terça-feira, 15 de maio de 2012

Fala sério...


'Tentativa de negar a existência do mensalão é uma afronta à democracia'

Antônio Fernando de Souza foi o procurador-geral da República que, em 2006, transformou 40 petistas e aliados em réus. Hoje, ele afirma que qualquer tentativa de dizer que os "fatos (do mensalão) não existiram é brigar com a realidade"

Antônio Fernando: “O Supremo jamais faria um justiçamento. Fará, sim, um julgamento com base nas provas e testemunhos” (Cristiano Mariz)
Em 2006, o então procurador- geral da República Antônio Fernando de Souza transformou em réus 40 petistas e aliados. Eles operavam o que foi caracterizado na denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal de "sofisticada organização criminosa", encabeçada pelo ex-ministro José Dirceu. Agora, com a proximidade do julgamento, o ex-chefe do Ministério Público afirma que a tentativa de negar a existência do mensalão é uma afronta à democracia.
O senhor sofreu pressão para não apresentar a denúncia do mensalão?
Não. Minha postura reservada sempre inibiu qualquer atitude desse tipo. Nunca assumi nenhum compromisso com as autoridades que me procuraram. Fiz meu trabalho da forma mais precisa e célere possível. Tinha 100% de convicção formada. Conseguimos fazer a relação entre os fatos e montamos o quebra-cabeça do esquema, tudo em cima de documentos, de provas consistentes.

O PT tem se dedicado a difundir a versão de que o mensalão não passa de uma farsa...
Chamar esse episódio de farsa é acusar o procurador-geral e os ministros do Supremo de farsantes. Dizer que aqueles fatos não existiram é brigar com a realidade, é querer apagar a história. Esse discurso não produzirá nenhum efeito no STF. Os ministros vão julgar o processo com base nos autos. E há inúmeras provas de tudo o que foi afirmado na denúncia. Depoimentos, extratos bancários, pessoas que foram retirar dinheiro e deixaram sua assinatura.

O senhor se sente incomodado com isso?
Na democracia, todas as pessoas estão sujeitas à fiscalização, ao controle, à responsabilização, e há órgãos dispostos a isso. Não serão os partidos políticos nem seus dirigentes que vão dizer o que é crime e o que não é crime. Quando eles querem transmitir um ar de que não aconteceu nada, estão indo para o reino da fantasia. Negar a existência do mensalão é uma afronta à democracia.

Como o senhor vê as afirmações do atual procurador-geral, Roberto Gurgel, de que está sofrendo ataques de mensaleiros com medo do julgamento?
Se ele fez essa acusação, preciso admitir que tem elementos para justificá-la. A CPI está se preocupando com um assunto que não tem relevância para o seu trabalho. O procurador-geral avaliou que a Operação Vegas não produziu evidências suficientes para pedir indiciamentos, mas não arquivou o inquérito -- inclusive a pedido da Polícia Federal -- para não prejudicar o andamento das investigações da Operação Monte Carlo. E a estratégia se mostrou bem-sucedida.

Está comprovado que o PT utilizou dinheiro público no mensalão?
Quem vai fazer esse juízo é o Supremo. Da perspectiva de quem fez a denúncia e acompanhou o processo até 2009, digo que existe prova pericial mostrando que dinheiro público foi utilizado. Repito: há prova pericial disso. E o Supremo, quando recebeu a denúncia, considerou que esses fatos têm consistência.

O ex-ministro José Dirceu afirma que o senhor o apontou como chefe de uma organização criminosa para se vingar do fato de ele nunca tê-lo recebido na Casa Civil.
Nunca tive nenhum interesse em falar com ele. A minha escolha como procurador-geral foi feita pelo presidente da República. Uma denúncia é formalizada somente se há elementos probatórios sobre uma conduta criminosa. Sentimentos pessoais não entram em jogo. Tudo o que se fala em relação à conduta dessa pessoa tem se revelado verdadeiro na prática. Reduzir uma denúncia dessa gravidade a uma rusga do procurador-geral é quase risível.

Como o senhor vê essa tentativa de usar a CPI para desviar o foco do julgamento do mensalão?
É normal que quem está denunciado fique tenso às vésperas do julgamento. O julgamento no Supremo Tribunal Federal é uma decisão definitiva. Vivemos num país democrático, num estado de direito. O Supremo jamais faria um justiçamento, vai fazer um julgamento. Tem prova, tem condenação; não tem prova, não tem condenação.

