quarta-feira, 3 de abril de 2013

Devanear...


Querer - Pablo Neruda
Não te quero senão porque te quero E de querer-te a não querer-te chego E de esperar-te quando não te espero Passa meu coração do frio ao fogo. Te quero só porque a ti te quero, Te odeio sem fim, e odiando-te rogo, E a medida de meu amor viageiro É não ver-te e amar-te como um cego. Talvez consumirá a luz de janeiro Seu raio cruel, meu coração inteiro, Roubando-me a chave do sossego. Nesta história só eu morro E morrerei de amor porque te quero, Porque te quero, amor, a sangue e a fogo.
http://www.mensagenscomamor.com/poemas-e-poesias/melhores_poetas.htm

Explanou o pensamento da grande maioria da população brasileira...


Joelma calada é uma poeta
Para quem conhece Joelma, a voz da Banda Calypso, não foi uma surpresa a entrevista que deu ao jornalista Bruno Astuto da revista Época. Entre um assunto e outro, a cantora afirmou que se tivesse um filho gay “lutaria até a morte para fazer sua conversão”. Não contente em falar na tal “cura” ainda fez uma comparação tão absurda que até Deus deve ter ruborizado. “Já vi muitos se regenerarem. Conheço muitas mães que sofrem por terem filhos gays. É como um drogado tentando se recuperar”.
Mas é isso, não foi uma surpresa porque Joelma é reincidente no assunto preconceito. Em agosto do ano passado, um vídeo amador flagrou a cantora conversando com um fã gay e soltando pérolas como “[Você] vai se converter, vai virar homem, vai casar, ter filhos, vai dar muita alegria para o seu pai e sua mãe”. O fã ainda dá um belo troco – “Eu já dou, do jeito que sou” -, mas Joelma não quer nem saber.
Agora, diante da explosiva (e, felizmente, negativa) repercussão de suas palavras no final de semana , Joelma soltou um comunicado oficial com a velha desculpa que foi mal interpretada, que suas palavras foram distorcidas, aquela coisa toda. Até poderia ser verdade, pois existem jornalistas que são tão canalhas quanto ela é preconceituosa, mas esse vídeo do ano passado e suas declarações posteriores (“Conviver com o erro da pessoa é uma coisa, mas incentivar o erro é errado” ou “Falei em cura porque diversos fãs já me disseram que se livraram do homossexualismo”) confirmam que é isso mesmo que ela pensa. No domingo, em meio ao fogo cruzado, ela até retuitou um fã que disse o seguinte: “Tô contigo na sua opinião sobre os gays. Também acho que ser gay é fogo no cu. Homem nasce pra ser homem e mulher pra ser mulher.” Para bom entendedor...
E a liberdade de expressão (gritam seus fãs)? Bem, ela tem todo o direito de falar o que quer, mas também precisa arcar com as consequências de seus atos e falas. Isso é uma democracia. Ninguém é obrigado a aceitar ou gostar de homossexuais ou pitboys ou comediantes de stand up, mas é preciso respeitá-los. Os evangélicos e católicos não são obrigados a aceitar o casamento igualitário (civil), mas nosso Estado é laico e nenhuma religião tem o direito de se meter nesse assunto. É isso que pessoas nocivas como os deputados Marco Feliciano e Jair Bolsonaro não conseguem colocar em suas cabecinhas.
Pode ser que agora esteja acontecendo uma nova onda conservadora (eu acho que é a mesma de sempre, só mais organizada e com microfone na mão, graças a uma imprensa que vive de “polêmicas”), mas também existe uma reação progressista. O médico da família brasileira, Dr. Dráuzio Varella, disse em artigo que “mais antiga do que a roda, a homossexualidade é tão legítima e inevitável quanto a heterossexualidade. Reprimi-la é ato de violência que deve ser punido de forma exemplar, como alguns países fazem com o racismo”. Entendeu Joelma ou quer que Camilla Uckers explique?

No popular: AFINOU...


