segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Juramento após a recompensa financeira...


Número de médicos cresce, mas eles estão mal distribuídos pelo país
Estudo da CFM e Cresmesp mostra concentração nos grandes centros e critica propostas do governo

BRASÍLIA - O número de médicos no Brasil vem crescendo ao longo das últimas décadas, mas ainda persistem desigualdades regionais, com uma concentração maior de profissionais nos grandes centros e nas regiões mais ricas. Outro problema é a baixa adesão ao trabalho na rede do Sistema Único de Saúde. Segundo registros dos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), o número de médicos no Brasil chegou a 388.015 em outubro de 2012, o que dá dois profissionais para cada 1.000 brasileiros. Era 1,15 em 1980, 1,48 em 1990, 1,72 em 2000, e 1,91 em 2010. As conclusões são do segundo volume da pesquisa "Demografia Médica no Brasil: cenários e indicadores de distribuição", do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), divulgada nesta segunda-feira.

A divulgação coincide com a polêmica discussão em torno da facilitação da revalidação do diploma de médicos formados no exterior, que está sendo estudada pelo governo federal e é defendida pela Frente Nacional de Prefeitos e pela Associação Brasileira de Municípios. O objetivo é atrair médicos para atender em regiões onde há carência desse tipo de profissional. A proposta é repudiada pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e, segundo a pesquisa do CFM e Cremesp, não vai resolver o problema. A pesquisa diz que tanto os médicos brasileiros quanto os estrangeiros em atuação no país seguem a tendência de se fixarem nos grandes centros urbanos, longe do interior.
O estudo também indica que a ideia de instalar cursos de medicina onde há carência de médicos - proposta defendida pelo Ministério da Educação (MEC) - não atingirá seu objetivo. Segundo a pesquisa, a localização das faculdades de medicina pouco influencia a decisão do futuro médico na hora de escolher onde vai trabalhar.
- Aí vem o governo, com suas tiradas mirabolantes, suas cartas tiradas da manga. Com efeitos cosméticos, tentam enganar, dizendo que com mais escolas e trazendo médicos de fora, o caso está resolvido. É um equívoco - criticou o presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila, acrescentando:
- Só a faculdade no interior não resolve o problema. Entretanto, eu elogiei a atitude do ministro Mercadante (Aloisio Mercadante, da Educação, de tornar mais rígidos os critérios para abertura de novos cursos de medicina). Acabou-se a abertura de escolas para atender o desejo de um deputado, um senador. Acabou um grande grupo empresarial de educação abrindo um quarto, quinto curso de medicina. Isso não é nenhum critério técnico, é critério de apadrinhado. Qual o principal critério que nós entendemos? O critério social, onde não tem escola, mas aí têm que vir outras coisas: rede ambulatorial, hospital para prática dos alunos, corpo docente qualificado. Aí começam os problemas.
De forma geral, diz o estudo, os formados optam pelo trabalho nas capitais e cidades mais ricas. Entre 1980 e 2009, dos 107.114 médicos que se graduaram em uma cidade diferente daquela onde nasceram, 36,8% retornaram à terra natal, sendo que as cidades do Rio e de São Paulo são responsáveis por cerca de um terço desses profissionais. Outros 25,3% ficaram na cidade onde se formaram, a maioria delas no Rio, São Paulo, Porto Alegre, Recife, Belo Horizonte, Salvador e Curitiba.
- Há uma acomodação nos maiores centros. Eles saíram de Rio, São Paulo (para estudar em outros lugares), talvez fugindo da grande concorrência, e retornam ao grande centro (depois de formados) - avaliou o pesquisador do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo (USP) Mario Scheffer, coordenador da pesquisa, acrescentando: - Cem cursos foram abertos, muitos no interior, nas últimas três décadas, e não conseguimos perceber uma relação entre isso e a fixação de médicos no interior.
