sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Refletir...


“Todo pensamento emocionalizado, unido à fé, tende a se realizar, a se materializar.” (Napoleon Hill)

Pensamentos...


"Os pássaros nascidos em jaula creem que voar é uma enfermidade". Alejandro Jodorowsky, um cineasta, poeta, escritor, CHL, 1929

Sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Anjo do dia: Jeliel.
Dia de São Flório.
Dia do Músico Erudito.
Dia do Trabalhador da Indústria da Construção Civil.

1962 Entra em operação a Usiminas, na vila de Ipatinga, Município de Coronel Fabriciano (MG), região do Vale do Aço, privatizada em 1991.
1994 Gustavo Felipe Bulhões, filho do então governador de Alagoas, Geraldo Bulhões, é condenado a 6 anos de prisão por tráfico de drogas.
1994 João Cabral de Melo Neto ganha o premio espanhol Rainha Sofia de Poesia, sendo o único brasileiro a alcançar esse feito.

1922 Nascimento: Darcy Ribeiro, antropólogo, escritor e político mineiro.
1942 Nascimento: Milton Nascimento, conhecido também pelo apelido de Bituca, cantor e compositor, nascido no Rio de Janeiro e criado em Minas Gerais.

A se lamentar com descaso...


Para associação, 27 milhões de brasileiros nunca foram ao dentista
Estimativa feita pela ABO (Associação Brasileira de Odontologia) aponta que cerca de 27 milhões de brasileiros nunca foram a um dentista. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (25), Dia Nacional do Cirurgião-Dentista e da Saúde Bucal.
De acordo com o presidente da instituição, Newton Miranda de Carvalho, a falta de atendimento odontológico acontece por falta de informação ou por falta de acesso. "As 22 mil equipes de saúde bucal que existem no Brasil são um grande avanço, mas insuficientes para colocar o problema da saúde bucal em patamares aceitáveis", diz Carvalho. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem 22.139 equipes de saúde bucal em atuação.
Aline Lopes, dentista de um núcleo de saúde da família em Samambaia, cidade do Distrito Federal, destaca a importância da atuação de uma equipe como essa na comunidade. "A grande vantagem é que a gente consegue ficar próxima do paciente. Eu conheço as famílias que atendo. Consigo rastreá-las, acompanhá-las desde a raiz dos seus problemas", conta.
O Brasil concentra o maior número de dentistas do mundo, mas "a má distribuição geográfica é o problema", diz o presidente da ABO. Newton de Carvalho explica que em um simples exame o dentista pode detectar o início de problemas que vão de uma simples cárie até algo mais sério, como o câncer de boca.
"O câncer bucal esta aumentando de forma absurda. Em 2012, estimamos que cerca de 7 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença. Para 2013, estimamos 14 mil. Isso é um índice muito alto, está dobrando em pouco espaço de tempo. É o fumo, o álcool, o sol sem proteção, a radiação ataca o lábio", alerta Carvalho.
Além disso, o presidente da ABO explica que a literatura científica médica e odontológica é rica em exemplos de relações comprovadas entre a boca e doenças cardíacas e pulmonares, diabetes, hipertensão e até o nascimento de bebês prematuros.
Newton de Carvalho recomenda a ida ao dentista de seis em seis meses. "Que escovem os dentes de três a quatro vezes por dia e não deixem de ir ao dentista. Não é só quando o dente dói que devemos ir ao dentista. Muitas vezes quando o dente dói, o problema já está avançado". Para ele, o Dia Nacional do Cirurgião-Dentista "não é só de comemorações, é para lembrar que existem doenças bucais".
O presidente da ABO diz que gostaria de voltar ao sistema antigo em que, em vez de o profissional estar apenas no consultório, ele atuava nas escolas primárias. "Nós reduzimos muito o número de cáries com esse sistema", informa.
"O problema básico é que a educação para a saúde ainda é deficiente. A ação governamental ainda é insuficiente" acrescenta.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1174855-para-associacao-27-milhoes-de-brasileiros-nunca-foram-ao-dentista.shtml

Chamariz de desejo...