O que o senhor achou da iniciativa de alguns parlamentares de tentar usar uma CPI para investigar a imprensa?
A imprensa não faz processo penal, a imprensa dá a notícia, dá a informação. Parece mais um meio de desviar a atenção do inquérito fundamental.

Os acusados tentam reduzir o caso a um crime eleitoral. É uma boa estratégia?
A referência que fazem é que a movimentação de dinheiro tinha origem em caixa dois de campanha. Do ponto de vista ético e jurídico, isso não altera nada. Quando há apropriação do dinheiro público, não é a sua finalidade que vai descaracterizar o crime. No processo do mensalão, temos imputação de crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva, ativa, peculato, evasão de divisas, quadrilha, falsidade ideológica. Crimes assumidamente confessados. Eles não podem deixar de admitir.

O governo passado indicou a maioria dos ministros que, agora, vão julgar muitos de seus aliados. Isso pode influir de alguma maneira no resultado?
Uma pessoa, quando aceita ocupar o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, sabe das responsabilidades que tem e vai cumpri-las. Toda a sociedade espera um julgamento justo e correto. Que esse processo sirva para o amadurecimento da democracia.

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/tentativa-de-negar-a-existencia-do-mensalao-e-uma-afronta-a-democracia

Vingança mesquinha...


 
Homem é preso por vazar vídeo de sexo com a ex na Internet
Cuidado ao espalhar conteúdo na Internet: um galês de 39 anos foi preso depois de espalhar um vídeo, no qual a ex-namorada fazia sexo com ele, por e-mail e no Facebook, segundo matéria publicada no jornal inglês Daily Mail.
Para se vingar, o caminhoneiro Lee Ball postou no mural de amigos algumas imagens picantes da ex-namorada. Por nove meses ele a chantageou e a agrediu verbalmente. Por conta disso, foi condenado a dois anos de prisão.
O julgamento aconteceu na corte de Cardiff , País de Gales, e o caminhoneiro se declarou arrependido do crime. Segundo John Curran, juiz do caso, "foi um processo frio e calculista e a vingança causou muitos danos psicológicos para a moça". (vi no TechTudo, dica do @alvez)
http://br.noticias.yahoo.com/blogs/vi-na-internet/homem-%C3%A9-preso-por-vazar-v%C3%ADdeo-sexo-com-200332936.html

Ó dúvida cruel...


Será que ele está falando a verdade?
Tem muita gente tentando entender o que vai na cabeça do outro. Então, para estes de antemão respondo — impossível saber.
Podemos experimentar perguntar, analisar atitude e discurso, ficar atentos, presentes, prestar atenção, agora, saber mesmo, só se o outro quiser comentar.
E, por que tem que ser assim?
Somos humanos e como tal, imperfeitos. Erramos, por vezes mentimos, omitimos, usamos máscaras, fazemo-nos de felizes, compreensivos, manipulamos.
Nem sempre isso é proposital. Por vezes, é mesmo uma fuga. A forma como encontramos para nos defender.
E a única forma de não cair na armadilha da ilusão e do medo é abrindo o diálogo. Um diálogo aberto, franco, honesto, um diálogo de dois que deixam de lado a vaidade, o ego, a mentira.
Toda relação só pode ser revista, ou melhor, revisitada a partir do diálogo, da compreensão de um e outro.
Até porque é a partir daqui que a relação cresce.
Não dá para sair por aí almejando crescer, amadurecer etc, etc, se não soubermos para qual direção, qual sonho, qual visão vamos empreender. O que queremos, como queremos, o que esperamos da vida a dois.
Posto isso, fica aqui o convite. Ao invés de tentar a todo o tempo saber se o outro está falando a verdade, fique na sua verdade. Fique com a sua realidade. O outro, bem, este pode ou não falar o que pensa. Pode ou não entrar na relação. E, quanto a isso, só  há uma escolha a fazer.
Ficar ou partir.
Quando em um relacionamento não conseguimos atingir o básico — a troca, tudo se torna impossível. E, então, quando vivemos com a sensação de que o outro mente, tudo fica complexo demais. Tornamo-nos controladores.
Deixamos de viver nossa vida para controlar o outro. Deixamos de viver a relação para viver atrás do outro. Deixamos de viver o sonho para entrar no pesadelo.
Um relacionamento, com essa dinâmica, acaba com a intimidade, a confiança, o respeito, o aprendizado e, pior, destrói a autoestima.
Se esse é o seu caso, experimente mudar o status da relação, busque ajuda, terapia de casal, movimente-se. A outra saída?
Romper. Deixar passar. Abrir-se para outra oportunidade.
Há momentos em que precisamos escolher lidar com a perda. Melhor perder o outro do que perder-se.
Boa semana!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Só rindo...











