O que era Rosebud?
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Esta é a dúvida que acompanha todo
o enredo de "Cidadão Kane", a obra-prima cinematográfica do diretor
Orson Welles. Mas a revelação só ocorre nos momentos finais do filme quando,
em seu derradeiro suspiro, o personagem Charles Foster Kane relembra dos bons
tempos em que brincava na neve com seu trenozinho vermelho, carinhosamente
batizado de "Rosebud". Detalhe de alcova: o termo traduzido
significa botão de rosa e era o "apelido" pelo qual William
Randolph Hearst chamava o clitóris de sua amante, a atriz Marion Davies. Para
quem não sabe, a história de Kane é inspirada na vida de Hearst, grande
magnata da imprensa nos anos 40.
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Por que o cinema é conhecido como a
sétima arte e quais são as outras seis?
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Na Antigüidade, os gregos e romanos
classificavam como arte a pintura, a escultura, a oratória, o teatro, a
poesia, a música e a dança. Mas foi no século XVIII que as manifestações
criativas foram estudadas e classificadas em dois grupos: as belas artes e as
belas letras. As belas artes eram seis: arquitetura, escultura, pintura,
gravura, música e coreografia. Das belas letras faziam parte a gramática, a
eloqüência, a poesia e a literatura. Quando o cinema surgiu, em 1895,
inventado pelos irmãos Lumière, foi classificado como arte e ganhou o rótulo
de "sétima arte".
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Por que o Dia do Cinema Brasileiro é
comemorado em 19 de junho?
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Porque no dia 19 de junho de 1898,
retornando de uma viagem à França, o cinegrafista Afonso Segreto registrou as
primeiras cenas em movimento em terras brasileiras. Ele filmou a entrada da
baía da Guanabara.
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Por que o prêmio recebeu o nome de
Oscar?
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Até 1931, o troféu, era chamado
apenas de estatueta. Nesse ano, conta a lenda, a bibliotecária da Academia,
Margaret Herrick, ao observar a estatueta em cima da mesa de um dos diretores
da Academia, comentou: "Nossa, parece meu tio Oscar". Ela se
referia a Oscar Pierce, um fazendeiro do Texas. O crítico de cinema Sidney
Skolsky ouviu a brincadeira e a publicou. O nome pegou. O Troféu
imprensa, cópia fiel do Oscar, foi criado em 1958 para premiar os melhores da
TV Brasileira.
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Qual o ator mais fichado da história
de Hollywood?
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De acordo com o livro Famous Mugs: Arresting Photos and Felonious Facts for Hundreds
of Stars Behind Bars (Cader Books), o grande campeão é o rei
do soul James Brown. Ele foi preso oito vezes e condenado em três ocasiões,
que fizeram com que ficasse pelo menos cinco anos e quatro dias vendo o sol
nascer quadrado.
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Qual o primeiro filme de terror que
se tem registro?
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Como se já não bastasse ter criado
a lâmpada, a locomotiva elétrica, o microfone, o fonógrafo e o próprio
projetor de cinema, o norte-americano Thomas Edison (1847-1931) também tem o
filme de terror em seu rol de invenções: é Frankenstein, produzido por ele em
1910. Rodado em preto-e-branco, mudo e com 16 minutos de duração, o filme era
baseado na obra de Mary Shelley, que conta a história de um cientista que
reúne retalhos de corpos de defuntos para criar um monstro. Mas a novidade
não agradou e muitas salas se recusaram a exibi-lo, tanto que acabou caindo
no esquecimento. "Frankenstein pode ter sido o primeiro
cronologicamente, mas o primeiro filme de terror que realmente estabeleceu
uma fórmula para o gênero foi O Gabinete do Doutor Caligari, de 1919.",
afirma Máximo Barro, professor de história do cinema da Fundação Armando
Álvares Penteado, de São Paulo, "A obra marcou o início do
expressionismo alemão e deu o tom com seus efeitos de luz, cenografia e
estilo de interpretação".
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Quando e por que o leão foi adotado
como mascote da MGM?