- A pesquisa tem como um dos seus objetivos principais chamar o governo federal para o debate sobre a desigualdade de acesso ao serviço médico. Essa desigualdade não será resolvida com o aumento do número de médicos - acrescentou o presidente do Cremesp, Renato Azevedo Júnior.
Região Norte tem, proporcionalmente, menos médicos no país
De 1980 a 2012, houve um aumento de 74% na razão de médicos por habitantes. Isso significa que o crescimento do número de médicos se dá numa taxa maior ao aumento da população. A pesquisa aponta alguns fatores para isso, como a abertura de muitos cursos de medicina. Além disso, a cada ano, há um saldo de 6 mil a 8 mil médicos a mais no mercado de trabalho (número dos que entram, descontados aqueles que deixam de exercer a profissão). A pesquisa também mostra que o grupo de médicos com até 39 anos representa 40,59% do total, o que sugere um tempo maior de permanência no exercício da profissão.
Por região, o Norte é o lugar que proporcionalmente tem menos médicos no país: 1,01 para cada 1.000 habitantes. No Nordeste, esse número é de 1,23. No Centro-Oeste são 2,05 e no Sul 2,09. O Sudeste é a região que concentra mais médicos: 2,67 para cada 1.000 habitantes.
O Distrito Federal é a unidade da federação com maior taxa de profissionais da área: 4,09 por 1.000 pessoas. O Rio de Janeiro está em segundo lugar, com 3,62, seguido de São Paulo, com 2,64. Também estão acima da média brasileira Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Minas Gerais. Ao todo, 16 estados têm menos de 1,5 médico por 1.000 habitantes. A pior situação se verifica no Maranhão, com 0,71, seguido de Pará, com 0,84, e Amapá, com 0,95. Segundo a pesquisa, esses três estados têm índices comparáveis a países africanos.
- O que a gente vê, é que isso (aumento do número de médicos) não beneficiou de maneira homogênea todos os cidadãos brasileiros - diz Mario Scheffer, completando: - O aumento por si só não vai beneficiar os locais onde há carência de médicos.
Ao todo, 55% dos médicos estão vinculados à rede pública
A capital que proporcionalmente tem mais médicos é Vitória: 11,61 profissionais por 1.000 habitantes, quase o quíntuplo da taxa do Espírito Santo, que é de 2,17. O fenômeno se repete em todo o país: a pesquisa mostra que as capitais concentram mais médicos que o interior dos estados.
Ao todo, 55% dos médicos estão vinculados à rede pública, mas, segundo a pesquisa, esse contingente é insuficiente para atender a demanda de 150 milhões de pessoas que dependem exclusivamente do SUS. Levando em conta apenas esses profissionais, há 1,11 médico para cada 1.000 habitantes que dependem do SUS, bem abaixo da médica nacional que também inclui os médicos que atendem pelo sistema privado. Mesmo a unidade da federação com proporcionalmente mais médicos atendendo pelo SUS, o Distrito Federal, tem apenas 1,71 profissional por 1.000 habitantes quando desconsiderados os médicos da rede privada.
- Do nosso ponto de vista, (a quantidade de médicos no SUS) é uma presença insuficiente para um atendimento universal - avaliou o coordenador do estudo, Mario Scheffer.
Quanto aos médicos formados no exterior, a pesquisa mostra que há 7.284 em atuação no Brasil, dos quais 65% são brasileiros que saíram do país para estudar. Em seguida, vêm os bolivianos, peruanos, colombianos, cubanos e argentinos. A média de idade é de 43 anos, contra os 46 anos da médica nacional, e 80% não têm título em nenhuma especialidade. A maioria - 66,3% - são homens. Entre as cidades, São Paulo é a que concentra o maior número de profissionais formados fora do Brasil. Os estados com grande concentração são Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, que também são os mais populosos do país.
O número de novos médicos graduados fora do Brasil, que cresceu entre 2000 e 2005, diminuiu desde então. Segundo a pesquisa, a redução coincide com a definição de novas regras de revalidação e a implantação do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida).


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/numero-de-medicos-cresce-mas-eles-estao-mal-distribuidos-pelo-pais-7607688#ixzz2LHjNmaMY
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Então tá, depois nem venha chorar as pitangas...


