quarta-feira, 6 de março de 2013

Viva a sabedoria...

Bertrand Russell

Filósofo, matemático, sociólogo e moralista inglês (1872-1970). É um dos fundadores da lógica moderna. Escreveu ensaios filosóficos, sociais e políticos, tendo sido galardoado, em 1950, com o Prêmio Nobel da Literatura. A sua vida decorreu entre o estudo, as conferências e a docência universitária (ensinou em Cambridge  e a atividade política. Mas nunca conseguiu um dos objetivos políticos: o referendo político institucional, por não conseguir ser eleito nas três vezes que foi candidato ao Parlamento. Morreu em 1970, quase centenário.
Militante da causa pacifista, foi preso duas vezes, uma em 1918, outra em 1961, com a idade de oitenta e nove anos, devido a uma campanha em favor do desarmamento nuclear. O seu inconformismo leva-o a pôr em causa todas as certezas estabelecidas e todos os totalitarismos. 
Intelectual de profunda agudeza de espírito, tornou-se um dos mais populares e divulgados pensadores do seu tempo. Tornou-se célebre devido (de entre outros) ao seu importante trabalho, em colaboração com A. N. Whitehead, sobre a fundamentação da lógica e da matemática.
Deixou-nos, entre outras, as seguintes obras: Princípios da Matemática (1903); Principia Mathematica (1910-1913); Os Princípios da Filosofia (1912); Os Problemas da Filosofia (1912); O Nosso Conhecimento do Mundo Externo (1914); A Filosofia do Atomismo (1918); Introdução à Filosofia Matemática (1919); A Análise da Mente (1921); A Análise da Matéria (1927); Ensaios Cépticos (1928); O Casamento e a Moral 1929); A Conquista da Felicidade (1930); Contos (1932); Educação e Ordem Social (1932); História da Filosofia Ocidental (1946); Porque não sou Cristão (1957).

Cultura viva...


Pop Art
A Pop Art é um movimento interessado na desconstrução dos ícones reconhecidos pela sociedade industrial.
O lugar da arte sempre foi um tema extensamente debatido entre críticos, apreciadores, pesquisadores e os próprios artistas. Durante um bom tempo, o mundo da arte foi pensado como uma esfera autônoma, regida por seus próprios códigos e fruto de uma criatividade centrada na individualidade do artista. Contudo, principalmente a partir do século XX, notamos que essa separação entre a arte e o mundo veio perdendo força na medida em que movimentos diversos buscaram quebrar tais limites.
Na década de 1950, observamos a formulação de um movimento chamado de “pop art”. Essa expressão, oriunda do inglês, significa “arte popular”. Ao contrário do que parece, essa arte popular que define tal movimento não tem nada a ver com uma arte produzida pelas camadas populares ou com as noções folcloristas de arte. O “pop art” enquanto movimento abraça as diversas manifestações da cultura de massa, da cultura feita para as multidões e produzida pelos grandes veículos de comunicação.
Ao envolver elementos gerados pela sociedade industrial, a “pop art” realiza um duplo movimento capaz de nos revelar a riqueza de sua própria existência. Por um lado, ela expõe traços de uma sociedade marcada pela industrialização, pela repetição e a criação de ícones instantâneos. Por outro, questiona os limites do fazer artístico ao evitar um pensamento autonomista e abranger os fenômenos de seu tempo para então conceber suas criações próprias.
O movimento “pop art” apareceu em um momento histórico marcado pelo reerguimento das grandes sociedades industriais outrora afetadas pelos efeitos da Segunda Guerra Mundial. Dessa forma, adotou os grandes centros urbanos norte-americanos e britânicos como o ambiente para que seus primeiros representantes tomassem de inspiração para criar as suas obras. Peças publicitárias, imagens de celebridades, logomarcas e quadrinhos são algumas dessas inspirações.
Os integrantes da “pop art” conseguiram chamar a atenção do grande público ao se inspirar por elementos que em tese não eram reconhecidos como arte, ao levar em conta que o consumo era marca vigente desses tempos. Grandes estrelas do cinema, revistas em quadrinhos, automóveis modernos, aparelhos eletrônicos ou produtos enlatados foram desconstruídos para que as impressões e ideias desses artistas assinalassem o poder de reprodução e a efemeridade daquilo que é oferecido pela era industrial.
Entre outros representantes desse movimento, podemos destacar a figura de Andy Warhol, conhecido pelas múltiplas versões multicoloridas de “Marilyn Monroe”, produzida no ano de 1967. Outro exemplo de “pop art” pode ser reconhecido na obra “No Carro”, em que Roy Lichenstein utiliza a linguagem dos quadrinhos para explorar situações urbanas. Ainda hoje, diversos artistas empregam as referências da “pop art” para conceber quadros, esculturas e outras instalações.
http://www.brasilescola.com/artes/pop-art.htm

Entendendo...


