segunda-feira, 16 de julho de 2012

Só rindo...






Refletir...


"Não encontre um defeito, encontre uma solução." Henry Ford
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Viva a sabedoria...


O HOMEM DO CASTELO ALTO - PHILIP K. DICK
EM O HOMEM DO CASTELO ALTO 
DE PHILIP K. DICK 
HISTÓRIA E HISTORICIDADE 


Philip K. Dick nasceu em Chicago, 1928. Apaixonado por música, empregou-se numa loja de discos e produziu um programa clássico na estação de rádio KSMO, de San Mateo, Califórnia. Estudou na Universidade daquele Estado, mas não terminou o curso porque havia gente demais fumando e lendo o Daily Cal, o que não me permitia ouvir os professores, contava em suas entrevistas. Começou a ler ficção. aos 12 anos em conseqüência de um engano: comprou Stirring Science Fiction em vez de Popular Science. Lia também Joyce, Kafka, Steinbeck, Proust. Casou-se com Anne, que conheceu na loja de discos, comprou uma casa, começou a escrever e a vender ficção. Largou o emprego na loja, continuou ouvindo Monteverdi e Buxtehude mas passando a maior parte do tempo lendo Ibsen e escrevendo. Adorava gatos. 

A excelência de sua obra o tornou uma referência da ficção científica do século 20. Vários de seus trabalhos tornaram-se mundialmente conhecidos ao serem roterizados e transformados em grandes sucessos do cinema, como Blade Runner: o caçador de androides, O Vingador do Futuro, Minority Report: a nova lei e O Pagamento.É autor de cinco coletâneas de contos e 36 romances, dentre eles O Homem do Castelo Alto , VALIS, Ubik e Os Três Estigmas de Palmer Eldritch. Morreu em 1982, aos 53 anos. 

As suas obras trazem história e historicidade contadas a um nível filosófico. É o que acontece em O HOMEM DO CASTELO ALTO. A história vista como ciência pura e objetiva, a historicidade vista como uma narrativa com linhas subjetivas, apesar de suas formações, ambas tem muito em comum, o recurso dos qual um historiador dispõe não diferem muito de uma pessoa narrando sua historicidade. A saber, ambos se apropriam de eventos (sejam eles factuais ou não) e lhes dão ordem e significado, com o intuito de envolver o leitor, ou trazer o ouvinte a seu mundo, a um mundo ao qual ele não tem acesso, a não ser através da linguagem utilizada por quem narra. Dessa forma, a historicidade implícita na história vem à tona, revelando suas estratégias de seleção, organização e produção de fatos. 

Em seu livro Pós-Modernismo ou a Lógica Cultural do Capitalismo Tardio, Fredric Jameson propõe uma definição mais abrangente de historicidade: 

A historicidade, de fato, nem é uma representação do passado, nem uma representação do futuro (...) ela pode ser definida, antes de mais nada, como uma percepção do presente como história, isto é, como uma relação com o presente que o desfamiliariza e nos permite aquela distância da imediaticidade que pode ser caracterizada finalmente como uma perspectiva histórica. (JAMESON, 1991: 235) 

Esse distanciamento do presente é o que dá objetividade, é o que possibilita, então, o entendimento da época em que se vive como momento histórico, o que cria a historicidade em ações, objetos, personagens e transforma acontecimentos cotidianos em fatos. É original.

Philip K. Dick, considerado pela crítica um dos mais célebres escritores de ficção científica dentre aqueles na literatura americana, traz em seu livro O HOMEM DO CASTELO ALTO essa relação entre história e historicidade. O romance traz encontrar uma preocupação relacionada a questões de cunho histórico, principalmente o papel do homem em eventos importantes do passado e de que maneira(s) fatos da história influenciam a historicidade do indivíduo e a sociedade que a cerca. Essa relação estreita entre o passado histórico e a historicidade parece ser central na escrita da ficção científica de Dick. 

O Homem do Castelo Alto, apresenta um cenário sombrio na história, a Segunda Guerra Mundial. Neste mundo inventado por Philip Dick, a guerra foi vencida pelos Nazistas. O mundo vive sob o domínio da Alemanha e do Japão. Os negros são escravos. Os judeus se escondem sob identidades falsas para não serem completamente exterminados. É nesse contexto que se desenvolvem os dramas de vários personagens. Ao apresentar uma versão alternativa da história, Dick levanta a grande questão: ?O que é a realidade, afinal??. Tal questão encontra na historicidade de seus personagens , uma constante busca por aquilo que seja originalmente antigo, pois é a condição para se ter acesso a uma autenticidade que praticamente inexiste neste mundo ficcionalizado por Dick.


Curioso...