Teoria de que mulheres preferem os cafajestes tem fundamento
Estudo da Universidade do Texas diz que, durante a ovulação, a mulher sente mais atração por cafajestes
Qual mulher nunca se apaixonou por um homem bonitão, sexy, esbanjando autoconfiança, atraente, mas... um verdadeiro cafajeste? Ou não falou, em vão, repetidas vezes para a amiga terminar logo com aquele garanhão? E qual homem nunca se perguntou por que diabos foi trocado por aquele cara que claramente não quer nada a sério com a mulher de seus sonhos?
A pergunta que paira sobre todas essas situações é: as mulheres preferem os cafajestes? Para tentar respondê-la, a professora da Universidade do Texas (EUA) Kristina Durante fez três estudos com mulheres de 18 a 45 anos, durante o período de ovulação delas. A conclusão foi publicada neste ano com o título "Ovulation Leads Women to Perceive Sexy Cads as Good Dads ("Ovulação leva as mulheres a perceberem homens sexy e cafajestes como bons pais", em tradução livre). 

O resultado surpreendeu até a pós-doutora em psicologia social: todas essas mulheres, independentemente da idade, se sentiram mais atraídas aos homens "cafajestes" durante a ovulação e atribuíram a eles características de bons pais e parceiros estáveis para toda a vida.

A pesquisa também concluiu que, quando se tratava de enxergar os mesmos cafajestes com outras mulheres, a história era outra: as entrevistadas voltavam a vê-los como aventureiros a se evitar. Para piorar a situação dos homens que valorizam a fidelidade e querem ser maridos e pais, a ovulação não causou a mesma mudança nas mulheres em relação a eles.
Culpa da evolução

O que explica a mudança no comportamento durante a ovulação é a genética e a evolução. Segundo Kristina, as características dos cafajestes são ligadas a altos níveis de testosterona, sistema imunológico mais eficaz e, portanto, condições genéticas melhores. "A interpretação para isso é que somos mais atraídas por esses homens porque podemos passar seus bons genes aos nossos filhos. Em centenas de milhares de anos atrás, nossas crianças, se tinham esses sistemas imunológicos mais eficazes, tinham mais probabilidades de sobreviver nas condições ambientais dos nossos ancestrais", explica a pesquisadora em entrevista ao UOL.
 
A pesquisa considerou apenas as mulheres no período de ovulação, excluindo, portanto, meninas que ainda não entraram na puberdade, que usam métodos contraceptivos que inibem produção de hormônio ou mulheres que passaram da menopausa. Kristina acredita que quando as mulheres não estão ovulando têm uma visão mais realista dos cafajestes.
 
Mais jovens, mais vulneráveis
 
As mulheres com mais hormônio estrogênio tendem a cair mais facilmente na lábia dos cafajestes, de acordo com Kristina. "Então, se pensarmos nos níveis de estrogênio ao longo da vida, mulheres que são mais férteis, com 20 e poucos anos de idade, mais provavelmente se iludiriam com os cafajestes e sexy. Provavelmente, as mais jovens mostrariam mais esse efeito do que as mais velhas", diz.
 
E a pesquisadora revela que já foi "vítima" dos hormônios na juventude (e que a experiência pessoal foi um dos fatores que motivaram sua linha de estudo). "Eu já fui uma garota de 20 e poucos anos que esteve com garotos que provavelmente não seriam bons companheiros de longa data. Meus amigos e parentes deviam pensar ‘ele não é um cara legal’, mas quando eu estava junto do meu cafajeste sexy eu o percebia de forma diferente, através de lentes coloridas. Depois, olhando para trás, eu percebia que estava me iludindo".
Conflito entre o corpo e o cérebro

A pesquisadora acredita que o fato de todas as mulheres do estudo terem atribuído aos cafajestes características de bons pais indica um mecanismo criado por elas, sem se darem conta. Seria uma forma de justificar o conflito que sentem por saberem que estão lidando com um homem que não deveriam, mas serem impelidas a ter relações sexuais com ele.
 
"Quando você está ovulando, se sente mais atraída por canalhas, mas, por saber que eles não são do tipo estável, e para se sentir melhor, você pensa que talvez, apenas com você, as coisas sejam diferentes e ele poderia se tornar um bom marido, um bom pai. É uma maneira de  reduzir a ansiedade que sentimos por estarmos atraídas por eles. Pensamos: ‘ele pode não ser tão ruim’".
 
Preferem ou não preferem?
 