Com medo de apelo religioso, ‘Pânico’ tira do ar o quadro ‘A Turma do Didi Mais cedo’
Quadro inspirado no Edir Macedo saiu do ar. Depois de quatro semanas no ar, o quadro "A Turma do Didi Mais cedo", do "Pânico na Band", mudou de nome e de foco. Segundo o colunista Mauricio Stycer, do site "UOL", o humorista Marvio Lúcio  que protagonizava o quadro, desistiu do personagem para evitar problemas ligados à religião.
Com inspiração clara em Edir Macedo, fundador da Igreja Universal e proprietário da Rede Record, o quadro mudou o nome para "Marcelo Sem Dente", em que o repórter Marcelo Rezende é o personagem que inspira o humorista.
Márvio Lucio conversou com o colunista e contou o porquê da mudança: “eu estava com freio de mão puxado. Religião é difícil. Meu conteúdo estava restrito”. Ao ser questionado sobre uma possível pressão para desistir do personagem, Carioca foi direto: "eu me antecipei".
O cenário continua com ambiente de um programa religioso, nos moldes do "Fala que Eu Te Escuto", e inclui a presença de um pastor que exorciza demônios presentes em aparelhos domésticos.
Durante o bate-papo, Marvio ainda lembrou da repercussão negativa provocada pelo quadro "Casa dos Autistas", exibido na MTV. “Ficou mal para o Marcelo Adnet. Imagina se eu cometo um excesso desses, mas falando de religião”, afirmou.
Ainda falando sobre religião, Carioca afirmou estar impressionado com o clima criado no Brasil após o pastor e deputador Marco Feliciano (PSC-SP) ser nomeado o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. “Esse clima de incitação religiosa assusta”, disse ele, que concluiu: “não vale a pena fazer humor com preocupação”.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Só rindo...







Refletir...



“O passado é história, o futuro é mistério, e hoje é uma dádiva. Por isso é chamado de presente!” (Provérbio Chinês)

Língua afiada...


PEGADINHA GRAMATICAL
"Quando se pretende (ou se pretendem?) avaliar os efeitos..."
Descrição: http://n.i.uol.com.br/educacao/errado.gif"Quando se pretende avaliar os efeitos de uma decisão, deve-se avaliar primeiramente os motivos dessa decisão."

Essa frase seria perfeita num exame vestibular, pois cobra do estudante o conhecimento de uma das matérias da Gramática da Língua Portuguesa mais temidas por qualquer brasileiro que necessita escrever um texto: concordância verbal.

Perceba que há duas estruturas verbais muito parecidas: "se pretende avaliar" (ou "se pretendem avaliar") e "deve-se avaliar" (ou "devem-se avaliar"). Para saber como efetivar a concordância, deve-se ter conhecimento de análise sintática. Vamos à teoria:

O pronome "se" exerce várias funções sintáticas em uma oração. Ele pode ser Parte Integrante do Verbo, Objeto Direto, Objeto Indireto, Partícula Expletiva, Índice de Indeterminação do Sujeito e Partícula Apassivadora.

Será denominado Parte Integrante do Verbo quando acompanhar verbo pronominal, que é aquele que não dispensa o pronome em hipótese alguma. Como exemplo, os verbos arrepender-se, zangar-se, queixar-se e abster-se. Cada pessoa (eu, tu, ele, nós, vós, eles) tem seu próprio pronome integrante: me, te, se, nos, vos, se:

Eu me arrependo, tu te arrependes, ele se arrepende, nós nos arrependemos, vós vos arrependeis, eles se arrependem.

Será Objeto Direto ou Objeto Indireto quando complementar verbo transitivo direto ou verbo transitivo indireto, sendo, neste caso, pronome reflexivo, o que indica que o sujeito pratica a ação sobre si mesmo, ou que há dois elementos: um praticando a ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro.

Cada pessoa tem seu próprio pronome reflexivo: me, te, se, nos, vos, se: Eu me cortei, tu te cortaste, ele se cortou, nós nos cortamos, vós vos cortastes, eles se cortaram.

Verbo transitivo direto é aquele que exige um complemento sem preposição: cortar algo; comprar algo; recolher algo. Verbo transitivo indireto é aquele que exige um complemento com preposição: precisar de algo; assistir a algo; crer em alguém.