 
Quem inventou o relógio de pulso?
O inventor do relógio de pulso foi o mesmo do avião: o brasileiro Santos Dumont. O "pai da aviação" pretendia cronometrar o tempo de vôo de seus aviões durante as experiências. Naquele tempo, os relógios ficavam nos bolsos, presos a uma corrente. Como Santos Dumont não podia tirar as mãos do manche para pegar o relógio, encomendou ao joalheiro Cartier um modelo que ficasse fixo no braço e facilitasse o controle das horas.

Quem inventou a escova de dentes?
A escova mais antiga de que se tem notícia foi encontrada em uma tumba egípcia, de cerca de cinco mil anos atrás. Rudimentar, a escova era um pequeno ramo com ponta desfiada até as fibras, que eram esfregadas contra os dentes. A primeira escova de cerdas só foi aparecer no século XV, na China: elas eram feitas de pêlos de porco, amarradas a varas de bambu ou pedaços de osso. Os pêlos atraíam umidade e causavam mofo, o que não é nada recomendável para a higiene bucal. Além disso, as extremidades das cerdas machucavam as gengivas. O problema só foi resolvido em 1938, quando as escovas de dentes com cerdas de náilon foram criadas nos Estados Unidos.

Quem inventou o aparelho dentário?
O primeiro aparelho mecânico para corrigir o alinhamento dos dentes foi desenvolvido pelo cientista francês Pierre Fauchard, em 1728. O aparelho do século XVIII servia para corrigir dentes proeminentes. No entanto, os fundamentos da ortodontia moderna foram criados pelo norte-americano Edward Angle, que idealizou aparelhos fixos feitos de ouro no início do século XX. 


Como funciona um balão?
O balão utiliza o ar quente para voar - uma vez aquecido, o ar dentro do balão torna-se mais leve do que o ar presente na atmosfera. Inicialmente, o balão é inflado com ar frio. Somente quando ele está quase cheio é que um maçarico aquece o ar e coloca o balão na posição vertical. Um superventilador é o responsável por "encher" o balão, que precisa ser colocado na posição horizontal.
 
http://www.guiadoscuriosos.com.br/perguntas/179/4/invencoes.html

Piadas...


Prevenção de Emergência
O caipira entra no consultório médico, com a esposae 9 crianças à tira-colo, querendo saber um jeito de não ter mais nenhum filho.
- O senhor usa preservativos? - pergunta o médico.
- Preservativo? Qui negócio é esse, Dotô?
Muito prestativo, o médico explicou o que era e até deu algumas camisinhas para o caipira, que saiu de lá feliz da vida.
Seis meses depois, ele volta ao consultório com a esposa grávida, reclamando:
- Seu Dotô! O seu remédio é uma porcaria! Nóis já vamo tê otra criança...
- Mas o senhor usou os preservativos? - perguntou o médico, preocupado.
- Craro que sim, dotô... Eu usava todo santo dia! Só tirava pra mijá e pra trepá!
http://www.humorbabaca.com/piadas/caipiras/prevencao-de-emergencia

Devanear...


A Aeronave - Augusto dos Anjos

Cindindo a vastidão do Azul profundo,
Sulcando o espaço, devassando a terra,
A Aeronave que um mistério encerra
Vai pelo espaço acompanhando o mundo.

E na esteira sem fim da azalea esfera
Ei-la embalada n'amplidão dos ares,
Fitando o abismo sepulcral dos mares,
Vencendo o azul que ante si s'erguera.

Voa, se eleva em busca do infinito,
É como um despertar de estranho mito,
Auroreando a humana consciência.

Cheia da luz do cintilar de um astro,
Deixa ver na fulgência do seu rastro
A trajetória augusta da Ciência.
http://lindos-sonetos.vilabol.uol.com.br/xav3.htm

Mais um capítulo da palhaçada...