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Na verdade, "Léo o leão",
como é conhecido, apareceu antes mesmo da fundação da Metro-Goldwyn-Mayer. O
logotipo com Léo foi criado em 1916 por Howard Dietz, executivo de propaganda
da Goldwyn Pictures Corporation, e foi inspirado no grito de guerra da
Universidade de Columbia, intitulado Roar, Lion, Roar ("Ruja, Leão,
Ruja"). Em 1924, a Goldwyn se juntou à Metro e à Louis B. Mayer e o leão
logo se tornou o símbolo do novo estúdio. No entanto, o público dos cinemas
só pôde ouvi-lo rugir pela primeira vez em 1928, quando o som passou a ser
reproduzido por um fonógrafo. O primeiro leão a "interpretar" Léo
foi Slats ("tabuinha") e ele aprendeu a girar a cabeça e rugir na
hora certa com Volney Phifer, um famoso treinador de animais em Hollywood. Na
época, o leão excursionava pelos Estados Unidos para promover o estúdio e,
como um bom felino, sobreviveu a dois acidentes de trem, uma enchente no rio
Mississippi, um terremoto na Califórnia, um incêndio e um acidente de avião. Slats
morreu em 1936 e, mais tarde, foi substituído por Jackie, Tanner e Jackie II.
No logo da MGM, pode-se ver um círculo ao redor de Léo com inscrições em
latim. É o lema do estúdio: Ars Gratia Artis, que quer dizer "Arte pela
Arte".
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Quem é a mulher do logo da Columbia
Pictures?
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A "Dama da Columbia"
apareceu pela primeira vez em 1924, 4 anos após a fundação do estúdio. Muitas
atrizes disseram ter inspirado a imagem original da deusa da liberdade, mas,
de acordo com o estúdio, ela não retrata nenhuma mulher em especial. Em 2001,
por exemplo, Jane Bartholomew, que era figurante no estúdio na década de
1930, declarou a um jornal de Chicago que teria sido a musa para uma das
versões da Dama na época, enquanto que, na biografia de Bette Davis, a diva
do cinema afirma que ela seria Claudia Dell, uma atriz dos anos 30 e 40. Há
boatos também de que a Dama seria a atriz Amelia Bacheler, que teria recebido
apenas 25 dólares para posar para o estúdio, em 1936. Em sua primeira versão,
a "Dama da Columbia" tinha um penteado à la Cleópatra e trazia nos
braços uma bandeira dos Estados Unidos - o símbolo só foi substituído por um
manto simples em 1949. A imagem atual foi redesenhada pelo ilustrador Michael
J. Deas em 1993 e baseada em uma dona de casa da Louisianna, Jenny Joseph,
que posou para Deas usando um roupão e segurando uma tocha. No entanto, em
vez de usar o rosto de Jenny, o artista criou novas feições para a Dama no
computador.
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Como é feita a dublagem de um filme?
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O primeiro passo é projetar a
versão original em uma tela para que os dubladores saibam as partes que irão
falar. Após a leitura da tradução do texto, o filme pára no ponto exato para
que o dublador ouça a fala do ator, prestando atenção na entonação e ritmo
que ela tem. A seguir vem a parte mais difícil: encaixar as falas traduzidas
no movimento da boca do personagem, sem ultrapassar o tempo certo em que ela
se move. Quando tudo fica bem sincronizado, a dublagem é gravada sobre voz
dos atores, mantendo a trilha sonora e o som originais do filme.
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sexta-feira, 1 de junho de 2012
Curioso...
Devanear...
8a SOMBRA - ÚLTIMO FANTASMA – CASTRO ALVES
Quem és tu, quem és tu, vulto gracioso,
Que te elevas da noite na orvalhada?
Tens a face nas sombras mergulhada...
Sobre as névoas te libras vaporoso ...
Baixas do céu num vôo harmonioso!...
Quem és tu, bela e branca desposada?
Da laranjeira em flor a flor nevada
Cerca-te a fronte, ó ser misterioso! ...
Onde nos vimos nós? És doutra esfera ?
És o ser que eu busquei do sul ao norte. . .
Por quem meu peito em sonhos desespera?
Quem és tu? Quem és tu? - És minha sorte!
