, os olhos brilhando de orgulho. Ray está muito elegante nesse smoking preto com a faixa de um tom pálido de cor-de-rosa. Sinto as lágrimas surgirem no fundo dos meus olhos. Ah, não… até agora eu consegui não chorar.

— E você cuidou dela e a ajudou a crescer, Ray. — A voz de Carla é nostálgica. — Cada minuto foi maravilhoso para mim. Você está me saindo uma noiva fantástica, Annie. — Ele pega a mesma mecha solta de cabelo e coloca-a atrás da  minha orelha. Ah, pai Sufoco um soluço, e ele me abraça daquele seu jeito apressado e desconfortável. E também vai se sair uma esposa fantástica — sussurra ele, a voz rouca. Quando Ray me solta, vejo Christian novamente ao meu lado. Eles dão um aperto de mãos caloroso. Cuide da minha menina, Christian.


É o que farei, Ray. Carla. — Ele cumprimenta meu padrasto com a cabeça e dá um beijo em minha mãe. O resto dos convidados formou um comprido arco humano que nos conduzirá até a frente da casa. Pronta? — pergunta Christian. — Sim. Ele pega minha mão e me guia por baixo dos braços esticados, enquanto nossos convidados gritam boa sorte e parabéns e jogam arroz sobre nós dois. Esperando--nos com sorrisos e abraços no final do túnel estão Grace e Carrick. Eles se revezam para nos cumprimentar. Grace se emociona novamente quando nos despedimos apressadamente.

Taylor está à nossa espera para nos levar dali no Audi SUV. Christian segura a porta do carro aberta para mim, e jogo meu buquê de rosas brancas e cor-de-rosa para a multidão de jovens que se formou atrás de mim. Mia triunfantemente o pega no alto, com um sorriso de orelha a orelha. Entro no SUV rindo da maneira audaciosa como Mia agarrou o buquê, e
Christian se abaixa para pegar a bainha do meu vestido. Logo que me vê confortavelmente instalada dentro do carro, ele acena um adeus para a multidão.

Taylor abre a porta do carro para ele. Parabéns, senhor. Obrigado, Taylor — responde Christian, sentando-se ao meu lado. Enquanto o motorista arranca, os convidados jogam arroz sobre o automóvel. Christian pega minha mão e beija os nós dos meus dedos. — Até aqui tudo bem, Sra. Grey?  Até aqui tudo ótimo, Sr. Grey. Para onde vamos?  Aeroporto — diz ele simplesmente, e sorri com uma expressão de esfinge. Humm… o que ele está tramando? Taylor não se dirige para o terminal de embarque, como eu esperava; em vez disso, passa por um portão de segurança e vai diretamente para a pista. O quê? E então eu vejo: o jatinho de Christian… Grey Enterprises Holdings, Inc. Escrito em imensas letras azuis na fuselagem.

Não me diga que você está novamente usando um bem da empresa para uso pessoal! — Ah, espero que sim, Anastasia. — Christian sorri. Taylor para perto da escada que leva até o avião e salta do Audi a fim de abrir a porta para Christian. Eles discutem alguma coisa rapidamente; então Christian abre minha porta — e, em vez de dar um passo para trás e me deixar passar, ele se abaixa e me pega no colo.
Uau! O que você está fazendo? — Solto um gritinho. Carregando você para dentro. — Ah!… — Não deveria ser quando chegássemos em casa?

Ele me leva sem esforço escada acima, e Taylor nos segue com minha mala. Deixa-a na porta do avião antes de retornar ao Audi. Dentro da cabine, reconheço Stephan, o piloto de Christian, em seu uniforme. — Bem-vindos a bordo, senhor. Olá, Sra. Grey. — Ele sorri. Christian me coloca no chão e aperta a mão de Stephan. Ao lado do piloto está uma morena de uns… trinta e poucos anos, talvez? Ela também está de uniforme. — Parabéns aos dois — continua ele.