Será Partícula Expletiva, também chamada de Partícula de Realce, quando acompanhar verbo intransitivo com sujeito claro. Verbo intransitivo é aquele que não necessita de complemento; aquele que sozinho indica a ação do sujeito, como morrer, correr, dormir.

Cada pessoa tem sua própria Partícula Expletiva: me, te, se, nos, vos, se: Eu me morro de ciúmes de Clarice; Ele se foi para Cuba.

Será Partícula Apassivadora quando acompanhar verbo transitivo direto com complemento não preposicionado, que se transformará em sujeito paciente. Se o sujeito estiver no singular, o verbo também ficará; se o sujeito estiver no plural, o verbo também ficará. Somente o pronome "se" será partícula apassivadora:

Alugam-se casas; Compra-se carro batido; Estão-se transferindo os presos. 
Quando o "se" for partícula apassivadora, a oração estará na voz passiva. A maneira mais fácil de saber se há PA é transformando a oração em passiva analítica:

Alugam-se casas = Casas são alugadas por alguém; Compra-se carro batido = Carro batido é comprado por alguém; Estão-se transferindo os presos = Os presos estão sendo transferindo por alguém. 

Será Índice de Indeterminação do Sujeito quando acompanhar verbo transitivo indireto com objeto indireto, verbo de ligação com a qualidade do sujeito, verbo transitivo direto com complemento preposicionado ou verbo intransitivo sem sujeito claro. Nesses casos, o verbo ficará sempre na terceira pessoa do singular:

Precisa-se de empregadas; Aqui se é feliz; Ama-se a Deus; Paraná, aqui se trabalha. 

Voltemos agora à frase apresentada: Quando se pretende (ou se pretendem?) avaliar os efeitos de uma decisão, deve-se (ou devem-se?) avaliar primeiramente os motivos dessa decisão.

Ambas as estruturas verbais possuem dois verbos: "pretende avaliar" e "deve avaliar". Quando houver dois ou mais verbos, indicando apenas um fato ou somente qualidade do sujeito, há o que chamamos de locução verbal, como ocorreu na frase "Estão-se transferindo os presos". Há dois verbos indicando apenas uma ação - transferir. A locução verbal deve ser analisada como se analisa um verbo isolado. Por exemplo:
"O diretor acompanhou o desenvolvimento dos trabalhos".
-Verbo: "acompanhou";
-Sujeito: Quem acompanhou? Resp.: o diretor;
-Predicação verbal: acompanhou algo: verbo transitivo direto;
-Complemento verbal: acompanhou o quê?: "o desenvolvimento dos trabalhos" = objeto direto.
 
"O diretor tem acompanhado o desenvolvimento dos trabalhos".
-Locução verbal: "tem acompanhado";
-Sujeito: Quem tem acompanhado? Resp.: o diretor;
-Predicação verbal: tem acompanhado algo: locução verbal transitiva direta;
-Complemento verbal: acompanhado o quê? "o desenvolvimento dos trabalhos = objeto direto.

A primeira estrutura verbal da frase apresentada não forma uma locução, já que há dois verbos indicando dois fatos: "pretender" e "avaliar". A segunda estrutura verbal forma uma locução verbal, já que "dever" não é um fato isolado, tendo, portanto, dois verbos indicando um fato só: o de avaliar.

A segunda frase, então, será assim analisada:
"...deve-se avaliar primeiramente os motivos dessa decisão".
-Locução verbal: deve avaliar;
-Predicação verbal: deve avaliar algo: locução verbal transitiva direta;
-Complemento verbal: deve avaliar o quê? "os motivos dessa decisão": complemento não preposicionado.

O pronome "se", então, é partícula apassivadora, e o complemento verbal não preposicionado se transforma em sujeito. Como o sujeito está no plural, o verbo também deverá ficar:
"...devem-se avaliar primeiramente os motivos dessa decisão".

Passando-se a oração para a passiva analítica: Os motivos dessa decisão devem ser avaliados por alguém.