És talvez o ideal que est'alma espera!
És a glória talvez! Talvez a morte!
http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=918Quem és tu, quem és tu, vulto gracioso,
Que te elevas da noite na orvalhada?
Tens a face nas sombras mergulhada...
Sobre as névoas te libras vaporoso ...
Baixas do céu num vôo harmonioso!...
Quem és tu, bela e branca desposada?
Da laranjeira em flor a flor nevada
Cerca-te a fronte, ó ser misterioso! ...
Onde nos vimos nós? És doutra esfera ?
És o ser que eu busquei do sul ao norte. . .
Por quem meu peito em sonhos desespera?
Quem és tu? Quem és tu? - És minha sorte!
És talvez o ideal que est'alma espera!
És a glória talvez! Talvez a morte!
Pensamentos...
F A R M Á C I A D E P E N S A
M E N T O S
“Se
a cama falasse diria: Pô, como esse pessoal
conta vantagem!” Millôr Fernandes, escritor, RJ,
1924
Sexta-feira, 1 de junho de 2012
Anjo do dia: Vehuaiah.
Dia de São Justino, padroeiro dos Filósofos.
Dia de Caxias.
Dia Nacional da Prevenção de Incêndios Florestais.
1951 EUA dão início ao desenvolvimento de
técnicas dos efeitos de privação sensorial,
chefiada pelo psiquiatra Ewan Cameron, que visava ‘esvaziar’ o cérebro de suas
cobaias, para depois os
‘reconsuir’, também conhecido como ‘lavagem cerebral’.
1964
Lançamento da revista Pif-Paf, por Millôr
Fernandes, de curta vida devido à ditadura.
1967 Beatles revolucionam o rock com o album
Sgt. Pepper's Lonely Heart Club Band.
1983 Criação do Conselho Nacional do Meio Ambiente.
2005 Fechado o orfanato “Strawberry Fields
Forever”, em Liverpool (ING), após 69 anos de funcionamento, que inspirou a
letra da música de John Lennon em 1967.
1922 Nascimento: Abigail Izquierdo Ferreira, a
Bibi Ferreira, atriz e cantora.
1926 Nascimento: Norma Jean Baker, a Marilyn
Monroe, atriz norte-americana.
www.farmaciadepensamentos.com
Democracia?
Democracia e hegemonia petista
Nos anos 1970, Norberto Bobbio,
filósofo de fina estirpe liberal-socialista, lançou um contundente repto ao
velho Partido Comunista Italiano (PCI). Segundo Bobbio, com toda a sua
sofisticação enraizada na matriz gramsciana e no conhecimento por ela
proporcionado do problema nacional italiano, derivado de uma reunificação
tardia e "passiva", nem sequer o PCI escapava da tradição estreita da
Internacional Comunista, para a qual o objetivo central da tomada do poder
levava a privilegiar o partido revolucionário e a desconhecer as mediações
institucionais modernas, como, entre outras, o Estado Democrático.
Prevalecia, no dizer de Bobbio, uma
visão instrumental do Estado e, mais em geral, das formas do processo político,
o que requeria dos intelectuais comunistas uma explícita reelaboração dos temas
da sua tradição. O repto de Bobbio não era pouca coisa nem estava endereçado a
um partido intelectualmente tosco. Ao contrário, gente como Pietro Ingrao,
Giuseppe Vacca, Umberto Cerroni, Cesare Luporini e outros participaram
ativamente daquele debate que versava, em última instância, sobre as relações
entre marxismo e Estado ou, mais precisamente, as possibilidades de mudança
social num país que já não estava na periferia do capitalismo.
O mundo girou, e quase meio século
nos separa irreparavelmente daquelas discussões. A Itália e a Europa
assistiram, se não à demolição, pelo menos a um forte questionamento das
próprias estruturas da social-democracia, que, segundo o PCI dos anos 1970,
mereciam ser oxigenadas por novos movimentos de "socialização da
política" na direção de um equilíbrio mais avançado. O problema da época -
que parecia ser a "transição para o socialismo" em países de ponta -
desapareceria por muitos anos diante da ofensiva das forças e das ideologias de
mercado, que, essas, sim, por bem ou por mal, dariam à sua maneira uma resposta
às dificuldades de financiamento do Estado de bem-estar social erguido no
segundo pós-guerra.