Obrigado, Stephan. Anastasia, você já conhece o Stephan. Ele vai ser nosso comandante hoje, e esta é a copiloto Beighley. Ela cora quando Christian a apresenta, e pisca rápido. Tenho vontade de bufar de raiva. Mais uma mulher completamente encantada pelo meu marido lindo-até-demais-para-o-meu-gosto. Prazer em conhecê-la — Beighley me cumprimenta efusivamente. Sorrio com simpatia para ela. Afinal de contas… ele é meu.
Tudo certo para decolarmos? —Pergunta Christian, dirigindo-se aos dois oficiais, enquanto dou uma olhada na cabine. O interior é todo composto de madeira clara e couro creme. De extremo bom gosto. Do outro lado vejo mais uma jovem uniformizada — uma morena muito bonita. — Tudo pronto. O tempo está bom daqui até Boston. Boston? — Turbulências? Só a partir de Boston. Há uma frente fria sobre Shannon que talvez cause certa instabilidade ao avião. Shannon? Irlanda? Certo. Bom, espero só acordar depois de passarmos o mau tempo — diz Christian, tranquilo.

Acordar? Vamos nos preparar, senhor — diz Stephan. — Os senhores ficarão sob os cuidados atenciosos de Natalia, nossa comissária de bordo. Christian desvia o olhar na direção da moça e franze o cenho, mas vira-se de volta para Stephan com um sorriso. Excelente diz. Ele pega minha mão e me leva até um dos suntuosos assentos de couro. Deve haver cerca de doze no total. Sente-se — diz, tirando o paletó e desabotoando o fino colete de brocado prateado. Nós nos sentamos em duas poltronas individuais, uma de frente para a outra, com uma mesinha incrivelmente lustrada no meio.

Bem-vindos a bordo, senhores, e meus parabéns. — Natalia surgiu ao nosso lado e nos oferece uma taça de champanhe rosé. Obrigado —diz Christian, e Natalia sorri polidamente ao se retirar para os fundos do avião. — Brindemos a uma feliz vida de casados, Anastasia. Christian levanta a taça em direção à minha e tocamos de leve as duas. O champanhe é delicioso. — Bollinger? — pergunto. Exato. — A primeira vez que tomei Bollinger foi em uma xícara de chá. — Sorrio. 

Eu me lembro bem daquele dia. Sua formatura.
Aonde estamos indo? — Não consigo conter minha curiosidade nem um minuto mais. Shannon — responde Christian, os olhos reluzentes de entusiasmo. Parece um menininho. — Na Irlanda? — Vamos para a Irlanda! Para reabastecer — acrescenta ele. E depois? — pergunto logo em seguida. 

Cinquenta tons de liberdade 23
Seu sorriso aumenta e ele balança a cabeça. Christian! — Londres — responde ele, encarando-me com intensidade para avaliar minha reação. Engulo em seco. Minha Nossa! Achei que talvez estivéssemos indo a Nova York
ou Aspen ou ao Caribe. Mal posso acreditar. Durante toda a minha vida eu quis conhecer a Inglaterra. Uma chama se acende dentro de mim; sinto-me incandescente de felicidade.
Depois, Paris. O quê? — Depois, sul da França. Uau! — Sei que você sempre sonhou em conhecer a Europa — diz ele, suavemente. Quero fazer seus sonhos se tornarem realidade, Anastasia. Você é o meu sonho, Christian. Digo o mesmo quanto a você, Sra. Grey — sussurra ele.
Ah, nossa.… — Aperte o cinto. Dou um sorriso e obedeço. Enquanto o avião começa a taxiar na pista, tomamos tranquilamente nosso champanhe, rindo um para o outro sem motivo aparente. 

Não posso acreditar. Aos vinte e dois anos, finalmente estou partindo dos Estados Unidos em direção à Europa — indo justamente a Londres. Uma vez no ar, Natalia nos serve mais champanhe e prepara nosso banquete de casamento. É realmente um banquete: salmão defumado, seguido de perdiz assado com salada de feijão-verde e batatas dauphinoise, tudo preparado e servido pela ultraeficiente Natalia.

Sobremesa, Sr. Grey? — oferece ela. Ele balança a cabeça em negativa e desliza o dedo pelo lábio inferior ao olhar para mim, a expressão séria e indecifrável. — Não, obrigada — murmuro, incapaz de desviar o olhar do dele. Seus lábios se fecham num sorriso pequeno e secreto, e Natalia se retira. — Ótimo — murmura ele. — Prefiro saborear você como sobremesa. Opa… aqui? — Venha — diz ele, levantando-se e me oferecendo a mão. Ele me leva até a parte posterior da cabine.

