segunda-feira, 6 de maio de 2013

Nossa chacina diária...


Homem perde a perna após ser atropelado por motorista embriagado
Exame realizado no local comprovou embriaguez de motorista.
José Carlos de Melo, 49, abandonou veículo e não prestou socorro à vítima.
Motorista da caminhonete fugiu, mas foi preso em flagrante na sua residência. (Foto: Nívio Dorta/G1)
O desrespeito à Lei Seca continua a fazer vítimas em Alagoas. Na tarde deste sábado (04), um veículo do modelo L200, guiado por José Carlos de Melo, 49, invadiu a contramão na Avenida Gustavo Paiva, no município de Rio Largo, e atingiu dois homens que estavam em uma motocicleta. Um deles teve ferimentos leves, apresentando apenas dores no quadril. Já Brás Silva do Santos perdeu parte da perna no momento do impacto.
Após a colisão, o motorista abandonou o veículo no local e fugiu para a sua residência, onde foi preso em flagrante por policiais do 8ª Batalhão da Policial Militar. De acordo com o Tenente Bispo, o teste do bafômetro constatou a embriaguez.
“Nós o prendemos em casa, e, como havia indícios de embriaguez, realizamos o teste e o resultado indicou 0,41 miligrama de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões”, explica, acrescentando que o motorista será autuado por lesão corporal.
Segundo o cabo Alencar, do Batalhão de Policiamento Rodoviário, José Carlos terá a habilitação recolhida e responderá por três infrações de trânsito. “Por embriaguez ao volante, direção perigosa e omissão de socorro”, expõe.

As vítimas foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e encaminhadas ao Hospital Geral do Estado. Segundo a assessoria do Hospital, Brás Silva dos Santos, que perdeu parte da perna no momento do acidente, está passando por uma cirugia muito delicada. Devido à perda de sangue, seu quadro é considerado grave.
José Carlos de Melo, detido no local, foi encaminhado à Central de Polícia, localizada no bairro do Prado.
Protesto
Inconformados com mais um acidente na avenida Gustavo Paiva, os moradores interditaram a pista momentos após o acidente. Linaelson Alves Pimentel, morador do local, explica que há algum tempo a população cobra a colocação de lombadas na via. “Aqui tem acidente constantemente. Há uns quatro meses, ocorreu um acidente e morreram três pessoas. Nós já cobramos a colocação de lombadas por aqui, e nada foi feito. Por isso que decidimos fechar a pista. Dessa vez passou de todos os limites”, disse.
De acordo com Linaelson, após negociação com os agentes que chegaram ao local para desobstruir a avenida, uma reunião foi marcada onde serão discutidas medidas para aumentar a segurança no local. “Eles pediram para que formássemos uma comissão de moradores para participar de uma reunião, na próxima terça-feira (7), no DER, para cobrar a colocação de quebra-molas na avenida”, completou.

Respeitar a diversidade...


Justiça do Rio decreta prisão de suspeito de atropelar e matar homossexual
A Justiça decretou na madrugada deste sábado (4) a prisão temporária do suspeito de atropelar ao menos duas vezes e matar Eliwelton da Silva Lessa, 22, no último dia 29 em Alcântara, bairro de São Gonçalo, região metropolitana do Rio.
O documento do Tribunal de Justiça do Rio, expedido pela juíza de plantão Maria Tereza Donatti, determina que Hélio Galdino, 36, fique preso por 30 dias.
De acordo com o delegado de plantão da 74a DP (Alcântara) Rudolf Anastácio, que investiga o caso, Galdino tem alguns endereços registrados na cidade e a polícia faz buscas nessas regiões.
Segundo testemunhas relataram à polícia ao longo da semana, Lessa estava com dois amigos em um local do bairro conhecido como ponto de encontro da comunidade homossexual. Ainda não está claro se o motorista da van teria xingado ou mexido com os rapazes, que foram confrontá-lo, resultando em discussão e briga.
O motorista teria tentado usar uma barra de ferro na briga, mas foi impedido por pessoas que passavam no local. Lessa teria levado a melhor, mas cerca de 40 minutos depois, Galdino teria voltado dirigindo uma van.
Os dois amigos conseguiram desviar quando o motorista invadiu a calçada acelerando em sua direção, mas Lessa foi atingido.
Ao tentar fazer uma manobra para fugir, Galdino teria passado novamente com o veículo por cima de Lessa, que teve várias fraturas e órgãos perfurados. O rapaz morreu a caminho do hospital.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/05/1273530-justica-do-rio-decreta-prisao-de-suspeito-de-atropelar-e-matar-homossexual.shtml

