quarta-feira, 29 de maio de 2013

Divirtam-se...

Só rindo...



Refletir...

A derrota só é uma bebida amarga se concordarmos em tragá-la. (Provérbio Chinês)

Língua afiada...

"Na medida em que o tempo passa, o desemprego, a nível de ..."
http://n.i.uol.com.br/educacao/errado.gif"Na medida em que o tempo passa, o desemprego, a nível de São Paulo, agrava-se mais."

Apresentei duas expressões inadequadas na mesma frase: "Na medida em que" e "a nível de". Vejamos como usar essas frases:

Não se deve confundir "à medida que" com "na medida em que". Esta indica causa; aquela, proporção. "Na medida em que" tem o mesmo significado que "uma vez que, já que, visto que, porque"; "à medida que" tem o mesmo significado que "à proporção que". Veja estes exemplos:
"Na medida em que não conseguiu convencer a namorada a mudar de opinião, ficou extremamente nervoso" = "Já que não conseguiu convencer a namorada a mudar de opinião, ficou extremamente nervoso".
"À medida que o tempo passa, ele fica mais ranzinza" = " À proporção que o tempo passa, ele fica mais ranzinza".

Já a expressão "a nível de" é considerada inadequada sempre, ou seja, não deve ser utilizada em hipótese alguma, a não ser que se posponha à preposição "a" o artigo "o", apresentando o significado de "à mesma altura". Por exemplo:
"Gosto de estar ao nível do mar"; "Ele quer colocar-se ao nível dos diretores".

Qualquer outro significado que se queira dar a ela estará errado. Deve-se substituí-la por "em termos de, em relação a, em se tratando de, quanto a".

Há gramáticos que também admitem a substituição por "em nível de", porém considero inadequado esse uso também. A mesma opinião têm os professores João Bosco Medeiros e Adilson Gobbes em seu livro "Dicionário de Erros Correntes da Língua Portuguesa", publicado pela editora Atlas.

Já o professor Luiz Antonio Sacconi, em seu livro "Não Erre Mais", publicado pela Atual Editora, apresenta a expressão "em nível de" certa apenas no sentido de "no mesmo nível"; por exemplo: "A reunião será em nível de diretoria", ou seja, apenas pessoas que estiverem no mesmo nível participarão da reunião.

Veja exemplos:
 
O certo seria dizer "Em relação aos nossos investimentos, conseguimos bons resultados", e não "A nível de nossos investimentos..."
O certo seria dizer "Quanto à qualidade dos discos, julgo o de Gilberto Gil melhor que o deles", e não "A nível de qualidade..."
O certo seria dizer "Em se tratando de curiosidades, essa é bem interessante" e não "A nível de curiosidades..."

A frase apresentada, então, deve ser assim reescrita:

http://n.i.uol.com.br/educacao/certo.gif"À medida que o tempo passa, o desemprego, em relação a São Paulo, agrava-se mais."

http://vestibular.uol.com.br/duvidas-de-portugues/na-medida-em-que-o-tempo-passa-o-desemprego-a-nivel-de-.htm

História...

O Povo Brasileiro
O povo brasileiro é resultado de um complicado processo de contato entre diferentes povos e culturas
Ao falar da formação do povo brasileiro, é necessário primeiramente considerar que essa é uma história de longa duração e com muitos personagens. Como bem sabemos, o povo brasileiro é marcado pela questão da diversidade. Uma diversidade de cores, fisionomias, tradições e costumes que atestam a riqueza da população que ocupa todo esse território. Sendo assim, vamos observar rapidamente alguns desses mesmos personagens.

Ao longo da Pré-História, o processo de ocupação do continente americano possibilitou a organização de várias comunidades no interior e na região litorânea. Entre essas culturas mais antigas, podemos destacar a presença da antiga civilização marajoara, ao norte do Brasil, e os chamados povos sambaquis, que se espalharam por diferentes regiões do litoral sudeste e sul.

Avançando no tempo, destacamos a formação das várias comunidades indígenas que se espalharam em pontos distintos do território brasileiro. Não sendo povos homogêneos, mas marcados pela pluralidade, os indígenas se diferem em várias línguas e práticas que, portanto, já faziam parte da população do nosso território. Até o século XVI, eles foram os principais ocupantes desse vasto conjunto de terras e paisagens.