Tem um banheiro aqui. Ele aponta para uma porta pequena e me conduz por um curto corredor, ao final do qual entramos em outra porta. Caramba… um quarto. A cabine é decorada em tons de creme e marfim, e a pequena cama de casal está coberta de almofadas douradas e acobreadas. Parece muito confortável. Christian se vira e me puxa para seus braços, com o olhar fixo em mim.
Pensei em passarmos nossa noite de núpcias a trinta e cinco mil pés de altura. É algo que nunca fiz antes. Mais uma primeira vez. Olho para ele boquiaberta, meu coração aos pulos o clube do sexo nas alturas. Já ouvi falar sobre isso. Mas primeiro eu tenho que tirar você desse vestido fabuloso. Os olhos dele brilham, cheios de amor e de algo mais sombrio, que eu adoro… algo que convoca minha deusa interior. 

Ele me deixa sem fôlego. Vire-se. A voz dele é baixa, autoritária e incrivelmente sensual. Como ele consegue incutir tantas promessas em apenas uma palavra? Obedeço de bom grado, e suas mãos alcançam meu cabelo. Gentilmente ele retira cada grampo, um de cada vez, seus dedos experientes concluindo a tarefa rapidamente. Meu cabelo cai sobre os ombros, uma mecha de cada vez, cobrindo minhas costas e meus seios.

Tento ficar imóvel e não me contorcer, mas desejo ardentemente sentir seu toque. Depois de um dia longo e cansativo, embora emocionante, eu quero Christian — quero-o todo para mim. — Seu cabelo é tão bonito, Ana. Sua boca está próxima à minha orelha e eu sinto sua respiração, ainda que seus lábios não encostem em mim. Quando não há mais grampos a tirar, ele desliza os dedos pelo meu cabelo, massageando suavemente meu couro cabeludo…
meu Deus… Fecho os olhos e aproveito a sensação. Seus dedos se movem para baixo, e ele puxa minha cabeça para trás, expondo meu pescoço.


Você é minha — sussurra ele, e seus dentes puxam o lóbulo da minha orelha. Solto um gemido. — Quietinha agora — adverte ele. Christian tira meu cabelo de sobre meus ombros e passa um dedo pelas minhas costas, de um ombro ao outro, acompanhando o contorno rendado do vestido. Eu me contorço de expectativa. Ele dá um beijo terno nas minhas costas, acima do primeiro botão do vestido. — Tão linda — diz, abrindo habilmente o primeiro botão. — Hoje você fez de mim o homem mais feliz do mundo. — Com infinita lentidão, ele abre o vestido, botão por botão, de cima a baixo. — Eu amo tanto você. — Ele me cobre de beijos, desde a minha nuca até a extremidade do meu ombro, e murmura entre
cada um deles: — Eu. Quero. Você. Demais. Eu. Quero. Estar. Dentro. De. Você. Você. É. Minha.

Cinquenta tons de liberdade 25 
Cada palavra me inebria. Fecho os olhos e inclino a cabeça, oferecendo-lhe meu pescoço, e me vejo ainda mais sob o feitiço que é Christian Grey, meu marido. — Minha — sussurra ele novamente. Ele faz o vestido deslizar pelos meus braços, de modo que cai nos meus pés como uma nuvem de seda e renda marfim.
—Vire-se — murmura, a voz repentinamente áspera. Obedeço, e ele engole em seco.

Estou vestindo um corpete apertado de cetim cor-de-rosa, com cinta-liga, calcinha rendada da mesma cor e meias de seda brancas. Seus olhos percorrem meu corpo avidamente, mas ele não diz uma palavra. Apenas me fita, os olhos arregalados de desejo.  Gostou? — sussurro, já sentindo um rubor tímido subir pelas minhas
bochechas. Gostar é pouco, meu amor. Você está sensacional. Venha.


Ele me oferece a mão, e, aceitando-a, dou um passo adiante, deixando o vestido para trás. — Fique parada — murmura ele, e, sem tirar os olhos cada vez mais escuros dos meus, passa o dedo médio sobre meus seios, seguindo a linha do corpete. Minha respiração fica ofegante, e ele repete o movimento, seu dedo provocante fazendo minha pele formigar por toda a espinha. Ele para e gira o dedo indicador
no ar, o que quer dizer que devo me virar. Nesse momento, eu faria qualquer coisa para ele. Pare — diz. Estou de frente para a cama, afastada dele. Seu braço circunda minha cintura, puxando-me para si, e ele se aninha no meu pescoço. Suavemente, suas mãos cobrem meus seios, brincando com eles, os polegares desenhando círculos sobre meus mamilos até ficarem tesos contra o tecido do corpete. — Minha — murmura ele.

