quarta-feira, 12 de junho de 2013

Pode estar mais próximo que imagina...

Você conhece algum psicopata?
Nas telas, eles são sempre assassinos seriais. Mas, na vida real, estima-se que de uma a três em cada 100 pessoas seja psicopata – e os danos que eles causam são bem diferentes.

Enquanto a cabeça de um bandido comum é quente, o coração do psicopata é frio. Esta é a alusão que os especialistas propõem para diferenciar quem sofre de psicopatia de um criminoso comum. Apesar de não ser uma patologia, a psicopatia não tem cura. Frieza, crueldade e falta de empatia são as principais características constatadas no diagnóstico de um psicopata.
A série ‘Dexter’ é uma das primeiras tentativas da ficção de mostrar que psicopatas não são necessariamente maus: ele segue uma espécie de ‘código de ética’.
“Eles são indiferentes aos outros, não sentem remorso nem culpa”, define a psiquiatra Hilda Morano, coordenadora do Departamento de Psiquiatria Forense da Associação Brasileira de Psiquiatria. Estima-se que de 1% a 3% da população mundial seja psicopata. “Por menor que seja a prevalência da psicopatia, os psicopatas causam estragos enormes na sociedade”, afirma Antonio de Pádua Serafim, coordenador de psicologia do Núcleo Forense do IPq (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas).

O alcance dos danos causados pelos psicopatas começa na dificuldade em diagnosticá-los. A ideia popular em torno deles também é distorcida: imagina-se que todos sejam assassinos em série, como se vê nos filmes (veja acima galeria com os psicopatas mais famosos da ficção). Mas não é bem assim.
Há diferentes tipos de psicopata. O coorporativo é aquele que não vai sujar a mão de sangue. Ele vira chefe de uma empresa, mas é tão cruel e insensível quanto um assassino em série. A diferença é que atua pela intriga, pela mentira, destruindo a vida das pessoas para alcançar o cargo almejado e mais poder. “O psicopata tem a incapacidade de se colocar no lugar dos outros. Em consequência disso, o remorso e o sentimento de culpa são praticamente inexistentes. Ele só se compromete com o que lhe trará benesses”, explica Roberto Heloani, psicólogo social e professor de gestão da FGV de São Paulo e da Unicamp.

O psicopata organizado, ou o líder, é pouco conhecido, pois tem uma imensa rede de influência que não permite que seja estudado. “É impressionante como eles ficam isolados na cadeia, mas continuam liderando facções”, Hilda explica, citando o traficante Fernandinho Beira-Mar como exemplo.

O psicopata paranoide é um sujeito insensível desde o nascimento, mas com um elemento de ressentimento. Os paranoides alimentam raiva de alguma situação, como o franco atirador da Noruega, que matou 77 pessoas alegando defender a pureza étnica de seu país. “Um dia eles fazem um chacina”, diz Hilda.

Em geral as cadeias são compostas por 80% de criminosos comuns e 20% de criminosos psicopatas, esses sempre isolados dos demais. Com exceção do Brasil, onde não existe essa segregação, o que prejudica a reabilitação dos criminosos comuns, corrompidos ainda mais pelo medo e pela ameaça. “Vários projetos meus para conseguir a separação foram derrubados em Brasília”, lamenta Hilda.
O transtorno de personalidade é um problema diferente da psicopatia e atinge de 7 a 15% da população, com um espectro variado. Oscila do caso mais leve, daquele colega trapaceiro, que adora puxar o tapete no trabalho, até um assaltante. São pessoas que têm fragilidade ética, afrouxamento moral, mas não chegam a ser psicopatas.

“Sou um crítico ferrenho à moda de psicopatia em qualquer lugar. Esse medo do psicopata é exagerado e ruim para a sociedade. Psicopata não é sinônimo de mau caráter, de vilão”, diz Daniel Martins de Barros, psiquiatra coordenador do Núcleo Forense do IPq. “O psicopata simplesmente passa de certo limite ético, ele perturba a ordem social”, Hilda aponta. “São pessoas que causam muito transtorno à sociedade”, completa.

