sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Língua afiada...


PEGADINHA GRAMATICAL
Até as 22h ou até às 22h?
"O resultado das eleições será conhecido até as 22h".

A maioria dos estudantes, ao escrever uma frase parecida com a apresentada no título, ficaria em dúvida quando a colocar ou não o acento grave indicador de crase em "as 22h". Acredito que colocariam o acento. E você, caro internauta, colocaria o acento grave ou não?

Vamos à explicação: o vocábulo crase provém do grego krâsis, cujo significado é ação de misturar, mistura de elementos que se combinam num todo. Para nós, lusófonos, é a contração da preposiçãoa com os artigos definidos a, as ou com os pronomes demonstrativos a, as, aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo:
a + a = à
a + as = às
a + aquele = àquele
a + aqueles = àqueles
a + aquela = àquela
a + aquelas = àquelas
a + aquilo = àquilo


Vejamos alguns exemplos:

1. "Nunca obedeci àquele homem, pois não o respeito" (quem obedece, obedece a alguém);
2. "Assisti à peça teatral escrita por Mário Bortoloto" (quem assiste, no sentido de ver, assiste a algo);
3. "Não aspiro àquela vaga, mas à que foi ocupada por Oriolando" (quem aspira, no sentido de desejar muito, aspira a algo);
4. "Cheguei ao cinema às 19h50" (chegar, ao indicar hora exata, exige a preposição a).

Ocorre, porém, que, em muitas situações, outra preposição é usada, e não o a. Quando isso ocorrer, não haverá o acento indicador de crase, em virtude da falta da preposição a. Vejamos alguns exemplos:

1. "Cheguei após as 7h": não há o acento indicador de crase, pois, no lugar da preposição a, usou-se a preposição após;
2. "Estou aqui desde as 7h": não há o acento indicador de crase, pois, no lugar da preposição a, usou-se a preposição desde.

Há, porém, uma preposição que admite a preposição a ao seu lado: é a preposição até. Vejamos alguns exemplos:

1. "Ontem, fomos até o parque caminhar" (ou até ao parque);
2. "Dormi até o meio-dia" (ou até ao meio-dia).

Tal combinação não é obrigatória; é, aliás, desnecessária. A combinação de até com a acontece com o objetivo de evitar ambigüidade, ou seja, evitar duplo sentido na frase, pois o vocábulo até, além de ser preposição, também pode ser advérbio com o sentido de inclusive. Às vezes, não há como saber qual dos dois foi usado.

Veja o seguinte exemplo:
"A enchente inundou o bairro todo, até a igreja"
Não dá para saber o sentido exato da frase. Há duas situações:
- A enchente inundou o bairro todo, mas não a igreja: chegou até ela e parou;
- A enchente inundou o bairro todo, inclusive a igreja.

Se a primeira opção for a verdadeira, até é preposição; se for a segunda, advérbio. Caso a verdadeira seja a primeira opção, recomenda-se o uso da preposição a em combinação com até, evitando, assim, o duplo sentido: "A enchente inundou o bairro todo, até à igreja".

Caso a verdadeira seja a segunda opção, recomenda-se o uso de inclusive: "A enchente inundou o bairro todo, inclusive a igreja".

A frase apresentada no início do texto não apresenta ambiguidade. Pode-se, portanto, usar o acento indicador de crase, mas não há necessidade dele.

História...


A Grécia
A Grécia é uma península balcânica que fica localizada ao sul da Europa, com litoral  muito recortado e relevo interior montanhoso, formando assim extensos vales. Essa característica dificultava a comunicação entre seus vales, assim, o acesso entre as diversas regiões era mais prático por mar do que por terra. De maneira geral, o solo grego não era fértil, porém a costa marítima da Grécia era extensa e isso compensava o fato da terra ser infértil, o povo grego aproveitou-se dessa extensa área oceânica para retirar produtos do mar e fazer comércio marítimo para sobreviverem. A história do povo grego foi influenciada pelos aspectos geográficos da região.