Sua — respondo num sussurro. Deixando meus seios de lado, suas mãos percorrem minha barriga e minhas coxas, seus polegares passando por meu sexo. Abafo um gemido. Seus dedos deslizam sobre a cinta-liga, e, com sua habitual agilidade, ele desprende as meias dos dois lados simultaneamente. Suas mãos viajam pelo meu corpo até alcançarem minha bunda. — Minha — murmura ele, suas mãos espalmando nas minhas nádegas, as pontas dos dedos roçando meu sexo.  Ah. Shhh. As mãos dele descem pela parte posterior das minhas coxas, e novamente
Christian desprende as ligas.


Abaixando-se, ele puxa a coberta da cama. Sente-se. Faço o que ele manda, em transe; ele então se ajoelha aos meus pés e delicadamente retira cada um dos meus sapatos de noiva Jimmy Choo. Agarra a parte de cima de minha meia esquerda e despe-a lentamente, deslizando os polegares pela minha perna… Repete o processo com a outra meia. — É como abrir presentes de Natal. — Ele sorri por trás de seus longos cílios negros.

Um presente que você já ganhou… Ele franze o cenho, como em uma reprimenda. — Ah, não, baby. Desta vez estou ganhando de verdade. — Christian, eu sou sua desde que disse sim. — Avanço em um movimento rápido e seguro seu rosto em minhas mãos, o rosto que amo tanto. — Sou sua. Serei sempre sua, meu marido. Mas acho que você está usando roupas demais. Inclino-me para beijá-lo, e ele repentinamente levanta o corpo, me beija na boca e agarra minha cabeça com as mãos, os dedos enroscados no meu cabelo.
Ana — sussurra ele. — Minha Ana. Seus lábios procuram os meus novamente, sua língua ao mesmo tempo invasiva e persuasiva. — Roupas — sussurro, nossas respirações se combinando quando empurro seu colete para baixo e ele o despe, soltando-me por um momento. Ele faz uma pausa, olhando para mim; olhos ávidos, desejosos. — Deixe que eu tiro. — Minha voz é suave e firme. Quero despir meu marido, meu Cinquenta Tons. 

Christian se senta sobre os tornozelos; inclinando-me para a frente, agarro sua gravata — aquela prateada, minha preferida —, desfaço vagarosamente o nó e tiro-a de seu pescoço. Ele levanta o queixo para que eu abra o primeiro botão de sua camisa branca; depois, é hora de dar um jeito nas abotoaduras. As que ele está usando hoje são de platina — gravadas com as letras A e C entrelaçadas —, o presente de casamento que lhe dei. Logo que as retiro, ele as pega de mim e as fecha dentro da mão. Em seguida beija a própria mão fechada e põe as joias no bolso da calça.

Sr. Grey, tão romântico. — Para você, Sra. Grey… corações e flores. Sempre. Seguro sua mão e, olhando-o acima de mim através dos meus cílios, beijo sua aliança de platina toda lisa. Ele geme e fecha os olhos. — Ana — murmura, como se meu nome fosse uma oração. Começando pelo segundo botão de sua camisa, repito seu gesto de alguns instantes atrás: dou um beijo terno no seu peito a cada botão que abro, sussurrando, entre um beijo e outro: — Você. Me. Faz. Tão. Feliz. Eu. Amo. Você. 

Cinquenta tons de liberdade 27 
Ele geme e, em um movimento rápido, me agarra pela cintura e me joga na cama, inclinando-se sobre mim. Seus lábios encontram os meus, suas mãos em volta da minha cabeça; ele me abraça, imobilizando-me, enquanto nossas línguas se juntam em êxtase. Subitamente ele ergue o torso e se ajoelha na cama, deixando-me ofegante, querendo mais. — Você é tão bonita… minha esposa. — Desliza as mãos pelas minhas pernas e pega meu pé esquerdo. — Que pernas mais lindas. Quero beijar cada centímetro dessas pernas. Começando por aqui. Ele pressiona os lábios contra meu dedão do pé e depois o toca levemente com os dentes. Tudo abaixo da minha cintura entra em convulsão. Sua língua desliza sobre meu pé e seus dentes mordiscam desde meu calcanhar até o tornozelo.


