sexta-feira, 11 de maio de 2012

Nunca antes houve tamanha patuscada regada a dinheiro público...


Escândalos dentro de escândalos


O noticiário sobre o escândalo que tem como protagonistas principais o senador Demóstenes Torres e o “empresário” de jogos viciados Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como “Carlinhos Cachoeira”, começa a derivar perigosamente para uma queda de braço entre a chamada grande imprensa e alguns representantes do Partido dos Trabalhadores.

Nas primeiras páginas de quinta-feira (10/5), os principais jornais do país apostam numa disputa entre o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e os réus do processo conhecido como “mensalão”, como pano de fundo das ações de parlamentares na investigação do caso Cachoeira.

Trata-se de uma situação inusitada e com potencial para desfechos surpreendentes. Ao acusar o procurador-geral de se haver omitido em 2009, quando Carlos Cachoeira foi citado em uma operação da Polícia Federal na qual já apareciam sinais do envolvimento de políticos, alguns parlamentares estariam, segundo Gurgel, tentando reduzir as responsabilidades dos acusados no caso “mensalão”.

Papel da imprensa. Se demonstrado que o procurador prevaricou numa das etapas do processo que transforma em corréus o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Cachoeira, a acusação ficaria enfraquecida também no caso “mensalão”. Esse é o raciocínio que a imprensa oferece aos seus leitores. Mas há outra hipótese em construção nos bastidores do caso: o que os representantes do partido governista querem demonstrar é que tudo estaria intrincadamente misturado, ou seja, não há um caso “mensalão”, mas uma grande conspiração cujo principal articulador e financiador seria o bicheiro Carlos Cachoeira.

O ponto de partida seria o escândalo original do “mensalão”, no qual um assessor do então ministro José Dirceu, Waldomiro Diniz, foi apanhado cobrando propina do bicheiro. A gravação da cena, que foi parar em mãos de um editor da revista Veja, e daí para o resto da imprensa, teria sido uma “armação” do bicheiro já em conluio com Demóstenes Torres. A partir daí teria sido montado o enredo conhecido como “mensalão”, ou uma suposta rede de pagamento mensal de propinas para estimular os votos favoráveis de parlamentares em questões de interesse do governo.

Essa tese provoca tensões no Supremo Tribunal Federal, onde alguns ministros deixam escapar certo desânimo com relação ao conjunto de provas contra os principais acusados do “mensalão”. Por outro lado, o procurador-geral da República insiste que as provas são consistentes e que esse seria o motivo dos ataques que vem sofrendo por parte de representantes da base aliada no Congresso. No meio de tudo isso é preciso observar o papel da imprensa, que há muito tempo deixou de ser uma espectadora isenta e se transformou também em parte do processo.

Fonte privilegiada. Inicialmente, a mídia jogou o papel de porta-voz dos acusadores no caso “mensalão”, ampliando e dirigindo os debates públicos de modo a consolidar a interpretação geral de que houve um esquema de compra de votos no governo anterior.  Mas agora, com a revelação de relações suspeitas entre o bicheiro Carlos Cachoeira e um diretor de Veja – marcando o ponto exato de onde saíram quase todas as denúncias contra integrantes do governo e da bancada governista nos últimos seis anos – a imprensa á lançada no meio do escândalo. Não mais como observadora, mas como protagonista.

Na quinta-feira, dia 10, os jornais informam que houve um refluxo no ímpeto inicial de alguns parlamentares de convocar jornalistas para explicar suas relações com o bicheiro. Segundo os diários, o gabinete da Presidência da República ordenou cautela e recomendou que seja evitada a convocação de representantes da imprensa à Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o caso Demóstenes-Cachoeira. No entanto, segundo declarações reproduzidas pelos jornais, se houve mesmo mais de duzentas conversações gravadas entre o diretor de Veja em Brasília e integrantes do esquema do bicheiro, não haverá como evitar a convocação do jornalista.

