domingo, 19 de maio de 2013

Cultura viva...


O Excesso de Civilização Prejudica a Cultura
Se a nossa fosse uma era de Cultura não se deveria falar tanto da própria Cultura. Não achas também? Eu gostaria de saber se épocas que tiveram cultura chegaram a conhecer e a usar esse termo. A ingenuidade, a espontaneidade, o óbvio, parecem-me ser o principal critério da disposição de espírito à qual conferimos essa denominação. O que nos falta é justamente isso, a ingenuidade, e tal falta, se é que cabe presumi-la, protege-nos contra muitos tipos de pitoresca barbárie, perfeitamente compatíveis com a Cultura e até com uma cultura muito elevada. Quero dizer: o nosso nível é o da Civilização, certamente um estado bem louvável, mas indubitavelmente deveríamos tornar-nos muito mais bárbaros, para podermos ser cultos outra vez. Técnica e conforto? Ao pronunciar estas palavras, a gente fala de cultura, mas não a possui.

Thomas Mann, in 'Doutor Fausto' 
http://www.citador.pt/textos/o-excesso-de-civilizacao-prejudica-a-cultura-thomas-mann

Entendendo...


John Locke
John Locke: um dos mais proeminentes pensadores do liberalismo.
Considerado um dos mais importantes pensadores da doutrina liberal, John Locke nasceu em 1632, na cidade de Wrington, Somerset, região sudoeste da Inglaterra. Era filho de um pequeno proprietário de terras que serviu como capitão da cavalaria do Exército Parlamentar. Mesmo tendo origem humilde, seus pais tiveram a preocupação de dar ao jovem Locke uma rica formação educacional que o levou ao ingresso na academia científica da Sociedade Real de Londres.

Antes desse período de estudos na Sociedade Real, Locke já havia feito vários cursos e freqüentado matérias que o colocaram em contato com diversas áreas ligadas às Ciências Humanas. Refletindo a possibilidade de integração dos saberes, o jovem inglês nutriu durante toda a sua vida um árduo interesse por áreas distintas do conhecimento humano. Apesar de todo esse perfil delineado, não podemos sugerir que Locke sempre teve tendências de faceta liberal.

Quando começou a se interessar por assuntos políticos, Locke inicialmente defendeu a necessidade de uma estrutura de governo centralizada que impedisse a desordem no interior da sociedade. Sua visão conservadora e autoritária se estendia também ao campo da religiosidade, no momento em que ele acreditava que o monarca deveria interferir nas opções religiosas de seus súditos. Contudo, seu interesse pelo campo da filosofia modificou paulatinamente suas opiniões.

Um dos pontos fundamentais de seu pensamento político se transformou sensivelmente quando o intelectual passou a questionar a legitimidade do direito divino dos reis. A obra que essencialmente trata desse assunto é intitulada “Dois Tratados sobre o Governo” e foi publicada nos finais do século XVII. Em suas concepções, Locke defendia o estabelecimento de práticas políticas que não fossem contras as leis naturais do mundo.

Além disso, esse proeminente pensador observou muitos de seus interesses no campo político serem tematizados no interior de seu país quando presenciou importantes acontecimentos referentes à Revolução Inglesa. Em sua visão, um poder que não garantisse o direito à propriedade e à proteção da vida não poderia ter meios de legitimar o seu exercício. Ainda sob tal aspecto, afirmou claramente que um governo que não respeitasse esses direitos deveria ser legitimamente deposto pela população.

No que se refere à propriedade, Locke se utiliza de argumentos de ordem teológica para defender a sua própria existência. Segundo ele, o mundo e o homem são frutos do trabalho divino e, por isso, devem ser vistos como sua propriedade. Da mesma forma, toda riqueza que o homem fosse capaz de obter por meio de seu esforço individual deveriam ser, naturalmente, de sua propriedade.

Interessado em refletir sobre o processo de obtenção do conhecimento e a importância da educação para o indivíduo, Locke foi claro defensor do poder transformador das instituições de ensino. De acordo com seus ensaios, o homem nascia sem dominar nenhuma forma de conhecimento e, somente com o passar dos anos, teria a capacidade de acumulá-lo. A partir dessa premissa é que o autor britânico acreditava que as mazelas eram socialmente produzidas e poderiam ser superadas pelo homem.

O reconhecimento do legado de Locke ocorreu quando ele ainda era vivo. Durante a vida, teve a oportunidade de ocupar importantes cargos administrativos e exerceu funções de caráter diplomático. Na Inglaterra, chegou a ocupar o cargo de membro do Parlamento e defendeu o direito dessa instituição indicar os ministros que viessem a compor o Estado. Respeitado por vários outros representantes do pensamento liberal, John Locke faleceu em 1704, na cidade de Oates, Inglaterra.

Curioso...


