segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Só rindo...





Refletir...


“O cão não ladra por valentia e sim por medo.” (Provérbio chinês)
http://pensador.uol.com.br/proverbios_chineses/

Língua afiada...


PEGADINHA GRAMATICAL
Custou para mim ou para eu acreditar?
Custou para eu acreditar nela.

Apesar de o Word corrigir a frase "Custou para mim acreditar nela" para "Custou para eu acreditar nela", o uso de mim está adequado ao padrão culto da língua. O pronome eu exerce a função sintática de sujeito. Para se descobrir qual o sujeito de um verbo, basta ao aluno perguntar a ele: "Que(m) é que .......?" Por exemplo:
Eu fiz o trabalho ontem.
Pergunta: Quem é que fez o trabalho ontem?
Resposta: eu = sujeito do verbo fazer.

Façamos o mesmo exemplo com a frase apresentada:
Basta para mim ter Teté ao meu lado.
Há dois verbos: bastar e ter. Analisemos o verbo bastar:
Pergunta: Que é que basta?
Resposta: ter Teté ao meu lado = sujeito do verbo bastar.

Observe que o sujeito do verbo bastar é uma oração, pois onde houver verbo haverá uma oração. O sujeito representado por uma oração se chama oração subordinada substantiva subjetiva (OSSS).

Num período, há a chamada ordem direta, que é a colocação do sujeito no início da oração, com o verbo logo após ele. Se a frase apresentada for escrita em ordem direta, ou seja, se a oração subordinada substantiva subjetiva iniciar o período, haverá a seguinte frase: "Ter Teté ao meu lado basta para mim". Percebeu como o adequado é usar mim mesmo?
Para mim basta ter Teté ao meu lado.
Ter Teté ao meu lado basta para mim.
Para mim, ter Teté ao meu lado basta. [a vírgula é optativa]
Basta para mim ter Teté ao meu lado.

Sempre que houver bastar, custar, faltar ou restar e, no mesmo período, houver outro verbo no infinitivo, este não poderá ser flexionado, ou seja, sempre ficará invariável. Veja alguns exemplos:
Basta para os alunos estudar todos os dias.
Basta para eles estudar todos os dias.
Basta para nós estudar todos os dias.

Isso ocorre porque os alunos, eles e nós não exercem a função de sujeito de estudar, e sim a de complemento do verbo bastar (objeto indireto).

A frase apresentada, portanto, deve ser assim corrigida:

Custou para mim acreditar nela.
http://vestibular.uol.com.br/pegadinhas/custou-para-mim-ou-para-eu-acreditar.jhtm

História...