Por que os homens amam seios?
Livro desvenda os mecanismos cerebrais que determinam a veneração masculina por essa parte do corpo da mulher
Não há como negar o poder de atração dos seios. O mercado entendeu essa fascinação e a cada ano lança novos sutiãs superpoderosos, capazes de transformar qualquer Twiggy em Sophia Loren. Meros decotes ganham status de “notícia”, classificando diversas manchetes pelo mundo. O número de cirurgias estéticas para colocação de próteses de silicone é sonho de consumo até de adolescentes. E boa parte das mais desejadas mulheres do planeta tem tal parte do corpo bastante avantajada, vide a eterna “Baywatch” Pamela Anderson e a exuberante Christina Hendricks.
Especialista na devoção masculina a esse símbolo absoluto da feminilidade, a Playboy recentemente lançou a sua “Batalha de Peito”, uma competição no estilo “mata-mata” na qual 16 mulheres disputaram o título de dona dos seios mais bonitos do Brasil. Na briga, a ex-BBB Adriana Sant’Anna levou a melhor, deixando para trás outra beldade pra lá de curvilínea, Andressa Ribeiro, musa do “Hipertensão”, da Rede Globo. Em 15 confrontos, o concurso teve 115 mil votos.
Mas o que explica tamanha atenção dada a contornos que todos nós conhecemos desde o nascimento? A novidade a respeito do assunto é o livro “The Chemistry Between Us: Love, Sex and the Science of Attraction” (“A Química Entre Nós: Amor, Sexo e a Ciência da Atração”, sem edição brasileira), dos autores Larry Young e Brian Alexander. Sucesso lá fora, a obra recorre à biologia para explicar os mecanismos cerebrais por trás de todo relacionamento, e os seios, é claro, têm destaque nas páginas.
Especialista em neurociência do vínculo social, o PhD Larry Young explicou em coluna publicada no The Huffington Post: “Os homens são os únicos mamíferos do sexo masculino fascinados por seios em um contexto sexual”. Para ele e seu colega Brian, essa atração começa ainda na fase de amamentação, quando a ocitocina, também conhecida como “hormônio do amor”, é liberada pela mãe. A produção dessa poderosa substância tem efeito direto sobre a dopamina, neurotransmissor associado à sensação de prazer, e o resultado de tal combinação é a forte conexão entre mãe e filho, que, influenciado pela atenção recebida, retribui.
“Os meninos não aprendem no playground que os seios são algo para se interessar. Essa fascinação é biológica e profundamente enraizada em nosso cérebro”, afirma a dupla de autores, que defende a tese de que o mesmo mecanismo desencadeado durante a amamentação virá a se manifestar quando um homem se relaciona sexualmente com uma mulher. “É um impulso evolutivo inconsciente, capaz de ativar poderosos circuitos de ligação, criando um vínculo amoroso e estimulante”, completam.
Para a sexóloga e educadora sexual Ivana Almeida Silva Marques, no entanto, a fixação masculina pelos seios vai além do resquício hormonal e sofre grande influência cultural. “Anos atrás, a bunda dominava a preferência nacional. Natural, já que o biotipo da mulher brasileira é caracterizado por quadris mais largos e seios menores. A valorização desmedida dos sutiãs fartos é originalmente americana, uma moda que foi exportada – e abraçada – pelo mundo. Por isso, é muito difícil dizer que todos os homens dão tamanha importância aos seios desde sempre”, explica.
Guilherme Conti Marcello, psicólogo e psicoterapeuta do Hospital das Clínicas (SP), concorda. “A ideia de que essa ligação é puramente hormonal compartilha os preceitos do que a psicanálise chama de Fase Oral, representada na fixação do bebê pela boca e, sobretudo, pelo seio. Mais tarde, no entanto, vimos que, muitas vezes, o dedo na boca era fruto de um processo natural, como o nascimento dos dentes, que faz a gengiva coçar. Quando os autores fazem essa conexão biológica, retomam concepções de Darwin, numa linha americana conhecida como Behaviorismo. Para eles funciona muito bem, mas é complicado afirmar, na América Latina, mais ainda especificamente no Brasil, que toda atração masculina pelo seio vem de uma memória tão anterior”, diz.
E, se levarmos o meio social como determinante de comportamentos, não podemos deixar de lado os fatores ditados pela moda, que define não apenas tons, tecidos e cortes a cada nova estação, como também qual é o corpo da vez. Na linha do tempo já entraram as musas do Renascimento (consideradas gordas para os padrões atuais), as anoréxicas das passarelas, as obcecadas por malhação, as mulheres-frutas e agora, ainda bem, as saudáveis. Nesse grupo, voltam a ganhar destaque os seios naturais, pequenos ou não, e retornam às salas de cirurgia mulheres que têm trocado suas próteses de silicone por outras menores.
Mas o cenário é paradoxal. “A linha moderna prega a valorização de corpos genuínos ao mesmo tempo em que a medicina estética faz progressos grandiosos. E beleza, hoje, é uma indústria gigantesca”, ressalta Ivana. “Essa volta ao seio natural contradiz os avanços que tiraram a noção de que toda mulher pode ser bonita e sensual com o corpo que ela tem. Hoje em dia, as pessoas que conseguiram escapar desses modismos estão criando uma nova moda. Padrões originais voltaram a ter o simbolismo de sexualidade e estão aparecendo como novidade”, afirma Guilherme.
Fato é que, mesmo sem desbancar o bumbum, há algum tempo o homem brasileiro vem olhando com maior atenção para os seios, e a intensidade de persuasão é inquestionável. Espiar com o decote alheio é irresponsavelmente irresistível até para uma mulher, ou não?  
http://delas.ig.com.br/amoresexo/2012-10-24/por-que-os-homens-amam-seios.html

