sexta-feira, 1 de junho de 2012

Maldição...


Brasil gasta R$ 21 bi com tratamento de doenças relacionadas ao tabaco

Levantamento da Aliança de Controle do Tabagismo se refere apenas a 2011 e resulta da análise de dados de 15 enfermidades, como doenças cardíacas e câncer de pulmão.

O Brasil gastou no ano passado R$ 21 bilhões no tratamento de pacientes com doenças relacionadas ao cigarro, revela estudo inédito financiado pela Aliança de Controle do Tabagismo (ACT). O valor equivale a 30% do orçamento do Ministério da Saúde em 2011 e é 3,5 vezes maior do que a Receita Federal arrecadou com produtos derivados ao tabaco no mesmo período.
Prejuízo. Gastos com doenças relacionadas ao fumo consomem 30% do orçamento da saúde
A divulgação foi feita na véspera do Dia Mundial sem Cigarro, criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O estudo demonstra ainda que o tabagismo é responsável por 13% das mortes no País. São 130 mil óbitos anuais (350 por dia). Os resultados são fruto da análise de dados de 15 doenças relacionadas ao cigarro. Quatro delas - cardíacas, pulmonar obstrutiva crônica, câncer de pulmão e acidente vascular cerebral - responderam por 83% dos gastos.
Os custos, segundo uma das coordenadoras do estudo, a economista da Fundação Oswaldo Cruz Márcia Teixeira Pinto, são referentes às despesas tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na saúde suplementar.
"Há tempos buscamos números que indiquem o impacto do tabagismo na economia do País", diz a diretora executiva da ACT, Paula Johns. Um dos argumentos da indústria do fumo para frear medidas de prevenção é a alta arrecadação de impostos, além da alta quantidade de empregos concentrada na atividade.
No debate mais recente, feito durante a discussão da resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para proibição de aditivos ao cigarro, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) apontou que em 2010 a indústria recolheu R$ 9,3 bilhões de tributos e gerou receita de R$ 4,1 bilhões. "Não concordamos com o número apresentado por eles de arrecadação. Mesmo assim, é mais do que a metade do gasto com doenças", afirma Paula.
Segundo ela, os números mostram que ainda há muito o que ser feito no combate ao tabagismo. Entre reivindicações está a regulamentação da lei que proíbe fumo em locais públicos fechados e a da proibição de propaganda nos locais de venda.
Em 2005, a pesquisadora Márcia Pinto já havia feito um estudo mostrando que os gastos com o tratamento de doenças eram de R$ 338 milhões. "A metodologia era diferente." Ela lembra que foram avaliados gastos apenas no setor público do Rio.
Paula diz que não se espantou com resultados. "A estimativa é de que a cada US$ 1 arrecadado com impostos de cigarro sejam gastos US$ 3 no tratamento."
Diferenças. Márcia, que conduziu o trabalho com André Riviere, do Instituto de Efectividad Clinica y Sanitaria, da Argentina, afirma que fumantes no Brasil vivem pelo menos cinco anos a menos do que os não fumantes. Mulheres dependentes do cigarro têm, em média, 4,5 anos a menos de vida do que as não fumantes e 1,32 a menos do que as ex-fumantes. Entre homens, a perda é de 5,03 anos em relação ao tempo médio de vida dos não fumantes e de 2,05 dos ex-fumantes.
Ao saber da pesquisa, Romeu Schneider, da Câmara Setorial do Tabaco, afirmou que os números não refletem a realidade. "Eles são campeões de chute. Durante 20 anos falaram que o cigarro causava 200 mil mortes. Não há como saber o que foi provocado pelo cigarro, o que foi causado por outras doenças."
ENTREVISTA: ‘Gasto é maior que ganho com tributos’
Alexandre Padilha, ministro da Saúde.
Qual é avaliação que o senhor faz do estudo?
Ele é um instrumento valioso para se mensurar o impacto dos custos do tabagismo no SUS. Ele mostra que, além das vidas perdidas, o tabagismo traz uma perda de recursos maior do que os tributos recolhidos com o setor. O trabalho reforça a importância das medidas regulatórias que adotamos.
A lei foi sancionada ano passado, mas precisa ser regulamentada. Há um prazo para que novas regras sejam publicadas?
Não há prazo definido, mas a meta é regulamentarmos o mais rápido possível. Vários ministérios estão sendo ouvidos, há uma tramitação interna, questões jurídicas analisadas. Mas ela é importante.
Que nova medida será feita para reduzir o tabagismo?
As medidas regulatórias são fundamentais, elas têm grande impacto, principalmente entre o público prioritário: jovens, população de mais baixa renda e mulheres. Já assistimos uma forte redução do número de fumantes, mas em menor velocidade entre essa população. E, entre jovens, queremos evitar a iniciação ao fumo. Além disso, vamos reforçar medidas para ajudar fumantes a parar de fumar, com distribuição de gomas e adesivos para reposição de nicotina.

