domingo, 14 de setembro de 2014

Piada...


Mamãe, mamãe... me leva no circo? Não, filho... Se querem te ver, que venham aqui em casa...


Devanear...







Leia um trecho erótico do livro "Segredo Compartilhado"

L. Marie Adeline irá deixá-la morrendo de vontade de correr para uma livraria para saber o final dessa história

Subi e aterrissei em um balcão laminado entre uma geladeira pequena e um fogãozinho, com seu torso magro preso entre as minhas pernas. Ele tirou minha camiseta. A seguir agarrou meus tênis pelos calcanhares, puxando um e depois o outro, e os atirou por cima dos ombros. Depois que meu jeans foi arrancado, fiquei de sutiã preto de renda e calcinha. Isso não foi planejado. Dei sorte com as escolhas.

 "P***, você é gostosa", ele sussurrou, liberando um dos meus mamilos, que endureceram instantaneamente em sua boca fria.

"Eu lhe disse para ficar calado." Voltei a me recostar nos armários de metal. Faria isso para me recuperar de Will, seria assim que afastaria as imagens dele e de Tracina da minha mente. Criaria novas lembranças, com novos homens, para recordar quando precisasse de alívio ou relaxar. A começar com esta.

Na penumbra, olhando por cima do ombro dele, percebi que era um quarto masculino: uma bandeira britânica servia como cortina, uma televisão portátil de modelo antigo estava encarapitada em uma arca diante de uma cama de casal com gavetas embaixo. Era arrumado, mas tinha um ar de coisa de segunda mão, temporária. Ninguém ficaria muito tempo aqui, principalmente uma moça.

Quando colocou meu outro mamilo na boca e o lambia lentamente de um lado para o outro, passei os dedos por seu cabelo e retireilhe a camiseta, o que revelou sua pele macia, surpreendentemente sem tatuagens. As mãos dele agora agarravam minhas coxas, afastandoas um pouco mais. Sentia as palmas de suas mãos quentes entre minhas pernas e ficava molhada com a maneira como as juntas de seus dedos me provocavam percorrendo meu sexo.

"Aaah, você está molhada", ele murmurou, mordendo meu lábio inferior enquanto afastava o elástico da calcinha. Excitado, me beijou de novo, agora movimentando o dedo freneticamente, o que me deixava ainda mais úmida. Minhas mãos agora desabotoavam seu jeans, abrindo um, dois, três botões, e abaixavam a frente da calça.

"Ah, meu Deus!", murmurei, segurando firme o pênis endurecido que latejava na minha mão. "Para mim?" Não posso acreditar que disse isso, mas me senti muito bem. Ele sentiuse muito bem. Eu o masturbei, deixandoo ainda mais duro. (...) Ele gemeu ao me levantar do armário e me carregar com facilidade para a área do living, jogandome na cama. O pênis ereto aparecia por cima da calça aberta. Minhas mãos calcularam corretamente: ele era mesmo abençoado, correspondendo ao clichê de um astro do rock, e pela expressão satisfeita em seu rosto ele sabia disso. Enquanto descia a calça até tirála, fiquei deitada de sutiã e calcinha, me sentindo tão sexy, tão safada, tão bem. Observeio tropeçar na cueca.

"Ah, veja só", ele disse, ao se encostar ao meu lado na cama e falar como um detetive da TV britânica. "O que temos aqui? Acho que temos a prova de que há uma garota bem safadinha na minha cama. Vamos ver o que há por baixo desse sutiã e dessa calcinha, vamos?" Deslizou uma das mãos por baixo de minhas costas para se livrar do sutiã, tirouo e jogouo por cima dos ombros. Ele caiu num canto, sobre uma guitarra; parecia uma naturezamorta que poderia se chamar Sexo com um músico. Quando as mãos dele deslizaram na parte da frente de minha calcinha, arqueei o corpo pressionando levemente minhas pernas contra seus dedos, para dificultar seus movimentos e forçálo a se empenhar, divertindo‑‑me com a provocação. Impaciente, ele pegou uma faixa e amarroua em volta de um dos meus tornozelos.