E agora, como fica?


Em negociação com PSOL, ex-padre tem passeata de apoio em Bauru (SP)
Uma passeata de protesto contra a excomunhão do padre Roberto Francisco Daniel, 48, conhecido como Beto, reuniu por volta de 300 pessoas neste sábado (4) em Bauru (SP). Ele foi punido após declarações de apoio a homossexuais e questionamentos a dogmas da Igreja Católica.
O ex-religioso, que pensa em fazer carreira política e negocia filiação ao PSOL, não participou da manifestação, organizada por católicos reunidos num grupo de apoio criado no Facebook. Enquanto a passeata ocorria, ele se pronunciou por meio da rede social.
"Caráter não tem relação com raça, sexualidade, nacionalidade ou profissão", escreveu.
A passeata teve contornos de procissão católica. De branco, os manifestantes rezaram e cantaram músicas religiosas. Mas os apoiadores também entoaram gritos contra o preconceito e, com faixas e cartazes, manifestaram apoio ao ex-padre.
Militantes da causa gay também participaram. O vereador Markinho de Souza (PMDB), um dos líderes do movimento da diversidade em Bauru, disse que, em vez de excomungar o ex-padre, a Igreja Católica deveria punir pedófilos.
O evangélico Aloisio Pereira da Silva Júnior, fundador da primeira igreja gay da cidade, lembrou que também foi expulso do movimento Renovação Carismática, da Igreja Católica, ao assumir a homossexualidade.
A passeata começou em frente à Catedral do Espírito Santo, na região central de Bauru, e seguiu pelo calçadão da Batista de Carvalho, o principal ponto do comércio popular da cidade.
A Diocese de Bauru divulgou um comunicado em que o padre nomeado juiz instrutor do processo de excomunhão nega que a punição decorra das declarações de padre Beto em favor dos gays.
A excomunhão, segundo o juiz, ocorreu porque ele "se negou categoricamente a cumprir o que prometera em sua ordenação sacerdotal: fidelidade ao Magistério da Igreja e obediência aos seus legítimos pastores".
O juiz decretou o sigilo do caso e nenhum integrante da diocese pode dar declarações.
Beto recebeu convite de filiação ao PSOL e disse que a possibilidade de aceitar é grande. Por enquanto ele não fala em candidatura. Em maio, vai a Brasília participar de um encontro sobre sexualidade e religião organizado pelo deputado federal Jean Willys (PSOL-RJ).
Incidente
No final da passeata, cinco pessoas foram atingidas por um líquido jogado de uma janela e, em seguida, sentiram a pele arder. A bióloga Viviane Pinheiro Abrantes, 42, foi uma das atingidas. Ela procurou o médico e foi informada que só uma perícia pode determinar que tipo de substância foi jogada. Viviane ficou com uma mancha vermelha no rosto e disse que sentiu muita ardência.
A bióloga, que registrou boletim de ocorrência, lamentou o fato. "Estávamos numa manifestação pacífica", disse.
Uma adolescente de 18 anos, que prefere não ser identificada, também foi atingida nos braços e pés. Um médico que estava na passeata a atendeu, mas não pôde identificar o líquido. A jovem também disse ter sentido a pele arder. Ela ficou com manchas vermelhas no corpo.
A polícia vai investigar o caso.