Pensando no ponto de vista das mulheres brasileiras e dos "cafajestes nacionais", essa teoria é válida? Para Elko Perissinotti, psiquiatra e psicanalista que é vice-diretor do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, as mulheres preferem, sim, esse tipo de homem, mas não sabem disso.

"É um saber não sabido, mas sendo executado (na fantasia, pelo menos), sobretudo ao sabor da ovulação ou de bebidas alcoólicas. Mas sabemos muito bem que esse é apenas um exercício de genética, hormônios e desejos, porque a cultura bloqueia isso pela lei moral e pela modificação parcial da mente. Assim, o que faríamos de fato é transformado em objeto de desejo", diz ele.

Já a antropóloga Mirian Goldenberg, professora da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), pesquisadora do tema há 25 anos e autora do livro "Por que Homens e Mulheres Traem?", dentre outros, diz que as mulheres acabam ludibriadas pelas técnicas de sedução dos canalhas, mas que logo se dão conta do erro e pulam fora.

Segundo ela, esses homens são minoria –em sua pesquisa, algo em torno de 7%. E eles jamais se intitulam cafajestes. "Dizem que são poligâmicos por natureza e não podem trair o próprio desejo. Que precisam da sedução, da aventura, da conquista". O que os diferencia de outros homens, para a pesquisadora, é a capacidade de seduzir e dizer o que as mulheres querem ouvir.
 
No fim das contas, esse cafajeste é malvisto por mulheres e homens, acredita Mirian: "Ele simboliza para os outros homens o fracasso da arte da sedução. Porque se só o cafajeste consegue aquilo que as mulheres querem, a maioria se sente extremamente derrotada. E para as mulheres representa tudo o que ela não quer".

Insatisfação e traição

O segredo dos cafajestes, segundo Mirian, é ter aprendido precocemente o que as mulheres querem. Com isso, demonstram fidelidade e, às vezes, convencem que são até mais leais do que os outros homens. "As mulheres dizem que querem o homem fiel, em primeiro lugar, então elas jamais ficariam com um cafajeste se soubessem que ele é um".

Para Perissinotti, a explicação para o desprezo das mulheres pela poligamia é cultural. Ele acredita que o instinto primitivo das pessoas busca a preservação da espécie com os genes "fortes", através de "um macho forte e saudável", como atesta a pesquisa da Universidade do Texas.  Mas que, por causa da cultura e da sociedade atuais, os desejos animais são bloqueados. "Divórcios frequentes e aventuras extraconjugais mostram claramente que não podemos fugir completamente de nossa herança animal poligâmica".
http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2013/02/16/teoria-de-que-mulheres-preferem-os-cafajestes-tem-fundamento.htm

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Só rindo...



Refletir...


“Um erro da largura de um fio de cabelo pode causar um desvio de mil quilômetros.” (Provérbio Chinês)
http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/

Língua afiada...


PEGADINHA GRAMATICAL
"Você não obedeceu o regulamento"
 "Você não obedeceu o regulamento. Isso implicará na sua suspensão"

Dois erros de regência verbal em uma mesma frase:

O verbo obedecer é transitivo indireto, com a preposição a.

O verbo implicar pode ter as seguintes regências:

Será transitivo direto, sem preposição alguma, quando significar o seguinte:

a) Causar ou sentir confusão; confundir. Por exemplo:

Matemática sempre implicou meu raciocínio.

b) Ter como consequência, acarretar. Por exemplo:

Essa decisão pode implicar prejuízos à empresa.

c) Dar a entender, pressupor. Por exemplo:

Tudo o que ela dizia implicava que iria denunciar o marido.

Será transitivo direto e indireto quando significar o seguinte:

a)Comprometer, envolver (implicar alguém em algo). Por exemplo:
Implicaram-no em crime de furto.

b) Ser a causa de; originar (Implicar algo para alguém - ou para outra coisa):
O desenvolvimento da ciência implica muitos benefícios para a humanidade.

Será transitivo indireto, com a preposição com, quando significar o seguinte:

a) Não estar de acordo com; ser incompatível. Por exemplo:

Uma opinião não implicava com a outra.
Seu procedimento implicava com as regras. Esta frase significa que o que ele fazia era incompatível com as regras, ou seja, suas ações implicavam com as regras.

b) Demonstrar antipatia. Por exemplo:

Sempre implicava comigo.