O que poderia ser feito com R$ 21 bilhões?
Este ano o ministério gastará R$ 10 bilhões na compra de remédios em geral, para doenças como câncer. Os recursos gastos com cigarro são o dobro do investido em drogas.

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,brasil-gasta-r-21-bi-com-tratamento-de-doencas-relacionadas-ao-tabaco-,880230,0.htm

 

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Pensamentos...


F A R M Á C I A D E P E N S A M E N T O S
“As ideias são mais poderosas que os exércitos". 
Steve Paxton

Quinta-feira, 31 de maio de 2012
Anjo do dia: Gênios da Humanidade.
Dia da Visitação de Nossa Senhora à Isabel.
Dia da Aeromoça.
Dia do Enxadrista.
Dia Mundial do Combate ao Fumo (ONU).
Dia Mundial do Comissário de Bordo.
Dia Mundial dos Meios de Comunicação Social.

1911 Termina a construção do Transatlântico Titanic, o que teria sido construído à prova de naufrágio e que afunda em sua viagem inaugural.
1962 Adolf Eichmann, criminoso de guerra nazista é executado em Israel.
1995 STJ concede a Paulinho Andrade o direito de responder em liberdade ao processo por formação de quadrilha no jogo do bicho, no Rio de Janeiro.
2007 Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, pilotos norte-americanos do jato Legacy que se chocou com o Boeing 737-800 da companhia brasileira Gol, são indiciados pela justiça brasileira como responsáveis pelo acidente.
2007 Morre de mais um prisioneiro na base de Guantânamo, território norte-americano em Cuba, onde existem mais de 380 detentos desde janeiro de 2002, sem acusação formal, suspeitos de terrorismo.

1930 Nascimento: Clint Eastwood, ator e diretor de cinema, norte-americano.
1985 Nascimento: Gustavo Tsuboi, atleta da Seleção Brasileira de tênis de mesa.

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Só rindo...























Viva a sabedoria...


A TENTATIVA DE CÍLON

Qualquer que seja sua origem, o fato é que essa família pertencia ao grupo dos eupátridas, "nobres" que partilhavam as funções que garantiam a direção dos negócios da cidade, e cuja linha de frente era formada pelo arcontado. No relato que compõe a primeira parte da Constituição de Atenas, o autor, Aristóteles ou um de seus discípulos, conta que o arcontado derivara da divisão do poder real primitivo para se tornar uma magistratura, a princípio, vitalícia, depois, concedida por dez anos, tornando-se, finalmente, anual. Assim, a cada ano designavam-se três arcontes*: o rei, encarregado principalmente dos assuntos religiosos, o polemarco*, comandante supremo do exército, e o arconte epônimo, que dava seu nome ao ano e presidia o Conselho do Areópago*, formado de ex-arcontes. Aos três arcontes dos primeiros tempos acrescentaram-se, posteriormente, seis tesmotetas*, guardiões das thesmoi, as regras comuns.

Foi como arconte que o primeiro alcmeônida conhecido historicamente, Mégacles, veio a desempenhar um papel importante. O período de seu arcontado situa-se no último terço do século VII, sem que se possa precisar melhor (636/635; 632/631; 628/627; 624/623?). Como muitas cidades gregas, Atenas passava então por uma crise que se relacionava, pelo menos do que se depreende dos relatos posteriores, com o fenômeno do monopólio das melhores terras e, no caso de Atenas, o endividamento de uma parte do campesinato. Como aconteceu em determinadas cidades, aqueles que buscavam tomar o poder procuraram tirar vantagem dessa crise. Daí o desenvolvimento da tirania no curso do século VI.3 Mencionou-se a dos Ortagóridas de Sicione. Poder-se-iam citar também os Cipsélidas de Corinto ou ainda um certo Teágenes de Mégara. Foi justamente com o apoio desse Teágenes, de quem era genro, que Cílon, que fora o vencedor em Olímpia e gozava de grande prestígio em função dessa vitória, tentou assenhorear-se de Atenas, apoderando-se da Acrópole. Heródoto (V, 71) fala somente de tentativa, mas o relato de Tucídides, muito mais completo, dá a entender que Cílon não apenas se apoderou da Acrópole, mas também resistiu a um longo cerco. Os atenienses, convocados pelo arconte, vieram em massa dos campos para tentar desalojá-los, ele e seus sequazes.