A Inconfidência Mineira
No século XVIII, o Brasil ficou marcado pela descoberta e a exploração de suas minas de ouro. Encontradas principalmente nas regiões de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás, o ouro despertou o interesse dos colonizadores portugueses. Afinal de contas, o encontro de metais preciosos foi uma das mais antigas ambições que os portugueses tiveram assim que chegaram por aqui.
Com a descoberta do ouro, o governo português tratou de criar uma série de impostos que garantiam a obtenção de lucros junto à atividade mineradora. Com o passar dos anos, o esgotamento das minas passou a diminuir bastante as toneladas de ouro que eram enviadas para Portugal. Isso se explica até pelo fato de que o ouro é um bem natural não renovável e com a constante exploração foi perdendo força.
Na medida em que percebeu a diminuição da quantidade de ouro recolhido, o governo português decidiu aumentar a cobrança de impostos feita nas minas. A fiscalização nas cidades mineiras aumentou e um polêmico imposto chamado de derrama passou a ser cobrado. A derrama era um tipo de cobrança em que Portugal recuperava os impostos atrasados, com a tomada de outros bens dos mineradores que estavam em dívida com o governo português.
Esse tipo de cobrança gerou muita insatisfação e acabou sendo um dos motivos pelos quais alguns mineradores, intelectuais e proprietários de terra de Minas Gerais, lá pelos fins da década de 1780, se reuniram para criticar e elaborar um plano pelo fim da colonização portuguesa. Essas reuniões deram força ao planejamento de uma revolta, que ficou conhecida em nossa história como Inconfidência Mineira.
Os chamados inconfidentes acreditavam ser possível lutar pela independência de Minas Gerais e implantar um governo de característica um tanto mais justa e democrática. Apesar de não serem visivelmente contra a escravidão, os inconfidentes lutavam pela modernização da economia local, a criação de universidades e a separação entre a Igreja e o Estado. Além disso, traçaram um plano de rebelião que aconteceria assim que a derrama fosse cobrada na cidade de Vila Rica. Os inconfidentes acreditavam que se a revolta acontecesse no momento da cobrança, o apoio da população aconteceria naturalmente.
Apesar de todo o planejamento, a revolta acabou não acontecendo. Um envolvido na revolta, chamado Joaquim Silvério dos Reis, preferiu entregar o plano em troca do perdão de suas dívidas. Desse modo, as autoridades portuguesas prenderam grande parte dos envolvidos e os processaram pelo crime de traição. No ano de 1791, as investigações foram encerradas e os acusados tiveram suas penas decretadas. Entre os condenados, somente o inconfidente Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes, foi condenado à morte.
Alguns historiadores dizem que Tiradentes foi o único punido, pois era o envolvido na revolta que tinha a condição financeira mais humilde. Tiradentes era militar e dentista, duas profissões que garantiam uma vida modesta, mas não muito confortável. No fim das contas, principalmente a partir do século XX, esse inconfidente foi transformado em herói nacional. Sua condenação à forca e ao esquartejamento virou símbolo de luta pela independência do Brasil. Contudo, lá naquela época, a defesa da independência de toda nação estava longe de acontecer.
Dessa forma, percebemos que a Inconfidência Mineira foi fruto do autoritarismo e da violência que eram empregados por Portugal no século XVIII. Contudo, por outro lado, não podemos dizer que os inconfidentes tinham um grande plano de independência para a nação brasileira. Os revoltosos de Minas pensavam apenas em sua região, mas acabaram sendo transformados em heróis nacionais.
http://www.escolakids.com/a-inconfidencia-mineira.htm

Viva a sabedoria...


Immanuel Kant

Filósofo alemão (1724-1804), originário de uma família numerosa e de condição humilde. Seu pai era correeiro. Aos 13 anos perdeu a mãe, da qual recebeu uma cuidada educação moral e religiosa, de orientação pietista. Frequentou o Collegium Fridericianum, de 1732 a 1740, onde reforçou a formação religiosa e moral, e adquiriu conhecimentos das línguas clássicas e da literatura latina. Ingressou, em 1740, na  Universidade de Königsberg, onde estudou Filosofia, Teologia, Moral, Lógica e Física. Nesta altura, o professor Martin Knutzen pôs à disposição a  biblioteca particular e deu-lhe a conhecer a mecânica de Newton. Perdeu o pai em 1746, o que o obrigou, devido a carências financeiras, a abandonar a Universidade e a exercer durante cerca de oito anos o lugar de preceptor, enquanto preparava o doutoramento. Homem profundamente religioso, moderado de costumes, metódico, benévolo, diz-se que apenas saiu uma vez de Königsberg, a sua cidade natal. Regressou a Königsberg, em 1755, e obtém o doutoramento com a dissertação latina: Meditationum quorundam de igne succinta delineatio (Esboço sumário de algumas meditações sobre o fogo). Em 1755, iniciou a docência na Universidade de Königsberg. Ensinou durante 40 anos Filosofia, Geografia, Antropologia, Pedagogia e Matemática.  A sua vida foi inteiramente consagrada ao estudo, ao ensino e à meditação, é o fundador da filosofia crítica (o criticismo).
Em 1766, começou a análise da metafísica como ciência. Em 1970 lançou as bases do criticismo, que posteriormente sistematizou nas Críticas. O iluminismo, entendido por ele como a saída do homem da menoridade, o empirismo de Hume, que o «despertou do sono dogmático», e a ciência newtoniana servem de fundamento à sua filosofia crítica. Kant nutria uma profunda simpatia pelos ideais da independência americana e da Revolução Francesa. Foi pacifista, antimilitarista convicto.
Obras principais: Crítica da Razão Pura (1781), Prolegómenos a Toda a Metafísica Futura que se Poderá Apresentar como Ciência (1783), Fundamentos da Metafísica dos Costumes (1785), 2.ª edição da Crítica da Razão Pura  (1785), Crítica da Razão Prática (1788), Crítica da Faculdade de Julgar (1793), A Religião dentro dos Limites da Simples Razão (1793) e Metafísica dos Costumes (1797).