Alguns parlamentares querem interrogar não apenas o diretor da sucursal da revista na capital federal, mas o próprio dono da Editora Abril, Roberto Civita, inimigo declarado do governo desde o primeiro mandato de Lula da Silva, quando sua empresa perdeu contratos para o fornecimento de livros didáticos para escolas públicas – segundo já foi divulgado pela imprensa.  Ao governo não parece interessar essa briga. Mas bem que a sociedade merece um esclarecimento sobre essa relação privilegiada entre a revista e o bicheiro, principalmente porque absolutamente tudo que o chefe da quadrilha “soprou” para Veja foi reproduzido pelo resto da imprensa sem reservas.

Relações perigosas e promíscuas...


O governador e o bicheiro

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, fez o que devia ao atender ao pedido do governador tucano de Goiás, Marconi Perillo, para que abrisse uma investigação sobre as suas relações com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Pela simples razão de que, ao aumentarem os indícios de proximidade entre o político e o bicheiro, aumentou também, aparentemente, o distanciamento entre o primeiro e a verdade dos fatos.

No começo de abril, numa longa entrevista ao Estado, Perillo admitiu ter tido "algum tipo de relação ou de encontro com o Carlos Ramos, como empresário". Não com o empresário de jogos ilícitos e traficâncias por atacado, mas com o dono de uma fábrica de medicamentos. Nessa condição, o governador o recebeu em palácio. Ele não alegou ignorância das outras atividades do empreendedor, mas disse ter acreditado quando dele ouviu, ao se encontrarem por acaso numa festa, que tinha se regenerado.

Passadas duas semanas daquela entrevista, Perillo se viu obrigado a fazer algo que pode lembrar a proverbial entrega dos anéis para salvar os dedos. Perguntado sobre a influência do bicheiro na sua administração, reconheceu que ela existiu "em relação a algumas áreas do trabalho do Estado, mas de forma isolada, muito pequena", apressando-se a ressalvar: "No governo, não. (Cachoeira) nunca ousou fazer qualquer solicitação em relação à atividade dele".

Se ousou ou não ousou, a CPI mista do Congresso terá condições de esclarecer, ao ir além das descobertas da Polícia Federal, no curso das operações Vegas e Monte Carlo. Mas, na esteira dos vazamentos de gravações policiais autorizadas, três membros do governo goiano, nelas citados, perderam os seus empregos: a chefe do gabinete de Perillo, o procurador-geral do Estado e o presidente do Detran.

O caso deste último, Edivaldo Cardoso, torna mais curiosa e mais curiosa, como diria Alice, a do país das Maravilhas, a versão de que era apenas periférico e esporádico o envolvimento de Cachoeira com os negócios públicos de Goiás. Numa gravação de 2 de março do ano passado, logo no início, portanto, do mandato de Perillo, o contraventor cobra do chefe do Detran a parte do leão que lhe tocaria por ter apoiado o tucano.

Tratando da distribuição da verba publicitária da autarquia, da ordem de R$ 1,6 milhão, Cachoeira critica a destinação de mais recursos para um jornal que "foi contra o Marconi" do que ao que ele próprio parece controlar por meio de um laranja. E lança um argumento irrespondível: "Quem lutou e pôs o Marconi lá fomos nós". Difícil crer que o governador ignorasse a luta do bicheiro para o seu triunfo. Aliás, o grampo que derrubou Cardoso era de uma conversa sobre um possível encontro do governador com Cachoeira.

Outras gravações, como a de 1.º de agosto, em que ele fala com o então diretor da empreiteira Delta, Cláudio Abreu, preso há duas semanas, autorizam inequivocamente a suspeita de que a organização do bicheiro pagava pedágio ao Estado - o nome do governador é citado - para empregar apadrinhados e vencer licitações. Na conversa de agosto, Cachoeira conta a Abreu que "emprestou" R$ 600 mil ao titular do setor de transportes e obras, Jayme Rincón, tesoureiro da campanha de Perillo em 2010. Ao que o interlocutor invoca a necessidade de "tirar proveito da situação".

Dois meses antes, o contador de Cachoeira, Geovani Pereira da Silva, informara o chefe do envio de uma caixa de computador "com aquele negócio" ao palácio do governo. Segundo um jornalista que trabalhou para o bicheiro, a caixa continha R$ 500 mil. O pior de tudo é a intimidade do governador com Cachoeira que transparece nas conversas.