Com o passar do tempo, os atenienses ficaram cansados do sítio e muitos deles foram embora, passando a guarda aos nove arcontes, aos quais deram também plenos poderes para resolver o caso como melhor lhes parecesse [naquele tempo, com efeito, os nove arcontes tinham em suas mãos a maior parte da administração pública]. Cílon e seus homens, sitiados como estavam, encontravam-se numa situação difícil, porque lhes faltavam água e víveres. Cílon e seu irmão conseguiram escapar. Os outros, porém, desesperados, alguns até morrendo de fome, instalaram-se como suplicantes no altar da Acrópole. Os atenienses encarregados da guarda do templo, vendo que eles morriam no santuário, obrigaram-nos a sair: tiraram-nos de lá com a promessa de não lhes fazer mal, depois os mataram; no trajeto, houve alguns que se puseram ao lado das Deusas Veneráveis e foram executados. Por aquele ato, tanto os encarregados da guarda quanto os seus descendentes foram declarados malditos e pecadores contra a deusa (I, 126, 8-11).

O relato de Tucídides, da mesma forma que o de Heródoto, não faz referência nominal aos Alcmeônidas. Mas tanto um quanto outro, considerados em seu contexto, não deixam margem a nenhuma dúvida. Heródoto situa o seu logo depois de expor as reformas de Clístenes e a petição, formulada pelo rei espartano Cleômenes, chamado por Iságoras, para que os "impuros" fossem expulsos de Atenas (V, 70). Quanto a Tucídides, ele explica, no relato da tentativa de Cílon, a exigência dos lacedemônios, às vésperas da eclosão da guerra do Peloponeso, de que os atenienses "afastem a desonra cometida contra a Deusa", aqueles lacedemônios que "sabiam que Péricles, filho de Xantipo, estava implicado na maldição pelo lado materno" (I, 127, 1). Somente Plutarco, em sua Vida de Sólon (XII, 1), cita o arconte Mégacles como sendo, junto com os outros arcontes, responsável pelo sacrilégio cometido contra os sequazes de Cílon. Mas, nessa mesma Vida de Sólon (XII, 1), Plutarco, baseando-se nos arquivos do santuário de Delfos, lembra que o estratego que comandava o contingente ateniense quando da primeira guerra sagrada era Alcmêon. A primeira guerra sagrada para defender o santuário de Delfos teria ocorrido no começo do século VI, e esse Alcmêon seria o filho de Mégacles. O que nos permite supor que o exílio dos "sacrílegos" foi relativamente breve. No entanto, esse mesmo Alcmêon também iria inaugurar uma política de aliança com Delfos, que não deixaria de ter consequências para os Alcmeônidas.

Piada...


NO PLANTÃO MÉDICO

O sujeito vai ao hospital, caindo de bêbado. Durante a consulta, vêm as perguntas de praxe:
-Nome?
-Juvenal dos Santos!
-Idade?
-32 anos.
-O senhor bebe?
-Vou aceitar um gole, mas só pra te acompanhar!

Curioso...


