Saiba como identificar a depressão e fazer tratamento
gratuito em seis capitais
Sintomas da
depressão podem ser adquiridos na primeira infância.
Sensação de vazio,
tristeza, desânimo: você pode estar com depressão. Mas você sabia que
comportamentos depressivos são originados quando ainda somos bebês? Se você é
mamãe, tome cuidado, pois o modo como você trata seu bebê nos primeiros meses
de vida podem traçar um destino muito bom ou muito difícil para o seu filho e
as pessoas que vão cerca-lo.
De acordo com o psicanalista Roberto Girola, nos depressivos, as queixas em relação à vida são constantes e há uma tendência a responsabilizar os outros por sua infelicidade. Nos casos mais graves a paralisação do depressivo pode ser quase total, levando-o a dormir em excesso e a ter dificuldades para empreender qualquer tipo de atividade.
O estado depressivo
geralmente remonta a mães que foram hiperpresentes, de forma invasiva, pois os
cuidados dispensados ao bebê foram marcados não pelas necessidades dele e sim
por uma exagerada ansiedade materna, muitas vezes gerada pela culpa, por causa
de algum sentimento inconsciente de rejeição do bebê.
"Não é fácil
conviver com o depressivo, quanto menor for a pressão exercida e quanto maior a
capacidade de compreensão, melhor", explica Roberto Girola. Ele ainda
conta que pode ser útil um encorajamento, quase emprestando a capacidade de
sonhar, ausente tanto na depressão como em casos melancólicos.
Segundo o
psicanalista, dependendo da gravidade dos sintomas pode ser necessário recorrer
à medicação psiquiátrica, mas também é fundamental o recurso à terapia para que
o processo possa levar a uma melhora mais estável. "A escolha do
profissional certo é muito importante nesses casos, pois trata-se de síndromes
de difícil abordagem, tanto do ponto de vista médico como psicológico. Geralmente
profissionais responsáveis, tanto psiquiatras como psicanalistas ou psicólogos,
estão atentos para não assumir uma atitude onipotente em relação a esse tipo de
paciente, sobretudo nos casos mais graves, indicando a ajuda multidisciplinar,
ou seja, medicação e terapia, justamente por saber o quanto um quadro desse
tipo é difícil de ser tratado", conta.
Na avaliação de
Girola um dos problemas desse tipo de doença é que ela inibe a tomada de
decisões. Geralmente o recurso ao tratamento é feito somente quando são
percebidos transtornos bastante sérios para a vida pessoal e profissional. O
ideal seria que, com o aparecimento dos sintomas, a pessoa procurasse ajuda
profissional.