Quando os povos invasores aqui chegaram, vindos do norte, das planícies eurasianas e indo-europeias, encontraram a planície balcânica ocupada por grupos influenciados pela cultura cretense, egípcia e fenícia. Os povos que ali habitavam já se denominavam gregos e julgavam-se autóctones descendentes de Heleno, filho de Deucalião, que havia escapado de um dilúvio provocado por Júpiter, pai dos Deuses. Dai o nome de Hélade, pelo qual também foi conhecida a Grécia, e o de helenos, dado aos seus habitantes.

Os primeiros povos do norte a invadir a península balcânica foram os aqueus, depois os jônios, os eólios e os dórios. Ao penetrarem na Hélade, fixaram-se nela e incorporaram alguns aspectos da cultura cretense, egípcia e fenícia. Essa incorporação das várias culturas, tanto vindas dos povos invasores do norte quanto dos povos que ali habitavam, deu origem à identidade grega e à formação do povo grego e, consequentemente, a mais importante civilização da História Antiga.
http://www.escolakids.com/a-grecia.htm

Viva a sabedoria...

Martin Heidegger

Martin Heidegger, filósofo alemão (1889-1976), nasceu em Messkirch. Foi aluno de Husserl, e defendeu, em 1916, a sua tese sobre a Doutrina das Categorias em Dunos Escoto. Figura polêmica  é objecto de várias discussões. Foi professor em Marburgo e depois em Friburgo (1928). Em 1933 é nomeado Reitor desta Universidade, quando o regime de Hitler já dominava. O seu discurso, pela ocasião da tomada de posse como Reitor, marcará para sempre o filósofo e será, vezes sem conta, lembrado pelos opositores do regime. É certo que alguns meses depois, o filósofo demite-se do cargo, mas aquela marca acompanhá-lo-á para sempre. Tanto assim que, em 1945, quando os aliados procederam à ocupação, é suspenso da sua cátedra. É reconduzido anos mais tarde, em 1952. Contudo, a sua atividade universitária perdera o brilho inicial.
A sua condição de Reitor, naquele tempo, ensombrou a sua vida, impedindo que esta seja julgada sem aquela referência à experiência política, que foi o nacional-socialismo alemão.
Heidegger escreveu várias obras, indicam-se as principais: O Ser e o Tempo (1927), em que desenvolve uma ontologia existencial que situa, como ponto de partida da reflexão filosófica, a compreensão que o homem tem de si próprio e do mundo. Para tal é necessário analisar o «Dasein» (ser-aí), o qual dá aceso ao horizonte em que se revela o sentido do ser. Para Heidegger, o homem é«pastor do ser», criticando a ciência moderna que se esquece do «ser»; Kant e o Problema da Metafísica (1929); Doutrina de Platão sobre a Verdade (1947); Carta sobre o Humanismo (1947); Da Essência da Verdade (1947); Sendas Perdidas (1950).

Cultura viva...


Arte e História
As relações entre História e Arte permitem outras formas de compreensão do homem.
Ao longo do tempo, percebemos que a existência do homem não se limita à simples obtenção dos meios que garantem a sua sobrevivência material. Visitando uma expressiva gama de civilizações, percebemos que existem importantes manifestações humanas que tentaram falar de coisas que visivelmente extrapolam a satisfação de necessidades imediatas. Em geral, vemos por de trás desses eventos uma clara tentativa de expressar um modo de se encarar a vida e o mundo.

Paulatinamente, essa miríade de expressões passou a ser reconhecida como sendo “arte”. Para muitos, este conceito abraça toda e qualquer manifestação que pretenda ou permita nos revelar a forma do homem encarar o mundo que o cerca. Contudo, o lugar ocupado pela arte pode ser bastante difuso e nem sempre cumpre as mesmas funções para diferentes culturas. Não por acaso, sabemos que, entre alguns povos, o campo da expressão artística esteve atrelado a questões políticas ou religiosas.

