sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Alerta laranja...


Resultado de imagem para poltrona de aviao

Estudo revela a parte mais nojenta dos aviões -- e não, não são os banheiros!

Um avião pode ser bastante nojento. Muito mesmo. Por conta da pressão em cima das pessoas que limpam, muitas vezes as aeronaves mudam de passageiro sem a higiene adequada. E bilhões de germes e bactérias se aproveitam disso, aponta o Daily Mail.

Apesar de as pessoas acreditarem que os banheiros sejam os locais onde os germes mais estão, são os bancos da aeronave os verdadeiros vilões. Além deles, as bandejas também estão entre as partes mais imundas dos aviões.

A pesquisa em questão ouviu diversos funcionários de companhias aéreas, que se mantiveram em anonimato. Além disso, alguns especialistas tiveram acesso às aeronaves e puderam recolher amostras de todos os locais, fazendo comparações e encontrando as piores regiões.

“Acontece que os faxineiros não têm tempo de limpar os aviões de maneira adequada entre as jornadas. Eles estão sempre em pressão gigantesca e constante, o que os impede de fazer um bom serviço. No final das contas, fazem apenas uma limpeza rapidinha”, afirma um dos funcionários.

Entre os vírus e bactérias encontrados na pesquisa estão o influenza, o MRSA e o E. coli. A reportagem ainda lembra, por exemplo, que é impossível uma limpeza 100% perfeita e eficaz, uma vez que uma pessoa tem, em média, 10 milhões de bactérias em suas mãos. Mas poderia ser menos pior em aviões, sem sombra de dúvidas.


https://br.noticias.yahoo.com/blogs/super-incr%C3%ADvel/estudo-revela-a-parte-mais-nojenta-dos-avi%C3%B5es----e-n%C3%A3o--n%C3%A3o-s%C3%A3o-os-banheiros-192931715.html

Sempre existiu, e existirá...


Mulheres relatam como vazamento de dados de site de infidelidade afetou sua vida

O vazamento de dados de usuários do site Ashley Madison afetou milhões de pessoas

Quando o site de infidelidade Ashley Madison foi alvo de um ataque de hackers, os detalhes de 33 milhões de contas de usuários foram publicados na internet.

A BBC conversou com duas mulheres que tiveram suas vidas afetadas por este vazamento: uma que descobriu o perfil de seu noivo na rede social e outra que usou o site para ter um relacionamento fora de seu casamento.

Ambas não quiseram se identificar, mas suas histórias dão uma ideia do impacto dramático do ataque dos hackers.

"Maria" diz que usou uma ferramenta online para buscar pelo endereço de e-mail de seu noivo nos dados publicados online.

"Não achei que encontraria alguém ou alguma coisa", diz.

No entanto, ela queria checar por conta própria, já que uma de suas contas de e-mail havia sido invadida recentemente.

Quando ela também buscou pelo e-mail do noivo, a ferramenta não só confirmou que ele estava cadastrado no site como também mostrou o código postal, cidade e data de nascimento associados ao seu perfil. Todos estes dados batiam.

Vida dupla

Maria logo pediu explicações ao noivo. "Ele negou de todas as formas a princípio, mas depois confessou o que tinha feito", conta ela.

"Sim, ele teve vários casos. Tudo simplesmente... veio à tona."

Seu noivo disse que não conseguia explicar por que a traiu e que Maria significava mais para ele do que qualquer mulher que conheceu no Ashley Madison. Mas a conversa não durou muito.

Maria fez uma mala de roupas suficiente para uma semana e saiu de casa. O casamento foi cancelado.

Desde então, ela diz ter agendado exames para doenças sexualmente transmissíveis e tentado se distanciar o máximo possível de seu ex-noivo. A experiência a deixou "destruída", afirma Maria.

"Uma coisa é você ser honesto e dizer que não está satisfeito ou feliz com o relacionamento ou dizer que está sendo difícil se manter fiel", diz ela.

"Mas é muito injusto desperdiçar anos de sua vida com alguém que tem uma vida dupla."

Ferramentas online permitem saber se um email está entre os 33 milhões de contas divulgadas por hackers

Casada e curiosa

Não é preciso procurar muito para encontrar exemplos de internautas que tenham sido afetados pessoalmente pelo vazamento de dados do Ashley Madison.

Muitos fóruns online estão cheios de discussões entre pessoas que acreditam que "sua outra metade" está no site.
Mas usuários da rede social também estão buscando ajuda pela internet.

Uma mulher que usou o Ashley Madison conversou com a BBC. "Amy" é casada há dez anos e recentemente começou a pensar em ter um caso.