"Assim está melhor." Foi para o pé da cama e ergueu um dos meus pés descalços até sua boca. Aquela boca - a tal que cantava, sussurrava e gemia. Seus lábios fizeram cócegas em todos os meus dedinhos, antes de envolver completamente o dedão, e senti uma aflição gostosa percorrer minhas pernas. Então ele alcançou a mesinha ao lado, abriu a gaveta de cima, pegou uma camisinha e a colocou.

"Abra as pernas, Cassie", ele disse.

"Diga por favor", eu o provoquei ao alongar meus braços acima da cabeça e fechar os joelhos. Congelei a cena na minha cabeça. Click. Um ano atrás isso seria impensável. Algo que só acontecia a outras mulheres. Apesar disso ali estava eu, procurando, dando e conquistando prazer. Ele deslizou as mãos entre as minhas coxas, abrindoas devagar, e eu fiquei deitada ali, estendida e resplandecente, excitada com a expressão determinada em seu rosto. Das duas uma: ou três meses sem sexo me deixaram apertada ou o tamanho dele era excepcional, porque, apesar de estar muito lubrificada, a primeira investida dele me rasgou com o melhor tipo de dor que se possa imaginar. Minhas coxas apertaram com força seu quadril magro.

Minha mão agarrou seu antebraço retesado. Ah, siiim, eu disse ofegante, e ele me penetrou outra vez, agora com mais força.

"Estou te machucando?", ele perguntou, carinhosamente.

"Está, mas é tão bom."

"Isso é bom", Mark murmurou, saboreando as penetrações profundas, que se tornaram mais rápidas enquanto eu o apertava com a minha musculatura interna, até que tivesse me penetrado completamente.

"Ah, você é tão apertadinha."

Eu o via me penetrar mais rápido e mais forte. Sim. Posso gozar assim! pensei, erguendo mais os joelhos, e o senti atingir o limite mais profundo. Então ele parou. Não! E retirou o pênis, deixandome faminta, ofegante. Quase gritei: Não pare! - até que percebi que ele não tinha intenção de interromper nada. Senti sua língua nadando no meu umbigo, liberando outra onda de prazer que me fez ficar molhada novamente. Ao empurrar meus joelhos para cima e afastálos, ele me abriu ainda mais; pressionava meus joelhos levantados para os lados e me segurava por baixo, seu rosto me explorando; ele beijou as partes internas de minhas coxas e me mordiscou avidamente até encontrar o clitóris pequeno e rijo - agora totalmente intumescido -, lambendo e metendo o nariz nele. (...)

"Aah, mais", suspirei. Isso é para você. Permita. Segurei um punhado de seus cabelos, enquanto ele agarrava minha bunda com uma das mãos e pressionava o polegar dentro de mim, a língua traçando círculos enlouquecidos, tudo ao mesmo tempo.

"Gosta disso?", ele murmurou entre lambidas intermitentes. "Gosta?" Não podia aguentar. Não podia. Cedi a um orgasmo tão intenso que gritei bem alto enquanto seus dedos entravam e a língua continuava a circular e a me excitar entre os meus gritos. Ai Deus, ai Deus, ah Deus, estou gozando! Uma das minhas mãos agarrava a cabeceira da cama, e com a outra eu segurava seus cabelos. Me encurvava e arquejava quando aquilo disparou dentro de mim e atingiu os quatro membros. Meus olhos se fecharam com força para suportar a intensidade de tudo, antes que por fim e cruelmente cessasse.

Ele avançou devagar pelo meu corpo enfraquecido, beijando minha barriga, esfregando os lábios úmidos nos bicos dos meus seios, depois se enfiando dentro de mim outra vez; ele estava muito duro, incrivelmente duro. Mal pude recobrar o fôlego quando nossos corpos se encontraram de novo, minhas mãos agarrando seu quadril. Meus joelhos o abraçavam apertado, a fricção me deixava tonta. Meu prazer aumentou novamente. Que diabos? E então gozei outra vez, como um trovão, jogando minha cabeça para trás.