Segundo Hilda, também fundadora do ambulatório de transtorno da personalidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, os pais reconhecem a psicopatia em um filho desde cedo. Eles têm um traço muito claro: são improdutivos, roubam os pais,  são mentirosos e manipuladores.

Quando se tornam adultos, continuam a ter as mesmas atitudes no convívio social. O perfil clássico é de um sujeito imprudente, que corre riscos, toma decisões ousadas, é impulsivo e imediatista. “Seu planejamento é de curto e não de longo prazo, que exige esforço e sacrifício”, diz Roberto.
Além disso, têm loquacidade e o chamado charme superficial – por não terem resposta de tensão, além de as respostas de ansiedade serem pouco ativas, psicopatas são muito hábeis para mentir e enganar, sem o receio de serem pegos. “Eles mentem no currículo e conseguem fazer os outros trabalharem por eles. Como são muito sedutores, manipulam os subordinados com facilidade e continuam sendo improdutivos a vida inteira”, descreve Hilda.

Dizer que todo psicopata é brilhante e inteligente é um mito. “Há o psicopata burro também”, diz Daniel. “A diferença é que eles ficam arquitetando todo o tempo alguma coisa contra o outro. Aí as pessoas tendem a pensar que ele teve uma ideia original”, diz Hilda.

Inteligentes ou nem tanto, eles têm um senso de grandiosidade. Na maioria dos casos, a terapia não funciona, pois os psicopatas eliminam qualquer possibilidade de entender que precisam de ajuda. De essência egocêntrica, eles não reconhecem o próprio problema. “Já tive pacientes psicopatas e a sessão toda é um desafio. Ele tenta desarticular você, a ação dele é voltada para desvalorizar o profissional, mostrar que estamos enganados e que ele é melhor”, lembra Antonio.

No trabalho

Psicopatas também são capazes de confundir impressões, pessoas e sempre jogar a seu favor. Têm traços narcísicos e não medem esforços para angariar benefícios para si. “O que importa para eles são o sucesso e o bônus. São habilidosos em usar as pessoas para conseguir seus objetivos”, diz Roberto. “O conselho que dou às organizações é: muito cuidado ao colocar poder nas mãos de pessoas que desconheçam. O poder tem que ser transferido aos poucos”.

Em uma entrevista recente, o especialista em psicologia experimental da Universidade de Oxford Kevin Dutton, autor de “The Wisdom of Psychopats” ("A Sabedoria dos Psicopatas"), afirma que incorporar a insensibilidade típica de um psicopata é positivo no mundo do corporativismo. “Este traço acentuado, no entanto, gera um grande prejuízo no ambiente de trabalho”, diz Roberto.

As organizações que optam por colocar em cargos de alto poder candidatos de perfil agressivo e aparentemente eficiente, sem uma checagem mais profunda, podem ter sérios problemas mais tarde. O psicopata tem dificuldade de se relacionar, é pouquíssimo sincero e muito habilidoso para burlar a própria companhia. “As fraudes internas são um dos grandes problemas das empresas atualmente, por isso se gasta tanto com segurança interna. A empresa pagará muito caro pelo desempenho inicial deste sujeito. Este tipo se faz de vítima, mas ao longo prazo vai armar contra a própria organização”, diz Roberto. Isso porque psicopatas são muito competentes em gerenciar a própria imagem e têm grande capacidade para vender ilusões.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Só rindo...
















Refletir...

“Quem quer colher rosas deve suportar os espinhos.” (Provérbio Chinês)

http://pensador.uol.com.br/autor/proverbio_chines/4/

Língua afiada...

PEGADINHA GRAMATICAL
Anexo ou em anexo?
A palavra “anexo” indica que algo está ligado, ajuntado. E, neste caso, terá função de adjetivo, ou seja, concordará com o substantivo que o acompanha. Veja:

a) O documento está anexo.
b) As cópias estão anexas.
c) Envio carta anexa.

Há, em contrapartida, o uso de estruturas, tais como:

a) Segue em anexo.
b) Seguem em anexo, as planilhas de produção mensal.

Neste caso, observamos que existe uma vontade por parte do interlocutor de expressar o modo pelo qual algo está sendo enviado. Não podemos dizer que a expressão está errada, pois o verbo “segue” está sendo complementado por uma locução adverbial de modo.