Ela viu anúncios do site pelo rádio e, há um ano, se cadastrou em busca de um homem com que pudesse ter um relacionamento extraconjugal.

No entanto, ela nunca enviou uma mensagem pelo site e logo fechou sua conta. Mas, há seis meses, criou um novo perfil e, desta vez, queria usar o site para explorar sua sexualidade ao entrar em contato com outras mulheres.

Nesta segunda oportunidade, encontrou alguém com quem conversar. Ela e outra mulher trocaram e-mails por várias semanas.

"Ela morava perto de mim e a gente parecia se dar bem", diz Amy.

"Sua história era tão parecida com a minha. Era alguém que estava casada há algum tempo e que sempre havia tido curiosidade sobre este outro lado de si mesma."

Amy conta que a mulher com quem se correspondia dizia achá-la atraente, o que a lisonjeava.

Elas marcaram de se encontrar, mas, no último momento, Amy cancelou. Ela ficou receosa e sentia não valer a pena colocar seu casamento em risco.

"Usar o site me fez perceber que eu precisava analisar outras coisas", ela explica.

"É amedrontador ter esta pessoa que você ama tanto e pensar que você pode magoá-la."

Estresse e insônia

Amy diz que ainda não contou a ninguém sobre o que aconteceu, mas tem medo de que seu marido descubra que ela usou o site.

Por enquanto, procura não pensar nisso e se distrair com o trabalho, mas sente-se estressada com esta ideia e têm tido problemas para dormir.

O Ashley Madison ofereceu um serviço para apagar todos os dados de um usuário do site por US$ 19 (R$ 67), que Amy usou.

Ela checou em uma ferramenta de busca se seu e-mail estava entre os dados vazados e ficou surpresa ao encontrá-lo, junto com outras informações, como código postal, gênero e o nome associado a seu cartão de crédito.

Não está claro o que aconteceu neste caso, mas é provável que hackers tenham obtido acesso à base de dados da rede social antes de Amy pagar para ter seus dados apagados.

De qualquer forma, ela diz que agora existe uma possibilidade dela ser descoberta pelo marido.

"Se meu marido algum dia chegar em casa e dizer que alguém achou meus dados do site, eu seria honesta com ele", diz.

"Isso realmente me fez pensar sobre meu comportamento e por que fiz o que fiz - e a apreciar o que tenho."

No entanto, ao menos agora, Amy só espera que seu marido nunca descubra nada.

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/08/150828_ashley_madison_depoimentos_rb

Real e em pleno vapor cotidianamente



Racismo contra imigrantes no Brasil é constante, diz pesquisador

Haitianos em São Paulo; 'A noção de que o Brasil é um país hospitaleiro, onde todos os imigrantes são bem-vindos, não passa de um mito', disse pesquisador

"A noção de que o Brasil é um país hospitaleiro, onde todos os estrangeiros e imigrantes são bem-vindos, não passa de um mito", diz o pesquisador Gustavo Barreto, após analisar mais de 11 mil edições de jornais e revistas entre 1808 e 2015.

Em tese de doutorado defendida recentemente na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), ele concluiu que o racismo na imprensa brasileira contra o imigrante se manteve constante, apesar dos avanços, e que a aceitação é seletiva, com diferenças entre europeus e africanos, por exemplo.

Na tese Dois Séculos de Imigração no Brasil: A Construção da Identidade e do Papel dos Estrangeiros pela Imprensa entre 1808 e 2015, Barreto analisou a cobertura do tema em jornais como O Globo, O Estado de S. Paulo, Folha da Manhã (hoje Folha de S. Paulo), Correio da Manhã, O País e Gazeta do Rio de Janeiro ao longo de 207 anos.

Gustavo Barreto: discriminação e racismo na imprensa brasileira vêm de séculos

Em entrevista à BBC Brasil, ele explica como os termos são usados de forma diferente na imprensa. "O refugiado é sempre negativo, um problema grave a ser discutido. O imigrante é uma questão a ser avaliada, pode ser algo positivo ou negativo, mas em geral a visão é de algo problemático. Já o estrangeiro é sempre positivo, inclusive melhor do que o brasileiro. É alguém com quem podemos aprender", diz.

Barreto incluiu em seus estudos as hostilidades sofridas em junho por haitianos em um posto de gasolina na região metropolitana de Porto Alegre. E, recentemente, houve em São Paulo uma suspeita de ataque xenófobo contra haitianos, que foram baleados com chumbinho na escadaria de uma igreja.

Barreto também relembrou a estigmatização sofrida por africanos e haitianos no ano passado, quando uma pessoa da Guiné foi identificada como suspeita de estar contaminada pelo vírus ebola, e afirma que o Brasil ainda está longe de promover uma discussão real sobre a imigração.