Mudança de comportamento...


4 maus hábitos que prejudicam a perda de peso

Superar atitudes prejudiciais à saúde e perder aqueles quilinhos insistentes e irritantes somente com a força de vontade pode ser uma tarefa muito difícil. Diversas vezes nos vemos realizando inúmeras atividades físicas, deixando de comer o que nos agrada mas engorda, substituindo por outros alimentos; e, mesmo assim, não conseguimos alcançar o resultado desejado. Na verdade, ao mesmo tempo que policiamos nossas ações para evitar cometer os "pecados da dieta", deixamos passar algumas outras manias e vícios que, sem que percebamos, nos atrapalham. 

Para corrigir os hábitos incoscientes que sabotam nossa dieta, veja algumas dessas manias e saiba como evitá-las:

Mau hábito: Comer coisas "rápidas"
Todas já caímos nessa armadilha: você está atrasada para o trabalho, então toma um café e come um pãozinho na rua. As crianças vão ao curso após a escola, então pega algo para viagem. Ao viajar, você para numa loja de conveniência e se enche de comidas que fazem mal para a sua saúde. 

Acontece que, mesmo substituindo refeições inteiras por lanchinhos rápidos acreditando que comendo menos engordamos menos, acabamos consumindo coisas que não trazem as propriedades nutricionais necessárias ao corpo e, pior ainda, são fonte daquelas gordura que irá parar nos lugares que você menos deseja (como quadril, pneuzinhos, coxas...). Além disso, se a refeição não traz saciedade completa, a sensação de fome volta mais cedo, e a tendência de fazer "lanchinhos" da tarde é maior. 
Como parar
Comer com pressa é um hábito que pode fazer estrago nos seus objetivos de saúde e beleza. Mas existem formas de se combater a conveniência dos alimentos industrializados: se você tem maçãs, cenouras, barras de cereal e água em mãos, é menos provável que você faça paradas não-planejadas. Além disso, se você sabe que a próxima semana vai ser cansativa, prepare refeições fáceis e rápidas em casa com antecedência. Dessa forma, você come algo saudável e evita o fast-food entre as atividades. 

Mau hábito: “Pular” uma atividade física
Embora a nutrição seja muito importante nos esforços para melhorar a dieta, o exercício também é essencial para alcançar bem estar prolongado e perder peso. Tanto planejar refeições como levantar peso requerem dedicação, mas somente um deles vai fazer você suar e estimular sua circulação sanguínea. Se você está “pulando” exercícios, provavelmente você irá demorar mais para ver resultados mais evidentes. 
Como parar
Existem dois tipos de pessoas propensas a evitarem a atividade física: aquelas que ainda não conseguiram fazer do exercício uma prioridade diária, e aquelas que se tornaram entediadas com a mesma rotina. 

No primeiro caso, quando você está dando início a um novo sistema de atividade, é extremamente importante estabelecer metas pequenas e ao seu alcance para medir o progresso todos os dias. Manter um cronograma de quando você se exercita pendurado em alguma parede ajudará a se manter focada em criar um hábito saudável duradouro. 