Cultura viva...


Cinema
Quem não se encantou quando foi pela primeira vez ao cinema assistir a um filme? Imagine então como ficaram as pessoas que assistiram o primeiro filme do mundo. Até o início do século XVIII, as únicas formas encontradas pelo homem para conservar a imagem de uma paisagem ou pessoa era guardando-a na memória ou sendo retratada em tela por um pintor. Essa realidade mudou quando, na França, em 1826, o inventor Nicephóre Niepce conseguiu registrar uma paisagem sem pintá-la, demorou 14 horas para alcançar o feito. A imagem foi registrada com o auxílio de uma câmera escura numa placa de vidro. O filme fotográfico só foi inventado em 1879, por Ferrier e aperfeiçoado pelo americano George Eastman. Algum tempo depois os irmãos Lumière criaram o cinematógrafo, que era uma câmera de filmar e projetar imagens em movimento.
Com o cinematógrafo em mãos, os irmãos Lumière começaram a produzir seus filmes, cuja apresentação pública foi realizada pela primeira vez em 1895, na França. Para o público que assistiu ao filme aquilo era algo maravilhoso e surpreendente, pois até aquele momento a fotografia ainda era novidade. Foi pelo fato dos filmes não terem sons que surgiu a expressão “cinema mudo”, os atores falavam e em seguida surgia a legenda na tela. Um dos grandes destaques do cinema mudo foi Charles Chaplin.
O cinema com som surgiu em 1926, com o filme "The Jazz Singer", da Warner Brothers, recurso criado com o auxílio de um sistema de som Vitaphone, porém o som do filme não era totalmente sincronizado. Somente em 1928 a Warner Brothers obteve sucesso com a sincronização entre o som e a cena, no filme “The Lights of New York". A partir desse momento o cinema passou por um processo de evolução até chegar aos dias atuais, com todo seu glamour e encantamento aliado à sofisticação e modernidade.
Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, Hollywood não é o maior produtor de filmes, a maior indústria cinematográfica do mundo na verdade é a Índia.
http://www.brasilescola.com/artes/cinema.htm

Entendendo...


