Tire a mente do 'piloto
automático' e volte-se para a atenção plena
Atenção plena - "Em vez de focar em uma coisa só, a
pessoa se concentra no que está acontecendo. Sem julgar, ou seja, curiosa. É
uma apreciação profunda do momento, e de tudo que surge nele. É a plena
consciência da presença da mente e do corpo. Por exemplo: se você está tomando
chá, está tomando chá, percebendo todas as sensações desse ato, de seu corpo,
nesse momento"
Sempre estamos em um dos dois estados básicos. O habitual que
podemos chamar de ‘piloto automático’ e o do 'plenamente presente'.
No 'piloto automático' ficamos remoendo ou prevendo
situações, imaginando circunstâncias desagradáveis antes que elas aconteçam. E
pagamos um preço alto por isso. Nem é uma questão técnica, mas de vida.
Lembra-se de Shakespeare: ‘Ser ou não ser?’.
Se você está permanentemente no piloto automático, com
impulsos de rejeitar problemas, pode passar a ter pânico, tensão muscular,
insônia. Tudo piora.
O “piloto automático” é o primeiro estado e o segundo é
aquele do ‘plenamente presente’ – de Atenção Plena. Se deixa vir o problema, o
incômodo, a dor, sabendo que o desagradável faz parte da vida, pode diminuir os
efeitos secundários. A aceitação profunda já melhora o drama. Com a atenção
plena, trabalhamos com o que está realmente acontecendo, sempre visando a melhorar
a qualidade de vida.
Atenção plena é um estado humano. É uma maneira
específica de SÓ prestar atenção, diferente de tipos de atenção
comuns que permeiam o nosso dia a dia.
Atenção plena não é estar alerta, não é policiar pensamento.
É sutil. Por causa disso é melhor cultivá-la, em primeiro lugar, numa prática
mais silenciosa, como a meditação. Melhor ainda aprender num curso de dois
meses. Em atenção plena a pessoa fica completamente aberta, aos poucos, para o
que está acontecendo. É ter qualidade de consciência, sem levar tão a sério os
conceitos de “certo” e “errado”. É gentileza profunda, sem julgamentos. É ser
carinhoso consigo mesmo, com o que vamos experimentando até mesmo dentro do
corpo.
Claro, tudo isso não é fácil aprender. Porém, realmente vale
a pena.
Em vez de focar em uma coisa só, a pessoa se concentra no que
está acontecendo. Sem julgar, ou seja, curiosa. É uma apreciação profunda do
momento, e de tudo que surge nele. É a plena consciência da presença da mente e
do corpo. Por exemplo: se você está tomando chá, está tomando chá, percebendo
todas as sensações desse ato, de seu corpo, nesse momento.
Nesse estado, os pensamentos - no que vai fazer daqui a pouco, ou no ano que vem – ainda sugem. Porém, na prática de atenção plena aprendemos como deixar o pensamento vir e fluir, sempre retornando a nossa atenção gentilmente ao presente. Com o tempo, a tendência daqueles pensamentos e humores automáticos de dominar a nossa mente fica mais tranquila.
Nesse estado, os pensamentos - no que vai fazer daqui a pouco, ou no ano que vem – ainda sugem. Porém, na prática de atenção plena aprendemos como deixar o pensamento vir e fluir, sempre retornando a nossa atenção gentilmente ao presente. Com o tempo, a tendência daqueles pensamentos e humores automáticos de dominar a nossa mente fica mais tranquila.
Seja diante de estresse ou dor crônica, ainda assim é ‘deixar
vir’, perceber o que está acontecendo e não julgar. A atenção plena nos ensina
a sentir a existência, com gentileza e paciência. E se cultivo essa qualidade
de atenção focada em mim, gradualmente passo a enxergar melhor o outro também.
Num texto anterior falei sobre o simples exemplo de olhar uma lagartixa que se
move na parede -clique aqui e leia. Outro exemplo de se
voltar para si é simplesmente prestar atenção no ar que sai e entra no seu
corpo.
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/viverbem.htm