sexta-feira, 8 de junho de 2012

Curioso...


Qual a quantidade de água encontrada no organismo de uma criança, de um adulto de 30 anos e de um idoso de 70 anos?
O geriatra José Antônio Esper Curiati, do Hospital Sírio-Libanês, explica que a proporção de água encontrada no corpo humano sofre um declínio heterogêneo no decorrer da vida. Isso ocorre porque ao longo dos anos a composição corporal do homem passa por alterações. ?O ganho de gordura e a perda de tecido muscular diminui nossa capacidade de retenção de água?, explica. Desta maneira, a proporção, que aos 25 anos é de 62%, cai para 53% aos 75 anos. Um bebê, por sua vez, tem em seu organismo entre 70% e 80% de água.

Qual é a importância dos pés?
De acordo com Francisco Prado Eugênio dos Santos, médico ortopedista e cirurgião de coluna, os pés servem para sustentar o peso do corpo e caminhar. São, enfim, de instrumentos fundamentais para a posição bípede da espécie humana.

Quando o homem começou a falar?
Acredita-se que o homem tenha começado a falar - ou começado a tentar falar - cerca de 60 mil anos antes da Era Cristã. Essa possibilidade foi levantada após a descoberta de um osso hióide - situado na base da língua - em uma caverna do Monte Carmelo, em Israel.

Quantos dias uma pessoa aguenta sem comer?
Para uma pessoa saudável de 70 kg permanecer viva, 60 dias são o limite sem se alimentar. Este número, porém, pode variar significativamente, geralmente para menos, de acordo com as reações de outras partes do organismo. Às vezes, embora a pessoa ainda tenha reservas de gordura, o pulmão ou outro órgão não resiste à fragilidade provocada pela falta de nutrientes.

Por que os médicos pediam, num exame, que o paciente dissesse "33"?
O número 33 provoca vibração o pulmão cheio de ar. Se ele estiver repleto de fluido, como fica quando alguém está com pneumonia, o médico não sente a mesma vibração nas pontas dos dedos.

Por que roemos as unhas?
Segundo o psicólogo clínico Janos Andreas Geocze, roer as unhas funciona como um alívio para ansiedade, insegurança e até agressividade. Semelhante ao reflexo de sugar, o ato lembra o hábito infantil de colocar o dedão na boca. No entanto, esse costume é capaz de gerar conseqüências contrárias. "Roer a unha pode estressar muito porque é uma forma de mutilação e algumas pessoas só param quando os dedos estão em carne viva", complementa o psicólogo.

Quais são os elementos químicos encontrados no corpo humano?
Mais de vinte elementos químicos participam da constituição do corpo humano. Entre eles, destacam-se: oxigênio (65%), carbono (18%), hidrogênio (10%), nitrogênio (3%), cálcio (2%), fósforo (1%), potássio (0,35%), enxofre (0,25%), sódio (0,15%), magnésio (0,05%) e ferro (0,004%). Há ainda outros elementos que, apesar de importantes, aparecem em quantidades bastante reduzidas. É o caso do manganês, cobalto, iodo, flúor, cobre, alumínio, níquel, bromo, zinco e silício.

Por que é preciso se movimentar durante viagens longas de avião?
Permanecer muito tempo sem movimentar as pernas prejudica o sistema circulatório. Por causa da lei da gravidade, que atrai os corpos para baixo, o sangue tem certa dificuldade em subir dos membros inferiores e voltar ao coração. A estagnação das veias causa trombose venosa, coágulos que podem ser levados para o pulmão, coração ou cérebro.

Por que os homens têm pomo-de-adão?
O pomo-de-adão é uma saliência provocada pela cartilagem tireóide - a maior e mais proeminente cartilagem da laringe. Seu crescimento é determinado por hormônios masculinos, como a testosterona. Esses hormônios costumam ser encontrados em grande quantidade apenas nos homens, principalmente na fase da puberdade. Por isso, a maioria das mulheres não apresenta o "pomo-de-adão". 