Em geral, os dois se falavam por interpostas pessoas - uma delas, o senador Demóstenes Torres. Cachoeira, por sinal, se gaba de ter reaproximado os dois políticos rivais no Estado. Em 3 de maio, dia de seu aniversário, ele recebeu um telefonema de uma pessoa que o chama de "liderança". Depois de responder "Fala amigo, tudo bem?", ouve: "Rapaz, faz festa e não chama os amigos?". O amigo chama-se Marconi Perillo.

Constrangedor...


Por que o mau hálito varia de odor?

Dra. Carla Andrea Nicoletti de Carvalho Lopes

Porque os maus odores têm diferentes causas. De cada 10 casos, 9 são resultados de decomposição do resto de comida e células mortas dentro da boca. Mas pode ser também da queima de gordura durante o sono ou exercício físico, prisão de ventre, gengivites ou sinusites.
Substâncias que compõem o mau hálito:

1) Sulfeto de hidrogênio (H2S)
Aroma - ovo podre, gás de esgoto
Causa - Bactérias fazem a decomposição de material orgânico que fica entre os dentes. Dessa decomposição, são eliminadas substâncias mal cheirosas que são exaladas no hálito. A saliva elimina naturalmente essas substâncias, por isso, o risco de mau hálito aumenta em quem saliva pouco – quadro que é agravado por antidepressivos, hipertensão, estresse e pelos sintomas da gripe. Beber muita água e mascar chiclete sem açúcar pode ajudar nesses casos, pois a mastigação faz uma estimulação das glândulas salivares.

2) Metanotiol (CH3SH)
Aroma - gás de cozinha
Causa - principalmente doenças periodontais e gengivites. Doenças orais que causam sangramento e formação de pus podem levar a um mau hálito tremendo. Afinal, o pus nada mais é do que um exudato de glóbulos brancos mortos na batalha infecciosa entre organismo e bactérias e outros tecidos mortos, tudo em putrefação.

3) Amônia (NH3)
Aroma - amoníaco
Causa - excesso de proteína no sangue que, depois de metabolizada, é eliminada pela urina e pelo hálito.

4) Corpos cetônicos
Aroma - acetona
Causa - diabetes mellitus, exercícios físicos vigorosos, dieta pobre em carboidratos e jejum prolongado. O mau hálito não vem do estômago, mas do metabolismo das gorduras. Quando a quantidade de açúcar cai no sangue, o corpo começa a queimar lipídios, um processo chamado cetose. Um dos produtos dessa metabolização é a acetona – uma substância de cheiro bem característico.

5) Escatol (C9H9N)
Aroma - fezes (em baixa concentração tem aroma floral)
Causa - prisão de ventre. Quanto mais tempo os detritos ficam no intestino, maior a proliferação de bactérias e a absorção de toxinas mal cheirosas que ficam no sangue e são expelidas pelo ar dos pulmões.

6) Cadaverina (H2(CH2)5NH2) e Putrescina (NH2(CH2)4NH2)
Aroma - carniça
Causa - má higiene que não consegue eliminar restos de carne que ficam entre os dentes e que se decompõem e putrefazem na boca.
A higiene oral deve ser feita após todas as refeições. Escova e fio dental para a remoção completa dos resíduos alimentares que ficam entre os dentes e consultas de manutenção no dentista de seis em seis meses são fundamentais para a saúde gengival e periodontal. Manter a saúde geral do organismo sob controle também é fundamental, pois doenças metabólicas podem se revelar na boca.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Hihihihihihihihi...

Só rindo...











Viva a sabedoria...


Ensaio Sobre o Entendimento Humano

A FILOSOFIA MORAL, ou ciência da natureza humana, pode ser tratada de duas
maneiras diferentes; cada uma delas tem seu mérito peculiar e pode contribuir para o entretenimento, instrução e reforma da humanidade. A primeira considera o homem como nascido principalmente para a ação; como influenciado em suas avaliações pelo gosto e pelo sentimento; perseguindo um objeto e evitando outro, segundo o valor que esses objetos parecem possuir e de acordo com a luz sob a qual eles próprios se apresentam. Como se admite que a virtude é o mais valioso dos objetos, os filósofos desta classe pintam-na com as mais agradáveis cores e, valendo-se da poesia e da eloquência, discorrem acerca do assunto de maneira fácil e clara: o mais adequado para agradar a imaginação e cativar as inclinações.


