Nove filhas recebem nome Walter para homenagear pai na Paraíba
Meninas dizem que eram motivo de piada na infância.
Casal teve 15 filhos, e todos receberam nomes com variações de Walter.
Ao ficar grávida do seu primeiro filho, a paraibana Erotides Brandão
fez um acordo com o seu marido e prometeu homenageá-lo batizando a criança de
Walter, mesmo nome do pai. Ela só não esperava que ele ia gostar tanto e pedir
que todos os outros filhos também tivessem esse nome. Ao todo, foram 15
Walters, sendo nove mulheres - um menino morreu ainda bebê. “A primeira foi
Walterlúcia e no outro ano ele pediu para ficar colocando sempre. Eu não sabia
que iam ser tantos, mas a gente não sabia negar nada um ao outro”, conta
Erotides, hoje com 88 anos, em entrevista ao G1.
O casal teve que ter criatividade para variar nos nomes. Eles decidiram
que as mulheres iam ter os nomes femininos agregados ao Walter e seguidos por
Maria: Walterlúcia Maria, Walterlívia Maria, Walterlênia Maria, Walterlônia
Maria, Walterlácia Maria, Walterluzia Maria Emília, Walterluana Maria,
Walterangelina Maria e Waltersilvana Maria. Os homens, por sua vez, foram batizados
apenas com nomes compostos: Walter Emanuel, Walter Luís, Walter Olivério,
Walter Marcelo (morreu aos seis meses), Walter Licínio e Walter Fernando.
“Eu inventava na hora. Já
cheguei a perder as contas. Mas ainda perdi três bebês e eles também seriam
Walters”, afirma a mãe, reunida com os filhos na casa de um deles, no bairro de
Jaguaribe, em João Pessoa. “É merecido, o pai mereceu. Ele era um homem muito
bom.”
O Walter pai, que inspirou a todos, morreu em 2003, aos 81 anos, mas deixou, além dos filhos, netos com o seu nome. Dos 33 netos do casal, quatro também são Walter. “Tive dois filhos e absorvi a loucura de papai. Meu primeiro filho nasceu no dia de Santo Antônio. Até pensei em colocar esse nome nele, mas entre homenagear Santo Antônio e Santo Walter, eu preferi homenagear o Santo Walter”, conta, aos risos, Walter Licínio, que é pai de Walter Licínio Filho e Walter Yanko.
O Walter pai, que inspirou a todos, morreu em 2003, aos 81 anos, mas deixou, além dos filhos, netos com o seu nome. Dos 33 netos do casal, quatro também são Walter. “Tive dois filhos e absorvi a loucura de papai. Meu primeiro filho nasceu no dia de Santo Antônio. Até pensei em colocar esse nome nele, mas entre homenagear Santo Antônio e Santo Walter, eu preferi homenagear o Santo Walter”, conta, aos risos, Walter Licínio, que é pai de Walter Licínio Filho e Walter Yanko.
Walter Olivério também repassou seu nome para o filho, Walter Olivério
Júnior, e Walterluzia homenageou diretamente o pai, batizando seu primeiro
filho de Walter Fernandes Brandão Neto. “Vai fazer nove anos que ele faleceu,
mas parece que ele está aqui. Ele foi uma referência muito grande na nossa
vida”, diz Walterluzia.
Um dos filhos que resolveram não repassar o nome para os herdeiros acabou se arrependendo. “Eu não coloquei porque já havia muitos Walters, então eu preferi não colocar. Mas depois de 30 anos eu me arrependi, depois que vi o depoimento da minha mãe sobre o motivo dos nomes”, conta Walter Fernando, o caçula dos homens, que hoje é pai de Júlio, Lívio e Fernanda.
Um dos filhos que resolveram não repassar o nome para os herdeiros acabou se arrependendo. “Eu não coloquei porque já havia muitos Walters, então eu preferi não colocar. Mas depois de 30 anos eu me arrependi, depois que vi o depoimento da minha mãe sobre o motivo dos nomes”, conta Walter Fernando, o caçula dos homens, que hoje é pai de Júlio, Lívio e Fernanda.
Problemas para as mulheres
Apesar de a família se orgulhar da homenagem ao pai, o nome deu problemas às nove mulheres. Walterlúcia, a filha mais velha, conta que as colegas nunca a chamavam pelo nome, e sim por ‘Waltinha’. “Era péssimo e gerava briga. Eu corria e batia nelas, o negócio era feio”, relata.
E o problema não era apenas com Walterlúcia. As outras irmãs também eram motivo de piada onde passavam. “Como eu era a mais forte, eu defendia todas”, diz a mais velha.
“Meu pai era instrutor de tiro de guerra, então ele era transferido várias vezes. Em todo lugar que a gente ia era isso, por isso nunca gostei do meu nome. E a gente não podia falar isso para papai porque ele ficava triste. Mas fui amadurecendo e me acostumei”, garante Walterlúcia. Ela, porém, conta que já tentou mudar o nome e só não o fez por ser "muito caro". Hoje, quando perguntam o nome dela, ela o resume a Lúcia Brandão.
Apesar de a família se orgulhar da homenagem ao pai, o nome deu problemas às nove mulheres. Walterlúcia, a filha mais velha, conta que as colegas nunca a chamavam pelo nome, e sim por ‘Waltinha’. “Era péssimo e gerava briga. Eu corria e batia nelas, o negócio era feio”, relata.
E o problema não era apenas com Walterlúcia. As outras irmãs também eram motivo de piada onde passavam. “Como eu era a mais forte, eu defendia todas”, diz a mais velha.
“Meu pai era instrutor de tiro de guerra, então ele era transferido várias vezes. Em todo lugar que a gente ia era isso, por isso nunca gostei do meu nome. E a gente não podia falar isso para papai porque ele ficava triste. Mas fui amadurecendo e me acostumei”, garante Walterlúcia. Ela, porém, conta que já tentou mudar o nome e só não o fez por ser "muito caro". Hoje, quando perguntam o nome dela, ela o resume a Lúcia Brandão.