A tragédia do Titanic completa 100 anos hoje, dia 14 de abril. Hollywood usou a história do naufrágio para o cinema em três diferentes versões. Todas elas contribuíram para o desenvolvimento de um fascínio pelo transatlântico, ajudando a consagrar mitos e romantismos. Tem muita gente que pensa que o Titanic é uma fantasia inventada pelo cinema. O assunto foi pauta na rede social Twitter esta semana, que revelou muitos usuários surpresos com a constatação de que a tragédia foi real:
site da BBC publicou na semana passada uma excelente reportagem derrubando alguns dos mitos envolvendo o Titanic. Confira-os aqui no Blog do Curioso:
Mito 1: O navio “inafundável”
No mais recente (e mais famoso) filme de Titanic (1997), os personagens não cansam de repetir: “Todo mundo está dizendo por aí que este navio é inafundável”. Mito! AWhite Star Line, fabricante do Titanic, nunca usou esse argumento em sua propaganda. A viagem do Titanic não era nem divulgada na mídia antes da tragédia. O transatlântico Olympic, que fez a mesma rota Southampton (Inglaterra)–Nova York (Estados Unidos) um ano antes do Titanic, ainda era o centro das atenções das elites. Algumas notícias sobre a tragédia do Titanic foram inclusive ilustradas com fotos do Olympic, dada a pouca importância dirigida ao navio pela imprensa mundial.
Mito 2: A última música tocada pela orquestra
Todos os filmes que contam a história do Titanic mostram a orquestra do navio tocando uma canção enquanto o navio afunda. No cinema, os músicos são mostrados como heróis, que escolhem deixar de lado a salvação para acalmar os passageiros ao som de “Nearer, My God, To Thee”. As cenas não são infundadas: o jornal Daily Mail publicou na primeira capa de sua edição de 20 de abril: “Músicos heróis do navio Titanic tocam ‘Nearer, My God, To Thee’ enquanto o transatlântico afunda”. Testemunhas, no entanto, não confirmam ter sido esta a música tema do naufrágio. Segundo sobreviventes, os músicos tocaram canções ao estilo ragtime, gênero norte-americano muito popular nas primeiras décadas do século XX.
Mito 3: A morte do capitão Smith
O capitão Smith é historicamente retratado como um herói, apesar de haver indícios de displicência da parte dele quanto aos alertas de icebergs. Foi também ele quem permitiu que botes salva-vidas partissem com lugares vagos (o primeiro bote, com capacidade de comportar 65 pessoas, saiu com apenas 27). Além disso, o capitão não emitiu um sinal de alerta para os passageiros, fazendo com que muitos deles demorassem a perceber que o navio estava afundando. A imagem de herói, construída pela mídia logo depois do desastre, foi reforçada pelo cinema. Na última versão de “Titanic” (1997), a cena da morte do capitão Smith é grandiosa, digna da sustentação de um mito.
Mito 4: O empresário vilão
Presidente da companhia que construiu o Titanic, J. Bruce Ismay é retratado no cinema como um covarde que toma o lugar de mulheres e criancinhas no bote salva-vidas. Ele também é visto como o responsável por convencer o capitão a acelerar o navio (uma das causas do acidente). Testemunhas da cena, porém, afirmam que o empresário ajudou a salvar muita gente antes de garantir seu lugar nos botes. A degradação imagem de Ismay é, na verdade, fruto de uma rixa entre ele e William Randolph Hearst, magnata da imprensa norte-americana na época. Hearst distorceu as informações e conseguiu o que queria: até hoje, existe o mito da covardia de Ismay.
Mito 5: Os passageiros da 3ª classe
O Titanic de James Cameron mostra passageiros da 3ª classe do navio sendo impedidos de sair de seus andares para tentar se salvar. No entanto, não há evidência histórica que comprove isso. O que aconteceu foi que não havia botes salva-vidas disponíveis no deck da 3ª classe. Por isso, enquanto os passageiros da 1ª e 2ª classes estavam próximos aos botes, os da 3ª tinham de fazer um longo percurso, que incluía corredores, escadas e grandes saguões, para tentar um lugar nos botes. Não há como negar, no entanto, que a classe fez diferença no saldo de sobreviventes do Titanic: 62% dos passageiros da 1ª classe conseguiram se salvar, contra apenas 25% da 3ª classe.

Devanear...


7a SOMBRA – DULCE – CASTRO ALVES

Se houvesse ainda talismã bendito
Que desse ao pântano - a corrente pura,
Musgo - ao rochedo, festa - à sepultura,
Das águias negras - harmonia ao grito...,

Se alguém pudesse ao infeliz precito
Dar lugar no banquete da ventura...
E tocar-lhe o velar da insônia escura
No poema dos beijos - infinito...,

Certo. . . serias tu, donzela casta,
Quem me tomasse em meio do Calvário
A cruz de angústias que o meu ser arrasta!
Mas, se tudo recusa-me o fadário,
Na hora de expirar, ó Dulce, basta
Morrer beijando a cruz de teu rosário!...
http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=917

Mais uma etapa superada...