Sem noção...


image
Coveiro é suspenso na Espanha após selfie com cadáver

O coveiro do cemitério de Guardamar del Segura, na cidade espanhola de Alicante, foi despedido por um motivo inusitado e macabro. O homem posou com um cadáver mumificado, junto com um parente do morto, segundo informações do jornal espanhol Publico. A foto foi muito difundida em redes sociais como o Twitter e o Facebook.

O bizarro registro fotográfico aconteceu no final de agosto de 2014. Os familiares abriram o jazigo para enterrar a esposa do defunto no mesmo local, então, o coveiro e um parente do morto resolveram registrar o momento num selfie. A prefeitura afastou o coveiro enquanto decide qual deverá ser a medida disciplinar a ser tomada. Vamos combinar que não é algo muito legal de postar por aí, né?

https://br.noticias.yahoo.com/blogs/vi-na-
internet/coveiro-e-despedido-na-espanha-apos-selfie-com-cadaver-000618307.html

Somos todos iguais...


Brasil ainda nega existência de racismo, diz ONU

Torcedora grita ofensas racistas para o goleiro Aranha (Reprodução/ ESPN)

]Torcedora grita ofensas racistas para o goleiro Aranha 

O racismo no Brasil é "estrutural e institucionalizado" e "permeia todas as áreas da vida" no País. A conclusão é da ONU que, ontem, publicou seu informe sobre a situação da discriminação racial no País e concluiu que o "mito da democracia racial" ainda existe na sociedade brasileira e que parte dela ainda "nega a existência do racismo".

A publicação do informe coincide com a volta do debate sobre o racismo no Brasil por causa da expulsão do Grêmio da Copa do Brasil por atos de sua torcida contra o goleiro Aranha, do Santos. Nesta semana, Pelé também causou polêmica ao minimizar o problema.

Mas as constatações dos peritos da ONU, que visitaram o Brasil entre os dias 4 e 14 de dezembro de 2013, são claras: os negros no País são os que mais são assassinados, são os que têm menor escolaridade, menores salários, maior taxa de desemprego, menor acesso à saúde, são os que morrem mais cedo e têm a menor participação do PIB. Mas são os que mais lotam as prisões e os que menos ocupam postos nos governos.

Para a entidade, um dos maiores obstáculos para lidar com o problema é que "muitos acadêmicos nacionais e internacionais e atores ainda subscrevem ao mito da democracia racial". "O Brasil não pode mais ser chamado de uma democracia racial e alguns órgãos do Estado são caracterizados por um racismo institucional, nos quais as hierarquias raciais são culturalmente aceitas como normais", destacou a ONU. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

https://br.noticias.yahoo.com/brasil-ainda-nega-exist%C3%AAncia-racismo-diz-onu-121500778.html

Em nome de um amigo imaginário...

Entenda porque o Estado Islâmico usa técnicas tão brutais

Para militantes, a violência extrema é uma decisão consciente de aterrorizar os inimigos, além de impressionar seus jovens recrutas

 
Decapitações, crucificações, apedrejamentos e genocídios são práticas recorrentes de grupo radical

A terceira decapitação divulgada em vídeo nas últimas semanas pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), no sábado, trouxe mais uma vez à tona a pergunta: por que os militantes são tão cruéis?

Nos últimos meses, foram divulgados relatos e até vídeos de decapitações, crucificações, apedrejamentos, genocídios e sepultamento de vítimas vivas nas regiões que dominam no Iraque e na Síria.

Enquanto forças de quase 40 países se preparam para lançar uma ofensiva militar contra o EI, liderada pelos Estados Unidos, muitos tentam entender o que está por trás da selvageria dos jihadistas.

Para os militantes, a violência extrema é uma decisão consciente de aterrorizar os inimigos, além de impressionar e cooptar seus jovens recrutas.

O Estado Islâmico é adepto da doutrina de guerra total sem limites e restrições – não há, por exemplo, arbitragem ou transigência quando se trata de solucionar disputas mesmo com rivais sunitas.

E, ao contrário da organização que lhe deu origem, a al-Qaeda, o EI não recorre à teologia para justificar os crimes.

A violência tem suas raízes no que pode ser identificado como "duas vertentes", segundo a escala e a intensidade da brutalidade.