As bases do Estado e do pensamento liberal
O Estado, no pensamento liberal, tem funções e poderes limitados, devendo conservar os direitos naturais do homem.
John Locke - Pai do pensamento liberal
Segundo Norberto Bobbio, podemos compreender “liberalismo” como uma determinada concepção de Estado, na qual este tem poderes e funções limitados. Assim, será o avesso daquele Estado no qual o poder absolutista imperou em boa parte da Idade Média e da Idade Moderna. Da mesma forma, ele se contrapõe ao que hoje consideramos ser o Estado social, ou de bem-estar social que se viu na URSS no século XX. Além disso, Bobbio também aponta que um Estado liberal não é necessariamente democrático, mas, ao contrário, realiza-se historicamente em sociedades nas quais prevalece a desigualdade à participação no governo, sendo ela bastante restrita em termos gerais, limitada a classes possuidoras (BOBBIO, 1995). Obviamente, o Estado liberal seria fruto de um pensamento liberal, pensamento este discutido por vários intelectuais nos últimos cinco séculos, mas que teria suas bases nas teses de John Locke (1632-1704), considerado o pai do liberalismo principalmente por conta de suas ideias em “Dois tratados do governo civil”, obra publicada no final do século XVII. No primeiro tratado, ele faz uma crítica ao tipo de Estado caracterizado pelo poder absolutista do rei, pautado na escolha divina. No segundo tratado, escreve sobre a origem, extensão e objetivo do governo civil.
Há um trinômio muito importante em sua obra constituído pelos conceitos de Estado natural, Contrato social e Estado civil. Para Locke, o homem é anterior à sociedade e a liberdade e a igualdade fazem parte de seu Estado de natureza. No entanto, elas não são vistas de forma negativa como nas ideias de Thomas Hobbes (o qual afirma que os sentimentos de liberdade e igualdade conduzem a guerra constante), mas sim dizem respeito a uma situação de relativa paz, concórdia e harmonia. Nas palavras de Francisco Welfort (2006), nesse estado pacífico os homens já eram dotados de razão e desfrutavam da propriedade que, numa primeira acepção genérica utilizada por Locke, designava simultaneamente a vida, a liberdade e os bens como direitos naturais do ser humano. No estado natural do homem ele possuiria direitos naturais que não dependeriam de sua vontade (um estado de perfeita liberdade e igualdade). Locke afirma que a propriedade é uma instituição anterior à sociedade civil (criada junto com o Estado) e por isso seria um direito natural ao indivíduo, que o Estado não poderia retirar. “O Homem era naturalmente livre e proprietário de sua pessoa e de seu trabalho” (WELFFORT, 2006, pg. 85).
Contudo, apesar de John Locke acreditar no lado positivo da liberdade e da igualdade no estado de natureza, tal situação não estava isenta de inconvenientes como a violação da propriedade. Para contornar esses inconvenientes era preciso fazer um contrato social, que unisse os homens a fim de passarem do estado de natureza para a sociedade civil. Seria necessário instituir entre os homens um contrato social ou um pacto de consentimento, no qual o Estado é constituído como “dono” do poder político para assim preservar e consolidar ainda mais os direitos individuais de cada homem, direitos estes que eles já possuíam desde o estado de natureza. Assim, “é em nome dos direitos naturais do homem que o contrato social entre os indivíduos que cria a sociedade é realizado, e o governo deve, portanto, comprometer-se com a preservação destes direitos” (MARCONDES, 2008, p. 204). Segundo Welffort, no Estado civil os direitos naturais inalienáveis do ser humano à vida, à liberdade e aos bens estão mais bem protegidos sob o amparo da lei, do árbitro e da força comum de um corpo político unitário. Este seria o sentido e a necessidade da formação do Estado como garantidor de direitos.
Não é por outro motivo que John Locke é considerado o pai do individualismo liberal. Sua obra terá grande influência na conformação do pensamento liberal ao longo do século XVIII. A doutrina dos direitos naturais está na base das Declarações dos Direitos dos Estados Unidos (1776) e na Revolução Francesa (1789). O Estado liberal é o Estado limitado, sendo a função dele a conservação dos direitos naturais do homem.
Assim, se a defesa dos direitos dos homens é o mote do pensamento liberal, a valorização do individualismo é uma consequência óbvia e direta no Estado Liberal ou, nas palavras de Bobbio, “sem individualismo não há liberalismo” (BOBBIO, 1995, pg. 16). Certamente, o desenvolvimento desses valores e dessa visão de Estado foi fundamental para o desenvolvimento do capitalismo enquanto modo de produção, formando as bases jurídicas da sociedade capitalista. Dessa forma, as questões levantadas são: até que ponto a liberdade e igualdade entre os homens conseguem andar juntas no sistema econômico capitalista? Embora o Estado liberal garanta a defesa da liberdade, ele poderia garantir a igualdade (em seu sentido mais amplo) entre os homens? Fica o convite à reflexão.
http://www.brasilescola.com/sociologia/as-bases-estado-pensamento-liberal.htm

Mais uma etapa superada...