quarta-feira, 9 de maio de 2012

Devanear...


 


SONETO 145
 

Estes lábios que a mão do Amor criou,

Entreabriram-se para dizer, “Eu odeio”,

A mim que sofria de saudades dela:

Mas, ao ver meu estado desolado,

Seu coração se tomou de piedade,

Repreendendo a língua, que, sempre tão doce,

Foi gentilmente usada para me exterminar;

E ensinou-lhe, assim, a dizer, novamente:

“Eu odeio”, alterou-se, por fim, sua voz,

Que se seguiu como a noite

Segue o dia, que, como um demônio,

Do céu ao inferno é atirado.

“Eu odeio”, do ódio ela gritou,

E salvou-me a vida, dizendo – “Tu, não”.

http://sonetosdeshakespeare.blogspot.com.br/2009/07/soneto-145-estes-labios-que-mao-do-amor.html

Curioso...


De onde vem a expressão "lua-de-mel"?
Há mais de 4 mil anos, os habitantes da Babilônia comemoravam a lua-de-mel durante todo o primeiro mês de casamento. Neste período, o pai da noiva precisava fornecer ao genro uma bebida alcoólica feita a partir da fermentação do mel, o hidromel. Como eles contavam a passagem do tempo por meio do calendário lunar, as comemorações ficaram conhecidas como lua-de-mel.
De onde vem a expressão "outros quinhentos"?
A expressão tem origem na Península Ibérica do século 13. Quando qualquer fidalgo da época que se sentisse lesado por alguma injúria tinha o direito de pedir a condenação do agressor, que, para ser absolvido, teria de pagar 500 soldos (moedas de ouro na Roma antiga). Depois disso, caso cometesse outro insulto, o agressor era obrigado a pagar outros 500 soldos. Daí a expressão.
De onde vem a expressão "tempo é dinheiro"?
O físico Benjamin Franklin (1706-1790) teria chegado a ela depois de ler obras do filósofo grego Teofrasto (372-288 a.C). O pensador grego, a quem é atribuída a autoria de cerca de 200 trabalhos em 500 volumes, teria mencionado a frase: tempo custa muito caro. Isso porque ele escrevia, em média, um livro a cada dois meses.
De onde vem a expressão "novinho em folha"?
De acordo com Flávio Vespasiano Di Giorgi, professor de Lingüística da PUC, a expressão "novinho em folha" surgiu em alusão a livros recém-impressos, que estariam com as folhas limpinhas, sem dobras, riscos ou diferenças na coloração. Eram livros, portanto, "novinhos em folha".
De onde vem a expressão balzaquiana?
O termo "balzaquiana" é aplicado às mulheres que estão na faixa dos 30 anos. Porém, nem todos sabem que a expressão foi cunhada após a publicação de um livro do escritor francês Honoré de Balzac. Em "A Mulher de 30 Anos", o escritor realiza uma análise do destino das jovens na primeira metade do século XIX, em particular dentro do casamento. E faz uma apologia às mulheres de mais idade, que, amadurecidas, podem viver o amor com maior plenitude. É o acontece à heroína da narrativa, Júlia. Ela se casa com um oficial do exército, mas depois descobre que a relação está longe de ser o que imaginava. Vê-se, então, presa a um matrimônio infeliz. Quando se torna uma trintona, porém, a moça consegue encontrar o amor nos braços de Carlos Vandenesse.
De onde vem a frase "um é pouco, dois é bom, três de demais"?
De acordo com o escritor Deonísio da Silva, em "De Onde Vêm as Palavras", esta frase foi popularizada no século XX, em uma canção do compositor brasileiro Heckel Tavares (1896-1969). "Os versos dizem: numa casa de caboclo, um é pouco, dois é bom, três é demais", explica o escritor. Embora a expressão seja relativamente recente, Deonísio afirma que seu sentido já aparecia na Bíblia. Segundo o Velho Testamento, três pessoas formavam um grupo grande demais para discutir assuntos íntimos.
De onde vem a palavra almanaque?
A palavra vem do árabe al-manakh, que era o lugar onde os nômades se reuniam para rezar e contar as experiências de viagens ou notícias de terras distantes. Em português, almanaque refere-se a uma publicação que traz calendário, reportagens de conteúdo variado, como recreação, humor, ciência e literatura.
De onde vem a palavra brincar?
Essa palavra tem origem latina. Vem de vinculum que quer dizer laço, algema, e é derivada do verbo vincire, que significa prender, seduzir, encantar. Vinculum virou brinco e originou o verbo brincar, sinônimo de divertir-se.
O que quer dizer "mayday"?
Foi a americanização da expressão "m’aider in venez m’aider" em francês, "venha me ajudar" - que deu origem à palavra mayday. Hoje, o termo é empregado em todo o mundo, principalmente por aeronaves e navios, para indicar que se está correndo perigo.
O que significa "chorar as pitangas"?
O nome pitanga vem de pyrang, que, em tupi, significa vermelho. Portanto, a expressão se refere a alguém que chorou muito, até o olho ficar vermelho.