Nem por isso se pode dizer que
aquelas preocupações suscitadas por Bobbio estejam definitivamente arquivadas
num baú de ossos. Ao contrário, os fortes abalos que têm varrido o mundo da
globalização neoliberal repuseram ou confirmaram a esquerda no poder, inclusive
no Brasil. Houve quem considerasse, nos últimos anos, que o "trem da
História", se ainda valer a velha imagem determinista, se tivesse reposto
em movimento a partir da América Latina. No Brasil, repito, um potente partido
de esquerda, ainda que alheio em boa parte ao xadrez político que poria fim ao
regime autoritário - basta lembrar a abstenção no colégio eleitoral de 1984 ou
o voto contrário ao Texto Constitucional de 1988 -, se beneficiaria como nenhum
outro agrupamento do novo tempo democrático, conseguindo contínua expansão das
suas bancadas legislativas e pelo menos três mandatos presidenciais sucessivos,
diante de uma oposição que não dá sinais consistentes de renovação e
vitalidade.
Inevitável que se reatualize, na
circunstância de hoje, o discurso sobre esquerda, ou esquerdas, e instituições.
Ou sobre a esquerda no poder e outras figuras assumidas pela esquerda no
passado, como o velho PCB. Ter-se-ia o PT afastado da virulência dos anos de
origem, quando liquidava o passado do movimento operário sob o fogo cerrado da
teoria do "populismo" e apregoava a ideia de um partido classista,
puro e duro, que iria refundar o País longe da contaminação causada pelos partidos
burgueses ou "reformistas" de um modo geral? Sua atual política de
alianças - que em muitos casos abrange agrupamentos efetivamente conservadores
e não raro, como no episódio do mensalão, parece confundir-se com interferência
indevida na economia interna de partidos aliados e do próprio Parlamento -
significaria algum tipo de retomada do aliancismo programaticamente adotado
pelos comunistas do PCB a partir da crise do stalinismo, ainda antes do golpe
de 1964?
São perguntas que até o momento
recebem respostas empíricas, quando muito. Nenhuma elaboração intelectual
coerente parece fundamentar o novo rumo, a não ser que consideremos como tal um
certo apelo ultrapragmático à "governabilidade", que justificaria a
cooptação de aliados com os quais seria difícil ou impossível negociar os
termos de um verdadeiro alinhamento mudancista.
Nenhuma dúvida de que um grupo pode
redefinir seu sistema de alianças, seus objetivos táticos ou estratégicos e até
suas orientações de valor. Mas é inegável que, sem uma justificação adequada,
não se entende por que motivo um político como Ulysses Guimarães teve acesso
vetado ao primeiro palanque presidencial de Lula e, agora, se estabelece como
que um "pacto de ferro" com o PMDB - na verdade, um pacto de baixa
densidade programática. E isso justamente no momento em que esse partido, tendo
visto materializar-se o seu programa fundamental a partir da redemocratização,
se vê carente de ideias e de um grupo dirigente de âmbito nacional, como aquele
outrora reagrupado em torno do próprio Ulysses, de Tancredo Neves e tantos
outros.
Não obstante a hegemonia petista
neste último período, só os ideologicamente transtornados poderiam confundi-la
com a antiga questão da "transição para o socialismo". Não seria
necessariamente razão para desilusão: em diferentes conjunturas, partidos de
origem operária conduziram processos de expansão capitalista, encarregando-se,
em troca, de trazer para a arena pública, com todos os títulos de legitimidade,
os setores subalternos. Em cada caso, o que definiu o caráter inovador ou
frustrado de tais experiências foi a relação com as instituições democráticas:
também entre nós, essa relação será capaz de determinar, por décadas, a
qualidade da nossa democracia política, bem como as possibilidades de crescente
e continuada inclusão social.
Cota diária de racismo...
Estudante de
direito chama guarda de macaco e é preso por racismo, no ES
Ele
corria com cão na areia da praia quando foi abordado por guarda- vidas.