"Em geral, os novos imigrantes estão sempre sendo vistos como problemáticos na sociedade. As notícias não estão discutindo imigração, problematizando o assunto, e não se vê discussões de política imigratória ou da legislação. O foco não é a solução ou discutir o tema, mas a noção de crise", avalia.

Veja os principais trechos da entrevista:

BBC Brasil – De acordo com sua pesquisa nos relatos da imprensa brasileira, como o país "pensou" e "problematizou" seus imigrantes ao longo dos últimos 207 anos?

Gustavo Barreto - Houve diferentes momentos, mas o que se manteve por muitas décadas foi a intenção de trazer mão de obra, sempre com uma clara preferência por cristãos, brancos, europeus e trabalhadores.

Até 1870 ocorrem pequenos experimentos isolados, com uma média de chegada de 2 mil a 3 mil imigrantes por ano, e a partir de 1870 começam as grandes levas de imigrantes, com mais de 10 mil por ano, o que ocorre até 1930.

Havia um consenso de que não se podia contar só com os portugueses para popular o país, e o governo implementou políticas de subsídios para estrangeiros. Do governo Vargas em diante, o país passa a selecionar muito mais quem entra, e, décadas depois, passa a prover mais imigrantes brasileiros para o mundo do que os receber.

Mais recentemente, nos últimos dez anos, o Brasil voltou a receber muitos imigrantes, sobretudo bolivianos, haitianos, angolanos, senegaleses, ganenses, portugueses e espanhóis, entre outros.

Duas coisas foram cruciais ao longo do tempo: as questões do trabalho e da raça. Em 1891, o governo decretou que amarelos e negros não poderiam entrar subsidiados pelo Estado. Se entrassem, o dono da embarcação poderia perder o alvará de funcionamento.

Além disso, na imprensa fica claro que os "bons" europeus eram os alemães e italianos, enquanto os provenientes das ilhas dos Açores e Canárias eram "ruins". Durante uma época as elites e formuladores de políticas públicas promoveram ideias eugenistas, segundo as quais uma raça era cientificamente superior à outra, estimulando um embranquecimento da população brasileira.

BBC Brasil – Quanto ao racismo, é possível identificar avanços? Como tem sido a cobertura da chegada de imigrantes haitianos e bolivianos ao Brasil, mais recentemente?

Barreto - O racismo era algo natural e aceitável no século 19, incluindo o destaque às ideias de supremacia de raças, entre 1870 até o governo Vargas. A partir da Segunda Guerra, os grupos começam a ser valorizados. Judeus, alemães e italianos no Brasil começam a recontar sua história, assim como os japoneses, depois de um momento muito difícil. Após as cartas de direitos humanos, os valores eugenistas já não são mais declarados, o que é um avanço.

Mais recentemente, o país passou a receber um número considerável de bolivianos e haitianos. Mas também chegam portugueses e espanhóis. A imprensa, no entanto, costuma destacar muito os problemas que os haitianos trazem, e rapidamente começa a ser construída uma visão de que eles são um problema. Enquanto isso, os imigrantes europeus recentes são valorizados por sua cultura e contribuição ao Brasil.

Contribuições culturais ou produtivas dos haitianos e bolivianos, que têm uma riqueza cultural enorme, dificilmente viram notícia. O racismo atual se dá pelo não dito, pelo que a imprensa omite. Quando aparecem na mídia estão atrelados a problemas, crises, marginalizações, ou ligados à ideia de uma invasão.

BBC Brasil - Apesar dos nítidos avanços no tratamento aos imigrantes na imprensa brasileira, a pesquisa identificou algum retrocesso na cobertura atual? Algo que chame a atenção?

Barreto - Há reportagens que promovem um retrocesso inacreditável, sobretudo no que diz respeito à construção da ideia de que há nacionalidades mais propensas à submissão, e não ao empreendedorismo.

No passado, após 1850, durante muitos anos a mídia rejeitou a entrada de chineses no Brasil por meio de um discurso que os comparava com escravos, sem iniciativa empreendedora como os europeus. A imprensa dizia que eles não se classificavam para os programas de imigração subsidiada pelo governo porque isso acarretaria em "escravidão amarela".

Hoje, guardadas as diferenças, a imprensa faz algo parecido com os haitianos. De acordo com algumas das reportagens analisadas, há a ideia de que eles vão ser explorados, abusados. Pedem-se direitos humanos, e divulga-se uma ideia de que eles vão virar novos escravos. Você vê jornais de São Paulo relacionando diretamente os haitianos à escravidão. Numa matéria de 2014, diz-se que os brasileiros estavam escolhendo os imigrantes haitianos pela canela.