Gatos sempre caem de pé
Você já percebeu que os Gatos sempre caem de pé?
Você não precisa fazer um teste, mas observe um gato caindo de algum local, ele sempre cai de pé. Isso se deve porque os gatos têm um senso de equilíbrio bastante apurado que lhes permite fazer movimentos rápidos e girar o corpo sobre as quatro patas.
O bichano realiza esse malabarismo contando com a grande sensibilidade dos receptores (estrutura interna do ouvido responsável pelo equilíbrio).

Afinal das contas, como o gato faz?

Isso tudo é permitido, através da fisiologia (o próprio sistema) do gato.
Sempre que o gato está em uma posição desconfortável, ocorre um aumento de pressão na região, funcionando como alerta, assim, essa “mensagem de alerta” é enviada para o sistema nervoso que manda vários sinais elétricos para o aparelho locomotor, em especial, os músculos.
Assim, os músculos, realizam uma série de movimentos instintivos que fazem o corpo do animal recuperar o equilíbrio.

Piada...


Durante o jantar, Joãozinho conversa com a mãe: - Mamãe, porque é que o papai é careca? - Ora, filhinho.... Porque ele tem muitas coisas para pensar e é muito inteligente! - Mas mamãe....então porque é que você tem tanto cabelo? - Cala a boca e come logo esta po*ra de sopa, menino!

Devanear...


Sou o Que Sou e Como Sou - Clarice Lispector
"Sou o que quero ser, porque possuo apenas uma vida e nela só tenho uma chance de fazer o que quero. Tenho felicidade o bastante para fazê-la doce dificuldades para fazê-la forte, Tristeza para fazê-la humana e esperança suficiente para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas, elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos."
http://www.mensagenscomamor.com/poemas-e-poesias/melhores_poesias.htm

Exemplo? Talvez. Alerta, mais apropriado!


Angelina Jolie é um bom exemplo contra o câncer?
Ao retirar os seios para proteger-se do risco de um câncer hereditário, Angelina Jolie mostrou coragem. Ao transformar seu gesto em exemplo, pode induzir outras mulheres à decisão errada
Angelina Jolie não é uma mulher de meios-termos. Nunca foi. Na adolescência, pintava os cabelos de roxo, colecionava facas e gostava de se cortar. Nessa época, as tatuagens começaram a se espalhar por seu corpo. Em 1996, aos 21 anos, casou-se com o ator britânico Jonny Lee Miller usando uma camiseta branca, em que o nome de Miller estava escrito com o sangue dela. Não deu certo. Em seu segundo casamento, com o também ator Billy Bob Thornton, usava um frasco com o sangue dele pendurado no pesçoco. Não funcionou. O sucesso no cinema, que deslumbra e entorpece as personalidades, não teve esse efeito nela. Angelina continuou Angelina – e algo mais. Rompeu publicamente com o pai, o ator Jon Voight, que disse que ela tinha “problemas mentais”, e envolveu-se com trabalho humanitário na África e noPaquistão. Terminou embaixadora das Nações Unidas. Ao mesmo tempo, adotou três crianças de três países diferentes – Camboja, Vietnã e Etiópia – e teve outras três com o ator Brad Pitt, seu atual marido, provavelmente o homem mais desejado do mundo. Linda e famosa, também provavelmente a mulher mais desejada do mundo, Angelina transformou sua vida num manifesto – foi eleita pela revista Forbes em 2009 como a celebridade mais poderosa do mundo. Em 20 anos de vida pública, conseguiu, nas palavras imortais de Steve Jobs, deixar uma marca no Universo.
Na semana passada, Angelina foi além. Num artigo escrito para o jornal americano The New York Times, revelou ter se submetido há alguns meses a uma cirurgia conhecida tecnicamente como mastectomia preventiva dupla. Por trás do nome complicado, havia uma revelação desconcertante: o maior símbolo sexual do planeta escolhera tirar os seios perfeitospara diminuir suas chances de desenvolver câncer de mama. Aos 37 anos. “Posso dizer aos meus filhos que eles não precisam temer me perder para a doença”, escreveu. Anunciar publicamente sua luta contra o risco de câncer – na tentativa de influenciar as decisões de outras pessoas sobre sua própria saúde – é seu gesto mais pretensioso. E controverso. “Quero encorajar cada mulher, especialmente as com casos de câncer de mama e ovário na família, a procurar informações e especialistas que possam ajudar a tomar decisões.”

Famosa como é, Angelina poderia ter simplesmente deixado que o mundo soubesse o que ela fez. Sua decisão, mesmo silenciosa, teria uma influência tremenda sobre outras mulheres. Ao agir como agiu, ao vocalizar sua escolha, se transformou, ainda que involuntariamente, em garota-propaganda de uma forma radical de medicina preventiva que não serve para todo mundo. Em poucas horas, seu texto varreu o mundo, dominou as redes sociais e fez as mulheres perguntar a seus médicos se elas também corriam risco. Elas foram atrás de informações, algo saudável. Mas um número elevado se alarmou perigosamente. A decisão de Angelina pode fazer todo o sentido do ponto de vista pessoal. Ao ser anunciada como fórmula de sobrevivência num alto-falante global, pode surtir efeitos perversos. No Brasil, o “efeito Angelina” fez com que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, viesse a público pedir cautela. “Já surgiram vários estudos que mostraram um número grande de mastectomias realizadas em pacientes em que depois se afastou o risco”, disse.