Tudo isso viria a se transformar no ano de 1500, com a chegada dos europeus por aqui. Motivados pelo contexto da economia mercantilista e o desenvolvimento das grandes navegações, os portugueses ocuparam o Brasil com a intenção de realizar a colonização das terras e, consequentemente, explorar as riquezas existentes. Sob o signo da dominação e da adaptação, os lusitanos trouxeram para cá as particularidades de sua cultura de origem e da Europa Cristã.

Ao longo das idades moderna e contemporânea, notamos a chegada de outros povos de origem europeia. Espanhóis, franceses, alemães e holandeses apareceram por aqui buscando disputar as terras que estavam sendo dominadas pelos portugueses. No século XIX, a expansão da economia cafeeira no Brasil e as crises políticas na Europa incentivaram a chegada de vários camponeses e trabalhadores dispostos a ocupar postos de trabalho tanto no campo, quanto nos centros urbanos da época. Em tempos mais recentes, temos de modo semelhante a chegada dos asiáticos.

Muito antes que essa diáspora dos europeus, uma outra diáspora – violenta e injusta – atingiu vários povos de origem africana. Trazidos pelos portugueses, desde o século XVI, vários povos africanos vieram para o Brasil a fim de trabalhar como escravos. Vitimados pela exploração de sua força de trabalho, sofreram com um processo de dominação que também afetou as populações indígenas do território. Ainda assim, deixaram evidentes marcas de sua presença na identidade histórica e cultural do povo brasileiro.

Entre todas essas chegadas, conflitos, desigualdades, acordos e contatos é que enxergamos a complexidade do povo brasileiro. Em um território tão extenso, vemos que a unidade de nossa população não passa de um desejo impossível. Contudo, isso fez com que o povo brasileiro fosse admirado por possuir uma variedade encontrada em poucos lugares desse mundo. Hoje, nosso maior desafio é mediar todas essas diferenças tendo o respeito e a tolerância como norteadores de uma vida de maior justiça e felicidade.

Viva a sabedoria...

Argumentos dedutivos e indutivos
Os argumentos podem assumir duas formas, segundo o ponto de partida ao qual se referem.
O silogismo possui formas próprias capazes de evidenciar que uma conclusão deriva daquilo que fora estabelecido nas proposições dadas anteriormente

A Lógica estuda o Silogismo ou argumento. Este possui formas próprias capazes de evidenciar que uma conclusão é derivada daquilo que fora estabelecido nas premissas ou proposições dadas anteriormente. Há duas formas de se proceder quando se pretende formar uma argumentação, são elas:

O silogismo ou argumento dedutivo é aquele que procede de proposições cada vez mais universais para proposições particulares, proporcionando o que chamamos de demonstração, pois que sua inferência (a conclusão é extraída das premissas) é a inclusão de um termo menos extenso em outro de maior extensão. Os seguintes exemplos podem elucidar melhor:

Todo homem é mortal.                    Todo brasileiro é mortal.
João é homem.                                Todo paulista é brasileiro.
Logo, João é mortal.                   Logo, todo paulista é mortal.

Vê-se que no primeiro exemplo o argumento parte de uma premissa universal para uma conclusão com proposição particular (porque a segunda premissa é também particular). Já no segundo argumento, todas as premissas, bem como a conclusão, são universais. No entanto, em ambos ocorrem a inferência, pois que os termos dados (mortal, homem e João – primeiro argumento, mortal, brasileiro e paulista – segundo argumento) possuem uma relação de extensão entre si que vai do maior termo, passando pelo médio (através do qual há mediação) e chegando, por fim, ao termo menor.

O segundo tipo de argumento é o indutivo. Este procede de proposições particulares ou com termos relativamente menores do que os que estão na conclusão, e chega a termos mais universais ou mais extensos. Veja os exemplos abaixo:

O ferro conduz eletricidade.                     Todo cão é mortal.
O ouro conduz eletricidade.                    Todo gato é mortal.
O chumbo conduz eletricidade.          Todo peixe é mortal.
A prata conduz eletricidade.             Todo pássaro é mortal.
 ... etc.                                                                       ... etc.