Agora, se pretendo dizer que algo está indo dentro de um anexo, é melhor que diga “no anexo” ao invés de “em anexo”.

Exemplos: A carta segue no anexo.
Segue no anexo, o convite individual.

Nas orações acima temos o entendimento de que a carta e o convite estão dentro do anexo, ou seja, estão inseridos no anexo.

Já na oração: Segue o anexo solicitado, “o anexo” é um sintagma nominal que tem função de sujeito da frase e, portanto, faz concordância com o verbo “segue”.

O importante é verificar a função que o termo “anexo” exerce em determinada alocução: complemento adverbial, sujeito da oração (sintagma nominal) ou adjetivo, pois cada caso exigirá uma forma de escrever o termo “anexo” ou a expressão que integra esse vocábulo.

Observação: Lembre-se que sintagma nominal tem como núcleo um substantivo ou termo equivalente. Na oração: Seguem os anexos solicitados, o núcleo é “anexos”, ou seja, é suporte de entendimento da frase.

História...

Os Bandeirantes e a Mineração no Brasil
Bandeirantes: figuras historicamente ligadas ao desenvolvimento da atividade.
Entre os fins do século XVI e ao longo do século XVII, as instabilidades do regime colonial instalado no Brasil trouxeram interessantes transformações. A partir da chamada União Ibérica, ocorrida entre 1580 e 1640, o território colonial passou a ser controlado por autoridades espanholas e, nesse mesmo contexto, os holandeses entraram e controlaram a produção de açúcar na região nordeste.

Todas essas mudanças causaram situações muito peculiares. Entre tantas, destacamos a crise econômica que afetou os colonizadores e a população situada na região sudeste. Sem o apoio holandês, focado na região nordeste, e sem auxílio espanhol, os colonos paulistas sofreram com a retração da economia açucareira e falta de outras alternativas de sustento mais seguras.

Foi nesse exato contexto que começaram a se formar comitivas, oriundas principalmente de São Paulo, que partiam do litoral em direção ao interior do Brasil. Conhecidas como “bandeiras”, essas expedições reuniram vários colonos que buscavam riquezas que pudessem livrá-los dos já ressaltados problemas econômicos daqueles tempos.

Com o passar do tempo, essa atividade dos “bandeirantes”, nome dado aos integrantes das bandeiras, se transformou em uma atividade econômica de grande movimentação. Adentrando nossas terras, os bandeirantes buscaram diferentes tipos de riquezas que pudessem amenizar a complicada luta pela sobrevivência naqueles tempos.

Umas das riquezas buscadas pelas bandeiras foram as chamadas “drogas do sertão”. Essas tais drogas, que nada têm a ver com qualquer tipo de entorpecente ilegal, dava nome a um grande número de ervas, raízes, frutos e plantas com propriedades de caráter medicinal e culinário. Buscando tais produtos, os bandeirantes fabricavam remédios, melhoravam sua dieta alimentar e realizavam o comércio de tais mercadorias.

Adentrando as matas, os bandeirantes também se envolveram na captura e venda de índios como escravos. Sendo mais baratos que os escravos importados da África, os bandeirantes se arriscavam e lucravam com essa atividade marcada pelo conflito e pela violência. Em certas situações, eram também contratados para recapturar os escravos negros fugidos das fazendas ou participar de taques contra os quilombos situados no interior.

Além dessas duas atividades, os bandeirantes aproveitavam das investidas pela mata para procurar metais preciosos em nosso território. A probabilidade de encontrar prata, ouro ou outras pedras preciosas também era outra possibilidade ligada ao bandeirantismo. Contudo, a resposta para essa busca só aconteceu no final do século XVII.

Nessa época, temos a notícia das primeiras regiões mineradoras a serem sistematicamente exploradas durante todo o século XVIII. Por meio da ação dos bandeirantes, grandes regiões auríferas e diamantíferas foram encontradas em Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Em pouco tempo, a Coroa Portuguesa interveio no controle dessas mesmas regiões ricas em metais e pedras preciosas.