Escolhem, na vida cotidiana, as observações e exemplos mais notáveis, colocam os caracteres opostos num contraste adequado e, atraindo-nos para os caminhos da virtude com visões de glória e de felicidade, dirigem nossos passos nestes caminhos com os mais sadios preceitos e os mais ilustres exemplos. Fazem-nos sentir a diferença entre o vício e a virtude; excitam e regulam nossos sentimentos; e se eles podem dirigir nossos corações para o amor da probidade e da verdadeira honra, pensam que atingiram plenamente o fim de todos os seus esforços.

Os filósofos da outra classe consideram o homem mais um ser racional que um ser
ativo, e procuram formar seu entendimento em lugar de melhorar-lhe os costumes.
Consideram a natureza humana objeto de especulação e examinam-na com rigoroso cuidado a fim de encontrar os princípios que regulam nosso entendimento, excitam nossos sentimentos e fazem-nos aprovar ou censurar qualquer objeto particular, ação ou conduta. Julgam uma desgraça para toda a literatura que a filosofia não tenha estabelecido, além da controvérsia, o funda mento da moral, do raciocínio e da crítica; e que sempre tenha que falar da verdade e da falsidade, do vício e da virtude, da beleza e da fealdade, sem ser capaz de determinar a fonte destas distinções. Enquanto tentam realizar esta árdua tarefa, nenhuma dificuldade os desencoraja; passam de casos particulares para princípios gerais, e conduzem ainda mais suas investigações para princípios mais gerais, e não ficam satisfeitos até chegar àqueles princípios primitivos que, em toda ciência, devem limitar toda curiosidade humana.


Embora suas especulações pareçam abstratas e mesmo ininteligíveis aos leitores comuns, aspiram à aprovação dos eruditos e dos sábios e consideram-se suficientemente compensados pelo esforço de toda a existência se puderem descobrir algumas verdades ocultas que possam contribuir para o esclarecimento da posteridade.


Certamente, a filosofia fácil e dada terá sempre preferência, para a maioria dos homens, sobre a filosofia exata e abstrusa; e por muitos será recomendada, não apenas como a mais agradável, mas também como mais útil do que a outra. Ela penetra mais na vida cotidiana, molda o coração e os afetos, e ao atingir os princípios que impulsionam os homens, reforma -lhes a conduta e aproxima -os mais do modelo de perfeição que ela descreve. Ao contrário, a filosofia abstrusa, alicerçada numa concepção que não pode penetrar na vida prática e na
ação, desvanece quando o filósofo sai da sombra e penetra no dia claro, nem seus princípios podem manter facilmente qualquer influência sobre nossa conduta e nossos costumes. Os sentimentos de nosso coração, a perturbação de nossas paixões e a impetuosidade de nossas emoções, dissipam todas as suas conclusões e reduzem o filósofo profundo a um simples plebeu.


É preciso também reconhecer que a filosofia fácil adquiriu a mais durável como
também a mais justa fama, e que os raciocinadores abstratos têm apenas, até aqui, gozado de uma reputação momentânea, nascida do capricho ou da ignorância de sua própria época, mas eles não têm sido capazes de manter sua fama ante o juízo equitativo da posteridade.


Um filósofo profundo pode facilmente cometer um erro em seus raciocínios sutis, e um erro é necessariamente gerado de um outro, visto que ele o desenvolve até suas conseqüências e não é dissuadido em adotar uma conclusão de aspecto incomum ou por ser contrária à opinião popular. Mas um filósofo que apenas se propõe representar o sentimento comum da humanidade nas cores mais belas e mais agradáveis, se por acidente cai em erro, recorre novamente ao senso comum e aos sentimentos naturais do espírito e assim volta ao caminho certo e se protege de ilusões perigosas. A fama de Cícero floresce no presente, mas a de Aristóteles está completamente decadente. La Bruyére ultrapassou os mares e ainda mantém
sua reputação; todavia, a glória de Malebranche está limitada à sua própria nação e à sua própria época. Addison, talvez, será lido com prazer quando Locke estiver completamente esquecido.