'Eu sorri, porque jamais faria isso a uma pessoa', disse o estudante.
Um estudante de
direito, de 30 anos, foi preso por racismo, desacato, desobediência e
resistência à prisão, de acordo com a polícia, nesta quarta-feira (30), em Vila Velha, região da
Grande Vitória. Ele passeava com um cachorro na praia, o que não é permitido, e
foi abordado por guarda-vidas. A polícia disse que o estudante chamou um dos
guardas de macaco por não aceitar a intervenção. Leonardo Márcio Mônico
garantiu que não teve comportamento racista, pagou fiança de R$ 5 mil e foi
liberado.
O jovem estava
correndo com um cachorro na areia da praia de Itapoã, quando foi abordado por
guarda-vidas. No momento da abordagem, houve uma discussão e, segundo a
polícia, o estudante chamou um dos guardas de macaco. "Havia um grupo de
guarda-vidas em treinamento no local e ofendidos resolveram fazer um boletim de
ocorrência. Em seguida, o homem foi encaminhado ao Centro Integrado de Defesa
Social para acionar a polícia", explicou secretário de Defesa Social de
Vila Velha, Ledir Porto.
Leonardo Mônico
afirmou que não foi racista. "Eles chegaram para mim e disseram: 'você me
acusou de ser macaco'. Eu sorri, porque jamais faria isso a uma pessoa",
argumentou o estudante.
De acordo com o
delegado Robson Martins, no momento em que o rapaz estava sendo levado para o
Departamento de Polícia Judiciária (DPJ), ele foi resistente a prisão e agrediu
os policiais.
"Tanto que
ele não respondeu só por injúria racial. Eu também o qualifiquei em
desobediência, em desacato e em resistência a prisão", afirmou o delegado.
A mãe do jovem
ficou revoltada com a situação e reclamou. Segunda ela, o filho sofre de
problemas mentais. A doença foi descoberta há um ano e devido ao problema,
Mônico abandonou a faculdade que fazia na Europa. "Eu só sei que fui para
cima deles para defender meu filho, que ficou muito agitado. Ele toma remédios,
tem problemas de esquizofrenia e já foi internado duas vezes. Ele trancou a
faculdade por causa da doença, pois estava com a mente muito perturbada na
Alemanha e voltou para ficar perto da família", explicou a enfermeira
Rosilda Stippich.
http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2012/05/estudante-de-direito-chama-guarda-de-macaco-e-e-preso-por-racismo-no-es.htmlFarpas ao ar...
Para o bem do Supremo
Até a divulgação do que teria sido a conversa entre o
ex-presidente Lula e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal
(STF), intermediada pelo seu ex-colega Nelson Jobim, havia só uma - e crucial -
razão para desejar que finalmente começasse o julgamento dos envolvidos no
escândalo do mensalão. Nada menos que cinco anos se passaram desde que a Corte
acolheu a denúncia do então procurador-geral da República, Antonio Fernando de
Souza, contra os cabeças, os operadores e beneficiários da compra do apoio de
deputados ao governo Lula - e o risco de prescrição das penas a que viessem a
ser condenados os 36 réus do processo evidentemente aumenta na razão direta da
passagem do tempo. Sem falar que este ano se aposentam dois membros do Supremo
e a escolha de seus substitutos pela presidente Dilma Rousseff se daria à
sombra das especulações sobre os seus votos na hora do veredicto sobre os
mensaleiros.
No entanto, desde o último fim de semana, quando Mendes apareceu
na revista Veja acusando Lula de pressioná-lo no citado encontro para adiar o
julgamento e de indicar que, em troca, impediria que a CPI do Cachoeira
respingasse nele, pelo que seriam as suas relações com o senador Demóstenes
Torres, parceiro do contraventor, dois outros motivos vieram a se agregar ao
imperativo inicial de se levar o processo ao seu desfecho, com a presteza
possível. O primeiro é óbvio: se o STF deixar de incluir o mensalão na sua
agenda para os próximos meses, ainda que seja por alguma razão absolutamente
legítima em matéria de procedimentos, será impossível remover da opinião
pública a impressão desabonadora de que a Corte se curvou aos desejos do
ex-presidente, tão cruamente manifestados, de acordo com o que saiu na revista.