Da democracia direta (participativa) à democracia indireta (representativa)
Na democracia direta, os próprios cidadãos eram responsáveis pelo destino da sua cidade; enquanto que na democracia indireta, elegem-se representantes para tal.
Na democracia direta, os próprios cidadãos eram responsáveis pelo destino da sua cidade
Dentre as mais relevantes e importantes “invenções” dos gregos está a democracia. Palavra de origem grega, demo significa povo, enquanto que craciavem de kratos, que significa governo, poder. Logo, democracia significa condição na qual o poder é do povo porque todos são iguais.
A despeito da democracia enquanto instituição ter nascido na cultura grega, mais especificamente em Atenas, vale a ressalva de que a participação política não era de fato tão democrática, mas restringia-se a um grupo – mais especificamente ao grupo dos homens. Dessa forma, não apenas as mulheres estariam excluídas dos debates e discussões, mas também uma enorme fatia da população composta por escravos, libertos e estrangeiros.
Para os gregos havia três tipos de regimes políticos: monarquia, república e democracia, sendo que o que os diferenciava era o número de indivíduos que detinha o poder. Segundo Renato Janine Ribeiro (2012, s/p.), em site que leva seu nome, “Monarquia é o poder (no caso, arquia) de um só (mono). Aristocracia é o poder dos melhores, os aristoi, excelentes. São quem tem aretê, a excelência do herói. Assim, a democracia não se distingue apenas do poder de um só, mas também do poder dos melhores, que se destacam por sua qualidade. A democracia é o regime do povo comum, em que todos são iguais”.
Dessa forma, ao que consta, Atenas praticava o que se chama de democracia direta (participativa), pois os próprios cidadãos eram responsáveis pelos destinos da cidade. A democracia direta só era possível porque o exercício da cidadania era restrito, logo era possível ouvir e contar os votos de cada cidadão em cada consulta pública. O significado descritivo do termo não se alterou ao longo dos séculos desde sua criação pelos gregos – o poder emana do povo e ele tem esse direito. No entanto, conforme aponta Norberto Bobbio (1995), o que mudou foi a maneira de se exercer esse direito.
Através da história percebemos como as sociedades (principalmente as ligadas à cultura ocidental) tornaram-se mais complexas, a exemplo da sociedade industrial que surgiria no século XIX. Parte da explicação dessa complexalização estaria no desenvolvimento do capitalismo (alavancado pela Revolução Industrial) e da valorização da liberdade enquanto direito universal dos homens em todos os sentidos, ou seja, da liberdade de expressão, religiosa e principalmente política (enquanto desdobramentos da Revolução Francesa). Assim, diferentemente das cidades-estado gregas, as sociedades urbanas e industriais seriam compostas por milhares de pessoas (cidadãos) e as relações sociais (assentadas sobre uma sociedade de classes) se dariam sob outra lógica, requerendo um outro tipo de organização política. Assim, a democracia direta ou participativa enquanto instrumento para decisões e debate político se tornaria impossível.
Dessa forma, a democracia representativa seria uma alternativa para melhor se deliberar em Estados muito grandes, com muitos indivíduos, os quais estariam, de forma desorganizada, dispostos a lutar por uma infinidade de interesses particulares. Na democracia representativa, o dever de fazer leis não cabe a todo o povo, mas a um grupo restrito de representantes eleitos (vereadores, deputados, senadores) pelo próprio povo, do qual recebem os direitos políticos para defender e governar a sociedade. Logo, a responsabilidade dos políticos enquanto representantes estaria em zelar e lutar pelas reivindicações de toda a sociedade e não apenas de um grupo ou de um indivíduo.
Daí a importância da participação da sociedade civil na política, bem como do entendimento do voto como um dos principais mecanismos para isso. Infelizmente, na política brasileira, além da apatia e desinteresse de grande parte da população com assuntos políticos, não raramente alguns representantes investidos de seus cargos públicos envolvem-se em casos de corrupção, desvirtuando o sentido da representação do povo.

Curioso...


De onde surgiu a expressão gandula?
O termo "gandula" foi criada em homenagem à Bernardo Gandulla
 
Gandula é a pessoa que busca as bolas jogadas para fora do campo em uma partida de futebol. Essa função surgiu após a construção do estádio do Maracanã, onde várias bolas saíam e era necessário alguém com a função de buscá-las.

O termo “gandula” surgiu em 1939. Naquela época, o time do Vasco da Gama contratou um atacante argentino chamado Bernardo Gandulla, porém esse jogador não se adaptou ao time e ficava apenas no banco de reservas. Para tentar mostrar utilidade ao seu time, ele sempre corria e pegava as bolas que saíam do campo, até mesmo as do adversário, assim, esse jogador se tornou simpático perante a torcida, quando ele foi embora, o termo “gandula” continuou a ser usado para designar os repositores de bolas.

