terça-feira, 5 de junho de 2012

Viva a sabedoria...


INTRODUÇÃO À CRÍTICA DO JUÍZO
Se filosofia é o sistema do conhecimento racional por conceitos, já com isso ela se distingue suficientemente de uma crítica da razão pura, que contém, por certo, uma investigação filosófica da possibilidade de um conhecimento como esse, mas não aparece, como parte, a um tal sistema, tanto que somente ela delineia e verifica a idéia do mesmo.
A divisão do sistema pode ser, primeiramente, apenas em sua parte formal e material, das quais a primeira (a lógica) contém meramente a forma do pensar em um sistema de regras, a segunda (parte real) toma sistematicamente em consideração os objetos sobre os quais se pensa, na medida em que é possível um conhecimento racional dos mesmos a partir de conceitos.
Esse sistema real da filosofia, por sua vez, não pode ser dividido de outro modo, senão, segundo a distinção originária de seus objetos e a diferença essencial, que repousa sobre esta, dos princípios de uma ciência que contém, em filosofia teórica e prática; de tal modo que uma das partes tem de ser a filosofia da natureza, a outra a dos costumes, das quais a primeira pode conter também princípios empíricos, mas a segunda (já que a liberdade absolutamente não pode ser um objeto da experiência) jamais pode conter outros do que princípios puros a priori.
Reina porém um grande mal-entendimento, e muito prejudicial mesmo para o modo de tratar a ciência, quanto àquilo que deve ser tido como prático, em uma significação tal, que merece por isso remetido a uma filosofia prática. Acreditou-se que a política e a economia, as regras de economia doméstica, assim como as do comportamento, as prescrições de higiene e dietética, tanto da alma quanto do corpo (e por que não todos os ofícios e artes?), podiam ser incluídas na filosofia prática, porque todas elas contêm, de fato, um conjunto de proposições práticas. Só que proposições práticas distinguem-se, por certo, segundo o modo-de-representação, das teorias, que contêm a possibilidade das coisas e suas determinações, mas nem por isso segundo o conteúdo, a não ser unicamente aquelas que consideram a liberdade sob leis. Todas as restantes nada mais são do que a teoria daquilo que pertence à natureza das coisas, apenas aplicada ao modo como podem ser engendradas por nós segundo um princípio, isto é, representada a possibilidade das mesmas por uma ação do arbítrio (que, mesmo assim, faz parte das causas naturais).
Em suma: todas as proposições práticas que derivam do arbítrio, como causa, aquilo que a natureza pode conter, pertencem, em seu conjunto, à filosofia teórica, como conhecimento da natureza; somente as que dão à liberdade a lei são, segundo o conteúdo, especificamente diferentes daquelas. Pode-se dizer das primeiras: constituem a parte prática de uma filosofia da natureza, mas somente estas últimas fundam uma filosofia prática em particular.

Immanuel Kant, Introdução à crítica do juízo. 2 ed, [Tradução Rubens Rodrigues Torres Filho], São Paulo: Abril Cultural, 1984 (Os Pensadores)

Curioso...


Por que a pipoca estoura?
O grão de pipoca contém 12% de água em seu interior. A explosão da pipoca nada mais é que a expansão do vapor de água dentro do grão. O amido existente no milho se transforma no floquinho branco que chamamos de pipoca. Sabe-se que muito antes de Colombo descobrir a América, os índios do norte do continente já comiam pipoca. Eles começaram a fazê-la com a espiga inteira colocada num espeto e levada ao fogo. Depois, passaram a jogar o grãos soltos diretamente em fogo baixo. Outro modo era cozinhar o milho numa panela de barro cheia de areia quente.

Por que alguns grãos de milho não estouram quando fazemos pipoca?
Os estudiosos do Centro de Pesquisa em Carboidrato da universidade norte-americana Purdue descobriram que o estouro do milho depende da resistência da parte externa do grão. Essa parte, chamada pericarpo, funciona como uma panela de pressão. Ela impede a saída da água, que com o calor se transforma em vapor. Quando sua resistência atinge o limite, o interior do grão rompe a camada e salta para fora. No caso dos grãos que não estouram, o pericarpo é menos resistente. Ou seja, não se forma pressão suficiente para que o grão de milho ?pipoque?.

Por que existe o lado certo para colocar o saco de pipocas no microondas?
Os fabricantes do produto dizem que o milho e a gordura são depositados em uma das faces da embalagem, em cima de um dispositivo chamado susceptor. Trata-se de um quadrado que tem laminação de alumínio e poliéster. Essa parte da embalagem deve ficar para baixo, para que os grãos de milho fiquem sobre ela. Assim, quando o forno emite as microondas, elas se deparam com o susceptor, são refletidas pelo alumínio e voltam para dentro do pacote, promovendo uma concentração de valor que faz com que a pipoca estoure.

Os grãos de milho usados para fazer pipoca de microondas são os mesmos da pipoca preparada no fogão?
Sim. A única diferença é que os grãos da pipoca de microondas são um pouco maiores e vem embalados em um pacote especial, que garante um melhor aproveitamento dos grãos.


Piada...


