quarta-feira, 27 de março de 2013

Cultura viva...



Cultura: Um Conceito Antropológico

Desde a antigüidade, tem-se tentado explicar as diferenças de comportamento entre os homens, a partir das diversidades genéticas ou geográficas.

As características biológicas não são determinantes das diferenças culturais: por exemplo, se uma criança brasileira for criada na França, ela crescerá como uma francesa, aprendendo a língua, os hábitos, crenças e valores dos franceses.

Podemos citar, ainda, o fato de que muitas atividades que são atribuídas às mulheres numa cultura são responsabilidade dos homens em outra.

O ambiente físico também não explica a diversidade cultural. Por exemplo, os lapões e os esquimós vivem em ambientes muito semelhantes – os lapões habitam o norte da Europa e os esquimós o norte da América. Era de se esperar que eles tivessem comportamentos semelhantes, mas seus estilos de vida são bem diferentes. Os esquimós constróem os iglus amontoando blocos de gelo num formato de colméia e forram a casa por dentro com peles de animais. Com a ajuda do fogo, eles conseguem manter o interior da casa aquecido. Quando quer se mudar, o esquimó abandona a casa levando apenas suas coisas e constrói um novo iglu.

Os lapões vivem em tendas de peles de rena. Quando desejam se mudar, eles tem que desmontar o acampamento, secar as peles e transportar tudo para o novo local.

Os lapões criam renas, enquanto os esquimós apenas caçam renas.


Outro exemplo são as tribos de índios que habitam uma mesma área florestal e têm modos de vida bem diferentes: algumas são amigáveis, enquanto outras são ferozes; algumas alimentam-se de vegetais e sementes, outras caçam; têm rituais diferentes; etc


O comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado, de um processo chamado endoculturação ou socialização. Pessoas de raças ou sexos diferentes têm comportamentos diferentes não em função de transmissão genética ou do ambiente em que vivem, mas por terem recebido uma educação diferenciada

Assim, podemos concluir que é a cultura que determina a diferença de comportamento entre os homens.

O homem age de acordo com os seus padrões culturais, ele é resultado do meio em que foi socializado

Saiba Mais no GrupoEscolar.com: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/cultura-um-conceito-antropologico.html

Entendendo...



Educação e emprego
O surgimento de novas tecnologias pode aumentar o chamado desemprego estrutural

Se por um lado o desenvolvimento tecnológico dos processos de produção na indústria, na construção civil, na agricultura e demais segmentos garante uma maior produtividade (com otimização de tempo e de matéria-prima), por outro dificulta a inclusão ou permanência no emprego de trabalhadores com menor grau de instrução. Assim, ou são excluídos definitivamente, aumentando os números do trabalho informal, ou são conduzidos a postos de trabalho com salários cada vez mais baixos.

Em outras palavras, ao passo que novas tecnologias permitem um avanço em termos de crescimento econômico, podem também aumentar o chamado desemprego estrutural, o qual é gerado pela substituição da mão de obra humana pelo trabalho de máquinas e equipamentos modernos comandados por sistemas informatizados e automatizados. Da produção de brinquedos a grandes montadoras de automóveis, da produção agrícola à prestação de serviços nos centros urbanos, esse tipo de desemprego se faz presente.

Dessa forma, não seria melhor que não reestruturássemos os processos produtivos, mantendo uma economia atrofiada para que assim pudéssemos manter empregos para todos? Seria necessário defendermos um movimento de destruição das máquinas assim como pregava o ludismo no início do século XIX na Europa? Certamente que não, pois essas não seriam alternativas inteligentes. A saída existente não é impedir o crescimento econômico e desenvolvimento dos processos industriais para estágios mais modernos. Os caminhos para o enfrentamento desse problema perpassam políticas que asseguram garantias aos trabalhadores (salários, jornadas de trabalho) como também dizem respeito a medidas políticas para regulação da economia por parte do Estado. Porém, isso não é tudo. É fundamental considerarmos o fato de que vivemos na era do conhecimento e da informação e, dessa forma, pensarmos no papel protagonista da educação.

A ocupação dos cargos nos mais diferentes setores da economia depende (para além das questões já apontadas acima, bem como de conjunturas nacionais e internacionais em tempos de globalização comercial) também da criação de condições para uma formação profissional de qualidade para um maior número de indivíduos. Se por um lado o desemprego estrutural reduz a presença humana nas fábricas e lavouras, por outro requer a presença de trabalhadores mais capacitados, isto é, dotados de mão de obra especializada para operar instrumentos mais complexos. Sem oportunidades de uma vida escolar, isto se torna cada vez mais difícil.

Conforme publicação do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em março de 2011, no Brasil, os pobres representavam mais da metade dos desempregados, correspondendo a quase 55% do total. Esse dado é muito significativo, pois se pensarmos nas dificuldades das classes mais pobres em terem acesso a uma educação de qualidade, veremos como poderá se perpetuar a exclusão do acesso ao emprego de uma fatia da sociedade.