Se você já se está se exercitando na academia por um tempo e ficou desmotivada com o tempo, considere mudar sua rotina e incluir incentivos para testar as próprias habilidades. Nunca fez ioga? Complete um mês de aulas e faça uma massagem no final. Acha que odeia pedalar? Comprometa-se a ir ao trabalho de bicicleta por uma semana e somente então compre aquela nova bolsa ou jeans. Quando você perde a motivação interna, adicionar incentivos de fora podem lhe dar o estímulo necessário para retomar seu objetivo. 

Mau hábito: Comer compulsivamente

À primeira vista, a análise comportamental da alimentação inconsciente parece simples. Comida tem um gosto bom, principalmente os petiscos muito salgados ou doces que comemos na frente da televisão. É óbvio que existe uma recompensa imediata e poderosa no sabor e na textura do que você escolhe para comer. O que talvez você não perceba é que também existe outra causa em jogo. Ao analisar os momentos em que você come de forma compulsiva, você vai perceber que eles geralmente ocorrem em sincronia com outro estímulo: muitas de nós recorremos à comida quando as coisas não estão bem ou quando estamos entediadas. Talvez você procure aquele petisco quando recebe uma má notícia, ou sempre tomou sorvete antes de dormir. Essas práticas estão enraizadas e podem ser difíceis de corrigir. 
Como parar
Observar a alimentação indevida e criar incentivos para evitar os petiscos pode ajudar a dominar seu comportamento. Saiba perceber as causas desse comportamento quando elas acontecem e trace o objetivo de manter essas comidas longe de casa. Pense sobre o que você vai comer e estabeleça a metas para evitar a alimentação sem sentido. Quer assistir seu programa de TV favorito ou colocar um álbum para o seu iPod? Prive-se desses pequenos luxos até que tenha alcançado sua meta de alimentação ponderada por uma semana. Incluir uma recompensa mais eficaz do que o sabor da comida pode ajudá-la a evitar muitas calorias extra. Você também pode começar a praticar um hábito saudável como alternativa para enfrentar os tempos difíceis no lugar da comida. Experimente escrever um diário, meditar, telefonar para uma amiga ou sair para caminhar em vez de fazer aquela boquinha reconfortante. 

Mau hábito: Dormir pouco 

Ir para a cama tarde e acordar cedo é uma prática extremamente prejudicial à saúde, mas comum para a maioria de nós. Sabemos que o sono nos ajuda a manter o organismo regulado e a sermos produtivos. Mas com tantos compromissos profissionais, atividades em família, eventos sociais e academia, quem tempo para dormir uma boa noite de sono? 
Como parar
Os ciclos de sono são geralmente programados quando somos jovens. Se você pensar sobre isso, poderá lembrar que tinha uma vida noturna no colegial ou acordava cedo durante a faculdade. Seu corpo encontrou um ritmo e fica feliz seguindo ele. Como ficar acordada é um comportamento difícil de mudar, ao tentar melhorar seus hábitos de sono é preciso ir aos poucos. Estabeleça um horário de dormir e mantenha-o; isso ajudará a preparar seu cérebro e seu corpo para o descanso. Escove os dentes, lave o rosto, leia um livro, ou medite para acalmar seu corpo. Evite olhar para o computador ou tela de TV logo antes de dormir, pois isso pode dificultar que você adormeça. Também ajuda reservar o seu quarto só para dormir: relegue a televisão, videogame e escritório ao restante da casa. 

Após conseguir manter a rotina de horário, procure dormir 5 minutos antes ou acordar 5 minutos mais tarde do que o normal. Quando você já tiver dominado esse cronograma por alguns dias, adicione mais 5 minutos de soneca. Pequenas mudanças como esse podem levar a grandes resultados. Mantenha a rotina por um mês e você terá ganhado mais de uma hora de descanso rejuvenescedor! 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Só rindo...


Viva a sabedoria...