Na frase apresentada, implicar significa ter como consequência. A forma adequada à língua padrão é, então:

"Você não obedeceu ao regulamento. Isso implicará a sua suspensão."
http://vestibular.uol.com.br/pegadinhas/voce-nao-obedeceu-o-regulamento.jhtm

História...


As Primeiras Lavouras de Cana-de-açúcar do Brasil
No ano de 1530, os portugueses começaram a finalmente se fixar em terras brasileiras. Antes disso, os portugueses se limitavam a realizar expedições que protegiam o litoral de invasões estrangeiras, faziam o reconhecimento de terras ainda desconhecidas e promoviam a busca de pau-brasil para serem vendidas em terras europeias.
Apesar do lucro com o pau-brasil, os portugueses passaram a ter a necessidade de explorar algum tipo de riqueza que fosse mais lucrativa. Sem encontrar ouro por aqui, a administração portuguesa optou pelo início da formação de lavouras de cana-de-açúcar na região do litoral brasileiro. Mas afinal, por qual razão eles resolveram plantar esse tipo de gênero agrícola em terras brasileiras?
A primeira razão se deve ao fato de os portugueses já dominarem as técnicas de plantio da cana-de-açúcar. Esse tipo de atividade era realizado nas ilhas atlânticas de Madeira e Açores, que também eram colonizadas por Portugal. Além disso, o açúcar era um produto de grande aceitação na Europa e oferecia grande lucro. Por fim, também devemos destacar o clima e o solo brasileiro como dois fatores naturais que favoreciam esse tipo de atividade.
As primeiras lavouras apareceram nas regiões litorâneas e logo se desenvolveram com destaque nas capitanias de São Vicente e Pernambuco. Para formar as lavouras, os portugueses utilizaram a formação de grandes propriedades de terra. O uso de grandes lavouras era necessário para que os lucros com a cana-de-açúcar fossem elevados e vantajosos para os produtores e para o governo português.
Contudo, a formação dessas grandes lavouras também exigia a disponibilidade de um grande número de trabalhadores. Em Portugal seria impossível encontrar toda essa mão de obra, já que o país tinha uma população insuficiente para atender essa necessidade. Foi então que as lavouras exigiram o uso da mão de obra dos indígenas ou dos africanos. Em ambos os casos, querendo lucrar ao máximo, os portugueses utilizaram a mão de obra desses dois grupos humanos por meio do trabalho escravo.
Na organização das lavouras, os donos das fazendas instalavam suas casas nas regiões mais elevadas do terreno. Chamada de “casa grande”, a residência do senhor das terras ficava na parte mais alta por razões estratégicas. Fixando-se nessas regiões poderiam fiscalizar as atividades na lavoura e, ao mesmo tempo, se antecipar a uma possível revolta dos escravos.
Os escravos, por sua vez, ficavam na chamada senzala. Nesse lugar se amontoavam e tinham quase nenhum conforto na hora de descansarem após longas horas de trabalho. O serviço dos escravos era tão intenso que, raramente, um escravo chegava a ultrapassar a casa dos quarenta anos de idade. De tal forma, podemos notar que as lavouras eram sustentadas por uma rotina de trabalho bastante abusiva.
Em algumas lavouras de cana havia o engenho, lugar em que a cana-de-açúcar era transformada em açúcar. Nem todos os donos de terra possuíam engenho, pois a sua manutenção e construção exigia um grande investimento. Dentro do engenho havia três instalações: a moenda, onde era extraído o caldo da cana; a caldeira, onde o caldo era fervido e se transformava em melaço; e a casa de purgar, lugar em que o melaço virava açúcar.
Durante e após a colonização do Brasil, a plantação de cana-de-açúcar foi uma das mais importantes atividades econômicas do país. Apesar dos vários momentos de crise e instabilidade, o açúcar sempre teve grande importância em nossa economia. Atualmente, a cana-de-açúcar também é utilizada para a produção de combustíveis e outros produtos de grande importância em nossa economia.
http://www.escolakids.com/as-primeiras-lavouras-de-cana-de-acucar-do-brasil.htm

Mais uma etapa superada...