sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Devanear...


Meu Sonho - Cecília Meireles

Parei as águas do meu sonho
para teu rosto se mirar.
Mas só a sombra dos meus olhos
ficou por cima, a procurar...
Os pássaros da madrugada
não têm coragem de cantar,
vendo o meu sonho interminável
e a esperança do meu olhar.
Procurei-te em vão pela terra,
perto do céu, por sobre o mar.
Se não chegas nem pelo sonho,
por que insisto em te imaginar?
Quando vierem fechar meus olhos,
talvez não se deixem fechar.
Talvez pensem que o tempo volta,
e que vens, se o tempo voltar.
http://www.aindamelhor.com/poesia/poesias11-cecilia-meireles.php

Evitar o abuso de ingestão alcoólica, ainda que sagrada...


Padres de Curitiba podem trocar vinho por suco de uva em missas
Orientação da arquidiocese foi publicada nesta sexta-feira (1°).
Objetivo é evitar que os sacerdotes sejam punidos pela Lei Seca.
Os padres católicos de Curitiba foram autorizados, nesta sexta-feira (1°) a trocar o vinho usado nas celebrações por suco de uva. A orientação partiu do arcebispo de Curitiba Dom Moacyr José Vitti. A arquidiocese da cidade está preocupada com as possíveis sanções que os sacerdotes possam receber devido à Lei Seca.
Em nota publicada nesta sexta, o arcebispo diz que a orientação aos padres é para que reduzam ao máximo a ingestão de vinho com álcool. A bebida é utilizada nas missas como representação do sangue de Cristo e é uma tradição milenar na liturgia católica. A orientação também permite que o vinho com álcool seja trocado pela versão da bebida sem álcool.
Aos padres que forem, eventualmente, parados em alguma fiscalização de trânsito, os sacerdotes são orientados a apresentar a carteira que comprova o serviço à Igreja Católica. De acordo com a nova Lei Seca, os motoristas que forem flagrados com qualquer quantidade de álcool no sangue podem sofrer sanções imediatas que vão desde a perda do direito de dirigir até a prisão.
http://g1.globo.com/parana/noticia/2013/02/padres-de-curitiba-podem-trocar-vinho-por-suco-de-uva-em-missas.html

Elegeram o chefe da quadrilha por mérito e folha corrida...