Na opinião de alguns estudiosos desse assunto, o campo artístico nos revela os valores, costumes, crenças e modos de agir de um povo. Ao detectar um conjunto de evidências perceptíveis na obra, o intérprete da arte se esforça na tarefa de relacionar estes vestígios com algum traço do período em que foi concebida. A partir dessa ação, a arte passa a ser interpretada com um olhar histórico, que se empenha em decifrar aquilo que o artista disse através da obra.

Com isso, podemos concluir que a arte é um mero reflexo do tempo em que o artista vive? Esse tipo de conclusão é possível, mas não podemos acabar vendo a arte como uma manifestação presa aos valores de um tempo. Em outras palavras, é complicado simplesmente acreditar que a arte do século XVI tem somente a função de exprimir aquilo que a sociedade desse mesmo século pensava. Sem dúvida, o estudo histórico do campo artístico é bem mais amplo e complexo do que essa mera relação.

Estudando a História da Arte, o pesquisador ou estudante irá perceber que uma manifestação de clara evidência “artística” pode não ser encarada como tal pelo seu autor ou sociedade em que surge. Além disso, ao estabelecermos um olhar atento à obra de um único artista, podemos reconhecer que os seus trabalhos não só refletem o tempo em que viveu, mas também demonstram a sua relação particular, o diálogo singular que estabeleceu com seu tempo.

Atualmente, o olhar histórico sobre a arte vem sendo acrescido de outras questões bastante interessantes. A apropriação da obra pelo público, os meios de difusão do conteúdo artístico e o intercâmbio entre diferentes manifestações integram os novos caminhos que hoje englobam esse significativo campo de conhecimento. Sem dúvida, ao perceber tantas perspectivas, temos a garantia de que as possibilidades de se enxergar a arte ou uma única obra pode conceber variados sentidos. 
http://www.brasilescola.com/artes/a-arte-na-historia.htm

Entendendo...


A sociedade estamental: as funções de cada estamento
A sociedade estamental era o tipo de estrutura social existente antes da Sociedade Industrial; era dividida em estamentos (grupos sociais) e não permitia a ascensão social.
A sociedade estamental era o tipo de estrutura social que se dividia em estamentos e não permitia a ascensão social
Antes do nascimento da Sociedade Industrial, a qual como se sabe foi consequência direta das Revoluções Industrial e Francesa, o tipo de estrutura social vigente era a que caracterizava uma sociedade estamental. Nessa sociedade, aqueles que nascessem nos estamentos mais baixos estariam condenados à neles permanecerem, uma vez que não havia a possibilidade de ascensão social.
Para compreender a sociedade estamental, a qual marcaria boa parte da história ocidental principalmente quando olhamos para Europa na Idade Média, podemos imaginar a figura de um triângulo no qual os estamentos (grupos sociais) estariam dispostos da seguinte maneira: rei, clero, senhores nobres e, finalmente, plebeus. Como aponta Hélio Jaguaribe (2001), havia “os que oravam (oratores), os que lutavam (bellatores) e os que trabalhavam (laboratores). Ainda, segundo ele, registra-se que o “bispo Adelberonte de Leon constatava que a sociedade cristã estava dividida e, três ordens, que ele considerava necessárias e complementares, cada uma delas prestando serviços indispensáveis às outras duas”. (JAGUARIBE, 2001, p. 408).
Na parte superior deste triângulo estava o clero, composto pelos homens da igreja, grupo fundamental não apenas para a manutenção do poder ideológico do ponto de vista religioso, mas porque desempenhavam um papel estratégico e fundamental para o apoio e manutenção do status quo do poder real. A função deste estamento era a de rezar, ou seja, zelar pela vida espiritual das pessoas. Na sequência, em um estamento inferior, estavam os chamados senhores nobres, que tinham por função o combate, a defesa do reino em batalhas.
Os nobres, enquanto grupo, procuravam casar entre si, tinham propriedades e riqueza, além de um reconhecimento geral de que eram superiores aos plebeus, último estamento. Mas os títulos de nobreza e o reconhecimento também dependiam da anuência do rei, o qual condecorava os indivíduos que considerava merecedores de algum mérito. Logo, pode-se imaginar como seria impossível para um plebeu, localizado na base desta pirâmide que formava a sociedade estamental, angariar outra condição de vida diferente daquela em que se via preso ao trabalho, à subordinação, ao pagamento de impostos, a uma vida de restrições, limitações e pobreza. Logo, ao se nascer pobre, carregava-se um estigma ou uma espécie de rótulo ao longo da vida, o que contribuía para demarcar, definitivamente, a posição do indivíduo entre os estamentos.
Assim, apenas após as transformações sociais, políticas e econômicas (dentre elas o questionamento do poder absolutista dos reis, a defesa da liberdade de expressão e religiosa, e o desenvolvimento do capitalismo, para citar apenas alguns) que desmontaram as bases desta sociedade estamental é que a ascensão ou mobilidade social parecia algo menos utópico, mais próximo da realidade. O fim da sociedade estamental foi marcado pelo nascimento de uma sociedade de classes, a qual graças a uma maior divisão do trabalho social permitiria um trânsito das pessoas pelas diferentes classes sociais.
http://www.brasilescola.com/sociologia/a-sociedade-estamental-as-funcoes-cada-estamento.htm