Segundo dados publicados pelo Governo Federal em março de 2011, o Brasil teve um aumento de 7,5% em seu PIB em 2010, passando, dessa forma, para a posição de 7ª maior economia do mundo. Obviamente, são números expressivos e significativos, pois representam o salto que a economia brasileira viveu nessa última década. Porém, o crescimento do PIB não resolve por si só os desafios sociais do país (embora possa significar algum progresso), dentre eles criar políticas educacionais universais e de qualidade (do ensino fundamental à pós-graduação), com vistas à erradicação da pobreza e da exclusão social. Assim, o crescimento econômico do país deve promover também o desenvolvimento social, o qual implica em maior expectativa de vida, maior distribuição de renda e melhores condições para que se possa estudar mais, alcançando-se maior nível de instrução e preparo para melhores postos de trabalho. Dessa forma, se o Estado não promover políticas e investimentos em educação e se os resultados do crescimento econômico se concentrarem nas mãos de poucos, ele mesmo (o crescimento) poderá ser comprometido pela falta de mão de obra especializada. Sem melhor educação, contrariando o ditado popular, o Brasil não será o país do futuro.
http://www.brasilescola.com/sociologia/educacao-emprego.htm


Curioso...



Drifting
O drift se tornou uma paixão para os brasileiros que curtem aventura e alta velocidade

É uma arte de direção de carros que se fundamenta em deslizar nas curvas escapando a traseira do carro, girando o volante de forma que as rodas dianteiras fiquem sempre em direção oposta a curva, utilizando o freio de mão para controlar o nível de derrapagem, fazendo o carro andar de lado.

O drifting moderno começou há 30 anos no “All Japan Touring Car Championship races”. Tendo como criador da técnica o piloto japonês, Kunimitsu Takahashi, em 1970, que ficou famoso batendo seu “apex” (ponto onde o carro está mais próximo da curva) em alta velocidade, deslizando na curva e saindo dela com mais velocidade que o normal.

Após essa grande façanha ele ganhou inúmeros fãs que deram início ao drifting japonês.
Muito tempo depois da sua criação o drifting chegou ao Brasil, só começou a ganhar destaque com a popularização do tuning e a chegada de jogos e filmes relacionados. O drift se tornou uma paixão para os brasileiros que curtem aventura e alta velocidade, tanto que está previsto para o primeiro semestre de 2007 o I Campeonato Brasileiro de Drifting.
http://www.brasilescola.com/curiosidades/drifting.htm

Piada...



Qual a diferença entre o pôquer e a lei?
R. No pôquer, se você é pego roubando, você fica de fora.
http://www.piada.com/busca_piadas.php?categoria=08&eof=1328&pg=10

Devanear...



Abismo - Fernando Pessoa

Olho o Tejo, e de tal arte  Que me esquece olhar olhando,  E súbito isto me bate  De encontro ao devaneando —  O que é sério, e correr?  O que é está-lo eu a ver?  Sinto de repente pouco,  Vácuo, o momento, o lugar.  Tudo de repente é oco —  Mesmo o meu estar a pensar.  Tudo — eu e o mundo em redor —  Fica mais que exterior.  Perde tudo o ser, ficar,  E do pensar se me some.  Fico sem poder ligar  Ser, ideia, alma de nome  A mim, à terra e aos céus...  E súbito encontro Deus.

http://www.mensagenscomamor.com/poemas-e-poesias/melhores_poetas.htm

Luxo para poucos...


Pesquisa mostra que 85% dos patrões podem demitir empregada após aprovação da PEC
Dos entrevistados, apenas 15% responderam que manteriam o empregado em casa

Maioria dos patrões pode demitir empregadas após PEC das Domésticas, aprovada pelo Senado na última terça-feira (26). Segundo uma pesquisa realizada antes da aprovação das novas regras, 85% dos empregadores podem demitir suas funcionárias domésticas.

Herança põe mulheres entre bilionários
O levantamento foi feito pelo Instituto Doméstica Legal e ouviu 2.855 patrões entre 19 de novembro de 2012 e 8 de janeiro de 2013.

De todos os ouvidos, apenas 15% responderam que manteriam o empregado em casa. De acordo com o instituto, o número de demissões pode chegar 815 mil.

O R7 apurou que, com os novos direitos, o patrão terá de gastar até R$ 7.000 a mais para custear a contratação de um trabalhador doméstico, seja ele motorista particular, caseira, babá, entre outros.

Perfil

De acordo com a ONG, 93% dos trabalhadores domésticos são mulheres, 70% são negras, pardas e mestiças. Em relação à educação, a pesquisa mostra que 40,32% não possuem o ensino fundamental completo, sendo que 13,76% são analfabetas. O perfil ainda mostra que 51,84% têm mais de 40 anos.

Beneficiados

A categoria beneficiada reúne, atualmente, cerca de 7 milhões de brasileiros, sendo a maioria — 93% — formada por mulheres. Desses, somente 2 milhões trabalham com carteira assinada.

De acordo com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), entre 1999 e 2009, o percentual de empregados domésticos formalizados aumentou timidamente de 23,7% para 26,3%.
http://noticias.r7.com/economia/noticias/pesquisa-mostra-que-85-dos-patroes-podem-demitir-empregada-apos-aprovacao-da-pec-20130327.html?question=0

Exemplos de dignidade e de pessoa...