BBC Brasil - Na sua visão, a imprensa brasileira consegue dar conta do tema da imigração, incluindo a discussão de soluções e políticas imigratórias, ou acaba tratando o assunto de forma alarmista, valendo-se de estereótipos?

Barreto - A imprensa parece não se preocupar com a figura do imigrante ou em discutir o tema imigração em toda sua complexidade. Sobretudo dos anos 2000 em diante, o imigrante aparece nas páginas dos jornais brasileiros como explorado, submisso ou relacionado a denúncias de violações de direitos humanos.

Em geral os novos imigrantes estão sempre sendo vistos como problemáticos na sociedade. As notícias não estão discutindo imigração, problematizando o assunto, e não se vê discussões de política imigratória ou da legislação em nenhum momento.

Quando os haitianos chegaram a São Paulo, há algo nítido na cobertura da imprensa. Vê-se um esforço homérico para jogar a Prefeitura, os governos dos Estados de São Paulo e do Acre e o governo federal uns contra os outros. O foco não é a solução ou discussão do tema, mas a noção de crise.

Quando as quatro instâncias decidiram se sentar e organizar os problemas que estavam acontecendo, num encontro nacional sobre refúgio e imigração, a imprensa praticamente ignora, com pequenas notinhas e um dos grandes jornais nem registra.

Outra coisa que chamou a atenção foi o episódio do ebola, no ano passado. Quando ocorre a suspeita de uma pessoa da Guiné contaminada, todos os africanos e haitianos – que são do Caribe, em outro continente – passam a ser suspeitos e gera-se um grande debate nacional sobre a proibição da entrada dessas pessoas no país.

Folha da Manã, fevereiro de 1926: "Fechem-se as fronteiras"

BBC Brasil - Suas observações não contrastam com a ideia tão difundida do Brasil como um país hospitaleiro, e do brasileiro como um povo acolhedor, famoso no mundo todo pela simpatia e boa recepção aos estrangeiros?

Barreto - Na verdade entre os pesquisadores do assunto há a noção do "mito da hospitalidade". Há uma diferença entre a maneira como nos vendemos para o mundo e a verdadeira hospitalidade a qualquer estrangeiro ou a democracia racial.

O estudo de como a imigração é retratada no país entre 1808 e 2015 mostra que a hospitalidade é seletiva, mas que essa noção sempre foi difundida, em benefício do Brasil. Esta é uma das minhas principais conclusões na tese, a de que a nossa famosa hospitalidade é um mito.

A partir de 1870, você vê nos jornais a palavra "hospitaleiro" sendo usada para algumas situações, e ao lado os discursos racistas e eugenistas claramente em posição contrária contra outros grupos de imigrantes. O brasileiro também emigra para diversos países, e nossa presença tem aumentado lá fora, mas ainda recebemos um número muito baixo de refugiados, por exemplo. Contribuímos pouco neste sentido.

BBC Brasil - Você citou um editorial do jornal Folha da Manhã, de 1926, entitulado "Fechem-se as fronteiras". Esta seria um pouco a noção de que o Brasil enxergou durante muito tempo a imigração de forma unilateral e seletiva? Ainda vemos este discurso?

Barreto - Sim, o tema do editorial de 1926 é justamente a noção de que o país já teria recebido todos os imigrantes necessários. Já chegaram todos que nós queremos, após a vinda em massa de alemães e italianos, foi cumprida a função da imigração no Brasil. Já ocupamos e populamos o país, e agora as fronteiras devem ser fechadas e quem entrar deverá ser muito bem selecionado.

Hoje em dia a posição continua, mas travestida por outro argumento. A imprensa trabalha com o mito de que somos um país pobre, em desenvolvimento, e não temos condições de receber mais ninguém. Vamos receber somente os melhores e mais úteis. São evidências no discurso da imprensa e na visão da sociedade brasileira que contrastam diretamente com a ideia do "Brasil hospitaleiro, onde todos são bem-vindos".

No contexto atual, de crise econômica e política, há que se observar atentamente a maneira como o imigrante será retratado na imprensa, por ele ser um excelente bode expiatório para os problemas. Não tem grande chance de defesa, não está integrado ao país, é o outro, o diferente, que traz dificuldades.

Desemprego, inflação e crise tendem a tornar a visão dos imigrantes ainda mais negativa.

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/08/150819_racismo_imigrantes_jp_rm?post_id=10203702688922414_10203702689042417#_=_

Mais uma etapa superada...