Renan Calheiros é eleito presidente do Senado com larga vantagem
Ele recebeu 56 votos contra 18 de Pedro Taques (PDT- MT)
Parlamentar foi denunciado por três crimes e pode pegar até 23 anos de cadeia. 
O senador do PMDB-AL foi eleito presidente do Senado por larga vantagem. 
BRASÍLIA - O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) foi eleito nesta sexta-feira o novo presidente do Senado, no biênio 2013-2014, ao vencer o rival Pedro Taques (PDT-MT) por 56 votos a 18 votos, sendo dois deles em branco e outros dois anulados, no total de 78 senadores votantes. Ele sucede a José Sarney, que deixa o comando da Casa pela quarta vez. O apoio do PT e do Palácio do Planalto foi fundamental para a vitória. Renan só teve sua candidatura formalizada a menos de 24 horas da eleição. Há cinco anos, Calheiros renunciava ao mesmo cargo para evitar a cassação por denúncias de uso de laranjas para comprar empresas e uso de lobista para pagar despesas particulares.
Logo após a proclamação do resultado por Sarney, Renan fez um rápido pronunciamento ao assumir o cargo e agradeceu aos que nele depositaram confiança, aos parlamentares do PMDB e fez um agradecimento especial ao político maranhense.
— Foi ele (Sarney) que nos conduziu da escuridão da ditadura para a liberdade democrática — afirmou.
A sessão para a escolha do novo presidente do Senado foi aberta na manhã desta sexta-feira pelo ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). O bloco dos senadores que fizeram oposição à candidatura de Renan Calheiros optou por discursos comedidos, evitando citar as acusações contra o favorito à Presidência do Senado. O clima no plenário nas horas que antecederam a votação para a escolha do novo presidente foi de moderação, atitude adotada por parlamentares que já sabiam, de antemão, que teriam Renan à frente da Casa pelos próximos dois anos.
No mesmo dia da eleição em que Renan saiu vencedor, a Revista ‘Época’ revelou que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, denunciou o senador ao Supremo Tribunal Federal (STF) por peculato (desvio de dinheiro público, 2 a 12 anos de cadeia), falsidade ideológica (1 a 5 anos) e uso de documento falso (2 a 6 anos). O conteúdo da denúncia ainda não havia sido divulgado.
- Se fizermos um exame de consciência, podemos ver que temos o sentimento de uma necessidade de renovação – afirmou o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que defendeu que essa renovação estava na candidatura do senador Pedro Taques (PDT-MT).
Pedro Simon (PMDB-RS) disse que o senador Renan Calheiros deveria renunciar à candidatura. Ele destacou que a posição do peemedebista dificultava a decisão dos senadores, já que ele está sendo denunciado.
- O procurador fez uma denúncia ao STF. E está na mão do presidente do STF denunciar o presidente do Senado por uma série de crimes. Seria o caso de suspender essa sessão? Esse confronto de o Senado eleger um ilustre senador que está sendo processado. Ele se elege hoje e na quarta ou quinta-feira o presidente do Supremo aceita a denúncia e começa um processo. E automaticamente ele será processado aqui e se começa tudo de novo – afirmou Simon, relembrando a renúncia de Renan em 2007, à presidência do Senado.
- Não tenho intimidade com Renan, temos estilos diferentes. Se eu tivesse intimidade com Renan, eu diria “não te mete nessa”, é muito mais importante para ti ficar na liderança – disse Simon.
Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que havia apresentado candidatura para a presidência do Senado e abriu mão em favor de Taques, destacou que havia pleiteado concorrer ao cargo em protesto.
Dilma liga para novo presidente do Senado
Após a vitória, a presidente Dilma Rousseff ligou para Renan para parabenizá-lo pela vitória na eleição da presidência do Senado. Dilma fez o telefonema assim que chegou a Brasília de volta de uma viagem que fez a Castanhal (PA), onde participou de cerimônia de entrega de 1.080 unidades habitacinais do programa Minha Casa Minha Vida.
A presidente não se pronunciou publicamente sobre a disputa, mas o Palácio do Planalto apoiou a candidatura do peemedebista nos bastidores. Dilma retornou do Pará e seguiu direto para o Palácio da Alvorada, sua residência oficial, por volta das 16h30.
Jorge Viana será o 1º vice-presidente
Na votação para a escolha da nova Mesa Diretora do Senado, Jorge Viana (PT-AC) foi escolhido como 1º vice-presidente e senador Romero Jucá (PMDB-RO) o 2º vice-presidente. Os parlamentares aprovaram as indicações de Flexa Ribeiro (PSDB-PA) para a 1ª secretaria da Mesa, da senadora Ângela Portela (PT-ES) para a 2ª secretaria e do senador João Vicente Claudino (PTB-PI) para a 4ª secretaria.
Por falta de acordo entre as lideranças partidárias, o titular da 3ª secretaria será escolhido no voto em cédula de papel, entre os senadores Magno Malta (PR-ES) e Ciro Nogueira (PP-PI).
Defesa por Renan
