Independência do Brasil
O Brasil foi descoberto pelos portugueses, no ano de 1500, e por
longos anos Portugal administrou as terras brasileiras, explorando suas
riquezas, escravizando e dominando o povo.
Porém, o rei de Portugal não conseguia cuidar dos dois
países, pois era muito difícil controlar tudo que acontecia em razão da
distância, e suas ordens não eram cumpridas. Teve então que voltar para sua
terra, deixando no Brasil seu filho D. Pedro como príncipe regente.
O povo brasileiro resolveu lutar contra as normas abusivas
do governo português. Não aceitavam a cobrança de altos impostos e não acolhiam
a ideia de que nossas riquezas fossem levadas daqui para serem comercializadas
em outros países.
Ao contrário de seu pai, D. Pedro era adorado pelos
colonizadores do Brasil, pois não concordava com parte das determinações de seu
pai e lutava pelos direitos do povo.
Com isso, o príncipe regente contrariava as ideias do rei, pois
deixava de atender aos interesses da corte portuguesa para lutar pelo Brasil.
Foi quando seu pai mandou que voltasse para sua terra, a fim de que não
prejudicasse os interesses de Portugal. Os brasileiros não aceitaram a
decisão e fizeram um abaixo-assinado, com oito mil assinaturas, pedindo que o
príncipe continuasse no Brasil.
O manifesto foi lido pelo presidente de mesa da Câmara Municipal
do Rio de Janeiro, José Clemente Pereira, onde D. Pedro declarou ao povo
dizendo: “como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto.
Diga ao povo que fico”. A partir daí, o dia 9 de janeiro de 1822
ficou conhecido como o “Dia do Fico”.
Foi necessário que D. Pedro decretasse que nenhuma lei de
Portugal teria validade no Brasil, sem a sua aprovação. Isso, para garantir que
seu pai não tomasse decisões sobre o país.
Quando a notícia chegou à coroa portuguesa, o rei mandou que
suas tropas buscassem e levassem seu filho à força. Mais uma vez o povo
brasileiro não aceitou, enfrentando as tropas portuguesas que voltaram para
Portugal.
A partir daí, o país ficou dividido entre dois grupos: dos
colonizadores, do povo que queria a independência do país; e dos
portugueses que aqui moravam, que estavam do lado de D. João, o que causou
várias lutas no país.
No dia 7 de setembro de 1822 o Brasil tornou-se um país livre
dos domínios de Portugal, após ser declarada sua independência, pelo príncipe
regente. Às margens do rio Ipiranga, D. Pedro recebeu várias
correspondências de Portugal, onde seu pai anulava os decretos que havia criado
e ordenava sua volta ao país. Mas entre os documentos estavam cartas de
sua esposa, D. Leopoldina e de José Bonifácio, que o aconselharam a proclamar a
independência.
Em seu discurso, D. Pedro disse: “brasileiros, as cortes de
Lisboa querem escravizar-nos. De hoje em diante nossas relações estão
quebradas. Nenhum laço nos une mais. Estamos separados de Portugal”. E
erguendo sua espada gritou: “independência ou morte!”.
No dia 12 de outubro foi aclamado como imperador do Brasil,
recebendo o título de D. Pedro I, mantendo o Primeiro Império até o ano de
1831.