Formiga

Uma formiga perguntou para a outra:
-Oi, qual é seu nome?
-Fo.
-Fo de que?
-Formiga! E o seu?
-Ota.
-Ota de que?
-Ota formiga!!!!
http://www.piadas.com.br/piadas/curtas?page=3&_ult=sec%3Dweb%26slk%3Dweb%26pos%3D2%26linkstr%3Dhttp%253A%252F%252Fwww.piadas.com.br%252Fpiadas%252Fcurtas

Devanear...


Soneto 10 – Castro Alves
Mestre, Mestre querido, Pai de Amor,
As glórias que conquistas co'a razão,
Enchendo de prazer teu coração
T'atraem grandes bençãos do Senhor!
Os teus louros têm mais vivo fulgor,
Que os ganhos ao ribombo do canhão;
Que os de um Aníbal, d'um Napoleão,
Alcançados das mortes entre o horror.
Sim! Que os louros terríveis que Mavorte
Ao soldado concede em dura guerra,
Todos murcha a idéia só da morte!
Mas nos teus vero mérito se encerra,
Que não cede do tempo ao braço forte,
E alcançam justo prêmio além da terra!...

Pensar...


F A R M Á C I A D E P E N S A M E N T O S
“Não acho que o dinheiro, em si, seja algo nobre. Mas negar a importância dele é tolice, assim como torná-lo o centro da existência me parece empobrecedor”. Ivo Pitanguy, médico cirurgião plástico, BRA

Terça-feira, 5 de junho de 2012

Anjo do dia: Mahasiah.
Dia de São Bonifácio.
Dia de Solidariedade ao Povo Moçambicano.
Dia Mundial da Ecologia e do Meio Ambiente, estabelecido em Estocolmo, na Suécia, em 1972, durante conferência da ONU.
Dia Mundial do Nudismo.
Semana Mundial do Meio Ambiente (5 a 11 de junho).

1967 Guerra dos Seis Dias: ataque relâmpago de Israel, que ocupa pela força a Cisjordânia (da Jordânia), a Faixa de Gaza e a Península do Sinai (do Egito), e as Colinas de Golã (da Síria), sob comando do General Moshe Dayan.
1967 Lançamento do romance de Gabriel García Márques, Cem Anos de Solidão, um retumbante sucesso.
1968 Robert Kennedy, senador norte-americano e candidato à presidência e mais 5 pessoas são alvejadas, supostamente pelo imigrante palestino Sirhan Bishara Sirhan.
1987 Chico Mendes recebe o Premio Global 500 da ONU.
2008 Riqueza dos americanos encolhe US$ 1,7 trilhão no 1º trimestre do ano, em função da crise imobiliária e da instabilidade nos mercados de ações, informa o Federal Reserve - FED, o banco central norte-americano.

1729 Nascimento: Cláudio Manuel da Costa, advogado, magistrado e poeta, nasceu em Vila do Ribeirão do Carmo, hoje Mariana, conhecido pela sua obra poética e pelo seu envolvimento na Inconfidência Mineira.
1920 Nascimento: Ivo Pitanguy, cirurgião plástico.
www.farmaciadepensamentos.com

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Só rindo...



Tecnologia












Viva a sabedoria...


O caráter oculto da saúde.
"É necessário refletir sobre coisas que dizem respeito não somentemente ao médico na sua formação profissional e em seus interesses profissionais, mas a todos nós. Quem não conhece as primeiras experiências consternadoras na infância? De repente, sob a autoridade dos pais, fica declarado que se está doente e não tem a permissão de levantar pela manhã. Nos anos posteriores da vida, se ganha as experiências que deixam mais claro que a verdadeira singularidade não se encontra tanto na doença, mas no milagre da saúde.
Isso me oferece o ensejo de inserir a situação teórico-científica e prática no grande contexto da sociedade marcada pela ciência moderna e de questionar como devemos nos orientar, na nossa práxis de vida, sobre a saúde e doença. Não há dúvida de que, na experiência de saúde e doença, se manifesta algo de uma problemática geral que não se limita à posição especial da ciência médica no interior da ciência natural moderna. Seria bem acolhida uma conscientização da diferença entre medicina científica e a verdadeira arte de curar. Em última análise, essa é a diferença existente entre o saber das coisas em geral e a concreta aplicação desse saber ao caso isolado. Mas esse é um tema muito antigo da filosofia e do pensamento e é também um objeto especial de meu próprio trabalho filosófico, o qual é denominado hermenêutica. É claro que o saber das coisas em geral é passível de aprendizagem. Já o outro tipo de saber não é possível de ser aprendido, mas deve ser lentamente amadurecido através da própria experiência e da própria formação de juízo.
Com isso o nosso tema se move para um contexto bem amplo que, na realidade, é colocado a todos nós como tarefa vital desde o surgimento da ciência moderna e sua relação de tensão com a riqueza de experiência da humanidade. Nós vivemos em um meio ambiente cada vez mais transformado pela ciência, um meio o qual quase já não ousamos mais chamar de natureza, ao mesmo tempo que temos de viver em uma sociedade modelada pela cultura científica da era moderna. Nela há milhares de normas e regulamentos que acabam por assinalar uma crescente burocratização da vida. Dessa maneira, como é possível não perder o ânimo para se modelar a própria vida?"

Gadamer, Hans-Georg. O caráter oculto da saúde. Tradução de Antônio Luz Costa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.

Mais uma etapa superada...