No Senado, a candidatura de Renan foi defendida enfaticamente por Lobão Filho (PMDB-MA) e Fernando Collor (PTB-AL). Lobão Filho criticou a Procuradoria-Geral da República (PGR), afirmando que o órgão deixou para fazer uma denúncia contra o peemedebista na semana em que se elege o presidente do Senado. Ele também defendeu a proporcionalidade e o “direito” do partido de ter o cargo da presidência da Casa.
- Eu acho que nosso partido fez a escolha correta. O PMDB não está usurpando o direito de ninguém. É um direito do PMDB – disse Lobão Filho.
No discurso mais raivoso em defensa do conterrâneo e ex integrante da chamada "Turma de Alagoas", o senador Fernando Collor chamou, da tribuna do Senado, o procurador-geral da República de "chantagista" e "prevaricador". Na sua cruzada contra o procurador, Collor aproveitou a sessão para pedir celeridade na tramitação da representação que apresentou contra Gurgel, acusando-o de prevaricação.
Ao falar da denúncia pedida por Gurgel contra Renan, Collor disse que ele não tem autoridade moral para apresentar denúncia contra qualquer parlamentar.
- Esse senhor (Gurgel) é um prevaricador, um chantagista, sem autoridade moral para colocar um senador numa situação constrangedora - discursou Collor bastante irado.
Ele reclamou do fato de Gurgel ter apresentado a denúncia contra Renan num sábado, véspera da eleição de Renan.
- Alguma orquestração está por trás disso tudo - reclamou, completando: - Como tem autoridade moral para apresentar denúncia contra um senador que já foi julgado e absolvido pelo Senado Federal?
Já o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) elogiou Sarney, a quem ele atribui melhorias na transparência na Casa. Ele também exaltou seu partido e defendeu que, pelo tamanho da legenda, em respeito à proporcionalidade, Renan deve ser o escolhido:
- Meu companheiro, meu amigo, dileto e fraternal senador – disse Rêgo sobre Renan.
Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) afirmou que seu partido iria apoiar a candidatura de Taques. Ontem, o presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, tentou lançar a candidatura de Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), mas depois abriu mão e anunciou apoio a Taques.
- Temos uma posição unânime, vamos votar no Pedro Taques, pois entendemos que ele é quem representa as aspirações do povo brasileiro – afirmou Rollemberg.
Também do PSB, João Capiberibe (AP) levou à tribuna denúncias contra Renan.
- Temos dois candidatos, um velho, desgastado, com telhado de vidro. E outro que representa a mudança e oxigenação do Senado – disse.
Força de Renan Calheiros
No mesmo palco em que os senadores ignoraram as denúncias que envolvem Renan Calheiros reconduzindo-o à presidência do Senado, há cinco anos o senador alagoano jogou a toalha: acossado por denúncias de uso de laranjas para comprar empresas e uso de lobista para pagar despesas particulares, renunciou á presidência do Senado durante sessão de julgamento para perda de seu mandato. Entregou a presidência e salvou o mandato com a derrubada do parecer do falecido senador Jefferson Péres (PDT-AM) que pedia sua cassação. Desde então, trabalhou dia após dia costurando acordos para retomar o posto.
Passados esse cinco anos, Renan volta com força total, com apoio da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula, dos partidos da base governista e até de José Dirceu, condenado como chefe da quadrilha do Mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Como agora, em que enfrenta três inquéritos para apurar uso de notas frias e crime contra o meio ambiente, no dia 04 de dezembro de 2007 Renan encerrou quase três anos de duas eleições consecutivas para presidir o Senado. No ato da renúncia, disse que saia sem mágoas ou ressentimentos, de cabeça erguida.
- Não adotei este gesto antes pois poderia sugerir, naquele momento, uma aceitação das infâmias e inverdades. Desculpem-me se essa interpretação não pareceu a mais conveniente, mas agi de acordo com a minha consciência, convicto de que era a conduta mais correta. Meu pensamento, nesta hora difícil de minha vida, volta-se para o povo de Alagoas, que, com sua confiança e soberania, me investiu do mandato de Senador da República, de que tanto me orgulho - disse Renan em sua despedida do cargo.
O anúncio de sua candidatura de Renan foi feito ontem pelo presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que negou constrangimento por Renan correr o risco de virar réu em inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele afirmou que Renan é um “líder nato”.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/renan-calheiros-eleito-presidente-do-senado-com-larga-vantagem-7460119#ixzz2JhDPoUpy
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http://g1.globo.com/parana/noticia/2013/02/padres-de-curitiba-podem-trocar-vinho-por-suco-de-uva-em-missas.html

