Será que ele está falando a verdade?
Tem
muita gente tentando entender o que vai na cabeça do outro. Então, para estes
de antemão respondo — impossível saber.
Podemos experimentar perguntar,
analisar atitude e discurso, ficar atentos, presentes, prestar atenção, agora,
saber mesmo, só se o outro quiser comentar.
E, por que tem que ser assim?
Somos humanos e como tal,
imperfeitos. Erramos, por vezes mentimos, omitimos, usamos máscaras, fazemo-nos
de felizes, compreensivos, manipulamos.
Nem sempre isso é proposital. Por
vezes, é mesmo uma fuga. A forma como encontramos para nos defender.
E a única forma de não cair na
armadilha da ilusão e do medo é abrindo o diálogo. Um diálogo aberto, franco,
honesto, um diálogo de dois que deixam de lado a vaidade, o ego, a mentira.
Toda relação só pode ser revista, ou
melhor, revisitada a partir do diálogo, da compreensão de um e outro.
Até porque é a partir daqui que a
relação cresce.
Não dá para sair por aí almejando
crescer, amadurecer etc, etc, se não soubermos para qual direção, qual sonho,
qual visão vamos empreender. O que queremos, como queremos, o que esperamos da
vida a dois.
Posto isso, fica aqui o convite. Ao
invés de tentar a todo o tempo saber se o outro está falando a verdade, fique
na sua verdade. Fique com a sua realidade. O outro, bem, este pode ou não falar
o que pensa. Pode ou não entrar na relação. E, quanto a isso, só há uma
escolha a fazer.
Ficar ou partir.
Quando em um relacionamento não
conseguimos atingir o básico — a troca, tudo se torna impossível. E, então,
quando vivemos com a sensação de que o outro mente, tudo fica complexo demais.
Tornamo-nos controladores.
Deixamos de viver nossa vida para
controlar o outro. Deixamos de viver a relação para viver atrás do outro.
Deixamos de viver o sonho para entrar no pesadelo.
Um relacionamento, com essa dinâmica,
acaba com a intimidade, a confiança, o respeito, o aprendizado e, pior, destrói
a autoestima.
Se esse é o seu caso, experimente
mudar o status da relação, busque ajuda, terapia de casal, movimente-se. A
outra saída?
Romper. Deixar passar. Abrir-se para
outra oportunidade.
Há momentos em que precisamos
escolher lidar com a perda. Melhor perder o outro do que perder-se.
Boa semana!
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