Orgulhosa, a mãe de Claudio sempre garantiu educação e saúde ao filho (Foto: Luiza Carneiro/ G1)
Com doença degenerativa, aluno cria teclado virtual e conclui mestrado
Claudio Luciano Dusik apresentou dissertação na terça (26) na UFRGS.
No trabalho, apresentou o Mousekey, programa que o auxilia a escrever.

Orgulhosa, a mãe de Claudio sempre garantiu educação e saúde ao filho
Superação é rotina na vida de Claudio Luciano Dusik, 36 anos. Nascido em Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre, foi diagnosticado ainda quando criança com uma doença degenerativa. Passo a passo, venceu obstáculos até concluir com nota máxima, nesta terça-feira (26), o mestrado em educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Em sua dissertação, mostrou como estudou e desenvolveu ao longo da graduação um teclado virtual, o Mousekey, que auxilia pessoas com limitação a escrever e se comunicar.
Claudio tem atrofia muscular espinhal (AME), doença que deforma o corpo e limita os movimentos. As impossibilidades causadas pelo transtorno, no entanto, nunca foram barreira para ele desistir. Desde cedo, a mãe Elisa Arnoldo acreditou na capacidade do filho de vencer os obstáculos e, praticamente, implorou para que escolas o aceitassem. “Com apenas cinco anos entrei em uma classe de primeira série e consegui me alfabetizar”, contou Claudio durante a banca, sentado em uma cadeira de rodas adaptada.

Teclado usa movimentos do mouse para formar sílabas e palavras.

Sem acessibilidade, ele passava os intervalos sozinho na sala de aula, pois estudava no primeiro andar e não conseguia descer as escadas para se juntar aos colegas. Ele lembra que só começou a ser aceito e a socializar com os estudantes na 3a. série. “Um professor criou um projeto chamado ‘ajudante do dia’. Foi ali que comecei a ter contato com as outras crianças. Eles me levavam para o pátio e adaptavam as brincadeiras para mim”, lembra, com naturalidade. Na amarelinha, Claudio ajudava a atirar as pedras. Já na corda, os amigos empurravam a cadeira de rodas, assim como no pega-pega. “O pega-pega era a minha brincadeira preferida. Eles me empurravam e muitas vezes caía. Não sabia se chorava pelos machucados ou de felicidade”, disse, arrancando risos de mais de 50 pessoas, entre conhecidos e desconhecidos, que assistiam a sua defesa.
Desenganado desde bebê, a previsão era de 14 anos de vida. As impossibilidades aos poucos foram se transformando em possibilidades para Claudio. Com o avanço da doença durante a graduação de psicologia e a perda do movimento das mãos, sentiu a necessidade de desenvolver algo onde pudesse continuar a escrever textos. Foi dali que surgiu a ideia do Mousekey. “Nos intervalos das aulas, ia para a biblioteca estudar informática”, relembrou. Com apoio da família, desenvolveu o teclado, que funciona principalmente pelo movimento do mouse e cliques, detalha o alfabeto, sílabas, pronomes e sílabas acentuadas.

Após defender dissertação, Claudio é aplaudido de pé.

Já no mestrado de educação, teve a oportunidade de estudar outros recursos e conhecer pessoas que, assim como ele, também enfrentavam dificuldades no aprendizado. Em um grupo de pesquisa com cinco deficientes físicos garantiu o entendimento dos recursos necessários para a melhoria do aplicativo. “A escrita vai além do contexto escolar. Ela entra no contexto social da pessoa. Estes sujeitos querem também participar da vida em comunidade e terem produtividade”, explicou. “Foi emocionante conhecer estas pessoas. E não somente vi que estava ajudando, mas também percebi que, por muito pouco, não estava ali trancado também. Tenho um orgulho enorme”, emocionou-se.

Atualmente, atua como funcionário da Secretaria de Educação e, agora mestre da área, quer continuar na carreira de professor. Na UFRGS, auxilia alunos no curso de Educação à Distância e divide a rotina entre o trabalho e os estudos. Nos próximos meses irá apresentar a dissertação em um congresso de acessibilidade no México, ao lado da orientadora, a doutora em educação Lucila Maria Costi.

A mãe Elisa é só elogios. “Tenho seis filhos. Uma delas morreu no ano passado e a outra tem a mesma doença que o Claudio. Estou muito orgulhosa e sempre busquei todos os recursos para eles, seja na saúde ou na educação”, disse ao G1.
Em Esteio, um grupo de amigos se reuniu para assistir ao vivo, em um telão, a banca de Claudio. Para o futuro, planeja patentear o produto e especializar-se ainda mais em um doutorado. “Quero escrever p-o-s-s-í-v-e-l nas histórias de prováveis impossíveis”, finalizou a apresentação garantindo aplausos, em pé, dos admiradores.
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/03/com-doenca-degenerativa-aluno-cria-teclado-virtual-e-conclui-mestrado.html

Mais uma etapa superada...