O que é a coceira?
Há receptores sensoriais logo abaixo da superfície da pele que enviam mensagens ao cérebro. A sensação de coceira parece fluir pelos mesmos caminhos do sistema nervoso que a sensação de dor flui. A grande maioria dos receptores sensoriais são terminais nervosos "livres", que levam tanto as sensações de dor quanto de coceira ao cérebro. Esses receptores de dor são os mais comuns em nosso sistema nervoso. Quando trabalham com baixo nível de atividade parecem mais sinalizadores de coceiras do que de dor. Não se sabe exatamente porque nos coçamos, pois muitas coceiras não têm causa óbvia e não estão associadas a doença alguma. Mas muitos cientistas especulam sobre sua função. Alguns acreditam que a coceira nos avisa de uma dor que pode surgir caso uma providência não seja tomada. Outros especulam que a finalidade era avisar ao homem primitivo que estava na hora de tirar os parasitas e larvas do cabelo e do corpo. A coceira também pode ser sintoma inicial de algumas doenças mais graves, como diabetes, por exemplo.

Piadas...


O doido estava no hospício, escrevendo uma carta, quando o médico chegou, viu e pensou:
"Poxa, esse cara deve estar bom. Está até escrevendo carta". Aí ele chegou pro doido e perguntou:
- Pra quem é essa carta?
- Ah é pra mim mesmo, doutor, eu nunca recebo cartas de ninguém.
- E o que esta escrito nela?
- Como é que eu vou saber, ainda não recebi!!!

Plantão Médico

Uma senhora de meia-idade chega ao hospital toda em frangalhos, vítima de atropelamento. O médico examina-a, enquanto a enfermeira vai anotando numa ficha:

- Escoriações na cabeça. . . Fratura no braço direito. . . Luxação na clavícula. . . Desarticulação do tornozelo esquerdo. . . Secção longitudinal na coxa esquerda. . . - E virando-se para a mulher: - Qual a sua idade, minha senhora?
   - Trinta e cinco!
   O médico vira-se para a enfermeira:
   - Anota também: "Perda de Memória. "
http://www.humorbabaca.com/piadas/medicos/plantao-medico1

Devanear...


ESPINOSA – MACHADO DE ASSIS

Gosto de ver-te, grave e solitário,
Sob o fumo de esquálida candeia,
Nas mãos a ferramenta de operário,
E na cabeça a coruscante idéia.

E enquanto o pensamento delineia
Uma filosofia, o pão diário
A tua mão a labutar granjeia
E achas na independência o teu salário.

Soem cá fora agitações e lutas,
Sibile o bafo aspérrimo do inverno,
Tu trabalhas, tu pensas, e executas

Sóbrio, tranqüilo, desvelado e terno,
A lei comum, e morres, e transmutas
O suado labor no prêmio eterno.

Pensamentos...


F A R M Á C I A D E P E N S A M E N T O S
“Propaganda pode ser descrita como a ciência de carregar a inteligência humana longe o suficiente para arrancar dinheiro dela”. Stephen Butler Leacock, economista, CAN, 1869-1944

Quinta-feira, 24 de maio de 2012

Anjo do dia: Manakel.
Dia de São Vicente de Lérins, francês (séc. V).
Dia da Propaganda.
Dia do Datilógrafo.
Dia do Telegrafista.
Dia do Vestibulando.
Dia Nacional do Café.
Dia Nacional do Milho.

1900 Tropas dos EUA ocupam a China durante a Rebelião Boxer (até 28/9/1900).
1931 Madre Teresa professa de forma perpetua sua vocação religiosa.
1999 José Eduardo Homem de Carvalho, em depoimento a CPI do Judiciário, afirma que o presidente do TRT-RJ, José Maria Mello Porto é responsável por licitações fraudulentas, nomear juízes classistas irregularmente e fraudar licitações.
2008 Cultura bélica: revendedora de carros em Butler, no estado do Missouri, nos EUA, está oferecendo uma arma de fogo para cada cliente que comprar um automóvel.

1941 Nascimento: Robert Allen Zimmerman o Bob 
Dylan, cantor e compositor norte-americano.
1946 Nascimento: José Pereira de Abreu Junior, o José de Abreu, ator, em SP.
www.farmaciadepensamentos.com

O que significa verdade?