Viva a sabedoria...


A Arte Poética
Da poesia e da imitação segundo os meios, o objeto e o modo de imitação
1)Nosso propósito é abordar a produção poética em si mesma e em seus diversos gêneros, dizer qual a função de cada um deles, e como se deve construir a fábula visando a conquista do belo poético; qual o número e natureza de suas (da fábula) diversas partes, e também abordar os demais assuntos relativos a
esta produção. Seguindo a ordem natural, começaremos pelos pontos mais importantes.
2. A epopeia e a poesia trágica, assim como a comédia, a poesia ditirâmbica, a maior parte da aulética e da citarística, consideradas em geral, todas se enquadram nas artes de imitação.
3. Contudo há entre estes gêneros três diferenças: seus meios não são os mesmos, nem os objetos que imitam, nem a maneira de os imitar.
4. Assim como alguns fazem imitações em modelo de cores e atitudes ?uns com arte, outros levados pela rotina, outros com a voz ?, assim também, nas artes acima indicadas, a imitação é produzida por meio do ritmo, da linguagem e da harmonia, empregados separadamente ou em conjunto.
5. Apenas a aulética e a citarística utilizam a harmonia e o ritmo, mas também o fazem algumas artes análogas em seu modo de expressão; por exemplo, o uso da flauta de Pã.
6. A imitação pela dança, sem o concurso da harmonia, tem base no ritmo; com efeito, é por atitudes
rítmicas que o dançarino exprime os caracteres, as paixões, as ações.
7. A epopeia serve-se da palavra simples e nua dos versos, quer mesclando metros diferentes, quer atendo-se a um só tipo, como tem feito até ao presente.
8. Carecemos de uma denominação comum para classificar em conjunto os mimos de Sófron e de Xenarco.
9. as imitações em trímetros, em versos elegíacos ou noutras espécies vizinhas de metro.
10. Sem estabelecer relação entre gênero de composição e metro empregado, não é possível chamar os autores de elegíacos, ou de épicos; para lhes atribuir o nome de poetas, neste caso temos de considerar não o assunto tratado, mas indistintamente o metro de que se servem.
11. Não se chama de poeta alguém que expôs em verso um assunto de medicina ou de física! Entretanto nada de comum existe entre Homero e Empédocles, salvo a presença do verso. Mais acertado é chamar poeta ao primeiro e, ao segundo, fisiólogo.
12. De igual modo, se acontece que um autor, empregando todos os metros, produz uma obra de imitação, como fez Querémon no Centauro, rapsódia em que entram todos os metros, convém que se lhe atribua o nome de poeta. É assim que se devem estabelecer as definições nestas matérias.
13. Há gêneros que utilizam todos os meios de expressão acima indicados, isto é, ritmo, canto, metro; assim procedem os autores de ditirambos, de nomos, de tragédias, de comédias; a diferença entre eles consiste no emprego destes meios em conjunto ou em separado.
14. Tais são as diferenças entre as artes que se propõem a imitação.
http://www.filosofia.com.br/trecho.php?pg=7

Devanear...


SONETOS DE SHAKESPEARE

SONETO 147
Meu amor arde como febre, ansiando ainda
O que por muito tempo causou-me mal-estar;
Alimentando o que me mantém doente,
Para satisfazer o apetite incerto e doentio.
Minha razão, o médico do meu amor,
Zangado por sua prescrição não ser seguida,
Abandonou-me e, eu, desesperado, agora sei
Que meu desejo é a morte que a ciência pôs de lado.
Não tenho mais cura, não tenho mais razão,
Enlouquecido em eterno desassossego;
Meus pensamentos e minhas palavras são de um louco,
À parte da verdade expressa em vão;
Pois te jurei ser autêntico, e acreditei-te iluminada,
Tu, que és negra como o inferno e escura como a noite.

Curioso...


Qual a origem da expressão "manga de camisa"?
A palavra manga vem do latim manica. Segundo o Dicionário Aurélio, ela era utilizada para designar a "manga de túnica". Manica deriva do latimmanus, que significa mão.