A partir dali, a sociedade e a economia colonial sofreriam mudanças significativas. Várias cidades se formaram pelo interior do território, a fiscalização colonial se intensificou e a economia interna ganhou maior ritmo. Com o passar do tempo, a ação dos bandeirantes acabou se enfraquecendo e ficando fortemente associada ao desenvolvimento da mineração colonial.

Viva a sabedoria...

As experiências filosóficas e o humanismo cristão de Justino
Justino - Apologeta da boa-nova

O forte pendor religioso, característico da idade madura de Justino, tem raízes ainda em sua juventude. Ele, que foi pagão, criado em um ambiente cultural grego, naturalmente buscou na filosofia a satisfação de seus anseios espirituais. Esteve entre várias escolas filosóficas, dentre as quais se encontram a estoica, a pitagórica, a peripatética e a platônica. Esta última satisfez, temporária e parcialmente, seus anseios, por lhe fornecer a compreensão da existência das coisas imateriais, incorpóreas, sendo a filosofia a ciência da verdade, ou seja, aquilo que nos conduz a Deus, invariável e causa dos outros seres.

Até aqui, Justino parecia estar satisfeito; porém, quando se deparou com a questão sobre o que é Deus, uma vez mais percebeu a insuficiência do conhecimento filosófico em conhecer o intangível. Restou-lhe, então, converter-se ao cristianismo, em que a fé conduz a uma verdade absoluta, já que ela está, em parte, em cada indivíduo.

Dessa forma, Justino reformulou o conceito de filosofia, não mais vista como exercício especulativo do espírito, e sim como exercício da verdade parcial existente em cada alma que nos aproximaria de Deus e que necessita da verdade Revelada, isto é, do auxílio da fé. Esta, delimitando a razão, nos encaminharia à salvação e à graça. Para Justino, portanto, a verdadeira filosofia é o cristianismo.

Cristo representa a verdade, é a verdade total. Aqueles que, antes dele, fizeram um bom uso do lógos, participaram parcialmente da verdade; os que o fizeram depois, participam totalmente. Assim, há uma comunidade cristã, mesmo nos tempos antigos, pois aqueles filósofos compartilhavam do destino de Cristo, morrendo pela verdade. Como apologeta, e tendo essas considerações sobre os filósofos antigos, Justino implantou a filosofia no seio do cristianismo, o que permitia compreender a temporalidade e finitude do homem, caracterizando a noção de História.

Entretanto, a síntese entre a conversão de Justino pelo cristianismo e sua ligação com a filosofia grega (especialmente a platônica) acarretou inovações no debate filosófico-teológico da época. Por exemplo, a filosofia platônico-pitagórica acreditava na reencarnação sucessiva das almas que expiavam seus pecados num ciclo evolutivo. Essa ideia, no entanto, era inadmissível para o cristianismo da época, já que a ressurreição de Cristo e sua promessa de vida eterna davam a entender que cada indivíduo só tem uma alma que será julgada no juízo final, enquanto a reencarnação cíclica não permitiria a ideia de julgamento. Porém, tinham em comum que é através da alma que se busca e se chega a Deus.

Portanto, apesar das divergências de pensamento, Justino manteve-se um convicto cristão, pronto a defender a ideia do Deus morto que voltará para julgar os homens. Atesta-nos isso a sua morte como apologeta da boa-nova.

Arte...

Música de Protesto
Green Day: Grupo que protesta a invasão norte-americana no Iraque.
A música para a maioria das pessoas é uma forma de expressar sentimentos, desejos, frustrações, conceito que não está muito longe da realidade, pois durante muito tempo a música foi utilizada como forma de “abrir os olhos da humanidade” para as questões que afligiam o mundo, como a guerra, a discriminação, a opressão etc.