O mero filósofo é geralmente uma personalidade pouco admissível no mundo, pois
supõe-se que ele em nada contribui para o benefício ou para o prazer da sociedade, porquanto vive distante de toda comunicação com os homens e envolto em princípios e noções igualmente distantes de sua compreensão. Por outro lado, o mero ig norante é ainda mais desprezado, pois não há sinal mais seguro de um espírito grosseiro, numa época e uma nação em que as ciências florescem, do que permanecer inteiramente destituído de toda espécie de gosto por estes nobres entretenimentos. Supõe-se que o caráter mais perfeito se encontra entre estes dois extremos: conserva igual capacidade e gosto para os livros, para a sociedade e para os negócios; mantém na conversação discernimento e delicadeza que nascem da cultura literária; nos negócios, a probidade e a exatidão que resultam naturalmente de uma filosofia conveniente. Para difundir e cultivar um caráter tão aperfeiçoado, nada pode ser mais útil do que as composições de estilo e modalidade fáceis, que não se afastam em demasia da vida, que não requerem, para ser compreendidas, profunda aplicação ou retraimento e que
devolvem o estudante para o meio de homens plenos de nobres sentimentos e de sábios preceitos, aplicáveis em qualquer situação da vida humana. Por meio de tais composições, a virtude toma-se amável, a ciência agradável, a companhia instrutiva e a solidão um divertimento.


O homem é um ser racional e, como tal, recebe da ciência sua adequada nutrição e
alimento. Mas os limites do entendimento humano são tão estreitos que pouca satisfação se pode esperar neste particular, tanto pela extensão como pela segurança de suas aquisições. O homem é um ser sociável do mesmo modo que racional. No entanto, nem sempre pode usufruir de uma companhia agradável e divertida ou conservar o gosto adequado para ela. O homem é também um ser ativo, e esta tendência, bem como as várias necessidades da vida humana, o submete necessariamente aos negócios e às ocupações; todavia, o espírito
precisa de algum repouso, já que não pode manter sempre sua inclinação para o cuidado e o trabalho. Parece, pois, que a Natureza indicou um gênero misto de vida como o mais apropriado à raça humana, e que ela secretamente advertiu aos homens de não permitirem a nenhuma destas tendências arrastá-los em demasia, de tal modo que os torne incapazes para outras ocupações e entretenimentos. Tolero vossa paixão pela ciência, diz ela, mas fazei com que vossa ciência seja humana de tal modo que possa ter uma relação direta com a ação e a sociedade. Proíbo-vos o pensamento abstruso e as pesquisas profundas; punir-vos -ei severamente pela melancolia que eles introduzem, pela incerteza sem fim na qual vos envolvem e pela fria recepção que vossos supostos descobrimentos encontrarão quando comunicados. Sede um filósofo, mas, no meio de toda vossa filosofia, sede sempre um homem.
David Hume, Ensaio Sobre o Entendimento Humano.


Curioso...