Curioso...


Chorar as pitangas
De onde vem esse termo usado por quem lamenta algum infortúnio?
Em sua história, o Brasil se comportou como um rico mosaico de culturas onde influências diversas deram origem às várias facetas que hoje tentam definir a figura do brasileiro. Sem dúvida, é praticamente impossível alegar que nosso país seja portador de uma “cultura pura”. Povos oriundos das mais diversas partes do mundo deixaram aqui sua marca, compondo a formação de um amplo leque de hábitos, gestos e expressões que não reconhecem nenhum tipo de limitação.
No início do processo de colonização, apesar das várias situações de conflito, portugueses e indígenas estabeleceram um contato empreendedor de diversas trocas culturais. Com esse respeito, alguns historiadores chegam a levantar a hipótese de que as dificuldades enfrentadas pelos colonos lusitanos seriam bem maiores caso não buscassem os saberes acumulados pelas sociedades indígenas que há séculos desbravaram o território.

De fato, o desafio de se adaptar a um espaço desconhecido deve ter feito muitos colonos “chorar lágrimas de sangue”. No entanto, se um português fosse se queixar a um indígena por meio dessa expressão gastaria certo tempo para que essa metáfora fizesse algum sentido para o nativo. É justamente aí que o contato entre esses dois mundos distintos, no caso, indígena e português, possibilitou a criação de novas expressões que perpetuaram em nosso cotidiano.

Segundo a indicação de algumas pesquisas, como a do folclorista Câmara Cascudo, o termo “chorar as pitangas” foi cunhado por meio desse contato entre culturas diferentes. No caso, o “sangue” que compunha a expressão lusitana foi substituído por “pitanga”, que significa “vermelho” na língua tupi. Dessa forma, o termo acabou fazendo alusão à uma lamentação extensa, onde o reclamante passaria chorando até ficar com seus olhos avermelhados.

Foi assim que uma nova expressão foi desenhada para reclamar das várias intempéries ocorridas durante o longo e difícil processo de dominação do território brasileiro. Não se limitando ao passado colonial, ainda temos muitas pessoas que admitem “chorar suas pitangas” quando algum tipo de contratempo sobrevém.

Piada...


Num carro de metrô, um anão começou a escorregar pelo banco e outro passageiro, solidário, o recolocou na posição.
Pouco depois, o anão escorregou novamente e o mesmo passageiro o recolocou no assento. Quando a situação se repetiu pela quinta vez, o homem, já irritado, esbravejou:
- Será que você não consegue ficar sentado sem escorregar?
Ao que o anãozinho respondeu:
- Meu amigo, já passamos por cinco estações, estou tentando desembarcar, mas o senhor não deixa!
http://www.piada.com/busca_piadas.php?categoria=08&eof=1328&pg=3

Mais uma etapa superada...