Medo do quê?


Por que as mulheres escondem os gastos
67% das leitoras que responderam à enquete do Delas disseram ocultar dos parceiros o valor real de suas compras. Do que elas querem escapar?
No último fim de semana, o Delas perguntou às leitoras se elas escondiam seus gastos dos parceiros. O resultado foi curioso: cerca de 67% das mulheres disseram que sim. A enquete foi lançada junto a uma pesquisa recente realizada no Reino Unido, que indicou que uma a cada quatro mulheres mantém o hábito de ocultar o valor real de seus gastos.
O mais intrigante é que estas mulheres pagam suas próprias contas – e muitas colaboram em pé de igualdade na manutenção da casa. Ainda assim, estão mentindo sobre quanto custam suas aquisições. Por quê?
A antropóloga Hilaine Yaccoub explica que existe uma “moralidade do consumo”. Embora consumir esteja no centro da vida de todo mundo hoje em dia, alguns “excessos” são socialmente aceitos. Especialmente aqueles voltados para o bem-estar da família, como uma televisão de última geração ou alimentos orgânicos.
Do outro lado, gastos com símbolos associados à “futilidade feminina”, como roupas, sapatos, bolsas e cuidados com a beleza, são moralmente condenáveis. É o que leva mulheres a mentir sobre o valor de suas compras. “As mulheres se tornam reféns dessa moralidade”, aponta Hilaine, que também é diretora de consumer insights da Consumoteca, hub de especialistas multidisciplinares com foco em antropologia do consumo.
Hilaine, que estuda o assunto há anos, ilustra com a história de uma defensora pública que ela conheceu em uma loja. Na hora de levar as compras para casa, a mulher explicou à vendedora que havia trazido uma sacola mais discreta e preferia levar os sapatos direto na sacola, sem as caixas. O marido não via com bons olhos a compra de cinco pares de sapatos de uma vez só, mas seus pares e superiores no trabalho tampouco admitiam que ela se apresentasse menos que impecável para o trabalho no Fórum.
Ponta do iceberg
Embora curioso, o resultado da pesquisa não pode ser classificado como surpreendente. Não é de hoje que as mulheres mentem sobre seus gastos. “Minha mãe escondia do meu pai as compras”, relembra a escritora e filósofa Marcia Tiburi. “Eu me perguntava porque fazia isso. Será que ela queria fazê-lo de otário? Depois vi que era para protegê-lo. Muitas mulheres agem como mães dos maridos”.
Mas o tiro sai pela culatra. Na tentativa de parecer menos fútil para o parceiro, as mulheres acabam sendo as “enganadas” da história. “Elas não são donas de si mesmas. E essa questão [de esconder os gastos] é só a ponta do iceberg de todo um comportamento feminino: ‘vou fingir que sou magra’, ‘vou fingir que sou compreensiva’, ‘vou fingir que sou jovem’, que sou rica, que quero ser casada, que quero ser mãe. Não finja mais”, recomenda Marcia.
Comportamento universal
Porém, assim como o consumo, comportamentos relacionados a ele também são universais. 29% dos homens escondem seus gastos relacionados a gadgets (vídeo games, celulares, tablets), segundo a pesquisa britânica.
O que consumimos representa o que queremos ser. Se para as mulheres é importante estar bonita, para eles é essencial estar atualizado. “Criamos valores agregados ao que compramos, formando nossa identidade no espaço público”, diz Hilaine. “O consumo é uma mediação, não um fim. Representa gosto, status, valores, ética, regras”, enumera.
E, mesmo que a cultura material sempre tenha feito parte da história humana, existe uma eterna dificuldade de compreensão do sentido simbólico que certos produtos de consumo adquirem para o outro grupo. Mulheres não entendem para que gastar tanto dinheiro com um carro ou um vídeo game. Homens se perguntam por que elas precisam de outro par de sapatos ou de tantos batons. Mas ninguém critica um sujeito que gasta um terço do seu salário com livros, ainda que não leia nenhum deles -- o que só revela mais uma face dos complexos preconceitos que envolvem o consumo.
Mulheres escondem gastos com compras
Você diminui a conta das suas compras para seu parceiro, ainda que elas tenham sido pagas com seu próprio dinheiro?
13,14% responderam que sempre fazem isso, mas diminuem pouco o valor real da conta.
28,78% disseram que diminuem bastante o valor real da conta, chegando a dizer que gastaram metade do que gastaram de fato.
24,97% declararam diminuir o valor da conta ocasionalmente, quando fazem uma compra mais extravagante.
33,11% responderam que não escondem seus gastos.

Mais uma etapa superada...