Barbárie...


Delegado pede prisão de mãe suspeita de matar a filha, no CE


Avó quer guarda da outra neta, de três anos. Polícia suspeita que a própria mãe matou a criança. Criança estava morta há 12 horas quando foi encontrada, segundo polícia

O delegado da cidade de Maracanaú, no Ceará, pediu nesta terça-feira (7) a prisão preventiva da mãe da menina de sete anos encontrada morta em casa nesta segunda-feira. Segundo o delegado, ela é a principal suspeita de matar a própria filha por espancamento. A avó da menina decidiu pedir a guarda da outra neta, de três anos.

A mãe havia informado à polícia que a criança morreu de causas naturais. Um exame inicial da perícia, de acordo com a Polícia Civil, constatou que a menina estava morta há pelo menos 12 horas antes da mãe informar sobre a morte e tinha várias marcas de unhas e hematomas no corpo.

A mãe dividia o quarto com a filha na casa da irmã, onde moravam há dois meses. “A mulher perdeu a filha, é viúva e vivia de favor na casa da irmã. Ela foi extremamente fria”, disse o delegado. A mãe da menina foi levada para a delegacia para prestar esclarecimentos. Outros familiares também prestaram depoimento na segunda-feira.

Segundo Ferreira, a mãe foi “fria, cínica e calculista” durante o depoimento na delegacia, não esboçando qualquer reação pela morte da filha.

Outro motivo que leva a polícia a acreditar em espancamento, conforme o delegado, foi a denúncia. Segundo ele, vizinhos ligaram para o programa de policiamento Ronda do Quarteirão falando da morte da criança. “Os vizinhos estão querendo linchar a mulher. Quando eu a trouxe para a delegacia, evitei um linchamento”, disse.

As mulheres precisam se comportar com dignidade e registrar a primeira agressão. Infelizmente quase nunca acontece desta forma. A maior parte das vezes segue um longo histórico de agressões...


Brasil é o 7º país com mais homicídios de mulheres


Estados com maior violência são Espírito Santo, Alagoas e Paraná


Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (7) mostra que o Brasil está no 7º lugar do ranking de países com maior taxa de homicídios de mulheres. Em 2010, o índice foi de 4,4 assassinatos para cada100 mil mulheres, maior que de países como Iraque (3,2) e México (2). A lista, que integra o Mapa da Violência 2012 do Instituto Sangari, contém 84 países e leva em conta dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Na frente do Brasil estão El Salvador (taxa de 10,3 vítimas para cada 100 mil), Trindad e Tobago (7,9), Guatemala (7,9), Rússia (7,1), Colômbia (6,2) e Belize (4,6).

De 1980 a 2010, cerca de 91 mil brasileiras foram assassinadas – 43,5 mil só na última década. Enquanto em 1980 morreram 1.353 mulheres, em 2010 o número foi 217% maior, chegando a 4.297. Segundo o estudo, a maioria foi vítima de armas de fogo ou objeto cortante.

Em 2007, ano seguinte à publicação da Lei Maria da Penha, que aumentou a punição contra agressores, houve pequena queda na taxa de homicídios, chegando a 3,9 para cada 100 mil. Mas em 2008 a violência retomou os patamares anteriores, “indicando claramente que nossas políticas ainda são insuficientes para reverter a situação”, aponta a pesquisa.

Entre as mulheres atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2011, perto da metade (42,5%) foi vítima do parceiro ou ex-parceiro. Além disso, quase 70% das violências ocorreram dentro de casa.

Entre os Estados, o campeão de assassinatos de mulheres é o Espírito Santo, com taxa de 9,4 para cada 100 mil em 2010. Em seguida, aparecem Alagoas (8,3) e Paraná (6,3). Rio de Janeiro e São Paulo estão no final da lista, ocupando, respectivamente, as 25ª e 26ª posições, com índices em torno de 3 assassinatos para cada 100 mil mulheres

Um dos episódios mais lamentáveis de todos os tempos...