A primeira frase tem de ter análise diferente, já que não forma locução verbal. Cada verbo tem de ser analisado isoladamente:
 
"Quando se pretende (ou se pretendem?) avaliar os efeitos de uma decisão..."
 
Primeiro verbo: "pretende";
Predicação verbal: pretende algo: verbo transitivo direto;
Complemento verbal: pretende o quê? "avaliar os efeitos de sua decisão": complemento não preposicionado.

O pronome "se", então, é partícula apassivadora, e o complemento verbal não preposicionado se transforma em sujeito. Como o sujeito é uma oração, o verbo "pretender" deve ficar no singular. A frase apresentada, então, deve ser assim estruturada:

Descrição: http://n.i.uol.com.br/educacao/certo.gif"Quando se pretende avaliar os efeitos de uma decisão, devem-se avaliar primeiramente os motivos dessa decisão"

História...


História do abandono de crianças no Brasil
Desde o século XVIII, as crianças eram abandonadas no Brasil, situação que permanece até os dias atuais.
Na História do Brasil há pouco ou quase nada escrito sobre as crianças abandonadas. O abandono de crianças no Brasil  existe desde o século XVIII, pois muitas mães e famílias não tinham condições de criar seus filhos e acabavam abandonando-os nas ruas. O principal fator do abandono sempre foi a miséria.

Entretanto, existiam outros fatores que levavam uma mãe a abandonar seus filhosno século XVIII e o principal deles ocorria pelo fato de a mulher engravidar quando ainda era solteira. Na maioria das vezes essas mulheres ganhavam a criança (bebê) e continuavam solteiras. A sociedade brasileira do século XVIII não aceitava que mulheres solteiras  tivessem e criassem seus filhos, pois era uma sociedade na qual os valores morais e éticos acabavam prevalecendo – consequentemente, as mães solteiras sofriam um processo de discriminação e preconceito.

Atualmente, nossa sociedade ainda sofre heranças desse passado: milhares de mães solteiras geralmente continuam sofrendo discriminação e abandonando seus filhos, tanto por esse processo discriminatório quanto pela miséria e falta de condições econômicas para criá-los.

Com o advento das indústrias no início do século XX, milhares de famílias brasileiras acabaram saindo do campo (meio rural) para as cidades – o chamado êxodo rural –, em busca de trabalho nas indústrias, com a intenção de melhorar suas condições de vida(econômica e social).

Com isso, as cidades começaram a crescer em virtude do aumento da população e dos problemas urbanos que foram surgindo (falta de empregos, moradia, alimentação, esgoto e água tratada). As famílias, geralmente o pai e a mãe que conseguiam ingressar nas fábricas como operários (trabalhadores das fábricas), trabalhavam 12 horas por dia. Os filhos desses pais e mães começaram a ficar sozinhos em casa e passaram a ocupar as ruas.

A grande maioria das crianças abandonadas no início do século XX vivia nas ruas, além dos motivos já citados, para exercer atividades que complementassem a renda da família. Hoje ainda vemos várias crianças que ficam na rua vendendo balas, doces e vários outros produtos para ajudar na renda familiar. Nos sinais de trânsito, milhares de crianças são usadas pelos adultos para pedir dinheiro aos motoristas dos carros.

Com o crescimento acentuado do número de crianças abandonadas na década de 1920, o governo brasileiro começou a implantar ações para tentar resolver a questão do abandono de crianças, criando orfanatos, escolas profissionalizantes e escolas correcionais (para menores infratores). No ano de 1927 foram criadas as primeiras leis que regulamentavam políticas governamentais a favor das crianças – o chamado Código de Menores.

No ano de 1990 foi criado pelo governo brasileiro o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que regulamenta políticas em favor da criança e do adolescente e institui seus direitos e deveres. Mas a situação das crianças abandonadas no Brasil ainda está longe de ser solucionada: atualmente existem milhões de crianças morando em situação de risco nas ruas. É só sair de casa para ver uma criança nessa situação de abandono! 
http://www.escolakids.com/historia-do-abandono-de-criancas-no-brasil.htm

Mais uma etapa superada...