Qual a origem da expressão latina Vox populis vox Dei?
Traduzida para o português como "A voz do povo é a voz de Deus", esta expressão tem origem bastante antiga. Para se ter uma idéia, a primeira vez que o termo vox populi apareceu associado a vox Dei foi na Vulgata(tradução latina da Bíblia feita no século IV), em discurso de Isaías. Quanto à forma Vox populis vox Dei tem seus primeiros registros em uma obra medieval, de um autor chamado Alcuíno. Outros ditos expressando conceitos semelhantes já haviam sido registrados em alguns textos clássicos, de Hesídio, Ésquilo e Sêneca.

Qual a origem da palavra "puxa-saco"?
No livro A Casa da Mãe Joana, Reinaldo Pimenta conta que esta expressão surgiu a partir de uma gíria militar. "Puxa-sacos eram as ordenanças que, de modo submisso, carregavam os sacos de roupas dos oficiais em viagem", conta.

Qual a origem da palavra aluno?
A palavra aluno vem do latim, em que a letra a corresponde a ausente ousem e luno, que deriva da palavra lumni, significa luz. Portanto, aluno quer dizer sem luz, sem conhecimento.

Qual é a maior palavra da língua portuguesa?
A campeã que sempre foi anticonstitucionalissimamente perdeu seu posto. A palavra mais extensa hoje tem 46 letras: pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico. Ela descreve o estado das pessoas que sofrem de uma doença rara, provocada pela aspiração de cinzas vulcânicas.

Qual é a origem da expressão "macaco velho não põe a mão em cumbuca"?
Existe uma árvore chamada sapucaia que dá um fruto em forma de cumbuca. Quando amadurece, a cumbuca desprende pequenas castanhas. Os filhotes de macacos enfiam a mão na abertura da fruta e ficam presos. Eles só conseguem sair quando fecham a mão e abandonam o fruto.

Qual é a origem da expressão "neca de pitibiribas"?
O termo neca equivale a nada e vem do latim nec, que significa não. De acordo com o dicionário Houaiss, o termo pitibiriba (ou pitibiribas) é tipicamente brasileiro. Ele quer dizer nada ou coisa alguma.

Qual é a origem da expressão "nem que a vaca tussa"?
A frase completa é "nem que a vaca tussa e o boi espirre", e significa que algo não será feito nem que algo de extraordinário aconteça. Segundo o veterinário Zé de Oliveira Pinto, da Universidade Federal de Viçosa, o provérbio não tem fundo de verdade, já que uma vaca tossir e um boi espirrar não é algo tão difícil de acontecer. "Como os homens, os bovinos tossem toda a vez que a traquéia passa por algum processo irritativo. Isso acontece por várias razões, como a presença de secreções e de larvas de parasita ou a compressão do órgão". O mesmo vale para o espirro. "Se entendermos o espirro como uma descarga nasal, o boi espirra sempre que houver uma sobrecarga de suas vias". Mas, então, como surgiu a expressão? Zé de Oliveira acredita que ela se baseia no fato de que os homens espirram com muito mais freqüência que os bovinos. "Nossas vias nasais são menores e, por isso, tem mais chance de entupir. Além disso, estamos mais suscetíveis a pegar doenças respiratórias que os animais, principalmente durante o inverno".

Qual é a origem da expressão "quintos do inferno"?
Reinaldo Pimenta, na obra A Casa da Mãe Joana, conta que durante o século 18 os portugueses coletavam diversos impostos na colônia, entre eles, a quinta parte (20%) de todo ouro extraído. Depois da coleta, enviavam estes impostos - chamados de "quinto" - para Portugal. O povo da metrópole, que achava que o Brasil ficava no fim do mundo, dizia: "Lá vem a nau dos quintos do inferno".

Qual é a origem da expressão "santo do pau oco"?
Durante o século XVII, as esculturas de santos que vinham de Portugal eram feitas de madeira. A expressão surgiu porque muitas delas chegavam ao Brasil recheadas de dinheiro falso. No ciclo do ouro, os contrabandistas costumavam enganar a fiscalização recheando os santos ocos com ouro em pó. No auge da mineração, os impostos cobrados pelo rei de Portugal eram muito elevados. Para escapar do tributo, os donos de minas e os grandes senhores de terras da colônia colocavam parte de suas riquezas no interior de imagens ocas de santos. Algumas, normalmente as maiores, eram enviadas a parentes de outras províncias e até de Portugal como se fossem presentes. Outra versão vem de São Vibaldo, retratado sempre dentro de um tronco de madeira.

Mais uma etapa superada...