Fiéis lotam igreja em missa de padre que defende homossexuais
Centenas de fiéis de Bauru (SP) lotaram a igreja na manhã deste domingo (28) para assistir à missa de despedida do padre que se afastou de suas funções após declarações de apoio aos homossexuais.

Conhecido por contestar os princípios morais conservadores da Igreja Católica, Roberto Francisco Daniel, 48, conhecido como padre Beto, havia recebido um prazo do bispo diocesano, Dom Caetano Ferrari, 70, para se retratar e "confessar o erro" cometido em declarações divulgadas na internet.
Em um vídeo publicado no site Youtube, o padre admitiu a possibilidade de existir amor entre pessoas do mesmo sexo, inclusive por parte de bissexuais que mantêm casamentos heterossexuais. Ele também questionou dogmas da Igreja.
Ontem, dois dias antes do prazo estabelecido pelo bispo para a retratação, padre Beto anunciou que iria se afastar de suas funções religiosas e convocou a missa de despedida para hoje.
Na missa, o padre falou sobre amor e coerência e afirmou que para "Jesus Cristo não existia preconceito".
"Jesus amava os seres humanos independentemente da condição social, da raça e da sexualidade", disse o religioso.
A missa de despedida lotou a Igreja Santo Antônio, no Jardim Bela Vista, bairro tradicional de Bauru.
Em torno de mil pessoas ocuparam os bancos e ficaram em pé nas laterais.
O padre foi aplaudido de pé no final da missa e aclamado quando percorreu o corredor de saída da igreja pela última vez. Muitos fiéis choraram e, em seguida, formaram fila para cumprimentá-lo na porta.
Um dos mais emocionados era o pai de santo umbandista Ricardo Barreira, que assistiu à celebração vestido de branco e chorou muito.
"Não sou católico, mas o padre Beto sempre me representou. Agora mais ainda", disse. O umbandista recebeu o apoio do padre quando disputou a eleição para vereador.
Beto vai entregar seu pedido de "desligamento do exercício dos ministérios sacerdotais" nesta segunda-feira para o bispo. Ele garantiu não ter planos para o futuro, mas disse que poderá se reunir com seus seguidores para sessões de orações.
Procurado pela reportagem, o bispo preferiu esperar o recebimento do pedido para comentar a decisão.
ESTILO
Padre Beto sempre chamou a atenção dos católicos da cidade pelo estilo diferente dos religiosos tradicionais.
Usa roupas com estampas "roqueiras" e com a imagem do guerrilheiro comunista Che Guevara. Usa piercing, anéis e frequenta choperias. Nas missas, no entanto, usava as vestimentas tradicionais e seguiu todos os rituais católicos.
Seus sermões atraiam os fiéis em razão dos questionamentos sociais, políticos e morais.
As últimas declarações polêmicas do padre provocaram protestos de católicos tradicionais da comunidade de Bauru.
Por outro lado, a reprimenda do bispo, que considerava padre Beto um "filho amado, mas rebelde" gerou manifestações de apoio e provocou comoção entre os admiradores.
Ao explicar sua decisão de se afastar da igreja, disse que se trata de "um momento que faz parte de sua caminhada".
"Pensei em pedir perdão. Mas tudo que falei é bem pensado. Posso estar errado, mas o dia em que admitir será porque conclui isso mesmo. Senão seria hipocrisia", afirmou.
Disse ainda que é importante "dormir bem porque foi coerente" e que assim as pessoas vão percebê-lo "como homem de Deus".
Integrante do grupo de liturgia da Igreja Santo Antônio, Michele Dias fez uma homenagem na despedida.
Disse que se "curou" de uma síndrome do pânico após palestra em que Beto falou sobre a importância de enfrentar os medos.
A missa reuniu católicos de todas as gerações. O casal formado por Giovani e Luzia Dermengi, de 77 e 70 anos, respectivamente, mora em outra região da cidade, mas tinha o hábito de frequentar as missas do padre Beto.
"Ele foi um renovador e a igreja precisa disso", afirmou Luzia.
O arquiteto Fábio Said, 30, virou amigo do religioso e diz que ele levou muitos jovens para a igreja, por falar diretamente com seus fiéis e dar conselhos que às vezes até irritavam, mas depois eram compreendidos.
"E agora? A fé continua, mas é difícil", disse sobre a despedida.
Aos 6 anos, Pedro Motta Popoff não frequenta a missa todos os finais de semana. Neste domingo foi acompanhar a mãe, Carla Motta, que declarou estar na igreja por um ato de cidadania e apoio ao padre.
Pedro ficou na fila da despedida e deu de presente a Beto um churro comprado na porta da igreja. Depois disso, Beto cumprimentou os demais fiéis com o presente do menino nas mãos.
Agora à noite, o padre Beto realiza uma segunda missa de despedida na Igreja São Benedito. Será a última antes de ele entregar o pedido de afastamento. O padre tem 14 anos de sacerdócio.

