quarta-feira, 3 de abril de 2013

Curioso...


Enfiar o pé na jaca
Enfiar o pé na jaca” é uma expressão nascida nos tempos do Brasil Colônia.

Em momentos de alegria, principalmente em festas, deixamos a empolgação tomar conta e acabamos cometendo alguns excessos. No dia seguinte, ainda lamentando a ressaca da noite anterior, somos avisados ou concluímos por si só que enfiamos o pé na jaca. Dessa forma, aprendemos que qualquer tipo de exagero ou comportamento abusivo está associado a essa curiosa expressão.

Para alguns, a imagem de alguém literalmente enfiando o pé na jaca é suficiente para associar a estranha alegoria à situação de exagero. Contudo, esse é um erro de interpretação que nega as verdadeiras origens dessa expressão hoje tão comum. Na verdade, a fruta aqui em questão só apareceu por conta de mais um corriqueiro processo de mutação dos termos idiomáticos.

Nos idos do século XVII e XVIII, o transporte de cargas e mercadorias ganhou grande espaço com a economia mineradora. Naquela época, os tropeiros realizavam esse serviço de distribuição no lombo de mulas geralmente munidas de um grande par de jacás. O jacá era um grande cesto indígena (feito de cipó ou bambu) no qual esses viajantes carregavam suas valiosas mercadorias.

Em algumas situações, os tropeiros interrompiam ou terminavam as suas viagens em uma venda onde se entregavam ao prazer da bebida. Depois de tantos goles, era comum que esses tropeiros passassem por um grande constrangimento na hora de subir no lombo das mulas. Não raro, o pobre tropeiro embriagado acabava enfiando o “pé na jacá” na hora de seguir o seu destino.

De lá para cá, o desuso desse tipo de cesto acabou sendo paralelo à própria transformação do termo. Nessa história, a pobre jaca acabou tomando o lugar do utensílio indígena. Apesar da mudança, o exagero dos tropeiros do século XVIII e dos “baladeiros” modernos continuam a render boas histórias.

Piada...


Joãozinho viu o pai entrando no banheiro.A porta ficou aberta e ele entrou também.
Quando percebeu a presença do filho, o pai foi logo botando a mão no pau e gritou:
- Sai daqui, menino!
- Não, não saio! O que é que senhor tá escondendo?
- Sai daqui, filhinho! Não é nada!
- Não, não saio enquanto num me mostrar o que o senhor tá escondendo aí, pai!
- É um passarinho!
- Sacanagem, hein, pai... Comendo a bunda do passarinho?

Devanear...


Querer - Pablo Neruda
Não te quero senão porque te quero E de querer-te a não querer-te chego E de esperar-te quando não te espero Passa meu coração do frio ao fogo. Te quero só porque a ti te quero, Te odeio sem fim, e odiando-te rogo, E a medida de meu amor viageiro É não ver-te e amar-te como um cego. Talvez consumirá a luz de janeiro Seu raio cruel, meu coração inteiro, Roubando-me a chave do sossego. Nesta história só eu morro E morrerei de amor porque te quero, Porque te quero, amor, a sangue e a fogo.
http://www.mensagenscomamor.com/poemas-e-poesias/melhores_poetas.htm

Explanou o pensamento da grande maioria da população brasileira...