Eliminem a 'verdade'

DEMÉTRIO MAGNOLI, SOCIÓLOGO E DOUTOR EM GEOGRAFIA HUMANA PELA USP. E-MAIL: DEMETRIO.MAGNOLI@UOL.COM.BR - O Estado de S.Paulo
A palavra "verdade", na Comissão da Verdade e da Reconciliação instituída pela África do Sul, tinha um significado judicial, relacionado aos poderes do organismo. Nossa Comissão da Verdade, ao contrário, não tem poderes judiciais. Por esse motivo a palavra "verdade" deveria ser eliminada de seu nome.
As prerrogativas da comissão sul-africana, presidida pelo arcebispo Desmond Tutu, abrangiam não apenas a investigação de violações de direitos humanos cometidas durante o regime do apartheid, mas, crucialmente, a concessão de reparações às vítimas e de anistia individual a perpetradores. A comissão brasileira não dispõe das duas últimas prerrogativas: as reparações são da esfera da Comissão de Anistia e a anistia já foi concedida a todos, por lei emanada da ditadura militar, recepcionada por sucessivos governos civis e confirmada pelo Supremo Tribunal Federal. O mandato de nossa comissão está circunscrito por lei à produção de um relatório sobre violações de direitos humanos por motivação política entre 1946 e 1988. Para não abusarmos da noção de verdade seu nome deveria ser algo mais modesto, como Comissão de Inquérito.
Verdade histórica é diferente de verdade judicial. Nos tribunais, e numa comissão com poderes judiciais, como a sul-africana, a verdade é uma narrativa factual organizada à luz dos códigos legais. A decisão final, transitada em julgado, é uma "verdade" irrecorrível, com implicações penais ou cíveis. A "verdade" histórica, por outro lado, é uma interpretação dos eventos do passado que oscila ao sabor do "espírito do presente" - isto é, dos valores predominantes em cada época. Verdades distintas concorrem entre si nas obras de História, formando um diálogo pluralista e, em princípio, infindável. Uma comissão sem estatuto judicial, mas batizada com o nome da verdade, almeja a verdade histórica. Contudo, por definição, a verdade histórica não pode ser emoldurada com o selo oficial - a não ser como contrafação fabricada por regimes totalitários.
A Lei de Anistia cercou as violações de direitos humanos cometidas pela ditadura militar com uma muralha de interdição, cassando ao sistema judiciário o poder de julgar crimes políticos declarados imprescritíveis por tratados internacionais. Vergonhosamente, a elite política brasileira teceu um consenso em torno da lei promulgada no derradeiro governo militar - e, em razão de tal consenso, as maiorias parlamentares de sustentação de Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula e Dilma recusaram-se a suprimir o interdito. Num intercâmbio lamentável, a proteção dos violadores foi paga, por meios pecuniários e simbólicos, pela Comissão de Anistia. Se não mudar seu nome, a Comissão da Verdade cumprirá o papel indigno de emitir o cheque simbólico final na agônica transação.
Na sua acepção judicial, a verdade está relativamente livre do jogo da política e da ideologia. A comissão sul-africana ouviu testemunhos de crimes cometidos pelo Estado e também das organizações de resistência, contextualizando-os segundo os princípios do Direito. Se o Brasil tivesse abolido a Lei de Anistia, tribunais emitiriam sentenças sobre as incontáveis violações cometidas impunemente pela ditadura militar e também sobre os escassos casos de crimes das organizações armadas que não foram julgados à época. Isso, infelizmente, não ocorrerá - e a ausência do Poder Judiciário coloca a Comissão da Verdade diante do dilema expresso nas interpretações históricas dissonantes a respeito dos "anos de chumbo".
A narrativa do combate nas trevas entre os "dois lados", representados pelo regime militar e pelas organizações armadas de esquerda, é uma fraude histórica e uma tese imoral. A repressão política, as prisões e a tortura atingiram os opositores em geral, em sua maioria desarmados, não apenas as correntes minoritárias da esquerda armada. O poder de Estado, com seus aparelhos judiciais, policiais e militares, não pode ser equiparado aos grupos irregulares de militantes das organizações seduzidas pela estratégia do "foco revolucionário". O assassinato e a tortura nos calabouços são definidos no Direito Internacional como crimes contra a humanidade, distinguindo-se por sua gravidade dos demais tipos de crimes. Carlos Marighella e Carlos Lamarca praticaram crimes asquerosos. Mesmo assim, eles não podem ser equiparados aos crimes do delegado Sérgio Fleury, do general Ednardo D'Ávila Mello ou do presidente Emílio Garrastazu Médici.
A historiografia, tanto quanto os tribunais, têm ferramentas para destruir o falso sinal de identidade desenhado com a finalidade de providenciar um álibi para a ditadura militar. O leitor decente sabe separar as narrativas históricas legítimas das fábulas ideológicas destinadas a justificar crimes contra a humanidade. Contudo a pretensão impossível de estatizar a verdade histórica no regime democrático confere à narrativa delinquente sobre os "dois lados" a aura de uma "verdade sufocada" em confronto desigual com uma "verdade dos vencedores".
Uma comissão de inquérito consagrada ao relato dos crimes contra a humanidade praticados pela ditadura militar seria capaz de iluminar fatos, personagens e circunstâncias ainda desconhecidos, oferecendo material valioso aos historiadores. Em contraste, uma Comissão da Verdade sem poderes judiciais está condenada a fabricar interpretações estatais sobre o passado, algo com valor de verdade similar ao dos retratos encomendados pelos mecenas.
O conceito africano de ubuntu relaciona-se à ideia de que a humanidade de cada indivíduo depende da dignidade humana de todos os demais. A comissão sul-africana tinha a missão escrita de promover "ubuntu", não "retaliação" nem "vitimização". Nossa comissão não pode promover ubuntu, mas ao menos não precisa engajar-se em operações simbólicas de retaliação e vitimização. Eliminem a "verdade", senhores comissários!