Piada...

Um grupo de anões decide jogar futebol. Alugam um campinho de várzea e vão pra lá contentes e eufóricos.
Lá chegando, percebem que não existe vestiário e então decidem vestir o uniforme no banheiro do boteco que fica lá perto.
Todos entram e se dirigem para o fundo do bar, onde ficava o banheiro.
Chega um bêbado e pede uma birita e após alguns minutos, passam por ele os anões do time de azul. O bêbado não entende a cena mas continua bebendo.
Em seguida, os anões do time de vermelho, também passam por ele...
O bêbado chega pro dono do bar e diz:
- Aí, cara, fica esperto que o seu jogo de pebolim tá fugindo.

Devanear...


Cântico Negro - José Régio
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com olhos doces.
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom se eu os ouvisse
Quando me dizem "vem por aqui"!
Eu olho-os com olhos lassos
(Há, nos meus olhos, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre da minha Mãe.
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam os meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde,
Por que me repetis: "vem por aqui"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Pra desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas, e coragem
Para derrubar meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velhos dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátrias, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados e filósofos, e sábios.
Eu tenho a minha Loucura!
Levanto-a, como em facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que me guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe,
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,
- Sei que não vou por aí!

E agora?


Medo de assalto faz Correios suspenderem entregas no litoral de São Paulo
Os Correios não estão entregando correspondências em bairros considerados perigosos para carteiros na Baixada Santista, litoral de São Paulo. A informação é da direção do Sintect (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos) em Santos (72 km de São Paulo), que contabiliza 79 assaltos nas quatro maiores cidades da região neste ano – mais de um por dia.
A empresa nega a suspensão parcial do atendimento. Em nota, informou que, "por questões de mercado, a ECT [Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos] adotou temporariamente um modelo de entrega diferenciada para encomendas especiais em algumas regiões de determinados bairros", sem especificar municípios nem localidades.
A situação é considerada mais grave em Praia Grande (71 km de São Paulo), onde 40 entregadores foram roubados desde o início de janeiro, disse o presidente do Sintect-Santos, Francisco José Nunes, o Kiko.
Conforme o sindicalista, a interrupção das entregas ocorre em bairros periféricos de São Vicente (65 km de São Paulo), com 18 ocorrências, e de Santos, com 11. Cidadãos têm precisado se dirigir a postos centrais dos Correios para retirar mercadorias.
Até cinco quilômetros
Em Santos, as entregas de produtos comprados pela internet ou de correspondências que pesam mais de um quilo –geralmente transportados em carros ou motos– foram interrompidas em bairros da zona noroeste e em morros como São Bento e Vila Progresso.
Para retirar essas embalagens, destinatários têm de ir ao posto de triagem situado no Bom Retiro, num percurso que pode chegar a cinco quilômetros.
A ação dos bandidos contra carteiros em São Vicente é localizada: dos 18 assaltos, 17 foram na Cidade Náutica. Por precaução, no entanto, a empresa não está entregando nos vizinhos Parque São Vicente e Vila Margarida –onde há uma favela, chamada México-70, com saída para o mar.
Tanto em Praia Grande quanto em Guarujá (86 km de São Paulo, com dez assaltos, oito deles no distrito de Vicente de Carvalho), a entrega de encomendas transcorre normalmente, de acordo com Kiko. "Os Correios nos prometeram carros com guardas armados para escoltar os entregadores, mas não cumpriram", disse.
Polícia: reunião
O comandante da Polícia Militar em Santos, tenente-coronel Levi Félix, afirmou, em nota, ter conhecimento de apenas três roubos a carteiros, cometidos em fevereiro e somente em Santos. "Se está havendo alguma onda de assaltos contra representantes dos Correios, esse fenômeno não é do conhecimento da polícia", afirmou.
Félix, entretanto, declarou que as informações divulgadas pelo Sintect fizeram a PM chamar a direção regional dos Correios "para uma reunião de trabalho, já agendada, que ocorrerá nos próximos dias".
Eventuais providências contra roubos a carteiros serão tomadas depois que os Correios prestarem esclarecimentos à polícia. "Os dados que estão sendo passados à imprensa pelo pessoal do sindicato não correspondem aos registrados pela polícia, o que inviabiliza qualquer estudo técnico" para aprimoramento da segurança nas entregas.
A assessoria de comunicação dos Correios nada comentou sobre possíveis ações de proteção aos carteiros. Apenas informou ter admitido 741 empregados na diretoria regional São Paulo Metropolitana, na qual está incluída a Baixada Santista –sem detalhar quantos foram deslocados para Santos e região.
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/03/06/medo-de-assalto-faz-correios-suspenderem-entregas-no-litoral-de-sao-paulo.htm

Mais uma etapa superada...