O segundo motivo para o Supremo Tribunal apressar os trâmites do caso - sem
prejuízo do devido processo legal - também se relaciona com a preservação de
sua integridade.
Com efeito, o STF não ficou imune à (tardia) iniciativa de
Mendes de trazer a público o que teriam sido "as insinuações
despropositadas" de Lula, nem ao torvelinho político levantado por suas
afirmações, nem, principalmente, à destemperada entrevista convocada pelo
magistrado, anteontem, numa dependência do tribunal. Tanto faz se as
instituições fazem os homens ou se estes fazem as instituições, como os
pensadores do poder discutem há uma eternidade. O fato é que, já não bastasse
um ex-titular da Corte (e ex-colaborador de Lula) produzir relatos
desencontrados sobre o que se passou no seu escritório e sobre por que se
dispôs a abri-lo aos seus especiais convidados naqueles idos de abril; não
bastasse o ministro do STF ter permanecido ali depois de ouvir as enormidades
que diz ter ouvido; não bastasse Lula sugerir agora que ele mentiu, eis que,
envergando a toga, Mendes o acusou de ser o irradiador de boatos construídos
por "gângsteres, chantagistas, bandidos" para "melar" o
julgamento do mensalão.
Uma nota austera e cabal teria sido - para o ministro e para o
tribunal que integra - a melhor resposta aos rumores de que as suas relações
com o senador à beira da cassação seriam impróprias, além de tangenciar o
bicheiro unha e carne do político goiano. Anexados ao texto os comprovantes
divulgados na entrevista de que ele não foi nem voltou de Berlim nas asas de
Cachoeira, quando ali esteve em companhia de Demóstenes - a questão que Lula
teria sacado para acuá-lo -, e o assunto morreria. Em vez disso, excedendo-se,
fez um comentário que muitos podem considerar constrangedor para a mais alta
instância do Judiciário. Falando dos dois voos que fez no País com um colega e
uma juíza do Superior Tribunal de Justiça, em aviões fretados pelo senador,
perguntou, retoricamente: "Vamos dizer que o Demóstenes me oferecesse uma
carona num avião que ele tivesse. Teria algo de anormal?".
Certa vez, ao apoiar a divulgação individualizada dos salários
do funcionalismo, o atual titular do STF, Carlos Ayres Britto, observou:
"É o preço que se paga pela opção por uma carreira pública no seio de um
Estado republicano". No caso da magistratura, a conta inclui a recusa a
convites que outros cidadãos podem aceitar com naturalidade.
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,para-o-bem-do-supremo-,880287,0.htmMaldição...
Brasil gasta R$ 21 bi com tratamento
de doenças relacionadas ao tabaco
Levantamento da
Aliança de Controle do Tabagismo se refere apenas a 2011 e resulta da análise
de dados de 15 enfermidades, como doenças cardíacas e câncer de pulmão.
O Brasil gastou no ano passado R$ 21
bilhões no tratamento de pacientes com doenças relacionadas ao cigarro, revela
estudo inédito financiado pela Aliança de Controle do Tabagismo (ACT). O valor
equivale a 30% do orçamento do Ministério da Saúde em 2011 e é 3,5 vezes maior
do que a Receita Federal arrecadou com produtos derivados ao tabaco no mesmo período.
Prejuízo.
Gastos com doenças relacionadas ao fumo consomem 30% do orçamento da saúde
A divulgação foi feita na véspera do
Dia Mundial sem Cigarro, criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O
estudo demonstra ainda que o tabagismo é responsável por 13% das mortes no
País. São 130 mil óbitos anuais (350 por dia). Os resultados são fruto da
análise de dados de 15 doenças relacionadas ao cigarro. Quatro delas -
cardíacas, pulmonar obstrutiva crônica, câncer de pulmão e acidente vascular
cerebral - responderam por 83% dos gastos.