Mazelas...


O Dnit continua parado

É flagrante o contraste entre a rapidez com que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) aprovou a celebração de novos contratos e liberou novas verbas que beneficiam diretamente a construtora Delta - empresa cuja atuação está sendo investigada pela CPI do Cachoeira e que, por isso, pode ser declarada inidônea pela Controladoria-Geral da União (CGU) - e a exasperante lentidão com que o mesmo Dnit trata da recuperação de cerca de metade da malha rodoviária de mais de 50 mil quilômetros sob sua responsabilidade, boa parte em situação crítica.
Envolvido em denúncias de irregularidades que levaram à substituição do ministro dos Transportes e à mudança radical na composição e nos métodos de sua diretoria em 2011, o Dnit parece ter mudado muito pouco, pelo menos no que se refere a resultados práticos, a obras e a critérios de contratação e pagamentos de serviços. O tratamento preferencial à Delta, relatado pelo Estado no domingo, e a completa paralisia, descrita pelo jornal Valor (4/6), do plano de recuperação de cerca de 30 mil quilômetros anunciado há quatro anos mostram que, apesar da indignação da nova direção do Dnit com o que encontrou quando assumiu suas funções em setembro do ano passado, os resultados ainda demoram.
Enquanto a Delta - pouco antes de pedir concordata - teve homologado o resultado de concorrência que venceu no mês passado e voltou a ser aquinhoada com termos aditivos a contratos antigos que lhe asseguram mais verbas por obras públicas, a situação da maioria das estradas federais, que já era ruim, torna-se cada vez mais ameaçadora para milhares de brasileiros que as utilizam. A paralisia do programa de recuperação da malha federal é mais um retrato do estilo de governo do PT, marcado por discursos grandiloquentes e ação tímida, quando existe.
Diante dos seguidos relatórios de entidades do setor de transportes de cargas mostrando o péssimo estado de boa parte das estradas federais - em flagrante contraste com as estaduais cuja operação e cuja manutenção foram transferidas para empresas privadas -, o governo Lula anunciou, em 2008, a contratação de projetos básicos para a recuperação de mais de 30 mil quilômetros de rodovias.
O prazo era de seis meses para a contratação dos estudos que balizariam os editais. Desde sua concepção, o plano de recuperação da malha previa contratos de cinco anos para cada trecho licitado. Nos primeiros três anos, seriam executadas todas as obras necessárias. Nos dois anos seguintes, seriam feitas obras de manutenção.
Chegaram a ser assinados cerca de 50 contratos para a elaboração de projetos. Alguns venceram, outros foram barrados pelo TCU e outros, ainda, simplesmente foram abandonados.
"O que encontrei aqui foram 30 mil quilômetros de confusão", disse ao jornal Valor o general Jorge Fraxe, que comandava a Divisão de Obras do Exército e foi escolhido para sanear o Dnit administrativa e financeiramente e dar-lhe competência técnica. "Tudo está sendo totalmente revisto porque 100% dos projetos têm problemas. Está tudo errado."
A diretoria do Dnit está convocando as empresas de projetos para rever os contratos. Depois de advertidas sobre as imprecisões dos projetos originais, elas têm prazo de 20 dias para a revisão. Se o projeto voltar com erros, além de não receber pelo trabalho, a empresa será multada. "O Dnit nunca tinha punido empresa nenhuma", afirmou o diretor-geral do órgão, depois de informar que uma empresa de projetos foi multada em R$ 100 mil. "Outras multas virão por aí e teremos até processo de inidoneidade contra empresas projetista."
Os novos contratos terão que se basear em projetos executivos de engenharia, exigência que não havia no modelo que o Dnit utilizou até 2011. Outra mudança é a alteração do prazo de vigência, que não será mais, obrigatoriamente, de cinco anos para todos os contratos e, sim, fixado de acordo com as especificidades da obra. O diretor-geral do Dnit diz que, até o fim do ano, boa parte da malha já terá contratos assinados.
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-dnit-continua-parado-,883502,0.htm

No popular: embromachion...