A primeira, liderada por discípulos de Sayyid Qutb – um islamita egípcio radical considerado o teórico supremo do jihadismo moderno -, tinha como alvo regimes árabes seculares pró-Ocidente ou o que chamavam de "inimigo próximo", e, no geral, demonstrava moderação no uso da violência política.



Após o assassinato do presidente egípcio Anwar Sadat, em 1980, essa insurgência islamita se dissolveu até o final dos anos 90 ao custo de 2 mil vidas. Muitos dos militantes haviam seguido para o Afeganistão nos anos 80 para combater um novo inimigo global – a União Soviética.

 
'Máquina mortífera'
A jihad ("guerra santa") afegã contra os soviéticos deu origem à segunda vertente que, mais tarde, ganhou um alvo específico – o "inimigo distante": os Estados Unidos, e em menor grau, a Europa.

Essa segunda onda foi encabeçada por um multimilionário saudita que virou revolucionário, Osama Bin Laden.

Bin Laden fez um grande esforço para racionalizar o ataque da al-Qaeda aos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001, chamando-o de "jihad defensiva", ou retaliação contra a dominação americana das sociedades muçulmanas.

Consciente da importância de arrebanhar corações e mentes, Bin Laden enviou sua mensagem aos muçulmanos e até a americanos como uma espécie de auto-defesa, e não agressão.

Esse tipo de justificativa, no entanto, não tem relevância para o líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, que não parece se importar com o que o mundo pensa da sanguinolência dos ataques do grupo.

Em contraste às duas primeiras vertentes, o EI professa ação violenta sem qualquer preceito teórico ou teológico e em nenhum momento demonstrou ter um repertório de ideias que sustente e nutra a sua base social. Trata-se de uma máquina de matar alimentada por sangue e armas.

Indo além da doutrina de Bin Laden de que "quando as pessoas veem um cavalo forte e um cavalo fraco, por natureza vão escolher o mais forte", a vitória por meio do terrorismo de al-Baghdadi indica a amigos e inimigos que este é um "cavalo vencedor".

"Saia do caminho ou você será esmagado; junte-se a nós e faça história" parece ser o lema do EI.

Evidências cada vez mais fortes mostram que, nos últimos meses, centenas senão milhares de antigos e obstinados inimigos do EI, como a Frente al-Nusra e a Frente Islâmica, responderam ao chamado de al-Baghdadi.



Tolerância zero aos homofóbicos...


Dói', diz mulher que desistiu de casar com namorada após polêmica no RS

Rita Bolson ficou do lado de fora do Fórum e lamentou não ter casado.
Caso ganhou repercussão após CTG pegar fogo em Livramento.

 Rita, Santana do Livramento, casamento gay, RS (Foto: Estêvão Pires/G1)
Rita observou movimentação do lado de fora do Fórum

O casamento coletivo realizado na tarde de sábado (13) no Fórum de  Santana do Livramento tinha inicialmente a inscrição de dois casais homoafetivos formados por mulheres. Entretanto, com a polêmica criada em torno do assunto, um dos pares acabou desistindo no fim de agosto de participar da cerimônia que ocorreria em um Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Sentinelas do Planalto, atingido na quinta-feira (11) por um incêndio criminoso.

Do lado de fora do Fórum onde 28 casais oficializaram a união, Rita Bolson acompanhou a movimentação para o evento e chorou emocionada por não ter realizado o sonho de casar com a companheira neste final de semana. Ela conta que precisar desistir causou sofrimento.

"Dói, dói mesmo estar nessa situação. A gente tem assumir o que é, mas é preciso respeito em primeiro lugar. As pessoas em Livramento têm que dar mais apoio", disse ao G1, pedindo para que seu rosto não fosse mostrado.

As noivas decidiram não participar devido à repercussão do caso, considerada negativa por elas, já que a celebração ocorreria em um CTG. No dia 28 de agosto, declararam a um jornal local que não queriam ser expostas na mídia e preferiam trocar alianças em um evento menos polêmico, já que só queriam "casar em paz".

Para Rita, portanto, o sonho do casamento se mantém. "Desta vez não deu, mas no ano que vem nós vamos enfrentar tudo o que vier. Meu sonho era ter vindo em uma carruagem com minha companheira", contou emocionada.