O que significa a sigla S.O.S.?
Muitos acreditam que S.O.S. quer dizer Save Our Souls (Salvem Nossas Almas), mas na verdade elas não tem significado nenhum. Adotadas em 1908 pela Convenção Internacional de Radiotelegrafia, foram escolhidas por sua simplicidade, nitidez e facilidade de transmissão por qualquer meio de comunicação de longa distância. As letras correspondem também aos sinais do Código Morse mais fáceis de memorizar e identificar.
O que significa o ditado "o que é do homem o bicho não come"?
A frase quer dizer que as características intrínsecas às pessoas não podem ser modificadas por fatores externos. O "bicho" representa a sociedade, as leis, regras ou até outras pessoas. Segundo o dito popular, não adianta nenhum destes "bichos" lutarem contra os sentimentos e características arraigados em alguém.
Por que "cuspido e escarrado" significa que uma pessoa é muito parecida com outra?
O correto é "esculpido em carrara". A frase é uma alusão à perfeição das esculturas de Michelangelo, pois carrara é um mármore da Itália e foi bastante usado por ele.
Por que a distância entre o chão e o teto é chamada de pé-direito?
O site ’Sua língua’ do portal Terra traz uma explicação do engenheiro Manoel Henrique Campos Botelho para a origem da expressão. Segundo ele, pé-direito é a distância medida em pé e na posição direita (como é conhecido o ângulo reto ou a posição ortogonal) em relação ao plano. A rua direita, por exemplo, é aquela que chega ortogonalmente a outra rua, e não inclinada.
Por que a maria-fumaça tem este nome?
O termo "maria-fumaça" surgiu no século XX para designar a locomotiva a vapor. "Em vários idiomas, é freqüente os nomes próprios mais difundidos adquirirem a função de adjetivos ou substantivos." explica o filólogo Alfredo Maceira. Segundo ele, no Português, muitos destes nomes passam a fazer parte de substantivos compostos, como maria-chiquinha, a maria-vai-com-as-outras, o joão-de-barro, o joão-bobo e o joão-ninguém.
Por que a palavra guarda-roupa tem um sentido tão óbvio?
Assim como para-brisa e para-choque, o termo guarda-roupa, que apareceu pela primeira vez em 1326, expressa a função do objeto que designa. Quem não gosta dele pode optar por "armário". Pouco empregado e com utilidade mais específica, existe também o "guarda-vestido".
Por que alguém com dificuldades de aprendizado é chamado de burro?
É muito provável que a fama do burro venha de seu hábito de empacar. Se alguma coisa o assusta, ele simplesmente pára, demonstrando teimosia e um temperamento cismado, arredio. Apesar desta característica, o psicólogo Jayro Motta, especialista em treinamento de animais para cinema e publicidade, garante que o burro tem capacidade de aprender. "Embora não seja tão inteligente quanto o cavalo, ele também é capaz. Já treinei burros para diversos comerciais: uns tinham que balançar a cabeça em sinal de negação, outros deveriam andar em determinada direção, empacar, manter-se parados, e todos se saíram muito bem.", explica o especialista.
Por que o jogo de futebol amador também é chamado de "pelada"?
De acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, "pelada", designando partidas amadoras e improvisadas de futebol, deriva do substantivo péla. Esta palavra significa bolas de borracha. Embora o dicionário não aponte o período em que a palavra "pelada" foi inicialmente empregada com este significado, o termo que a originou data da Europa do século XIV.
Por que o jornalista recém-formado tem o apelido de ?foca??
"O foca sempre entra numa fria", "aprende rápido a realizar pequenas tarefas em troca de poucas sardinhas", "fica boiando o tempo todo", "ele tem um ar puro, inocente?". Estas são algumas das trezentas especulações recebidas pelo jornalista Tão Gomes Pinto, diretor de redação da Revista Imprensa. Ele abriu uma lista de discussão sobre a origem do termo entre profissionais da área. Não foi possível chegar a uma conclusão. Mas, a explicação de Mauro Belessa, enviada para a Revista Imprensa, indica uma possível linha de raciocínio. Segundo ele, "foca" vem da palavra latina "fócula", utilizada para designar "ignorantes próximos do poder e subservientes ao extremo".
Por que se diz "tombamento de uma obra" se a expressão quer dizer exatamente o contrário?
Quando alguém resolve tombar um prédio, ou seja, levar o edifício ao chão, todo mundo sai de perto. Daí teria nascido a expressão "tombar uma obra" pois, com ninguém nos arredores, seria mais fácil proteger e conservar o imóvel de valor histórico ou artístico. Todos os monumentos ou prédios tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o IPHAN, são registrados no chamado "Livro Tombo". A expressão já era usada em Portugal possivelmente desde antes de 1375, quando o rei D. Fernando fundou o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa.

http://www.guiadoscuriosos.com.br/perguntas/173/3/expressoes-ditados-e-siglas.html

Mais uma etapa superada...