O STF e o mensalão

Tribunal Federal (STF) - como sucede com toda instituição criada e operada por seres humanos - registra altos e baixos. Longos são os capítulos de grandeza e raras as manifestações desabonadoras. Não devemos ignorar, no entanto, a frase implacável de João Mangabeira, encontrada na obra Ruy: o Estadista da República: "O órgão que, desde 1892 até 1937, mais falhou à República não foi o Congresso. Foi o Supremo Tribunal Federal".

Leda Boechat Rodrigues e o ministro Edgard Costa estão entre os grandes historiadores da Suprema Corte. A primeira cuidou, em dois volumes, do período compreendido entre 1891 e 1910. O segundo, em quatro volumes, transcreve julgamentos ocorridos de 1892 a 1966. Entre tantos se destaca o mandado de segurança, cumulado com habeas corpus, em benefício de João Café Filho, afastado da Presidência da República pelo general Henrique Teixeira Lott, ministro da Guerra.

Não cabe aqui analisar os motivos de Lott. Vou-me ater ao voto do ministro Nelson Hungria, quando diz: "Contra uma insurreição pelas armas, coroada de êxito, somente uma contrainsurreição com maior força. E esta, positivamente, não poderia ser feita pelo Supremo, que não iria cometer a ingenuidade de, numa inócua declaração de princípios, expedir mandado para cessar a insurreição. Aí está o nó górdio que o Poder Judiciário não pode cortar, pois não dispõe da espada de Alexandre. O ilustre impetrante, ao que me parece, bateu em porta errada".

Não há paralelo entre essa causa e o "mensalão". Afinal, o País não se encontra às voltas com nenhuma insurreição armada. Tampouco se põe em questão o desassombro e a independência dos Sres. ministros do STF. Além da complexidade da matéria, inexiste, contudo, dúvida quanto à estreita ligação política dos acusados com o governo federal da época. Não fosse por isso, seria apenas mais um dos feitos submetidos ao julgamento do Supremo, que, no caso, é foro único e privilegiado.

A causa tramita desde 2006, quando o então procurador-geral da República, dr. Antonio Fernando Barros e Silva de Souza, denunciou ao STF 40 acusados no maior escândalo político das últimas décadas.

A lentidão é inimiga pertinaz do Judiciário. Para certos magistrados, o tempo inexiste, ou não conta. É da morosidade, todavia, que o crime e a impunidade se alimentam. Ignora-se melhor fermento para a corrupção do que a certeza de que o tempo agirá como solvente e fará cair no esquecimento a conduta ilícita.

Algumas justificativas são apresentadas com o propósito de isentar de culpa os juízes vagarosos: a fadiga, o acúmulo de serviço, a impermeabilidade da magistratura a pressões externas. Convenhamos, porém, que dos integrantes do Poder Judiciário se espera disposição para tarefas que, ao se candidatarem ao cargo, sabiam extenuantes.

Quanto ao acúmulo, a morosidade é das maiores responsáveis, por se deixar para amanhã o que se deveria ter feito ontem. A Constituição da República de 1988 assegura, entre os direitos e garantias fundamentais, a razoável duração do processo. A carga mais pesada de trabalho, em qualquer julgamento, incumbe ao relator, cuja tarefa é suplementada pelo revisor. Compete-lhes submeter ao plenário do tribunal relatório que condensará as principais ocorrências registradas no andamento da causa, a fim de facilitar a proferição dos votos restantes.

A informatização facilitou a tarefa de julgar. Além do revisor, os membros do tribunal têm imediato acesso ao relatório, pela rede interna de comunicação. Considero excessivo o prazo de cinco anos, decorridos do recebimento da denúncia, em março de 2012. Não houve escassez de tempo para que os ministros da Suprema Corte se sentissem em condição de julgar.

O egrégio Supremo Tribunal Federal está sob pressão, mas voltado para o interesse geral no julgamento da causa. Pressão legítima, que resulta do sentimento coletivo de cidadania, rogando ao Supremo o cumprimento do dever de se pronunciar.

A nossa mais Alta Corte está farta de saber que não goza de imunidade diante do correr dos dias. Já se ouve dizer que o "mensalão" será julgado somente no segundo semestre deste ano, mas sem definição de data.

Ora, no segundo semestre haverá o recesso judiciário do mês de julho, paralisando os trabalhos da Corte. Em seguida virão as eleições em 5.564 municípios. Dois dos 11 ministros do Supremo Tribunal participam do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com as atenções divididas entre o STF e o TSE, Suas Excelências terão tempo para se dedicar ao "mensalão"?

Não bastasse, o ministro Carlos Ayres Britto vai se aposentar em novembro, fato que exigirá do Supremo a escolha de novo presidente. Logo depois teremos o recesso de Natal e as férias de janeiro. Essas e outras circunstâncias somadas, não será improvável que o julgamento seja deixado para 2013.