Sensibilidade e Juízo Estético
Quando uma edificação (ex. fonte de Grândola), uma pintura, uma escultura ou uma mulher não deixa o observador indiferente, este reage dizendo: «gosto» ou «não gosto». Todos têm o direito de nos exprimirmos assim, qualquer que seja a nossa cultura ou capacidade de observação. Com efeito, não se discutem preferências individuais, porque estas são apenas opiniões subjetivas, que nunca deixam de ter razão, mas também nunca a têm, porque, para ter razão, é necessário que nos apoiemos em princípios objetivos.
No campo dos valores estéticos, ou do Belo [consideramos, neste contexto, o conceito de belo, no mais amplo sentido desta palavra, como o trágico, o admirável, o amorável, etc.], a preferência subjetiva é a única possível. Qualquer indivíduo que desenvolvesse esforços no sentido de convencer os outros de que uma mulher deve ou não agradar, não só se cobriria de ridículo, como se tornaria suspeito. E tal posição só deveria merecer o alheamento dos outros.
Com efeito, nenhum juízo crítico será possível se a sensibilidade artística faltar; mas não é menos verdade que a sensibilidade artística não é qualquer coisa simples como uma operação matemática; é, sim, o resultado de um conjunto de atividades humanas; desenvolve-se e amadurece com a experiência de vida e com a cultura.
Aquele que é dado à contemplação, com afetuoso interesse, tornar-se-á mais capaz de sentir a qualidade da arte do que aqueloutro que possui um espírito destorcido e espontâneo. A prática da observação estética enriquecerá a sua sensibilidade. Porquanto, o que interessa não é justamente a mensagem, ou a sua significação reduzida a termos intelectuais, mas sim o objecto no qual se condensa uma experiência.
Se somos sensíveis, perante um objecto estético, ou do Belo, experimentamos uma sensação e emoção intensas. A observação do Belo torna-se paliativo, faz com que a pouco e pouco, as preocupações do momento se dissipem. O nosso pensamento como que se transcende, dirige-se para o universo, a sua grandeza, os seus limites que não podemos conceber; sentimos a nossa continuidade com este mundo de que somos parte e com o qual formamos corpo. Denominaremos este sentimento complexo como sentimento de existência da natureza. Este sentimento não pode ser reduzido a nenhum outro; só a natureza é capaz de o fazer nascer em nós.
Vemos, portanto, que o domínio da beleza natural é complexo: este domínio é distinto do domínio da arte, que é o das obras humanas; é essencial não atribuir a um o que provém do outro e fazer uma distinção definitiva entre beleza natural e beleza estética das obras de arte.
O som da guitarra portuguesa agrada-nos; a observação de um jardim encanta-nos, os versos de Pessoa deliciam-nos. São impressões específicas, a que se convencionou denominar por sentimentos estéticos. Impressões que, em maior ou menor grau, não há quem não as tenha sentido. Só que cada um sente o seu prazer estético de modo peculiar e a variedade dos gostos abre-se num leque multiforme e matizado. Dir-se-á que não há apenas uma fruição do Belo artístico, mas miríades.
Cada um vê as coisas à sua maneira. Um quadro, por exemplo, será percepcionado de modo diferente, segundo o observador se interesse pela sua estética ou pela sua função, pela sua forma, pela sua cor ou pelo material utilizado. E convém recordar que um quadro não pode ser visto inteiramente de uma vez, com um só olhar. O visitante de um museu ou de uma galeria de arte pode dar livre curso à sua imaginação e formular juízos legitimamente subjetivos, juízos que, por outro lado, terá de rever frequentemente, visto que, sempre que voltamos a observar o mesmo objecto estético, encontraremos um pormenor que ainda não nos tinha sensibilizado.
É na vida povoada de seres e de coisas, e regida por ideias, que o homem ama, sofre, se apraz, se alegra ou se comove. Por isso a arte nasce ligada à totalidade da vida, é uma recriação da própria vida. Sociedade, ideologia, religião, moral, política, tudo faz parte da experiência humana e tudo a arte exprime. De tudo a arte se nutre: do bem como do mal, do belo como do feio, do justo como do injusto, do verdadeiro como do falso, do real como do ilusório, do concreto como do ideal, da ação como do pensamento.
Se esta reflexão tem algum sentido, como poderão todos os grandolenses gostar da «Fonte», que a atual Câmara edificou, se cada um expressa os seus sentimentos conforme as suas motivações do momento? Mas que a fonte está ali bem, lá isso está! (António Pinela, Reflexões, Fevereiro de 2004).
http://www.eurosophia.com/filosofia/acesso_livre/estetica/sensibilidade_e_juizo_estetico.htm

Mais uma etapa superada...