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Só rindo...










Refletir...


“Não há que ser forte. Há que ser flexível.” (Provérbio chinês)
http://pensador.uol.com.br/proverbios_chineses/

Língua afiada...


PEGADINHA GRAMATICAL
De volta à Libertadores
 De volta à Libertadores 23 anos depois, Tricolor joga para afastar a crise.

Esses dias, recebi um e-mail de um estudante carioca perguntando se na frase acima, estampada em um jornal do Rio de Janeiro, o uso da crase estaria adequado.

Vamos à resposta:

Como já vimos muitas vezes nestas colunas, crase é a fusão de duas vogais idênticas. Quando a fusão ocorrer entre a preposição "a" e o artigo "a" ou "as" ou entre a preposição "a" e os pronomes demonstrativos "a" ou "as", deve-se usar o acento grave: "à, às". Por exemplo:

Obedeci à regra.
Obedecei às regras.

Em ambas as frases há a preposição "a" (Quem obedece, obedece A algo) e o artigo "a" (a regra) e "as" (as regras). Por isso o acento grave em ambas.

Obedeci a regras.

Já nessa frase só há a preposição "a". Não há artigo algum, que, se houvesse, seria "as" (as regras). Sem crase, portanto. Nunca ocorre crase quando o "a" estiver no singular, e a palavra seguinte no plural.

A frase apresentada pelo estudante, porém, só aparentemente tem um substantivo no plural, uma vez que "Libertadores" é o nome de uma competição. Ninguém diria "O Santos é bicampeão das Libertadores", e sim "O Santos é bicampeão da Libertadores".

Na frase apresentada existe a preposição "a" (Quem está de volta, está de volta A algo) e o artigo "a" (A Libertadores é uma competição futebolística). O acento grave indicador de crase está, portanto, adequado:

 De volta à Libertadores 23 anos depois, Tricolor joga para afastar a crise.
http://vestibular.uol.com.br/pegadinhas/de-volta-a-libertadores.jhtm

História...


A Proclamação da República no Brasil
A proclamação de Deodoro da Fonseca: o primeiro marco de nossa história republicana
No dia 15 de novembro de 1889, aconteceu a proclamação que transformou o Brasil em um país de regime republicano. Antes disso, nosso país era um império organizado a partir do rompimento dos laços coloniais com Portugal. A proclamação republicana foi resultado da ação de um grupo de militares, que se colocou contra o governo imperial que era liderado por Dom Pedro II.
A ação dos militares brasileiros realizou-se numa época em que os movimentos de oposição contra o império já aconteciam. No fim do século XIX, vários intelectuais e políticos acreditavam que o Império não era o melhor para o país. A ideia de um governo controlado por um imperador, portando muitos poderes, era entendida como algo que dificultava o desenvolvimento da nação.
Além disso, havia uma grande oposição ao governo imperial por conta dotrabalho escravo. A escravidão era interpretada como um tipo de trabalho que impedia o processo de modernização de nossa sociedade, de nossa economia. Portanto, a escravidão deveria ser combatida. Contudo, esse mesmo regime era mantido pelo governo imperial. Com isso, muitos defensores do fim da escravidão também se transformaram em críticos do governo de Dom Pedro II.
Nesse conjunto de transformações, alguns militares engrossaram a fileira dos que não concordavam com o governo de Dom Pedro II. Após a Guerra do Paraguai, ocorrida entre 1864 e 1870, os militares brasileiros ganharam muito prestígio mediante a vitória do país nesse conflito. Valorizados pelo conflito, passaram a exigir maior valorização com melhores salários e a formação de uma carreira mais interessante. Na medida em que o império não cumpria todas essas exigências, importantes figuras do Exército passaram a se contrapor à ordem imperial.
Não bastando esse movimento, devemos destacar o problema surgido nessa mesma época entre o imperador e a Igreja Católica. No fim do século XIX, o papa havia decretado que os católicos envolvidos com a maçonaria deveriam ser expulsos da Igreja. O imperador, que era católico e simpático à maçonaria, acabou não seguindo essa exigência e impediu que os bispos brasileiros seguissem as recomendações papais.
Nesse período, essas tensões cresciam e a abolição da escravidão, decretada em 1888, acabou piorando a situação de Dom Pedro II. Os grandes fazendeiros proprietários de escravos se sentiram desamparados pela Coroa e também passaram a se voltar contra o rei. Nesse contexto de críticas e oposições, passou a correr um boato de que Dom Pedro II iria realizar uma grande reforma nas Forças Armadas, retirando da corporação os militares que se opunham ao Império.
Essa polêmica, alimentada ao longo do ano de 1889, acabou mobilizando um grupo de militares que exigiam a anulação dessa reforma. Alguns outros, já percebiam nessa oportunidade a situação ideal para impor a dissolução do Império Brasileiro. Foi entre essas duas propostas que o marechal Deodoro da Fonseca, líder do Exército, foi convocado para liderar a ação que deu fim à monarquia brasileira. No dia 15 de novembro daquele ano começava o regime republicano brasileiro.
A partir daquele momento, dava-se início a um novo tipo de governo político em nossa história. Na república, temos a organização de um governo que deveria dar mais autonomia aos estados e maior direito de participação política aos cidadãos do país. Apesar de esses serem os dois pilares do nosso regime, foram muitas ainda as lutas e transformações que viriam a garantir realmente essas duas mudanças em nossa realidade política. Ou seja, o 15 de novembro foi apenas um primeiro passo de uma longa estrada a se construir.

Mais uma etapa superada...