Logo, todo metal conduz eletricidade.  Logo, todo animal é mortal.

Assim como nos dedutivos, os termos têm entre si uma relação de extensão que permite a inclusão um no outro, ainda que no primeiro argumento as proposições das premissas sejam particulares e no segundo sejam universais. No entanto, a inclusão ocorre devido a menor extensão fazer parte das premissas e não da conclusão, que deverá ser sempre mais extensa ou universal que as premissas.

É importante salientar que os lógicos preferem trabalhar com os argumentos dedutivos. Isso ocorre por dois motivos básicos: um de cunho ontológico, já que se questiona o valor substancial dos termos universais (os argumentos indutivos são muito usados por filósofos e cientistas empíricos que entendem que o universal nada mais é que um nome que se dá para um conjunto de coisas). Outra razão seria o fato de que na indução nada autoriza que a conclusão tenha relação com as premissas, porque se trata de um termo que não foi dado anteriormente. A vantagem da dedução é que todos os termos envolvidos nas premissas estabelecem relações que podem ser encontradas na conclusão. No entanto, suas premissas são indemonstráveis, pois que isso nos levaria a uma regressão ao infinito (a dedução é muito usada por matemáticos). Mesmo que se tenha a discussão sobre a substancialização dos universais, o modo como os termos se relacionam proporciona uma demonstração.

Portanto, são duas as formas de se fazer argumentos: por dedução ou por indução. Cada uma é aplicada segundo as necessidades da investigação e a natureza do problema suscitado pela razão humana.
http://www.brasilescola.com/filosofia/argumentos-dedutivos-indutivos.htm

Arte...

Bossa Nova
Álbum “Bossa Nova at Carnegie Hall” (1962)
Durante a década de 50, o Brasil vivia a euforia do crescimento econômico gerado após a Segunda Guerra Mundial. Com base na onda de otimismo dos “Anos Dourados”, um grupo de jovens músicos e compositores de classe média alta do Rio de Janeiro começou a buscar algo realmente novo e que fosse capaz de fugir do estilo operístico que dominava a música brasileira. Estes artistas acreditavam que o Brasil poderia influenciar o mundo com sua cultura, por isso, o novo movimento visava a internacionalização da música brasileira.

Para a maioria dos críticos, a Bossa Nova se iniciou oficialmente em 1958, com um compacto simples do violonista baiano João Gilberto. Um ano depois, o músico lançou seu primeiro LP, “Chega de saudade”, que marcou definitivamente a presença do estilo musical no cenário brasileiro. Grande parte das músicas do LP era proveniente da parceria entre Tom Jobim e Vinícius de Moraes. A dupla compôs “Garota de Ipanema”, que é, sem dúvida, uma das mais importantes canções da história da música brasileira. Para se ter uma ideia, a mesma foi considerada em 2005, pela Biblioteca do Congresso norte-americano, como uma das 50 grandes obras musicais da humanidade.

A Bossa Nova foi consagrada internacionalmente no ano de 1962, em um histórico concerto no Carnegie Hall de Nova Iorque, no qual participaram Tom Jobim, João Gilberto, Oscar Castro Neves, Agostinho dos Santos, Luiz Bonfá, Carlos Lyra, entre outros artistas.

A Bossa Nova tem como características principais o desenvolvimento do canto-falado, ao invés da valorização da “grande voz”, e a marcante influência do jazz norte-americano. Esta influência, inclusive, foi criticada posteriormente por alguns artistas. Em meados da década de 1960, um grupo formado por Marcos Valle, Dori Caymmi, Edu Lobo e Francis Hime procurou reaproximar a Bossa Nova ao samba, ao baião e ao xote nordestino.

Com as mudanças políticas causadas pelo Golpe Militar de 1964, as canções começaram a trazer temas sociais. Desta forma, a música se transformou em um claro instrumento de contestação política da classe média carioca, um símbolo de resistência à repressão instaurada pela ditadura. Era o início da MPB, a moderna música popular brasileira. De fato, o movimento que originou a Bossa Nova se findou em 1966, entretanto, seu fim cronológico não significou a extinção estética do estilo musical, o qual serviu de referência para inúmeras gerações de artistas.

Mais uma etapa superada...