sábado, 4 de maio de 2013

Aproveitem...


Só rindo...




"Escava o poço antes que tenhas sede". (Provérbio Chinês)

Língua afiada...


PEGADINHA GRAMATICAL
"Novos pedidos são feitos para que se julgue os genocidas no Camboja"

Em época de vestibulares, nada melhor que uma frase típica das que surgem nas questões das provas. Se eu preparasse um teste para a Unicamp, pediria que o vestibulando identificasse a inadequação gramatical da frase apresentada, retirada de uma manchete de jornal, e a corrigisse. E aí? Você descobriu a inadequação? Vamos à explicação.

O problema está no uso do verbo "julgar" no singular quando deveria estar no plural, já que o seu sujeito se encontra no plural. À primeira vista, parece que o sujeito de "julgar" não está presente à frase, pois "alguém julgará os genocidas", em que "alguém" será o sujeito, e "os genocidas" o objeto direto, o complemento do verbo, que é transitivo direto. Não é o que acontece, porém. O sujeito de "julgar" é o substantivo "genocidas", por isso a concordância deve ser efetivada no plural. O que transforma "genocidas" em sujeito é o pronome "se", chamado de partícula apassivadora, ou pronome apassivador. Como o próprio nome diz, esse pronome evidencia que a oração está na voz passiva, voz verbal que indica que o sujeito sofre a ação verbal. Quem será julgado? Os genocidas, portanto este substantivo funciona como sujeito de "julgar".

Isso acontecerá sempre que houver "verbo transitivo direto" com "objeto direto" acompanhado do pronome "se". Este se chama "partícula apassivadora", o que transforma o objeto direto em "sujeito" e leva o verbo a concordar com ele.

Verbo transitivo direto é aquele que tem um complemento sem preposição. Provamos que um verbo é transitivo direto com frases como "quem ama, ama alguém", "quem compra, compra algo", "quem aprecia, aprecia algo", "quem leva, leva algo", "quem conhece, conhece alguém".

Como o verbo "julgar" se encaixa nesses exemplos - "quem julga, julga alguém" - é verbo transitivo direto. Ele está acompanhado de seu objeto direto: "Quem é julgado?" Resp.: os genocidas. Como há o pronome "se", o nome dele será "partícula apassivadora", o objeto direto - os genocidas - se transforma em sujeito, que está no plural. Por isso o verbo julgar tem de ficar no plural. A frase apresentada, então, deveria ser assim estruturada:

"Novos pedidos são feitos para que se julguem os genocidas no Camboja".

http://vestibular.uol.com.br/duvidas-de-portugues/novos-pedidos-sao-feitos-para-que-se-julgue-os-genocidas.htm

Mais uma etapa superada...