Os custos, segundo uma das
coordenadoras do estudo, a economista da Fundação Oswaldo Cruz Márcia Teixeira
Pinto, são referentes às despesas tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto
na saúde suplementar.
"Há tempos buscamos números que
indiquem o impacto do tabagismo na economia do País", diz a diretora
executiva da ACT, Paula Johns. Um dos argumentos da indústria do fumo para
frear medidas de prevenção é a alta arrecadação de impostos, além da alta
quantidade de empregos concentrada na atividade.
No debate mais recente, feito durante
a discussão da resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
para proibição de aditivos ao cigarro, a Associação dos Fumicultores do Brasil
(Afubra) apontou que em 2010 a indústria recolheu R$ 9,3 bilhões de tributos e
gerou receita de R$ 4,1 bilhões. "Não concordamos com o número apresentado
por eles de arrecadação. Mesmo assim, é mais do que a metade do gasto com
doenças", afirma Paula.
Segundo ela, os números mostram que
ainda há muito o que ser feito no combate ao tabagismo. Entre reivindicações
está a regulamentação da lei que proíbe fumo em locais públicos fechados e a da
proibição de propaganda nos locais de venda.
Em 2005, a pesquisadora Márcia Pinto
já havia feito um estudo mostrando que os gastos com o tratamento de doenças
eram de R$ 338 milhões. "A metodologia era diferente." Ela lembra que
foram avaliados gastos apenas no setor público do Rio.
Paula diz que não se espantou com
resultados. "A estimativa é de que a cada US$ 1 arrecadado com impostos de
cigarro sejam gastos US$ 3 no tratamento."
Diferenças. Márcia, que conduziu o trabalho com
André Riviere, do Instituto de Efectividad Clinica y Sanitaria, da Argentina,
afirma que fumantes no Brasil vivem pelo menos cinco anos a menos do que os não
fumantes. Mulheres dependentes do cigarro têm, em média, 4,5 anos a menos de
vida do que as não fumantes e 1,32 a menos do que as ex-fumantes. Entre homens,
a perda é de 5,03 anos em relação ao tempo médio de vida dos não fumantes e de
2,05 dos ex-fumantes.
Ao saber da pesquisa, Romeu
Schneider, da Câmara Setorial do Tabaco, afirmou que os números não refletem a
realidade. "Eles são campeões de chute. Durante 20 anos falaram que o
cigarro causava 200 mil mortes. Não há como saber o que foi provocado pelo
cigarro, o que foi causado por outras doenças."
ENTREVISTA: ‘Gasto é maior que ganho com
tributos’
Alexandre
Padilha, ministro da Saúde.
Qual é
avaliação que o senhor faz do estudo?
Ele é
um instrumento valioso para se mensurar o impacto dos custos do tabagismo no
SUS. Ele mostra que, além das vidas perdidas, o tabagismo traz uma perda de
recursos maior do que os tributos recolhidos com o setor. O trabalho reforça a
importância das medidas regulatórias que adotamos.
A lei
foi sancionada ano passado, mas precisa ser regulamentada. Há um prazo para que
novas regras sejam publicadas?
Não há
prazo definido, mas a meta é regulamentarmos o mais rápido possível. Vários ministérios
estão sendo ouvidos, há uma tramitação interna, questões jurídicas analisadas.
Mas ela é importante.
Que
nova medida será feita para reduzir o tabagismo?
As
medidas regulatórias são fundamentais, elas têm grande impacto, principalmente
entre o público prioritário: jovens, população de mais baixa renda e mulheres.
Já assistimos uma forte redução do número de fumantes, mas em menor velocidade
entre essa população. E, entre jovens, queremos evitar a iniciação ao fumo.
Além disso, vamos reforçar medidas para ajudar fumantes a parar de fumar, com
distribuição de gomas e adesivos para reposição de nicotina.
O que
poderia ser feito com R$ 21 bilhões?
Este
ano o ministério gastará R$ 10 bilhões na compra de remédios em geral, para
doenças como câncer. Os recursos gastos com cigarro são o dobro do investido em
drogas.
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,brasil-gasta-r-21-bi-com-tratamento-de-doencas-relacionadas-ao-tabaco-,880230,0.htm
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