Joelma calada é uma poeta
Para quem conhece Joelma, a voz da Banda Calypso, não foi uma surpresa a entrevista que deu ao jornalista Bruno Astuto da revista Época. Entre um assunto e outro, a cantora afirmou que se tivesse um filho gay “lutaria até a morte para fazer sua conversão”. Não contente em falar na tal “cura” ainda fez uma comparação tão absurda que até Deus deve ter ruborizado. “Já vi muitos se regenerarem. Conheço muitas mães que sofrem por terem filhos gays. É como um drogado tentando se recuperar”.
Mas é isso, não foi uma surpresa porque Joelma é reincidente no assunto preconceito. Em agosto do ano passado, um vídeo amador flagrou a cantora conversando com um fã gay e soltando pérolas como “[Você] vai se converter, vai virar homem, vai casar, ter filhos, vai dar muita alegria para o seu pai e sua mãe”. O fã ainda dá um belo troco – “Eu já dou, do jeito que sou” -, mas Joelma não quer nem saber.
Agora, diante da explosiva (e, felizmente, negativa) repercussão de suas palavras no final de semana , Joelma soltou um comunicado oficial com a velha desculpa que foi mal interpretada, que suas palavras foram distorcidas, aquela coisa toda. Até poderia ser verdade, pois existem jornalistas que são tão canalhas quanto ela é preconceituosa, mas esse vídeo do ano passado e suas declarações posteriores (“Conviver com o erro da pessoa é uma coisa, mas incentivar o erro é errado” ou “Falei em cura porque diversos fãs já me disseram que se livraram do homossexualismo”) confirmam que é isso mesmo que ela pensa. No domingo, em meio ao fogo cruzado, ela até retuitou um fã que disse o seguinte: “Tô contigo na sua opinião sobre os gays. Também acho que ser gay é fogo no cu. Homem nasce pra ser homem e mulher pra ser mulher.” Para bom entendedor...
E a liberdade de expressão (gritam seus fãs)? Bem, ela tem todo o direito de falar o que quer, mas também precisa arcar com as consequências de seus atos e falas. Isso é uma democracia. Ninguém é obrigado a aceitar ou gostar de homossexuais ou pitboys ou comediantes de stand up, mas é preciso respeitá-los. Os evangélicos e católicos não são obrigados a aceitar o casamento igualitário (civil), mas nosso Estado é laico e nenhuma religião tem o direito de se meter nesse assunto. É isso que pessoas nocivas como os deputados Marco Feliciano e Jair Bolsonaro não conseguem colocar em suas cabecinhas.
Pode ser que agora esteja acontecendo uma nova onda conservadora (eu acho que é a mesma de sempre, só mais organizada e com microfone na mão, graças a uma imprensa que vive de “polêmicas”), mas também existe uma reação progressista. O médico da família brasileira, Dr. Dráuzio Varella, disse em artigo que “mais antiga do que a roda, a homossexualidade é tão legítima e inevitável quanto a heterossexualidade. Reprimi-la é ato de violência que deve ser punido de forma exemplar, como alguns países fazem com o racismo”. Entendeu Joelma ou quer que Camilla Uckers explique?

No popular: AFINOU...


Com medo de apelo religioso, ‘Pânico’ tira do ar o quadro ‘A Turma do Didi Mais cedo’
Quadro inspirado no Edir Macedo saiu do ar. Depois de quatro semanas no ar, o quadro "A Turma do Didi Mais cedo", do "Pânico na Band", mudou de nome e de foco. Segundo o colunista Mauricio Stycer, do site "UOL", o humorista Marvio Lúcio  que protagonizava o quadro, desistiu do personagem para evitar problemas ligados à religião.
Com inspiração clara em Edir Macedo, fundador da Igreja Universal e proprietário da Rede Record, o quadro mudou o nome para "Marcelo Sem Dente", em que o repórter Marcelo Rezende é o personagem que inspira o humorista.
Márvio Lucio conversou com o colunista e contou o porquê da mudança: “eu estava com freio de mão puxado. Religião é difícil. Meu conteúdo estava restrito”. Ao ser questionado sobre uma possível pressão para desistir do personagem, Carioca foi direto: "eu me antecipei".
O cenário continua com ambiente de um programa religioso, nos moldes do "Fala que Eu Te Escuto", e inclui a presença de um pastor que exorciza demônios presentes em aparelhos domésticos.
Durante o bate-papo, Marvio ainda lembrou da repercussão negativa provocada pelo quadro "Casa dos Autistas", exibido na MTV. “Ficou mal para o Marcelo Adnet. Imagina se eu cometo um excesso desses, mas falando de religião”, afirmou.
Ainda falando sobre religião, Carioca afirmou estar impressionado com o clima criado no Brasil após o pastor e deputador Marco Feliciano (PSC-SP) ser nomeado o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. “Esse clima de incitação religiosa assusta”, disse ele, que concluiu: “não vale a pena fazer humor com preocupação”.

Mais uma etapa superada...