Discurso não resolve crises

Quando mais se espera que, não podendo mais deixar de reconhecer o tamanho dos problemas, o governo Dilma adote um plano articulado para debelar os efeitos mais nocivos da crise mundial sobre a economia brasileira, o que se vê é a repetição do que tem feito até agora, sem resultados concretos: vender otimismo, ameaçar os pessimistas e construir um cenário cada vez mais distante da realidade. Utilizam-se promessas para enfrentar problemas.
Embora tivesse demonstrado, no início da semana, grande preocupação com a situação - sobretudo depois da constatação, pelo IBGE, da estagnação da economia no primeiro trimestre -, a ponto de convocar uma reunião de emergência com os principais ministros e auxiliares da área econômica para decidir ações imediatas, na terça-feira a presidente Dilma Rousseff parecia ter descoberto um novo quadro econômico. Na sua avaliação, a expansão da economia em 2012 não será menor do que a registrada no ano passado (quando o PIB cresceu 2,7%), como está sendo previsto pela maioria dos economistas do setor privado, porque o governo vai lançar mão dos instrumentos necessários para estimular os investimentos e sustentar o crescimento do consumo.
"Quem aposta na crise, como (fez) há quatro anos, vai perder de novo", profetizou Dilma, na solenidade do Dia Mundial do Meio Ambiente. Repetiu a bravata feita pelo presidente Lula em 2009, que disse que quem apostasse que a crise internacional iniciada no ano anterior quebraria o Brasil acabaria "quebrando a cara". O País, disse Dilma, tem um "arsenal de providências" que podem ser colocadas em prática. "Sistematicamente, tomaremos medidas para expandir o investimento público, estimular o investimento privado e o consumo das famílias."
É o que se espera que seja feito, mas de maneira eficiente. Em tese, esse tripé sustentará a atividade econômica e propiciará o crescimento mais rápido dentro de algum tempo. Mas, na prática, há superdimensionamento de um dos pés e atrofia dos outros dois. O que o governo tem feito com grande insistência é estimular o consumo, por meio da ampla oferta do crédito, a juros menores. É uma política cuja eficácia está limitada pela capacidade de endividamento das famílias e pela disposição dos bancos de emprestar. O aumento do comprometimento da renda das famílias com despesas financeiras e o crescimento dos índices de inadimplência indicam que essa política terá efeitos cada vez menores.
As incertezas do cenário internacional e os impactos da crise na economia brasileira paralisaram os investimentos privados. Por isso, é o momento adequado para o governo utilizar seu "arsenal de providências" e acelerar os investimentos públicos. Até agora, porém, o governo Dilma mostrou pouca aptidão para isso. Os investimentos federais neste ano são os menores dos últimos três anos (para o período janeiro-maio), como mostrou o Estado, ontem.
Demonstrando despreocupação com o quadro econômico, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a economia registrará em maio e junho índices de crescimento "muito maiores" do que em abril e o resultado do segundo trimestre será melhor do que o do primeiro. Na sua avaliação, a economia superou a fase de estagnação e entrou numa rota positiva. "Teremos crescimento do PIB e da produção industrial", destacou, referindo-se ao setor que, em abril, apresentou resultados decepcionantes. Citou a indústria automobilística, que tem grande peso na composição do PIB, e que, na sua opinião, "agora vai crescer mais do que outros setores".
Igualmente sem demonstrar preocupação com o cenário, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, defendeu as medidas adotadas pelo governo para estimular o crédito e o consumo das famílias. Num momento em que caberia à autoridade monetária no mínimo apontar os riscos do contínuo estímulo aos financiamentos quando diminui a capacidade financeira do consumidor e cresce a inadimplência, Tombini tem-se limitado a defender as ações do governo - com o qual mostrou perfeito alinhamento durante a audiência pública na Câmara dos Deputados.

Mais uma etapa superada...