Convidados acompanham casamento coletivo no RS (Foto: Estêvão Pires/G1)
Convidados acompanham casamento coletivo no RS 

Com a repercussão nacional, o evento contou com as presenças de autoridades como ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti, o presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, José Aquino Flôres de Camargo, e a secretária de Justiça e Direitos Humanos do governo estadual, Juçara Dutra Vieira. Na ocasião, o único casal gay a participar teve a maior parte das atenções.

Solange Ramires, 26 anos, e Sabriny Benites, 24, disseram o aguardado "sim" e trocaram alianças e beijos. O casal entrou por último no salão do júri e foi aplaudido de pé pelos presentes. 

Casal de mulheres casa em Fórum na tarde deste sábado (13) (Foto: Estêvão Pires/G1)
Mulheres casam em Fórum na tarde deste sábado (13) 

Embora longe do CTG, a celebração teve características gauchescas. Alguns noivos vestiam bombachas, lenços vermelhos e camisas brancas. Outras mulheres usavam vestidos de prenda, entre elas a magistrada, responsável pela realização do casamento.

"É para reforçar o combate à homofobia no tradicionalismo. Foi um sacrifício. Será um grande evento diante de casais que não se acovardaram. Não vamos nos calar. Os direitos das minorias estão garantidos", disse ao G1, pouco antes da celebração.

O ambiente foi decorado com as cores da bandeira do Rio Grande do Sul e do movimento LGBT. O salão do júri foi a segunda opção da magistrada, que propôs inicialmente que o matrimônio coletivo fosse realizado no CTG Sentinelas do Planalto na cidade. O galpão, porém, foi alvo de um incêndio criminoso na madrugada de quinta (11). Apesar do mutirão proposto para reconstruir o espaço, não houve condições e nem tempo suficiente para concluir os trabalhos.

"Por que essa cerimônia causa tanto incômodo ao tradicionalismo?", questionou a juíza Carine Labres em seu discurso, logo no início da celebração. "Qual a razão de tanta intolerância?", indagou.

Para polícia, incêndio em galpão foi criminoso

O incêndio ocorreu na madrugada de quinta-feira. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fogo começou por volta de 0h30, e as chamas foram controladas cerca de três horas depois. Ninguém ficou ferido, mas o fogo atingiu a parte interna da estrutura, justamente o palco, onde acontecerá o evento.

Casal gay trocou alianças em casamento coletivo em Santana do Livramento (Foto: Carlos Macedo / Agencia RBS)
Casal gay trocou alianças em casamento coletivo

A Polícia Civil diz que o incêndio foi criminoso. Um garrafa com resquícios de gasolina foi encontrada no galpão do CTG, que, segundo a polícia, pode ser um coquetel molotov, artefato incendiário de fabricação caseira. Testemunhas relataram que viram quatro pessoas próximas ao CTG antes do início das chamas, mas a polícia diz que, por enquanto, não há suspeitos de autoria do incêndio.

Logo após o incêndio, um mutirão se formou para reconstruir a estrutura danificada do galpão a tempo do casamento coletivo. Segundo o patrão do CTG, Gilbert Gisler, o Xepa, a instituição recebeu mais de 40 doações de material de construção, de pessoas físicas e jurídicas. A comunidade de Santana do Livramento também doou a mão de obra para a reconstrução do local.

Com bandeira gay e decoração tradicionalista, fórum é preparado para casamento no RS (Foto: Estêvão Pires/G1)
Bandeira gay e cores da bandeira tradicionalista decoraram o salão do júri


Posicionamentos sinceros...


Questões morais

Não é o comportamento privado dos gays, das mulheres, dos que usam drogas que revolta a sociedade. É a corrupção

Em visita a um templo evangélico, Aécio Neves, depois de fervorosas orações, declarou que era “contra o aborto e contra as drogas”. Como se alguém, afora os que lucram com o aborto ilegal ou os traficantes, fosse a favor do aborto ou das drogas. Temos consumido anos de argumentação em debates a respeito da descriminalização da interrupção da gravidez indesejada ou do fracasso da guerra às drogas. Trata-se de problemas de saúde pública e de dramas humanos pungentes. Declarações simplistas, talhadas para o auditório, não diminuem o número de abortos nem abrem caminho para políticas mais humanas e eficientes de combate às drogas.