Para muitos músicos, a canção não deve falar de coisas banais, mas sim, explorar letras na tentativa de mudar a realidade cruel em que grande parte do mundo vive, é buscar através da música a liberdade para a humanidade. A música com referência ideológica existe há muito tempo, mas foi a partir da década de 1960 que a música, como forma de protesto, ganhou popularidade, em especial com as bandas britânicas Beatles e Rolling Stones, com a expressividade do rock. Levantando diversas questões como, por exemplo, discussões em favor da liberdade de expressão, pelo fim das guerras e do desarmamento nuclear, idealizando um mundo de “paz e amor”, com músicas como; “Revolution” (Beatles) e “We Love You” (Rolling Stones). Durante a Guerra do Vietnã, outras bandas entraram na onda de protestos. Em 1964, no Brasil, a repressão e a censura instauradas pelo regime militar deram origem a movimentos musicais que viam na música uma forma de criticar o governo e de chamar a população para lutar contra a ditadura. Os grandes nomes desse período foram Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Geraldo Vandré, entre outros. Usando na letra de suas músicas metáforas e ambiguidades, títulos como: “É Proibido Proibir”, “Que as Crianças Cantem Livres” e “Para Não Dizer que Não Falei das Flores” fizeram sucesso na época e até hoje ainda fazem.
Foram diversas as canções que falavam da maneira insana que o regime controlava e tratava a população. Já nos anos 70, surgiu o famoso movimento punk rock, representados por bandas como o The Ramones, Sex Pistols e The Clash, esses faziam criticas à Guerra Fria, ao nacionalismo e à monarquia britânica.

Nesse mesmo período surgiu o reggae, na Jamaica, que trazia em suas letras mensagens de protesto e conscientização quanto aos problemas da época. Nos anos 80 e 90, surgiram as principais referências musicais da atualidade. Uma das principais bandas foi a irlandesesa U2, fazendo sucesso com a música “Sunday Bloody Sunday”, letra que trazia o desabafo e a indignação dos cantores contra a intolerância religiosa entre protestantes e católicos que resultou na morte de dezenas de pessoas, fato ocorrido em 1972, em Derry, na Irlanda do Norte. Além do U2, muitas outras bandas se engajaram em causas humanitárias e ambientalistas como, por exemplo, a banda australiana Midnight Oil. Já no Brasil os anos 80 marcaram o surgimento dos principais nomes do rock nacional, em especial as bandas nascidas em Brasília e São Paulo como Legião Urbana, Plebe Rude, Paralamas do Sucesso, Capital Inicial e Titãs. Cada uma trazendo seu próprio estilo e suas indignações contra os problemas e a enganação da sociedade. Na música “Geração Coca-Cola” do grupo Legião Urbana, é possível ver a indignação contra a soberania norte-americana sobre o Brasil e os demais países:

(Composição: Renato Russo/ Fê Lemos)

“Quando nascemos fomos programados
A receber o que vocês
Nos empurraram com os enlatados
Dos U.S.A., de nove as seis.

Desde pequenos nós comemos lixo
Comercial e industrial
Mas agora chegou nossa vez
Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês

Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola

Depois de 20 anos na escola
Não é difícil aprender
Todas as manhas do seu jogo sujo
Não é assim que tem que ser

Vamos fazer nosso dever de casa
E aí então vocês vão ver
Suas crianças derrubando reis
Fazer comédia no cinema com as suas leis

Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola”

E foi com esse tipo de letra que essas bandas fizeram e ainda fazem sucesso entre os jovens. Onde todos têm o sonho de fazer a revolução, de mudar a realidade do mundo. Hoje, existem muitos grupos de referência mundial, que fazem sucesso com suas letras de protesto, como a estadunidense Green Day com a música “American Idiot” (Idiota Americano) que manifesta sua oposição à presença militar dos EUA no Iraque:

“Não quero ser um idiota americano.
Uma nação governada pela mídia.
Informações da idade da histeria.
Está chamando um idiota americano.
Bem-vindo a um novo tipo de tensão.
Por toda a “alien-nação”,
Onde tudo não é feito para ser certo.
A televisão sonha com amanhã.
Nós não somos o que pretendemos seguir.
E isso é o suficiente para discutir.”

Essas bandas atuais e de caráter revolucionário demonstram o quanto a música ainda é um forte instrumento de manifestação contra o avanço do desenvolvimento desordenado no planeta, autoritarismo e intolerância. A música de protesto há muito tempo deixou de ser exclusiva de alguns grupos, ultrapassando a esfera do rock e atingindo outros estilos, hoje o Rap é um dos ritmos mais conceituados da atualidade, apresentando letras de protesto contra as desigualdades sociais, raciais e religiosas.
http://www.brasilescola.com/artes/musica-protesto.htm

Mais uma etapa superada...