Prescrição é contagem regressiva. A cada hora mais se avizinha o momento em que os acusados serão agraciados pela inércia. A denúncia formulada pela Procuradoria-Geral da República cairá, então, no vazio. Tornar-se-á inútil. Os acusados ficarão livres das acusações pela inexorável ação do tempo. E voltarão a ter ficha limpa, aptos a disputar mandato ou a exercer cargos de confiança.

Não é ao que aspira a Nação vigilante. O povo aguarda que irrecorrível decisão do STF identifique culpados e inocentes. É o mínimo a se esperar do órgão máximo do Poder Judiciário, sobretudo porque os réus o têm como foro único e privilegiado.

Neste momento histórico, os olhos dos brasileiros estão concentrados em três ministros: Ayres Britto, presidente, Joaquim Barbosa, relator, e Ricardo Lewandowski, revisor. Deles se espera que ingressem e permaneçam, com honras e glórias, na História do Poder Judiciário.

Nada justifica o abandono. Penalidade: perda do poder familiar até compreender o que significa parir um ser vivo....


Mãe abandona filhos em condições subumanas em SP


Em um quarto sujo, uma mãe deixava os filhos, um menino de 2 e uma menina de 5, sozinhos. Ambos foram encontrados pela polícia, na noite de segunda-feira (7), em um cômodo localizado na favela de Heliópolis, zona sul de São Paulo, dentro de um cortiço de três andares. A denúncia anônima recebida pela Polícia Militar (PM) informava que o abandono já durava dois dias. O Conselho Tutelar encaminhou as crianças para um abrigo.

Ao chegarem na casa, os policiais militares tiveram a ajuda de vizinhos para abrir a porta da morada de um quarto, cozinha e banheiro. As crianças dormiam em um colchão jogado no chão. "As crianças estavam com fome e sujas", contou o soldado Reginaldo Ferreira, do 46º Batalhão. "Tivemos que dar banho nelas na casa de um vizinho, pois ali não havia condições", acrescentou. Após aproximadamente uma hora da chegada da PM, a mãe apareceu.

Adriana Barbosa Leite, 26, alegou que havia saído para trabalhar em um "bico", e que precisava do dinheiro para comprar comida para as crianças. Sobre a insalubridade da moradia, disse que estava deprimida por não ter quem a ajudasse e por isso não teria ânimo para limpar a casa. "Eu chorava a todo momento e não conseguia fazer mais nada. Sei que preciso de ajuda", disse Adriana. O pai, segundo ela, está preso.

A mãe será encaminhada para uma assistente social e, para recuperar a guarda das crianças, terá que comprovar que possui condições de cuidar delas. Enquanto isso elas ficarão em um abrigo. O caso foi registrado como abandono de incapaz no 16º Distrito Policial (DP).

Resultado de imprudência, intolerância, estresse... Evidências de uma guerra sobre rodas, consequência de tanta falta de educação, de cidadania e de respeito...


Mortes de motociclistas sobem em 15 anos

Estudo divulgado na revela que, após uma tendência de queda, as mortes em acidentes de trânsito voltaram a subir. Em 15 anos (1996-2010), a quantidade de mortes envolvendo motociclistas aumentou mais de nove vezes. Foram 13,4 mil, em 2010, ante 1,4 mil, em 1996.

O Mapa da Violência, elaborado pelo Instituto Sangari, avaliou também a taxa de mortalidade por 100 mil habitantes de motociclistas em 67 países. O Brasil aparece na segunda posição do ranking, com taxa de 7,1 mortes por 100 mil. Apenas o Paraguai, com taxa de 7,5 por 100 mil apresenta situação pior.

Para efeito de comparação, Portugal, que aparece nas últimas colocações, tem taxa de 0,1 morte por 100 mil. Japão (0,8) e Itália (0,9) ficam no meio da tabela. Na Argentina, o índice é de 1,6.

Levando-se em conta todos os acidentes, em 2010, 40,9 mil brasileiros perderam a vida em ruas, avenidas e estradas do país. A taxa de mortalidade é de 21,5 por 100 mil habitantes.

O mapa mostra que, com o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), que entrou em vigor em 1997, houve uma queda na taxa de óbitos. Em 2000, o índice chegou a 17,1 por 100 mil.

A partir do ano seguinte, o índice reverteu a tendência e voltou a subir. Segundo o sociólogo, Julio Waiselfisz, responsável pelo estudo, se as mortes continuarem neste ritmo, em 2015, a quantidade de vítimas fatais no trânsito vai superar a de homicídios.

Mais uma etapa superada...