Ausência de princípios

Numa eleição municipal primam os problemas que os munícipes encontram em sua vida cotidiana. Questões ideológicas são relegadas a segundo plano, pois estão muito mais preocupados com a limpeza e a pontualidade dos transportes públicos, com a segurança ao chegar em casa, com os postos de saúde, com a educação das crianças, para apenas listar alguns dos problemas mais prementes.
Depois de uma jornada de trabalho, chegando em casa o(a) trabalhador(a) está mais preocupado(a) com seu cansaço, sua integridade física, o atendimento dos seus. O amanhã, entendido como o dia seguinte, ocupa todas as suas atenções, tendo como horizonte sua renda e/ou seu salário no fim do mês. Muitas vezes essa parte da população nem tempo tem de se informar sobre questões políticas. Procura descansar, seja dormindo, seja buscando um entretenimento qualquer.
O grau de interesse pela política se mede pelo que ela possa oferecer-lhe, sendo um instrumento que possa contribuir para seu bem-estar, mormente via serviços públicos. A política não aparece como um fim em si mesma, mas como um meio que deveria servir para melhorar a sua vida. Não há apreço pela atividade política enquanto tal, frequentemente percebida como um jogo entre os políticos em função dos interesses particulares desses.
O micro reflete aqui uma questão macro. Se pesquisarmos o grau de interesse pela política numa eleição nacional, facilmente constataremos situação semelhante, com mais de 55% dos eleitores demonstrando pouco ou nenhum interesse pela vida política propriamente dita. Sua preocupação central reside na vida privada, particular, na melhoria de suas condições de vida.
Nesse sentido, a política deve estar a serviço dessa melhoria, e não o inverso. Comprova-se aqui uma formulação do pensador liberal francês Benjamin Constant, para quem, em seu texto A Liberdade dos Antigos Comparada à dos Modernos, os cidadãos escolhem seus representantes para não se ocuparem eles mesmos da política. Eles estão voltados para sua vida privada, sendo a política uma ferramenta desta. A delegação política é um meio para que o cidadão possa dedicar-se à própria vida. Ela supõe, assim, que os escolhidos, os delegados, os representantes ajam de acordo com as ideias de um bem coletivo.
Observe-se que, ao contrário de formulações esquerdistas, ainda em voga no Brasil, segundo as quais o exemplo de democracia estaria na participação direta, na dita democracia participativa, os cidadãos brasileiros passam ao largo desse tipo de concepção. Para os partidários da democracia participativa, o fim em si mesmo é a política, a participação tomando conta da vida do cidadão.
Daí não se segue que o desinteresse pela política se traduza pelo desinteresse em assuntos públicos, entendida como lugar em que se criam as condições de uma vida coletiva. Na administração do Estado, em seus vários níveis, está presente o destino que se dá aos impostos, que nada mais são do que bens privados transferidos obrigatoriamente para a esfera estatal. Logo, é normal que se coloquem aqui questões atinentes à moralidade na gestão desses recursos, que devem - ou deveriam - estar destinados à melhoria das condições de vida dos cidadãos. Espetáculos de imoralidade de parte dos políticos e de seus partidos são percebidos como desvios de seus recursos privados, que tiveram destinação eticamente indevida. Surge, assim, a questão da moralidade na escolha dos representantes.
Não surpreende que em pesquisas de opinião surjam como qualidades requeridas de prefeitos a honestidade, o ter palavra, o cumprir promessas, que são atributos morais exigidos do homem público. Princípios são considerados essenciais. Política sem valores equivale a um cheque em branco dado a governantes e parlamentares no uso dos recursos públicos.
Eis por que não deixam de ser chocantes as alianças que se vêm fazendo nas eleições municipais, em que valores, princípios e ideias desaparecem do horizonte em proveito da utilização de tempo de rádio e TV. O caso mais paradigmático foi a aliança tecida entre Lula e Maluf, logo, entre PT e PP, na qual se conjugaram duas posições que no passado eram totalmente antagônicas: a de um partido que cresceu defendendo a ética na política e um político procurado internacionalmente pela Interpol por desvio de recursos públicos. Ou seja, surge o símbolo da moralidade pública intrinsecamente ligado à imoralidade, como se isso fosse normal na política. Caberia, evidentemente, a questão: qual política, qual normalidade?
Nada disso, no cenário político atual, é exclusivo desses dois partidos, pois o PSDB fez um movimento semelhante tentando atrair o mesmo parceiro. O problema foi o valor da barganha, e não os princípios. Um pagou mais que o outro, ambos compartilhando a mesma ausência de princípios. Os tucanos aliaram-se também ao PR de Valdemar Costa Neto, envolvido numa série de denúncias. Valeu igualmente o tempo de rádio e TV como valor maior.
Outro exemplo que pode ser percebido como ausência de moralidade é o das composições partidárias, que se fazem País afora, em que políticos que em sua cidade consideram adversário, quase inimigo, o partido X e se aliam à mesma legenda em outra cidade, como se coerência e relação com princípios nada valessem. Tal "qualidade" chega a ser vendida como se fosse um sinal de inteligência, ou melhor, de esperteza, denominação mais apropriada.
O que pensar, portanto, de uma concepção da política em que os valores morais desaparecem completamente? Coligações se fazem tendo como único "princípio" a exposição midiática dos candidatos, como se critérios morais fossem apanágio de moralistas ingênuos. Será que esses espertos da política não estarão dando sua contribuição decisiva para o avacalhamento da democracia brasileira?
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,ausencia--de-principios-,900821,0.htm

Mais uma etapa superada...