Com beijos, ele percorre a parte interna da minha panturrilha; suaves beijos molhados. Por baixo dele, meu corpo se contorce. — Quieta, Sra. Grey — adverte, e de repente me faz virar de bruços, para então continuar a lenta caminhada de sua boca pelas partes posteriores das minhas pernas, das minhas coxas, até chegar a minha bunda, quando para. Solto um gemido. Por favor….  Quero você nua — murmura ele, e desprende lentamente os ganchinhos do meu corpete, sem pressa, um de cada vez. Quando o corpete já está totalmente aberto embaixo de mim, Christian passa a língua ao longo da minha espinha. 

Christian, por favor. O que você quer, Sra. Grey? — Suas palavras são suaves, pronunciadas próximas ao meu ouvido. Ele está quase deitado sobre mim… Consigo senti-lo duro contra minhas costas.  Você. — E eu quero você, meu amor, minha vida… — murmura ele, e, antes que eu me dê conta, ele me vira, deixando-me de costas. Christian levanta-se rapidamente e, com um movimento preciso, tira a calça e a cueca — agora está gloriosamente nu à minha frente, com seu corpo largo pronto para me possuir. A pequena cabine fica ofuscada pela sua beleza estonteante, pela necessidade que ele tem de mim, por seu desejo. 

Ele se inclina e tira minha calcinha; depois me olha de cima a baixo. — Minha — mexe a boca, sem emitir som.  Por favor — suplico, e ele sorri… um sorriso típico do meu Christian: lascivo, malvado e tentador. Ele volta para a cama e engatinha até mim. Levanta minha perna direita, deixando beijos por todo o percurso… até chegar ao alto das minhas coxas. Escancara vigorosamente minhas pernas. Ah… minha mulher — murmura, e desliza a boca em meu corpo. Fecho os olhos e me rendo à sua língua tão ágil. Minhas mãos agarram seu cabelo enquanto meus quadris se movem e se contorcem, escravos do ritmo que ele imprime, e quase caio da pequena cama. Ele agarra meus quadris para que eu fique quieta… mas não interrompe a deliciosa tortura. Estou quase, quase lá. — Christian… — Solto um gemido.

Ainda não — diz ele, sem fôlego, e sobe pelo meu corpo, a língua afundando em meu umbigo. — Não! Droga! Sinto seu sorriso contra minha barriga à medida que ele continua seu percurso até em cima. Tão ansiosa, Sra. Grey. Ainda temos muito tempo, até chegar à Ilha Esmeralda. Respeitosamente ele beija meus seios e belisca meu mamilo esquerdo com os lábios. Ao me fitar, seus olhos estão escuros como uma tempestade tropical enquanto ele me provoca. 

Ah, meu Deus… Eu tinha esquecido. Europa. Meu marido, eu quero você. Por favor. Ele se coloca sobre mim, cobrindo-me com seu corpo, apoiando o peso nos cotovelos. Abaixa o nariz de encontro ao meu, e eu deslizo as mãos por suas costas fortes e flexíveis até seu traseiro maravilhoso. — Sra. Grey… minha esposa. Nosso objetivo é satisfazer. — Seus lábios roçam em mim. — Eu amo você. — Também amo você. — Olhos abertos. Quero ver você. Christian… ah… — gemo, enquanto ele me penetra lentamente. — Ana, ah, Ana — exclama ele, ofegante, e começa a se movimentar. — Que diabo você pensa que está fazendo? — grita Christian, acordando-me de meu sonho tão agradável. Ele está todo molhado e lindo, de pé em frente à minha espreguiçadeira, olhando-me furioso.

O que foi que eu fiz? Ah, não… estou deitada de costas… Droga, droga, droga, e ele está muito zangado. Merda. Realmente zangado.

http://mdemulher.abril.com.br/amor-sexo/reportagem/contos/lancado-e-book-cinquenta-tons-liberdade-terceiro-livro-trilogia-716813.shtmlLeia o primeiro capítulo de "Cinquenta Tons de Liberdade", o terceiro livro da trilogia
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Publicado em 09/11/2012Conteúdo MDEMULHER

Mais uma etapa superada...