O tema da homofobia também saiu do armário nessas eleições. A homofobia é manifestação de violência corriqueira que, quando não mata ou fere, envenena com humilhação a vida dos gays. É odiosa e criminosa, assim como o racismo. O projeto de criminalização da homofobia está travado no Senado há oito anos. Quem for presidir o país vai poder ignorar os milhões de manifestantes que desfilam nas grandes e médias cidades em paradas do orgulho gay? Uma parcela da população não aceita mais que eles sejam assassinados e ofendidos. Não se trata de uma questão menor.

Margaret Thatcher não acreditava que existisse essa coisa chamada sociedade. Esquecia que Gandhi, fragílimo e desarmado, expulsou os ingleses da Índia apoiado nessa coisa que ela achava que não existia. Gandhi dizia que “uma árvore que cai, faz muito barulho, uma floresta que germina não se escuta”. Frase oportuna para pensar o Brasil.

Só ouvíamos o barulho espetacular da queda em desgraça dos velhos partidos políticos enquanto uma nova sociedade germinava. Esse barulho de árvores mortas que tombam torna inaudível a germinação silenciosa de uma liberdade de pensamento que foi penetrando na sociedade, aquela que supostamente não existe, mas viceja em sua imensa diversidade e luta pelas causas que lhe são caras.

Germinou uma democracia do cotidiano, vivida em profundidade por cada um, onde o que comanda é a liberdade de escolha, o direito de decidir sobre a sua própria vida. Os gays sabem que o amor é um pássaro louco que ninguém sabe onde pousará. As mulheres aprenderam nos embates duríssimos da vida real que seus corpos lhes pertencem. Agem e defendem-se em consequência.

As opiniões sobre questões morais se formam, cada vez mais, em círculos de confiança, exprimindo uma subjetividade trabalhada e sofrida, insubmissa às palavras de ordem de partidos ou dogmas religiosos. Esse exercício de liberdade em que a sociedade se autotransforma extravasa da lógica partidária que tudo submete à luta pelo poder a qualquer preço ou das igrejas que submetem a espessura da vida real ao fogo dos infernos. É nos fios cruzados dos círculos de confiança, da capilaridade das redes sociais e da mídia onipresente que circulam argumentos e deliberações.

As meias palavras não aproveitarão aos candidatos. As liberdades morais entraram na agenda política e são incontornáveis. Talvez se esteja subestimando a sociedade, julgando-a mais conservadora do que ela de fato é. E não se tenha percebido que a expectativa do eleitor, essa sim esmagadoramente majoritária, é a credibilidade do candidato. Que cada um esteja realmente por trás do que diz. Honestidade também é uma questão moral.

O Brasil é um Estado laico, garantia sólida contra o fundamentalismo religioso. Maior garantia ainda é a capacidade do cidadão de formar a opinião e assumir a autoria da vida. Nisso reside uma nova postura que não se aplica apenas aos costumes, mas também às escolhas políticas. Foi essa nova postura que Marina Silva, na sabatina do GLOBO, destacou: “O mundo está mudando, existe um novo sujeito político que quer papel de autor.” Filha da floresta, talvez tenha ouvido essa germinação, o que explicaria a esperança que suscita.

A questão moral que deveria ocupar o proscênio nessa eleição, porque há anos revolta a sociedade, não é o comportamento privado, dos gays, das mulheres, dos que usam drogas. É a deslavada corrupção que se instalou no Brasil como instrumento de governo. Essa sim, obscena e imoral, porque predadora do dinheiro público, tem que ser criminalizada nos atos e não apenas em declarações de princípio.

É esse mundo sombrio que o debate sobre moral deve iluminar. Possam os gays amar em paz. Socorram-se, nas melhores condições, as mulheres em desespero. Que sejam acolhidos os que se perderam nas drogas. Guarde-se a prisão para os verdadeiros bandidos.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/opiniao/questoes-morais-13925094#ixzz3DJGq7hu8

© 1996 - 2014. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

Mais uma etapa superada...